Anežka Drahotová logo após a chegada dos 20 km marcha dos europeus de Berlim-2018, onde obteve a medalha de bronze. Foto: Sportovní Žurnál |
No mesmo documento, Anežka Drahotová afirma-se chocada e não perceber o que se passa. «Isso não é coisa que eu faça! Vou pedir a análise da amostra B e só depois farei mais comentários», declara.
Entretanto, o portal de notícias Idnes.cz revela que a notificação da atleta resulta de irregularidades no passaporte biológico. As amostras permanecem armazenadas desde a recolha e têm sido sujeitas a análise por novas técnicas. Tomáš Vávra, diretor adjunto do Comité Antidoping da República Checa, garantiu que «os indícios são claros».
O processo foi já enviado à Federação Checa de Atletismo, que deverá instaurar o correspondente processo disciplinar à atleta.
Anežka Drahotová, actualmente com 25 anos, foi duas vezes medalhada em campeonatos europeus de atletismo, sempre em 20 km marcha. Em 2014 foi terceira, em Zurique, e em 2018, em Berlim, foi segunda classificada. Nos escalões jovens, sagrou-se campeã da Europa nos 10 mil metros marcha em Rieti-2013 e campeã do mundo da mesma distância em Oregon-2014. Em Rieti, Anežka teve no pódio a companhia da irmã gémea Eliška, terceira classificada.
Anežka Drahotová é representada pelo mesmo advogado, Jan Štovícek, que defendeu o conhecido ciclista checo Roman Kreuziger, suspenso em 2014 por dopagem devido a valores suspeitos no passaporte biológico em 2011 e 2012, acabando por ser ilibado pelo Comité Olímpico Checo na sequência de recursos apresentados pelo advogado.