domingo, 31 de julho de 2022

Para não variar, vitórias dos marchadores do Sporting CP e SC Braga na I Divisão 2022

João Vieira e Vitória Oliveira nas provas de marcha da I Divisão em Leiria.
Imagens: Federação Portuguesa de Atletismo. Montagem: O Marchador

Como vem sucedendo pelo menos nas últimas 5 épocas, a dupla João Vieira, sempre no Sporting CP, e Vitória Oliveira, no Sporting CP (2018 e 2019) e no SC Braga (2020 a 2022), voltaram a contribuir com o maior número de pontos (8) para as suas equipas nas provas de marcha dos Campeonatos Nacionais de Clubes de pista ao ar livre da I Divisão (Leiria, 30 e 31/7).

João Vieira, de 46 anos de idade, com 20:41.66 nos 5.000 metros, fez o suficiente para levar de vencida o seu principal opositor, Rui Coelho, do SL Benfica, chegado à meta 10 segundos depois (20:51.63). O terceiro lugar da prova pertenceu a outro veterano, Manuel Marques (43 anos), do Jardim da Serra, que obteve 22:06.77.

Vitória Oliveira, nos 3.000 metros, destacou-se da concorrência vencendo com 12:55.76, a sua melhor marca em pista ao ar livre (antes, 13:01.51 em Guimarães-2021) mas que não suplanta por 17 centésimos de segundo o recorde pessoal na distância em pista coberta. Os segundo e terceiro lugares pertenceram a Carolina Costa, do Sporting CP, com 13:35.43, e Bruna Marques, da Juventude Vidigalense, com 13:47.83.

Em termos coletivos, os triunfos pertenceram ao SL Benfica, nos masculinos, e ao Sporting CP, nos femininos.

Classificações - I divisão
5.000 m masculinos
1.º, João Vieira (SCP), 20:41.66
2.º, Rui Coelho (SLB), 20:51.63
3.º, Manuel Marques (AJS), 22:06.77
4.º, Amaro Teixeira (CBF), 23:27.44
5.º, João Afonso Olim (ADRAP), 23:59.31
6.º, Luís Gil (GDE), 24:01.70
7.º, Rúben Santos (SCB), 28:52.15
Desclassificado: David Gregório (JV).

3.000 m femininos
1.ª, Vitória Oliveira (SCB), 12:55.76
2.ª, Carolina Costa (SCP), 13:35.43
3.ª, Bruna Marques (JV), 13:47.83
4.ª, Raquel Pimentel (MAC), 14:31.41
5.ª, Vera Portela (CSM), 14:47.42
6.ª, Ana Monteiro (GDE), 15:28.98
7.ª, Andreia Freitas (AJS), 16:04.11
8.ª, Catarina Costa (JOMA), 17:21.16

Os Juízes de Marcha nos Campeonatos Mundiais de Atletismo, em Eugene, Oregon

Juízes internacionais de marcha e secretário em Eugene, Oregon 2022.
Fotos: Reginald Weissglas e José Júlio Dias. Montagem: O Marchador

Os Campeonatos Mundiais de Atletismo, que se disputaram este ano nos EUA, com a realização de quatro provas de marcha, em piso asfaltado, totalmente plano, registaram a presença total de 177 atletas (uma parte competindo nas duas distâncias), 41 nos 20 km femininos, 45 nos 20 km masculinos, 41 nos 35 km femininos e 49 nos 35 km masculinos.

Os 8 juízes de marcha que atuaram nas competições de Doha (7 em plena efetividade num circuito de caraterísticas planas num perímetro de 1.000 metros (sentido de ida e volta) e 1 no exercício das funções de Juiz-chefe), 6 provenientes da Europa, 1 da Ásia e 1 da Oceânia, exibiram 307 raquetas amarelas por suspensão e 186 por flexão e registaram 162 notas de desclassificação (RC), que passaremos a designar por faltas, sendo que destas 85 corresponderam a faltas por suspensão (~) e 77 a faltas por flexão (<)..

Nas 4 provas de marcha foram desclassificados 9 atletas (8 com 4 faltas e 1 com 5 faltas de outros tantos juízes), o que corresponde a 5% do total de participantes, enquanto 17 atletas foram parar à Zona de Penalização (2 minutos de paragem para 9 atletas nos 20 km e 3,5 minutos na ZP para outros tantos 9 atletas nos 35 km) sendo que 7 daqueles acabariam mesmo por serem desclassificados.

Sem qualquer registo de falta há a assinalar o número de 85 atletas, o que corresponde a 48% do total de participantes.

