domingo, 31 de dezembro de 2017

50 km femininos, acontecimento internacional de 2017

As participantes nos 50 km de Londres-2017.
Fotos: RaceWalk Pictures/Philipp Pohle e Alamy
Montagem: O Marchador
O ano de 2017 ficará na história do atletismo como aquele em que homens e mulheres passaram a dispor nos programas dos campeonatos mundiais da modalidade do mesmo número de provas (24+24). Com a inclusão dos 50 km marcha femininos, a equiparação ficou consumada, ainda que com diferenças «de pormenor», como as alturas das barreiras, os pesos dos engenhos de lançamento e o número de eventos nas provas combinadas.

A propósito do assunto, muitas vozes surgiram a questionar se aquele era o momento adequado para que os 50 km marcha femininos fossem objeto de atribuição de um título de campeã mundial, notando que poucas mulheres têm experimentado a distância em competição, poucas provas de 50 km têm sido destinadas a mulheres e poucos países (provavelmente nenhum) atribuem títulos nacionais nessa distância para as mulheres.

Em sentido contrário houve quem aplaudisse a iniciativa da Associação Internacional de Federações de Atletismo (AIFA), vendo nela um passo no sentido do reconhecimento da igualdade de direitos, conferindo a uma parte da população atlética uma oportunidade de que dispunha apenas outra parte dessa população.

A decisão da AIFA foi anunciada pelo seu presidente, Sebastian Coe, que numa conferência de imprensa realizada a 23 de Julho, informou também sobre as condições em que as atletas interessadas poderiam ser inscritas e participar na prova em questão.

O momento da tomada de decisão pelo Conselho da AIFA e a forma que terá decorrido o processo que levou à inclusão dos 50 km femininos no programa dos mundiais de Londres foram aspectos criticados no plano internacional. Por um lado, não se compreendia que uma decisão desta importância fosse tomada e anunciada pouco mais de uma semana antes do início dos campeonatos na capital britânica, tendo as federações nacionais dois dias para inscrever eventuais interessadas. Por outro lado, estranhava-se a forma pouco clara como o processo tinha decorrido, resultando numa decisão de última hora que beneficiava claramente as envolvidas, em detrimento de outras potenciais interessadas, que, confrontadas com uma decisão em cima do momento, ficaram impedidas de preparar-se devidamente para uma competição que podia ter sido estabelecida como objectivo de uma época caso tivesse sido anunciada com a devida antecedência.

De pouco serviu Sebastian Coe ter esclarecido que a decisão do Conselho vinha na sequência da participação de uma atleta dos Estados Unidos (Erin Taylor-Talcott) na edição de 2016 dos Mundiais de Marcha por Selecções (em Roma) e ter reconhecido que se tratava de uma decisão de última hora, com base no pedido feito por um «pequeno grupo de atletas». No final, o que ficou foi um processo opaco, cujos pormenores só aos poucos foram sendo conhecidos.

Esta situação devia ter sido evitada, acabando por deixar uma nódoa numa decisão positiva, que veio equiparar o número de oportunidades de sucesso para homens e mulheres nos campeonatos do mundo de atletismo, abrindo caminho para que outros níveis do atletismo procedam de igual modo (competições continentais e nacionais e até Jogos Olímpicos).

O futuro dirá se o sector feminino adere ou não à distância longa de competição em marcha (é de admitir que sim) e dará a conhecer os verdadeiros contornos do processo que levou á decisão. Em todo o caso, para o bem e para o mal, a inclusão dos 50 km marcha femininos no programa dos campeonatos do mundo de atletismo foi o acontecimento internacional de 2017 no âmbito da marcha atlética.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Desleixo federativo, acontecimento nacional de 2017

Pormenores dos campeonatos de 20 e 50 km.
Fotos: Município de Porto de Mós e Mário Pinho Rocha
Portugal conheceu no dia 15 de Janeiro de 2017 o primeiro recorde mundial oficial de marcha atlética obtido no seu território. Concretizando um objectivo divulgado com antecedência, Inês Henriques venceu nesse dia o campeonato nacional feminino de estrada de 50 km marcha, com a marca de 4.08.26 h.

O resultado obtido perfilava-se em excelentes condições para ser reconhecido como primeiro recorde mundial da distância para o sector feminino, no âmbito do processo desenvolvido com esse fim pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (AIFA). Ao mesmo tempo, a marca poderia vir a permitir a participação nos mundiais de Londres, caso a distância viesse a ser integrada no programa desses campeonatos (como de facto aconteceu).

Menos de dois meses mais tarde, no dia 4 de Março, coube a São João da Madeira acolher outros campeonatos nacionais de marcha em estrada, neste caso na distância de 20 km. Aqui, o vencedor masculino (João Vieira, 1.23.46) ficou a escassos 46 segundos dos mínimos para Londres (mínimos FPA de 1.23.00, já que os mínimos internacionais de 1.24.00 foram superados por 14 segundos), enquanto as duas primeiras femininas (Ana Cabecinha, 1.32.14, e Inês Henriques, 1.32.28) superaram os mínimos femininos para os campeonatos do mundo (1.34.00).

Em ambos os casos (Porto de Mós e São João da Madeira) estavam reunidas algumas das condições regulamentares para a validação internacional das marcas que viessem a ser alcançadas: as medições dos circuitos estavam devidamente certificadas e os juízes de marcha presentes tinham a quantidade e a qualidade exigidas pela AIFA. No entanto, o procedimento administrativo prévio de pedido de registo das provas na lista de torneios aceites para o reconhecimento de mínimos para os mundiais de Londres não tinha sido desenvolvido pela FPA, como era seu dever.

Mais uma vez, a Federação Portuguesa de Atletismo não esteve à altura das responsabilidades que deve assumir em situações como as vividas em Porto de Mós e São João da Madeira, onde era previsível a obtenção de marcas relevantes (recordes ou mínimos), até porque em alguns casos constituíam objectivos previamente anunciados e para os quais deveriam ter sido reunidas as devidas condições.