Um pouco mais pormenorizadamente, debruçamo-nos sobre cada um dos eventos, sendo de notar que as raquetas amarelas mostradas aos atletas pelos juízes de marcha não constituem nenhuma penalização, apenas um alerta.

20 km femininos (41):
39 faltas (RC), 25 por suspensão (~) e 14 por flexão (<).
Desclassificadas (DQ): 2 atletas, 1 com 5 faltas (RC) e 1 com 4 faltas (RC).
Zona de Penalização (PZ): 3 atletas (2 minutos) + 2.
Com faltas (RC): 16 atletas.
Sem faltas: 20 atletas.
Sem faltas (RC) e sem raquetas amarelas (YP): 7 atletas – Angela Castro (Bolívia), Shijie Qieyang (China), Galina Yakusheva (Cazaquistão), Brigita Virbalyte (Lituânia), Valeria Ortuño (México), Kimberly García (Peru) e Carolina Costa (Portugal).

20 km masculinos (45):
42 faltas (RC), 26 por suspensão (~) e 16 por flexão (<).
Desclassificado (DQ): 1 atleta com 4 faltas (RC).
Zona de Penalização (PZ): 3 atletas (2 minutos) + 1.
Com faltas (RC): 22 atletas.
Sem faltas: 19 atletas.
Sem faltas (RC) e sem raquetas amarelas (YP): 5 atletas – Juan Manuel Cano (Argentina), Kaihua Wang (China), Diego García (Espanha), Cristopher Linke (Alemanha) e Nick Christie (EUA).

35 km femininos (41):
34 faltas (RC), 12 por suspensão (~) e 22 por flexão (<).
Desclassificada (DQ): 1 atleta com 4 faltas (RC).
Zona de Penalização (PZ): 2 atletas (3,5 minutos) + 1.
Com faltas: 18 atletas.
Sem faltas: 20 atletas.
Sem faltas (RC) e sem raquetas amarelas (YP): 8 atletas – Kelly Ruddick (Austrália), Elianay Pereira (Brasil), Mayara Luize Vicentainer (Brasil), Paola Pérez (Equador), Antigoni Ntrismpioti (Grécia), Serena Sonoda (Japão), Ema Hacundová (Eslováquia) e Maria Michta-Coffey (EUA).

35 km masculinos (50):
162 faltas (RC), 85 por suspensão (~) e 77 por flexão (<).
Desclassificados (DQ): 5 atletas com 4 faltas cada um (RC).
Zona de Penalização (PZ): 2 atletas (3,5 minutos) + 4.
Com faltas (RC): 17 atletas.
Sem faltas: 26 atletas.
Sem faltas (RC) e sem raquetas amarelas (YP): 5 atletas – Yangben Zhaxi (China), Diego Pinzon (Colômbia), Massimo Stano (Itália), Ricardo Ortiz (México) e João Vieira (Portugal).

Atuaram nas 4 provas do evento os seguintes juízes internacionais de marcha:
Pierce O’Callaghan (Irlanda) – Juiz-chefe
José Dias (Portugal)
Frédéric Bianchi (Suíça)
Kirsten Crocker (Austrália)
Jean-Pierre Dahm (França)
Rolf Müller (Alemanha)
Steve Taylor (Grã-Bretanha)
Man Chun Yeung (Hong-Kong)
Secretário:
Cándido Velez (Porto Rico)

sábado, 30 de julho de 2022

Leiria e Vagos recebem os Nacionais de Clubes da I, II e III divisões

Imagens: FPA. Montagem: O Marchador

O Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, e o Estádio Municipal de Vagos recebem este fim-de-semana (30 e 31 de julho) os Campeonatos Nacionais de Clubes de pista ao ar livre da I e II divisões (Leiria) e da III Divisão (Vagos).

No caso da especialidade da marcha atlética (provas no sábado), na I Divisão, a prova masculina dos 5.000 metros terá início pelas 18:55 horas, enquanto a feminina dos 3.000 metros começará pelas 20:25 horas. Na segunda divisão, a prova masculina terá o tiro de partida às 16:25 horas e a feminina às 16:55 horas. Já quanto à III Divisão, no primeiro dia de provas, as provas de marcha terão lugar às 17:25 horas a prova masculina e às 17:55 horas a prova feminina.

São vários os marchadores internacionais na lista de inscritos da mais importante prova coletiva do calendário nacional, incluindo os olímpicos António Pereira, Augusto Cardoso, João Vieira, Pedro Isidro, Pedro Martins e Vera Santos, e os que estiveram recentemente nos Mundiais de Atletismo, Carolina Costa, Rui Coelho, Sandra Silva e Vitória Oliveira, com alguns clubes a indicarem mais do que um atleta nas provas de marcha. De quaquer forma, e dependendo das opções dos clubes, apenas poderá participar um representante por prova.