A inacção da federação voltou a ser marca negativa, desconsiderando o esforço dos atletas e comprometendo o reconhecimento dos feitos alcançados ou que poderiam tê-lo sido. Basta lembrar que o sucesso de Inês Henriques nos 50 km, com a obtenção da marca que veio a ser reconhecida como primeiro recorde mundial feminino da distância, poderia ter ficado em perigo não só por não se ter garantido a presença na prova de atletas em quantidade mínima para efeito de validação de recorde mundial (regulamentação da federação internacional) mas também por falta de controlo de dopagem no local (a atleta acabou por deslocar-se horas depois a outro local para proceder ao indispensável controlo). E também não deve ser esquecido o grande empenho do município de Porto de Mós, dando um apoio a que a FPA, com as referidas falhas, não soube corresponder da forma mais adequada.

Por estes motivos, a incompetência da Federação Portuguesa de Atletismo foi o acontecimento nacional de 2017 no que se refere à marcha. E seria interessante saber que responsabilidades teriam sido assumidas caso a AIFA não tivesse validado (por incumprimentos administrativos da FPA) o recorde de Inês Henriques ou os mínimos das vintistas alcançados nos nacionais de 4 de Março.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Eider Arévalo, figura internacional de 2017

Eider Arévalo. Foto: IAAF/Getty Images
A marcha atlética sul-americana passou quase desapercebida no plano internacional até há pouco mais de duas décadas. Salvo raras excepções, os nomes mais destacados até esse momento foram os dos (muitos) irmãos Moreno, da Colômbia, que marcaram presença nas pistas e nos circuitos mundiais sobretudo nos anos 80 e início do 90, mas que se destacaram muito pouco fora do âmbito continental (sul-americano, pan-americano ou ibero-americano). Os feitos mais ressonantes da marcha da América do Sul chegaram já na segunda metade da década de 90, com os grandes desempenhos do extraordinário equatoriano Jefferson Pérez (campeão olímpico em Atlanta-1996 e vice-campeão em Pequim-2008, campeão do mundo em Paris-2003, Helsínquia-2005 e Ósaca-2007), complementados mais recentemente pelos do colombiano Luis López (campeão nos mundiais de Daegu-2011) e dos brasileiros Caio Bonfim (3.º nos mundiais de Londres-2017) e Érica de Sena (3.ª nos mundiais de seleções de Roma). Mas, em 2017, quem mais se destacou foi Eider Arévalo, que levou para a sua Colômbia natal o título de campeão do mundo dos 20 km, conquistado em Londres com a marca de 1.18.53 h, novo recorde nacional.

No percurso até ao sucesso na capital britânica, a 13 de Agosto, Arévalo cumpriu uma época bastante homogénea, tendo vencido todas as três provas do Challenge Mundial de Marcha em que tinha tomado parte: Ciudad Juárez (12 de Março), Rio Maior (1 de Abril) e Taça Pan-americana de Marcha (Lima, 13 de Maio). Considerando a etapa londrina do Challenge, Eider Arévalo contou, portanto, por vitórias todas as quatro presenças nas diferentes competições integradas no programa deste circuito mundial de marcha de 2017, que incluiu ainda provas na Austrália (Adelaide), no México (Monterrey), no Japão (Nomi), na China (Taicang), na República Checa (Podebrady) e em Espanha (Corunha).

Apesar de competir em «apenas» quatro das dez provas do total, Arévalo beneficiou do facto de obter só vitórias e sagrou-se vencedor do Challenge, com 36 pontos, bem adiante de outros dois sul-americanos, o brasileiro Caio Bonfim e o equatoriano Andrés Chocho, ambos com 25 pontos.

Pela regularidade da forma ao longo de meio ano consecutivo, pela valia dos resultados obtidos, pela qualidade dos adversários superados e ainda pela mentalidade ganhadora demonstrada ao longo da época, Eider Arévalo é a figura internacional da marcha em 2017. Só uma época como a de Arévalo lhe permitiria chegar ao fim da temporada e ser considerado melhor do que o francês Yohann Diniz, também campeão em Londres mas nos 50 km e com uma inimaginável margem superior a oito minutos sobre os colegas japoneses de pódio. O feito do gaulês ganha ainda mais expressão quando se tem em conta que, com 39 anos, Diniz se tornou assim o mais velho dos campeões mundiais de atletismo. Mas Eider Arévalo teve a vantagem de demonstrar grande nível ao longo de todo o ano e não apenas no auge da época.

Depois de ter sido campeão mundial de juniores em 2012 (Barcelona), ano em que ganhou também (pela segunda vez!) a prova de juniores da então chamada Taça do Mundo de Marcha, Arévalo perfila-se agora no panorama continental da disciplina como potencial sucessor de Jefferson Pérez como nome de grande prestígio no mundo da marcha. No entanto, nesse aspecto, terá ainda um longo caminho a percorrer, que os feitos de Pérez são dificilmente igualáveis. Mas... quem sabe? Por agora, o primeiro passo está dado.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Inês Henriques, figura nacional de 2017

Inês Henriques logo após cortar a meta nos mundiais de Londres.
Foto: Matthew Childs/Reuters
Estabeleceu o primeiro recorde mundial feminino oficialmente reconhecido para os 50 km marcha; sagrou-se primeira campeã do mundo da distância, com o segundo recorde mundial em meio ano; foi a portuguesa melhor posicionada na classificação final do Challenge Mundial de Marcha da AIFA de 2017; recebeu a medalha de excelência desportiva do Comité Olímpico de Portugal (a par do canoísta Fernando Pimenta), em reconhecimento pela excelência da época competitiva realizada - o ano não podia ter sido mais positivo para Inês Henriques, uma das figuras de maior prestígio da marcha atlética portuguesa, que a todos estes sucessos juntou invejáveis prémios monetários, de valor que dificilmente algum atleta português alguma vez terá conseguido, qualquer que fosse a sua disciplina.

No ano de maior protagonismo de sempre alcançado pela atleta do Clube de Natação de Rio Maior, Inês Henriques teve o reconhecimento que porventura lhe faltou ao longo de mais de vinte anos de actividade competitiva na marcha atlética. Pelo meio, sobretudo após o sucesso registado nos mundiais de Londres, não teve mãos a medir para os convites que lhe chegavam para entrevistas, homenagens, acontecimentos sociais, iniciativas solidárias e tantos outros eventos, catapultada pelo prestígio granjeado pelo mediatismo do feito londrino.