Consulte o dossier da Federação Portuguesa de Atletismo sobre o evento, aqui.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Jogos da Commonwealth em Birmingham, de hoje até 8 de agosto

Imagens: LOC CWG 2022. Montagem: O Marchador

Arranca hoje em Birmingham, a segunda maior cidade da Inglaterra no centro-oeste do pais, a 22.ª edição dos Jogos da Commonwealth, uma importante competição internacional e multi-desportiva que se realiza a cada quatro anos.

Esta edição, que sucede a Gold Coast, Queensland, Austrália (2018), será participada por mais de 5000 atletas de 72 delegações de países e territórios, em 19 diferentes modalidades, onde o atletismo tem particular destaque no dia 30/7 (provas da maratona) e depois no período de 2 a 7/8.

As provas de marcha serão desta vez disputadas sobre a distância dos 10.000 metros em pista, a feminina no dia 6/8 às 10h30 e a masculina no dia seguinte, 7, às 11h20, horas locais.

Os campeões em título da marcha atlética (20 km, Gold Coast-2018) são os australianos Dane Bird-Smith, atleta já retirado e que conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, e Jemima Montag, 4.ª classificada há 2 semanas nos mundiais de Eugene, Oregon.

Os CWG 2022 foram oficialmente declarados abertos pelo Príncipe Carlos em cerimónia realizada ontem à noite no «Alexander Stadium», em Birmingham.

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Tóquio receberá em 2025 o Mundial de Atletismo

Imagem: 8PMNews/World Athletics. Montagem: O Marchador

Tóquio, a capital do Japão, foi a cidade escolhida para receber a 20ª edição do Campeonato Mundial de Atletismo por deliberação do Conselho Executivo da World Athletics que teve lugar no decorrer dos Mundiais de Eugene, Oregon, nos EUA.

A candidatura de Tóquio, que alberga quase 50 milhões de habitantes (a Grande Tóquio) competia com Nairobi, Silésia e Singapura. Em 2025 a Associação Japonesa de Federações de Atletismo (JAAF) comemorará 100 anos e será uma grande oportunidade de encher um dos maiores estádios de atletismo do mundo, o que não foi possível aquando da realização dos Jogos Olímpicos, que ficou vazio devido às restrições impostas pelo governo japonês em virtude da pandemia da COVID-19.

Recorde-se que em 2023 terá lugar a edição 17 do Mundial de Atletismo, a realizar em Budapeste (Hungria) num ciclo ininterrupto de grandes eventos mundiais da modalidade, que terá em 2024 a realização dos Jogos Olímpicos de Paris.

É a terceira vez que o Japão sediará um Mundial de Atletismo após as edições de Tóquio, em 1991, e de Osaka, em 2007, sendo expectável que as provas de marcha (20 e 35 km) possam ocorrer pela madrugada a fim de se evitar os períodos de maior calor.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Mínimos da World Athletics para os 20 km e 35 km dos Mundiais de Budapeste 2023

Imagem: World Athletics. Montagem: O Marchador

Concluídos que estão os mundiais de Eugene, agora é a vez de olhar para a próxima edição do evento em Budapeste, na Hungria, já em 2023 (19 a 27 de agosto), com a World Athletics (WA) a divulgar os mínimos internacionais de participação nas provas de marcha, que são os seguintes:

20 km marcha
Masculinos, 1:20:10;
Femininos, 1:29:20.

35 km marcha
Masculinos, 2:29:40;
Femininos, 2:51:30.

Os mínimos, mais exigentes que os fixados para Eugene-2022 (M/F, 20 km, 1:21:00/1:31:00; 35 km, 2:33:00/2:54:00), têm em vista assegurar 50% do número máximo de atletas a participar em cada uma das provas, agora reduzido para 50 (antes, 60). A restante quota será preenchida pelos «World Rankings», posições finais em determinadas competições e ainda por «Will Card».

Os períodos de obtenção de marcas estão definidos, para os 35 km, entre 1 de dezembro de 2021 e 30 de maio de 2023, e para os 20 km, entre 31 de janeiro de 2022 e 30 de julho de 2023.