A abrir o ano, a 15 de Janeiro, Inês Henriques obteve em Porto de Mós, durante os Campeonatos de Portugal de Marcha em estrada, a marca de 4.08.26 h, superando o tempo mínimo que a AIFA estabelecia para reconhecer um recorde mundial nos 50 km marcha femininos (4.30 h) e obtendo um resultado de maior valia que a melhor marca conhecida na distância, espécie de recorde oficioso, da sueca Monica Svensson (4.10.59, em 2007). Nesse mesmo dia e nessa mesma prova, a atleta de Rio Maior conquistou não só o título nacional da distância longa como também o título de campeã nos 35 km, distância intermédia em que a Federação Portuguesa de Atletismo igualmente atribuía título de campeão masculino e feminino.

Em 1 de Abril, no decorrer do 26.º Grande Prémio Internacional de Rio Maior em Marcha Atlética, Inês Henriques obteria a 100.ª marca pessoal nos 20 km abaixo de 1.40 h. Viria depois a confirmação da realização da prova de 50 km para senhoras nos mundiais de Londres e a consequente participação de uma Inês Henriques em forma e esmagadora perante a concorrência.

Perante este desempenho, Inês Henriques é a figura nacional da marcha atlética de 2017.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

FPA não anunciou marca de qualificação para os 50 km femininos de Berlim-2018

Montagem: O Marchador
Ainda sem qualquer explicação, a Federação Portuguesa de Atletismo não indicou qual a marca de qualificação para a prova feminina de 50 km marcha dos próximos Campeonatos da Europa de Berlim quando da divulgação, dia 19, dos seus critérios para acesso às provas internacionais do calendário de 2018, isto quando já no próximo dia 7 de janeiro faz disputar em Porto de Mós os campeonatos nacionais dessa distância!

Recorde-se que o mínimo internacional fixado pela Associação Europeia de Atletismo para a prova de 50 km femininos é de 4.50.00, com a alternativa de 1.39.00 aos 20 km.

Esta é a principal questão que se levanta quanto à participação portuguesa no mais importante evento do calendário internacional do próximo ano, sabendo-se que a FPA tornou mais exigente a qualificação através da criação de uma marca “A”, e adotando como “B” os mínimos da Associação Europeia de Atletismo. Para este último caso, o acesso só é permitido para um atleta desde que na mesma disciplina ninguém disponha de marca “A”.

Temos então para Berlim (7 a 12 de Agosto/2018) as seguintes marcas de qualificação nas provas de marcha:

Masculinos (MQ A/B)
20 km – 1.22.15 / 1.25.00
50 km – 3.59.50 / 4.08.00

Femininos (MQ A/B)
20 km – 1.32.30 / 1.37.00
50 km – (sem marcas indicadas!)

De notar que as marcas “A” estipuladas pela FPA para acesso aos europeus de Berlim são bem mais difíceis do que os mínimos exigidos para os recentes mundiais de Londres-2017 ou mesmo para Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Entretanto, na condição de pré-selecionados estão já Ana Cabecinha e Inês Henriques, atletas que se classificaram nos oito primeiros lugares do Campeonato do Mundo de Londres-2017.

Informação mais detalhada para o acesso a esta e várias outras competições internacionais pode ser encontrada no «site» da FPA, aqui.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O ressurgimento da Marcha Atlética em Portugal - I

Pioneiros da marcha atlética em prova no Estádio Nacional em 1975.
Foto: arquivo de O Marchador. Moldura: Constantinoneto
A marcha atlética deu os seus primeiros passos em Portugal após o 25 de Abril de 1974.

Aires Denis viveu os anos iniciais da especialidade no nosso país. Com o seu empenho contribuiu de forma determinante para a divulgação de uma disciplina do atletismo quase desconhecida entre nós. Funcionário da Telemec, aderiu a uma sugestão de um colega de trabalho - Raymond Ysmal – que tinha sido alguém com alguma projeção na marcha atlética francesa, e propôs que se fizesse marcha atlética no recém-criado clube desportivo da empresa que laborava, então, para os lados de Prior Velho.

Aires Denis tomou como sua a sugestão e desenvolveu a sua luta. Expandiu a especialidade na própria Telemec, formando um grupo de praticantes. Decidiu ir à Federação propor que se fizesse marcha. Não colheu resultados positivos. Foi então que teve a ideia de ir à Associação de Atletismo de Lisboa onde encontrou total recetividade.

Logo aí, naquele ano de 1975 é constituída a primeira Comissão Dinamizadora de Marcha, integrada na Associação de Atletismo de Lisboa, então presidida por Castelo Branco. Formam-na Aires Denis, Raymond Ysmal, Carlos Andrade, António Denis e Ana Maria. Se não todos, a maioria deles participa em treinos e provas onde o Estádio Nacional constitui o centro nevrálgico da atividade. No Magoito onde Ysmal morava, fazem-se provas de marcha.

Pouco tempo depois, o Dr. Mário Paiva assume a presidência da Associação de Atletismo de Lisboa e Aires Denis fica lá como diretor responsável pela marcha e começa a realizar provas em várias localidades. Uma das primeiras, se não a primeira prova de pista realizada no nosso país, tem lugar no Estádio Nacional, e é documentada na foto, gentilmente cedida por Carlos Menezes (em primeiro plano, o primeiro à esquerda). Destaca-se na foto Aires Denis (em pé, o quarto a contar da esquerda) e Raymond Ysmal (em primeiro plano, ao meio, de óculos escuros), os “pais” da marcha atlética portuguesa.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

BOAS FESTAS


São os votos da equipa do blogue “O Marchador”,
Carlos Gomes, José Dias e Luís Dias.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Centro de Atletismo das Galinheiras comemora aniversário

Os dirigentes e atletas José Henriques e Paulo Ramos exibem o troféu
de veteranos masculinos de São João da Madeira e as atletas Fátima
Costa, Maria Orlete Mendes e Felicidade as faixas de campeãs
 nacionais de marcha. Fotos: Kristina Saltanovic e M.ª Orlete Mendes
Montagem: O Marchador
Amanhã, 25 de Dezembro, dia de Natal, comemora-se mais um aniversário do Centro de Atletismo das Galinheiras, o 38.º desta coletividade lisboeta que tem estatuto de utilidade pública e que tem apresentado ao longo dos anos um notório envolvimento cultural, social e desportivo, neste caso, e em particular, na marcha atlética.

A data foi comemorada em antecipação com um almoço convívio no dia 9 de Dezembro, nas instalações do clube, com a presença de várias entidades oficiais, amigos, sócios e atletas, muitos destes que se sagraram campeões nacionais na marcha atlética, recebendo as faixas alusivas.

Foi ainda exibido o troféu coletivo de campeão nacional de veteranos masculinos (que juntou aos femininos) ainda do campeonato nacional de S. João da Madeira (4 de Março), entregue no almoço pelo representante federativo, e que corrigiu a classificação apurada na competição (mas não nos resultados) que dava o CAG como 2.º classificado!

Não faltou também a tradicional sessão de fados que, como habitualmente, abrilhantou o convívio.

Entretanto, recorde-se que recentemente o CA Galinheiras organizou o seu 38.º grande prémio de corrida (18 Novembro) e retomou o seu Grande Prémio de Marcha, em 24.ª edição (e 16.ª légua).

O blogue «O Marchador» endereça as maiores felicitações ao Centro de Atletismo das Galinheiras, nomeadamente ao seu Presidente, José Henriques, aos seus dirigentes e associados.

Provas de observação de Marcha Atlética na Guatemala

Vários dos participantes nas provas de Marcha.
Fotos enviadas por Julio C Urias
Montagem: O Marchador
Passadas duas semanas após a jornada vitoriosa dos marchadores guatemaltecos nos Jogos Centro-americanos que tiveram lugar em Manágua, capital da Nicarágua, realizaram-se nesta quarta-feira (20) provas de observação na Pista do Estádio Nacional Mateo Flores, organizadas pela Federação de Atletismo da Guatemala, também nas distâncias de 20 km (masculinos e femininos), e de 35 km, destacando-se a presença em maior número, de atletas do escalão Sub-23.

20.000 m (Fem): Arely Esmeralda Morales Hernández (Sub-23) venceu com a marca de 1:39:45, seguida de Jamy Amarilis Franco Núnez, com 1:42:40, Yasuri Betzaida Palacios Sanjosé, com 1:43:45, e de Céfora Micaela Pontzio Tsul (Sub-23), com 1:52:31. Desistiram: Lea Elizabeth e Mavdi Emileni.

20.000 m (Masc.): Os três primeiros realizaram com marcas abaixo da uma hora e vinte e sete minutos. Bernardo Uriel Barrondo Garcia, que triunfara nos Centro-americanos, venceu agora com o tempo de 1:26:08, seguido de Ángel Rolando Batz Chub, com 1:26:12, Jose Oswaldo Calel Sis (Sub-23), com 1:26:21, e de José Eduardo Ortiz Flores, com 1:30:12. Desistiram: Cristian Epifanio e Jose Victor.

35.000 m (Masc.): Todos os quatro a concluir a prova têm idades abaixo dos 23 anos. Jurgen Everhard Grava Chávez foi o primeiro com 2:43:51, Erwin Ernesto Morales Paau o segundo com 2:45:00, Sergio Daniel Sacul o terceiro com 2:46:26 e Ángel Eduardo Ramos Ventura o quarto com 2:51:15. Desistiu José Gregorio.

Julio C Urias, o treinador nacional sub-23 e responsável por esta nova geração de atletas guatemaltecos, e a quem agradecemos a colaboração prestada, deixou-nos as suas ideias:

“ A prova teve lugar nas instalações de Campo de Marte e o objetivo principal centrava-se na realização de marcas como avaliação prévia para os campeonatos nacionais que terão lugar em fevereiro, na cidade de Guatemala.

Fiquei com uma boa impressão dos atletas já que os resultados foram satisfatórios e cumpriram-se todos os pressupostos determinados pela Federação de Atletismo da Guatemala com vista a prosseguirmos com a nossa planificação. “

sábado, 23 de dezembro de 2017

Novo recorde de França para o sub-20 David Kuster

Kuster a caminho de novo recorde sub-20 em Nogent-sur-Oise.
Foto: CSL Neuf-Brisach A.
Montagem: O Marchador
19.48,60 foi a marca com que David Kuster, do CSL Neuf-Brisach Athlétisme, treinado por Gilles Rocca, fechou o ano de 2017 na prova de 5.000 metros marcha na pista coberta «Marie Curie» em Nogent-sur-Oise (17 Dez.), de novo batendo o recorde nacional de França da categoria sub-20, apenas duas semanas depois dos 20.00,8 conseguidos em Reims.

As segundas e terceiras posições na prova masculina foram para Ryan Gognies (EFS Reims A., 22.11,52) e Valentin Chaumette (Bouc - S/l Froissy Athletic Club, 23.10,48), ambos da categoria de sub-18.

A prova feminina de 3.000 metros teve como vencedora Cecile Naze (Mouy ATAC), com 14.35,60, seguida da sub-18 Emeline Torrez (AC Cauffry-Liancourt-Rant-Laig, 15.57,83) e da veterana W45 Sonia Kerjean (EOA - S/l VGA Compiegne, 16.28,51).