A notícia da WA (em língua inglesa) pode ser lida aqui.

terça-feira, 26 de julho de 2022

Léna Auvray (França) vence marcha em Banská Bystrica - EYOF 2022

A partida dos 5.000 m femininos em Banská Bystrica e numa fase inicial as atletas que
viriam a ocupar o pódio, a francesa Léna Auvray, a espanhola Aldara Meilán García
e a húngara Alexandra Kovács. Fotos: Imagens: EOC TV. Montagem: O Marchador

Numa chegada disputada ao «sprint», a francesa Léna Auvray saiu vencedora dos 5.000 metros marcha femininos do Festival Olímpico da Juventude Europeia (Verão), prova disputada esta 3.ª feira (26/7) em Banská Bystrica, na Eslováquia.

Numa competição em que 9 das 12 participantes bateram os seus recordes pessoais, Léna Auvray, medalha de bronze nos recentes europeus sub-18 em Jerusalém, obteve a vitória nos metros finais, com 22:55.52, superando a espanhola Aldara Meilán, ela que liderou praticamente toda a prova e que registou mais 6 centésimos que a vencedora, 22:55.58.

O ritmo imposto na frente foi de 4:32.92 nos primeiros 1.000 metros, depois 4:38.56, 4:38.10 (13:49.58 aos 3.000 metros), 4:37.89, sempre a cargo de Meilán, e 4:28.05 finais.

O terceiro posto seria para a húngara Alexandra Kovács, que apesar da permanência na zona de penalização por 30 segundos, decorriam cerca de 3.000 metros de prova (seguia com Auvray e Meilán), viria a recuperar da 6.ª posição e obter 23:17.79.

Referência ainda para as prestações das 4.ª e 5.ª classificadas, a lituana Juste Perveneckaite, com 23:27.50, e a portuguesa Gabriela Santos, com 23:48.50. A pupila de Pedro Martins, para além de ter batido o seu recorde pessoal por larga margem (antes, 24:24.38), superou as melhores classificações portuguesas da disciplina no evento (Baku-2019: masc., 7.º, Pedro Dias; fem., 9.ª Adriana Viveiros).

Classificação
5.000 m femininos
1.ª, Léna Auvray, 2006 (FRA - França), 22:55.52
2.ª, Aldara Meilán García, 2006 (ESP - Espanha), 22:55.58
3.ª, Alexandra Kovács, 2006 (HUN - Hungria), 23:17.79 p.z.
4.ª, Juste Perveneckaite, 2006 (LTU - Lituânia), 23:27.50
5.ª, Gabriela Santos, 2006 (POR - Portugal), 23:48.50
6.ª, Sevastiani Aslanidou, 2006 (GRE - Grécia), 23:52.51
7.ª, Beatrice Bertolone, 2006 (ITA - Itália), 24:02.70
8.ª, Petra Kusa, 2007 (SVK - Eslováquia), 24:37.37
9.ª, Paulina Tomaszewska, 2006 (POL - Polónia), 24:40.03
10.ª, Adela Pittnerova, 2006 (CZE - República Checa), 25:49.72
11.ª, Lara Jolie Feigl, 2006 (GER - Alemanha), 26:07.16
12.ª, Theresia Mohr, 2006 (AUT - Áustria), 26:20.42 p.z.
Desclassificada: Amalia Achihaitei, 2006 (ROU - Roménia).

EYOF Banská Bystrica 2022: 5.000 m femininos - lista de saída

Imagens: LOC EYOF 2022. Montagem: O Marchador

No Festival Olímpico da Juventude Europeia que decorre em Banská Bystrica, na Eslováquia, e concluída que está a prova de marcha masculina, segue-se agora a feminina também sobre 5.000 metros, a realizar hoje (26/7) às 19:20 horas (hora local).

Com a previsão de participação de 13 atletas, de igual número de países, a francesa Léna Auvray apresenta-se com a melhor marca, 23:19.50, que por sinal é o recorde sub-18 (pista) do seu país.

Portugal, sem presença na marcha masculina, tem a representar as cores nacionais a atleta Gabriela Santos, que detém 24:24.38, marca obtida nos nacionais sub-18 deste ano em Viana do Castelo.

A vencedora da edição de Baku-2019 foi Jekaterina Mirotvortseva, da Estónia, com 22:26.01.