Classificações
5.000 m masculinos
1.º, David Kuster, 1999 (CSL Neuf-Brisach Athlétisme), 19.48,60 - sub-20
2.º, Ryan Gognies, 2000 (EFS Reims A.), 22.11,52 - sub-18
3.º, Valentin Chaumette, 2000 (Bouc - S/l Froissy Athletic Club), 23.10,48 - sub-18
4.º, Lucas Dreville, 2002 (Beauvais Oise Union Club), 24.56,14 - sub-16
5.º, Jeremy Cys, 1978 (AC Chateau Thierry), 25.57,90 - M35
6.º, Loick Kerjean, 2000 (EOA - S/l Vga Compiegne), 26.30,26 - sub-18
7.º, Frederic Marie, 1961 (O Yve A - S/l AS Mantes), 27.40,83 - M55
8.º, Tony Macre, 1977 (Mouy ATAC), 28.25,03 - M40
9.º, Alban Plateaux, 2001 (AC Chateau Thierry), 29.27,73 - sub-18
10.º, Rene Helin, 1945 (Athletic Club de Margny Lès Compiègne), 33.12,56 - M70

3.000 m femininos
1.ª, Cecile Naze, 1995 (Mouy ATAC), 14.35,60 - sub-23
2.ª, Emeline Torrez, 2000 (AC Cauffry-Liancourt-Rant-Laig), 15.57,83 - sub-18
3.ª, Sonia Kerjean, 1971 (EOA - S/l VGA Compiegne), 16.28,51 - W45
4.ª, Lucie Demarest, 2001 (EOA - S/l VGA Compiegne), 17.09,65 - sub-18
5.ª, Laurence Steux, 1963 (Mouy ATAC), 17.33,19 - W50
6.ª, Livia Castagna, 2002 (Athle 91 - S/l Viry Chatillon), 17.39,38 - sub-16
7.ª, Morgane Mureddu, 2001 (Mouy ATAC), 18.33,97 - sub-18
8.ª, Justine Plouy, 2000 (EOA - S/l VGA Compiegne), 20.18,04 - sub-18
9.ª, Nadia Ducruet, 1964 (AC Chateau Thierry), 20.25,20 - W50
10.ª, Clara Crette, 2001 (AC Chateau Thierry), 20.58,42 - sub-18

Campeonatos de Hong Kong de 20 km (resultados)

Os campeonatos em Honk Kong e Jessica Siu Nga Ching.
Fotos: Echo Yeung e Emmanuel Tardi (arq.)
Montagem: O Marchador
Os Campeonatos de Marcha Atlética de Hong Kong, em estrada, tiveram lugar no domingo passado (17), com uma temperatura a variar entre os 12 e os 16 graus centígrados e uma humidade relativa de 45 a 70%.

No setor masculino, e considerando a classificação global, destacou-se Edward Chun Hung Tse, que totalizou as vinte voltas ao circuito no tempo de 1.40.50, ainda assim longe do recorde nacional, que lhe pertence, quando nos campeonatos asiáticos de marcha de 2015, realizados na cidade japonesa de Nomi, obteve a marca de 1.30.13. Siu Man Chun obteve a segunda melhor marca com 1.48.36 e Peter John Gregoire concluiu a prova com o tempo de 2.02.23. Participaram 15 atletas.

No setor feminino, Jessica Siu Nga Ching foi a vencedora com a marca de 1.43.25. Recordista nacional – em Londres, nos mundiais de atletismo, fez 1.35.13, Jessica esteve radicada nos EUA onde concluiu os seus estudos na Universidade de Lindenwood, no Missouri. Na classificação global, com a participação de 20 mulheres, Lau Haiying foi segunda com 1.58.29.

Nos juniores masculinos (10 km) Eric Tsang venceu com 56.11.

A prova contou com a atuação de juízes dos painéis internacionais de marcha, dois de Hong Kong, Man Chun Yeung, a quem se agradece a colaboração, e Wang Tak Fung, do malaio Khoo Chong Beng e do sul-coreano Dukho Cho.

Principais classificações
20 km masculinos - geral
1.º, Tse Chun Hung, 1.40.50 - 1.º, master
2.º, Siu Man Shun, 1.48.36 - 1.º, sénior
3.º, Peter John Gregoire, 2.02.23 - 2.º, master
4.º, Ko Tai Chiu, 2.03.46 - 3.º, master
5.º, Fung For Yau, 2.05.57 - 4.º, master
6.º, Fu Chi Wing Jason, 2.09.09 - 5.º, master
7.º, Liu Hak Ming, 2.12.09 - 6.º, master
8.º, Chan Pak Cheong, 2.12.18 - 7.º, master
9.º, Hung Ling Tak, 2.20.26 - 8.º, master
10.º, Kwok Chun Wai Thomas, 2.29.04 - 9.º, master
11.º, Bill Purves, 2.39.17 - 10.º, master
12.º, Lee Chi Ko, 2.41.30 - 11.º, master
Desclassificados: Chin Man Kit - senior, e Wong Siu Keung - master.
Desistente: Daniel Cheung Wing Hin – master.

20 km femininos - geral
1.ª, Ching Siu Nga, 1.43.25 - 1.ª, sénior
2.ª, Lau Haiying, 1.58.29 - 1.ª, master
3.ª, Ng Sal Man, 2.02.03 - 2.ª, master
4.ª, Wong Sze Wai Luna, 2.09.33 - 2.ª, sénior
5.ª, Leung Yuk Yin, 2.11.46 - 3.ª, sénior
6.ª, Kwan Siu Yin, 2.12.50 - 3.ª, master
7.ª, Suen Wai Há, 2.16.00 - 4.ª, master
8.ª, Siu Wing Sheung, 2.17.57 - 5.ª, master
9.ª, Lau Sal Han, 2.19.49 - 6.ª, master
10.ª, Tai Sal King Irene, 2.20.43 - 7.ª, master
11.ª, Lam Suk Lan, 2.21.27 - 8.ª, master
12.ª, Fung Siu Mei, 2.23.15 - 9.ª, master
13.ª, Ng Chui Yi, 2.26.56 - 10.ª, master
14.ª, Li Chui Fun, 2.27.54 - 11.ª, master
15.ª, Lai Hung Lin, 2.30.33 - 12.ª, master
16.ª, Mok Sal Yi, 2.35.19 - 4.ª, master
17.ª, Lau Yuk King, 2.42.25 - 13.ª, master
Desistentes: Chan Tsz Ching - senior e Cheung Ip Ming – master.
Desclassificada: Wong Yuet Chun – master.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Álvaro Martín e Laura García-Caro triunfadores em Getafe

A partida e os pódios absolutos do evento em Getafe.
Fotos: Félix Villar. Montagem: O Marchador
Tal como sucedido em 2016, Álvaro Martín e Laura García-Caro sagraram-se os vencedores das principais provas de 10 km da XIX edição do «Trofeo de Marcha Asociación Deportiva Cerro de Buenavista» realizado no passado domingo (dia 17) em Getafe, cidade da comunidade autónoma de Madrid.

Nos masculinos, Álvaro Martín, que representa o Club Atletismo Playas de Castellón, registou à chegada a marca de 41.19, confortavelmente à frente dos seus principais opositores, mas ainda na casa dos 41 minutos de prova, na circunstância Diego García (A.D. Marathon, 41.54) e José Ignacio Díaz (FC Barcelona, 41.59).

Nos femininos, Laura García-Caro, do Club Atletismo Ciudad de Lepe, com 45.00, distanciou-se na meta 16 segundos relativamente a Lídia Sánchez-Puebla (Playas de Castellón, 45.16), a segunda classificada. Na terceira posição entrou a sub-20 Lluna Capdevilla, também do Playas de Castellón, com 48.58.

Nas classificações das provas de 10 km separadas por juvenis/juniores, lideram o sub-18 Álvaro Calderón (València Esports), com 45.21, e a sub-16 Alícia Lumbreras González (Atl. Moralzarzal), com 53.20.

Como já noticiado em peça própria no blogue «O Marchador» [aqui] o evento acolheu o Campeonato de Espanha Master em estrada, com vitórias absolutas de Juan Porras, M45 (Unicaja Atletismo, 45.49, 10 km) e Maria Dolores Marcos, W35 (MillenniumTorrevieja, 24.29, 5 km).

As classificações completas do evento, que reuniu quase 200 atletas de várias idades, podem ser consultadas aqui.

Um belo álbum de fotos de Félix Villar pode ser visto aqui.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Volta ao Lago Taihu encerra Challenge Mundial de 2018

Fotomontagem: O Marchador
A espetacular Volta ao Lago Taihu (China), em marcha atlética, que anualmente tem lugar na região de Xuzhong, província de Suzhou, vai integrar, pela primeira vez, o Challenge Mundial de Marcha, evento patrocinado pela IAAF e que incluiu ainda o Memorial Jerzy Hausleber, em Monterrey (México), o 27.º Grande Prémio Internacional de Rio Maior (Portugal), o Campeonato do Mundo de Nações (China), e o 32.º Grande Prémio da Corunha - Trofeo Sergio Vazquez (Espanha).

O evento chinês, que é composto por quatro provas, a realizar em dias seguidos, vai realizar-se de 23 a 26 de setembro de 2018, e é uma organização da federação chinesa de atletismo e que conta com o apoio do município local e de várias entidades privadas. Aguarda-se a publicação de regulamentação própria.

Vários dos melhores marchadores mundiais já participaram naquela competição, nomeadamente os vencedores do Challenge Mundial, o colombiano Eider Arévalo, campeão mundial dos 20 km marcha, e a brasileira Erica de Sena, quarta nos mundiais.

Na edição da Volta ao Lago Taihu deste ano triunfaram o australiano Dane Bird-Smith, medalha de bronze nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e a italiana Antonella Palmisano, medalha de bronze nos 20 km marcha dos Mundiais de Londres.

Eider Arévalo homenajeado na pista do Parque El Tunal, em Bogotá

Em cima, Eider Arévalo, Esteban Soto e Jorge Ruiz, três figuras
da marcha colombiana. Em baixo, nos 3.000 m, o comando da prova
feminina por Ingrid Hernández e os participantes masculinos
com o homenageado. Fotos: Running Colombia
Montagem: O Marchador
Eider Arévalo Truque, campeão do mundo em Londres-2017 nos 20 km marcha, foi homenageado no passado dia 17 na pista de atletismo do Parque Metropolitano El Tunal, em Bogotá, Colômbia, por ocasião da «Copa Distrital de Marcha Atletica IDRD» evento realizado pela Liga de Atletismo de Bogotá, com o apoio do Atlético Independiente Junior e Potosí la Isla, que reuniu cerca de 120 atletas de várias categorias etárias.

Na ocasião, Arévalo agradeceu à Liga Bogotá o reconhecimento prestado pelo seu feito nos mundiais de atletismo, algo que sonhava desde pequeno e que foi possível concretizar graças ao muito esforço e dedicação no trabalho realizado. Acrescentou ainda que o mais importante é seguirmos sempre em frente, disfrutar cada momento do que fazemos, algo que fez agora na Copa Distrital.

O programa do evento contemplou provas de curtas distâncias, entre as quais uma estafeta mista de 4x1000 metros, participada pelo próprio Arévalo e ainda, entre outros, pelo recente campeão bolivariano Esteban Soto.

As melhores marcas absolutas nas provas de 3.000 metros foram conseguidas pela olímpica Ingrid Hernández, de Potosi, com 13.56,03, e pelo internacional sub-20 Sebastián Merchán, do Independiente JR, com 12.26,49.

Os resultados completos podem ser encontrados aqui.

Colaboração: Jorge Estivens Diaz

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Perseus Karlström brilhou nos 50 km de Melbourne, Austrália

Perseus Karlström, Jemima Montag, Declan Tingay, Alana Barber
e Quentin Rew no Fawkner Park, em Melbourne, Austrália.
Imagens de vídeo do AthsVic TV. Montagem: O marchador
Inicialmente marcados para o dia 3 deste mês mas adiados devido ao mau tempo, os Campeonatos da Austrália de 50 km realizaram-se no domingo, dia 17, no Fawkner Park, em Melbourne, não com os 5 atletas (4 masc. e 1 fem.) previstos para a primeira data, mas apenas com um, e não australiano, o internacional e olímpico sueco Perseus Karlström.

Karlström, que pela primeira vez se preparou a sério para a distância, obteve de forma absolutamente solitária a marca de 3.44.35, batendo por 8 minutos e 8 segundos o seu recorde pessoal que datava da sua estreia nos 50 km (3.52.43 em Eskilstuna-2013) e melhorando em 14 segundos o recorde nacional da Suécia que durava há 29 anos, desde os Jogos Olímpicos de Seul-1988, de 3.44.49 obtido por Bo Gustafsson.

A marca final posiciona Karlström na 10.ª posição da lista mundial de 2017. Os seus parciais em cada 10 km foram de 45.38, 45.04, 44.49, 44.29 e 44.35, com o último quilómetro em fantásticos 4 minutos e 10 segundos.

Mas outros resultados de valia foram obtidos nas outras provas extra-campeonatos. Nos 20 km, vitórias neozelandesas de Quentin Rew, com 1.22.17, e de Alana Barber, com 1.33.36. A completarem os pódios ficaram, nos masculinos, Tyler Jones, com um recorde pessoal de 1.26.44, e Carl Gibbons, com 1.28.16, ambos de New South Wales, e nos femininos, Claire Tallent (South Australia), com 1.33.59, ela que tinha previsto realizar 50 km, e a sensação sub-20, Jemima Montag (Victoria), com 1.34.18 em estreia na distância.

Ainda uma referência para as provas de 10 km sub-20, com Declan Tingay (Western Australia) a vencer nos masculinos com um novo recorde pessoal de 42.02, e Philippa Huse (Victoria), com 51.08 a superiorizar-se nos femininos, à frente de Jemma Peart (Victoria), de 16 anos de idade, com 51.56 nos seus primeiros 10 km.

Resultados completos, aqui.

Hirooki Arai, atleta do ano no Japão

Hirooki Arai na Gala da JAAF em Tóquio.
Fotos do próprio. Montagem: O Marchador
O marchador Hirooki Arai, medalha de prata na prova dos 50 km dos campeonatos mundiais de Londres, que tiveram lugar em agosto deste ano, foi distinguido pela Federação de Atletismo do Japão na qualidade de “O Atleta do Ano”, tendo recebido o prémio no decorrer da Gala Anual da Federação de Atletismo do Japão (JAAF Athletics Award 2017), que se realizou na noite de ontem, numa unidade hoteleira de Tóquio.

Arai, de 29 anos, e que nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que decorreram em 2016, ganhara a medalha de bronze, também nos 50 km marcha, a primeira obtida pelo Japão nesta disciplina em olimpíadas, declarou sentir-se “extremamente honrado por ter recebido uma distinção desta natureza” e feliz por nos últimos mundiais os três marchadores japoneses dos 50 km terem ficado classificados nas cinco primeiras posições.

“Não importa quem compita, o importante é que os japoneses são muito fortes nesta disciplina”, acrescentou o galardoado marchador que nota ainda um crescente apoio popular na marcha atlética nacional e formula a vontade expressa no melhor resultado possível nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

Sendo a marcha atlética uma disciplina essencialmente técnica, Arai afirmou recentemente que tem tido a sorte de ter consigo um conjunto de treinadores e pessoal de apoio que lhe ajudam na monotorização da sua técnica, realizando vídeos que depois são estudados em conjunto e adequados ao seu estilo de marchar, o que lhe tem sido muito útil ao longo destes anos todos que leva de treino e competições.

Natural de Nagano, cidade que acolheu os Jogos Olímpicos de Inverno de 1998, e que é muito atraente pelas suas belas paisagens – são famosas as maças, uvas e castanhas produzidas na região (os próprios pais são agricultores, possuindo uma quinta de macieiras), Arai está alistado nas Forças Armadas de Autodefesa Terrestre, que orgulhosamente usa o uniforme, representando nas competições nacionais a sua Academia.

Campeonato de Espanha Master – Getafe (resultados)

Maria Dolores Marcos e Juan Antonio Porras, os primeiros na meta,
e María José Briz e Miguel Periañez, com as marcas mais valiosas.
Fotos: Félix Villar. Montagem: O Marchador
A Real Federação Espanhola de Atletismo fez disputar em Getafe, na província de Madrid, no passado domingo (17 Dez.), o Campeonato Nacional Master de Marcha em estrada sobre 10 km masculinos e 5 km femininos aproveitando a ocasião da XIX edição do Troféu Cerro de Buenavista.

Na prova masculina, com 34 participantes, o primeiro classificado em termos absolutos foi Juan Antonio Porras, atleta M45 do Unicaja Atletismo, com 45.49, marca que constitui recorde dos campeonatos na categoria (antes, 46.05 de Leonardo Toro na Corunha-2012). As segundas e terceiras posições na meta foram ocupadas por atletas de diferentes escalões, nomeadamente Victor Manuel Castro, M35 (Hinaco Monzon, 46.37) e Juan Ruben Piñera, M40 (CAI Gran Canaria, 46.41).

Ainda nos masculinos, as marcas mais valiosas pela tabela internacional de graduação por idades e acima dos 90% pertenceram aos M55 Miguel Periañez (Perceiana-Extremadura, 47.32) e Miguel Angel Carvajal (Playas de Castellon, 47.29), com 92,53 e 90,28 respetivamente.

Na prova feminina (23 participantes), a recordista de Espanha de 50 km, Maria Dolores Marcos, W35 do MillenniumTorrevieja, impôs-se nos 5 km com 24.29, à frente de Ana Cortés García, também W35 (Juventud Atletica Elche, 25.24) e Carmen Mercedes Hernández, W45 (Super Amara BAT, 26.46).

Destaque-se o novo recorde nacional W65 para María José Briz (Lynze Parla), com 30.14, melhorando em 6 segundos a marca que já lhe pertencia desde há 1 semana em Guadix. A marca agora obtida por María José foi a mais valiosa de entre todas as concorrentes no campeonato, com 88.09%.

Classificações
10 km masculinos - geral/categorias
1.º, Juan Antonio Porras Hidalgo, 1972 (Unicaja Atletismo), 45.49 - 1.º, M-45
2.º, Victor Manuel Castro Mateo, 1980 (Hinaco Monzon), 46.37 - 1.º, M-35
3.º, Juan Ruben Piñera Alvarez, 1975 (CAI Gran Canaria), 46.41 - 1.º, M-40
4.º, Jose Fernandez Nieves, 1980 (R.C. Celta), 47.09 - 2.º, M-35
5.º, Miguel Angel Carvajal Ortega, 1965 (Playas de Castellon), 47.29 - 1.º, M-50
6.º, Miguel Periañez Garcia, 1962 (Perceiana-Extremadura), 47.32 - 1.º, M-55
7.º, Leonardo Toro Lopez, 1967 (At. Badajoz), 48.07 - 2.º, M-50
8.º, Antonio Camaño Mesa, 1980 (Juventud Guadix), 48.12 - 3.º, M-35
9.º, Alberto Pallares Perez, 1970 (At. Intec-Zoiti), 48.53 - 2.º, M-45
10.º, Roberto Rodriguez Jimenez, 1969 (Image FDR), 49.17 - 3.º, M-45
11.º, Jose Antonio Aparicio Montagud, 1969 (C.A. Torrent), 49.48 - 4.º, M-45
12.º, Juan Manuel De Lucas Pasalodos, 1966 (A.D. Marathon), 49.53 - 3.º, M-50
13.º, Pedro Luis Santos Vilariño, 1977 (Atletismo Alcorcon), 51.01 - 2.º, M-40
14.º, Antonio Porcel Arana, 1971 (Atmo. Portugalete), 51.15 - 5.º, M-45
15.º, Carlos Alcala Penades, 1976 (Union Atletica Coslada), 51.49 - 3.º, M-40
16.º, Francisco Parra Alvarez, 1975 (At Almendralejo), 51.49 - 4.º, M-40
17.º, Jose Alberto Muñoz Martínez, 1975 (Catarroja U.E.), 52.40 - 5.º, M-40
18.º, Jose Antonio Mestre Rodriguez, 1965 (Suanzes San Blas), 53.45 - 4.º, M-50
19.º, Jose Javier Rodriguez Melcon, 1966 (Lynze Parla), 55.27 - 5.º, M-50
20.º, Angel Ruata Martin, 1957 (At. Intec-Zoiti), 55.33 - 1.º, M-60
21.º, Alberto Cemborain Rodriguez, 1971 (CA Viladecans), 55.45 - 6.º, M-45
22.º, Jose Muñoz Belmonte, 1961 (Atletismo Zafra), 55.47 - 2.º, M-55
23.º, Jose miguel Barrios Peñafiel, 1974 (At.Safor-Delikia Sports), 55.57 - 6.º, M-40
24.º, Jesus Javier Moreno Mate, 1957 (Spartak Getafe), 56.14 - 2.º, M-60
25.º, Juan Pedro Segura Fernandez, 1966 (MillenniumTorrevieja), 57.04 - 6.º, M-50
26.º, Ildefonso Rodriguez Garcia, 1965 (A.D. Marathon), 58.43 - 7.º, M-50
27.º, Felix Villar Clavero, 1974 (Atletismo Alcorcon), 1.00.00 - 7.º, M-40
28.º, Faustino Sanchez Guindo, 1971 (Suanzes San Blas), 1.02.18 - 7.º, M-45
29.º, Claudio Velando Castan, 1964 (At Almendralejo), 1.03.07 - 8.º, M-50
30.º, Rafael Area Diego, 1949 (Atletismo Ocle), 1.04.13 - 1.º, M-65
31.º, Benito Leon Gonzalez, 1946 (Lynze Parla), 1.08.30 - 1.º, M-70
Desclassificados: Adolfo Garcia Marin, 1963 (Hinaco Monzon) - M-50, Manuel Aguilar Garcia, 1967 (Juventud Guadix) - M-50 e Mariano Jose De La Fuente Gonzalez, 1974 (Track Cross Road Team) - M-40.

5 km femininos - geral/categorias
1.ª, Maria Dolores Marcos Valero, 1979 (MillenniumTorrevieja), 24.29 - 1.ª, W-35
2.ª, Ana Cortes Garcia, 1978 (Juventud Atletica Elche), 25.24 - 2.ª, W-35
3.ª, Carmen Mercedes Hernandez Burgos, 1969 (Super Amara BAT), 26.46 - 1.ª, W-45
4.ª, Carmen Martin Piñuela, 1966 (Suanzes San Blas), 27.48 - 1.ª, W-50
5.ª, Africa Rodriguez Arroyo, 1969 (Cayon-Helios DICA), 28.14 - 2.ª, W-45
6.ª, Myriam Clarisa Alcaire Ernst, 1968 (Atletismo Alcorcon), 28.42 - 3.ª, W-45
7.ª, Virginia Humanes Portillo, 1972 (Ohmio Arahal), 29.07 - 1.ª, W-40
8.ª, Maria Deseada Climent Chafer, 1964 (Playas de Castellon), 29.17 - 2.ª, W-50
9.ª, Isabel Ruiz-ayucar Seifert, 1964 (Grupo Oasis Tres Cantos), 29.40 - 3.ª, W-50
10.ª, Loli Seoane Zapico, 1970 (Universidad de Burgos), 30.08 - 4.ª, W-45
11.ª, Maria Jose Briz Rodriguez, 1951 (Lynze Parla), 30.14 - 1.ª, W-65
12.ª, Sonia Nieto Diaz, 1975 (Atletismo Alcorcon), 30.18 - 2.ª, W-40
13.ª, Patricia Villalva Quintana, 1972 (Atletismo Alcorcon), 30.47 - 5.ª, W-45
14.ª, Sonia Ildefonso Gonzalez, 1968 (Individual), 31.08 - 6.ª, W-45
15.ª, Maria Nieves Camaño Mesa, 1976 (Juventud Guadix), 31.51 - 3.ª, W-40
16.ª, Maria Trinidad Arias Gonzalez, 1963 (Atletismo Alcorcon), 31.56 - 4.ª, W-50
17.ª, Yolanda Abellan Trabazo, 1971 (At. Femenino Celta), 32.03 - 7.ª, W-45
18.ª, Macarena Uriol Batuecas, 1960 (At. Badajoz), 32.37 - 1.ª, W-55
19.ª, Maria Del Carmen Martin Navarro, 1962 (A.A. Mostoles), 32.39 - 2.ª, W-55
20.ª, Azucena Lopez Almorox, 1958 (Atletismo Alcorcon), 33.19 - 3.ª, W-55
21.ª, Maria Jose Escoda Lorca, 1972 (C. A. Sant Joan), 33.46 - 8.ª, W-45
22.ª, Rosa Maria Navio Martinez, 1970 (Union Atletica Coslada), 34.40 - 9.ª, W-45
23.ª, Pilar Adan Lopez, 1952 (València Esports), 36.20 - 2.ª, W-65