A lista de saída é a seguinte:
Dorsal, nome, país, ano nasc., recorde pessoal, marca 2022
18: Petra Kusa, 2007 (SVK - Eslováquia), 26:24.94 / 26:24.94
55: Theresia Mohr, 2006 (AUT - Áustria), 25:49.67 / 25:49.67
139: Adela Pittnerova, 2006 (CZE - República Checa), 25:41.46 / 25:41.46
169: Aldara Meilan Garcia, 2006 (ESP - Espanha), 23:32.62 / 23:32.62
214: Lena Auvray, 2006 (FRA - França), 23:19.50 / 23:19.50
256: Lara Jolie Feigl, 2006 (GER - Alemanha), 26:19.81 / 26:19.81
271: Sevastiani Aslanidou, 2006 (GRE - Grécia), 24:32.10 / 24:32.10
314: Alexandra Kovacs, 2006 (HUN - Hungria), 23:34.50 / 23:34.50
370: Beatrice Bertolone, 2006 (ITA - Itália), 24:02.06 / 24:02.06
426: Juste Perveneckaite, 2006 (LTU - Lituânia), 23:49.79 / 23:49.79
485: Paulina Tomaszewska, 2006 (POL - Polónia), 24:45.90 / 24:45.90
508: Gabriela Santos, 2006 (POR - Portugal), 24:24.38 / 24:24.38
513: Amalia Achihaitei, 2006 (ROU - Roménia), 24:50.28 / 24:50.28

Fonte: EYOF Banská Bystrica 2022

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Domínio de Daniel Monfort (Espanha) em Banská Bystrica - EYOF 2022

O vencedor Daniel Monfort (Espanha) e a luta pelo segundo lugar através de Nick
Richardt (Alemanha) e Matteo Arisi (Itália). Imagens: Channeltv Online (EYOF)
Montagem: O Marchador

Na liderança do princípio ao fim, o espanhol Daniel Monfort foi um claro vencedor dos 5.000 metros marcha do Festival Olímpico da Juventude Europeia (Verão), prova realizada ao final da tarde de hoje (25/7) em Banská Bystrica, na Eslováquia.

Monfort, que abriu os primeiros mil metros em 4:13.17, seguiria depois com parciais de 4:17.25, 4:19.71 (12:50.13 aos 3.000 m), 4:17.99 e 4:13.90, obtendo como marca final um novo recorde pessoal de 21:22.02 (antes, 21:31.37).

Depois de alternâncias várias nas posições secundárias, na entrada para a última volta três atletas, o italiano Matteo Arisi, o ucraniano Roman Horbachov e o alemão Nick Richardt, que chegou a estar isolado no segundo lugar, posicionavam-se para a disputa das segunda e terceira posições, num despique emocionante e decidido a dois nos metros finais (1 centésimo de segundo de diferença), com vantagem para Richardt, com 22:02.70, sobre Arisi, com 22:02.71, ambos com recordes pessoais.

Segue a prova feminina sobre a mesma distância, amanhã (3.ª feira, 26/7).

Classificação
5.000 m masculinos
1.º, Daniel Monfort Moreno, 2006 (ESP - Espanha), 21:22.02
2.º, Nick Joel Richardt, 2006 (GER - Alemanha), 22:02.70
3.º, Matteo Arisi, 2006 (ITA - Itália), 22:02.71
4.º, Roman Horbachov, 2006 (UKR - Ucrânia), 22:16.43
5.º, Lukas Rosenbaum, 2007 (SVK - Eslováquia), 23:42.57 p.z.
Desclassificado: Furkan Yaran, 2007 (TUR - Turquia).

1.500 m marcha II2 nos Jogos Europeus VIRTUS - Cracóvia 2022

Radena Angelova (107) e Emiliyan Kostadinov (104) nos 1.500 m marcha em Cracóvia.
Fotos: BluStream TV Live e FAPA Bulgaria. Montagem: O Marchador

Por ocasião dos Jogos Europeus de Verão VIRTUS que decorreram até sábado passado em Cracóvia, na Polónia, o programa do atletismo incluiu ainda outra prova de marcha, dia 22, para a categoria II2 e na distância de 1.500 metros para masculinos e femininos.

Os búlgaros Radena Angelova, de 22 anos de idade, e Emiliyan Kostadinov, de 19 anos, foram os vencedores feminino e masculino de uma prova conjunta e bem disputada na pista do Estádio Wawel, ela a obter a marca de 11:53.23 e ele a ser cronometrado em 11:53.63.

Tratou-se da segunda edição de um evento que, para além do atletismo, incluiu outras 9 modalidades (basquetebol, ciclismo, andebol, remo indoor, natação, ténis de mesa, ténis, e como demonstração, o badminton e o judo).

EYOF Banská Bystrica 2022: 5.000 m masculinos - lista de saída

Imagens: LOC EYOF 2022. Montagem: O Marchador

Para hoje, 2.ª feira (25/7), o primeiro dia do Festival Olímpico da Juventude Europeia em Banská Bystrica, na Eslováquia, a prova de marcha masculina sobre 5.000 metros encerra o programa do atletismo, com partida prevista para as 19 horas (hora local).

De entre os 7 atletas (de 7 países), de 15 e 16 anos de idade, que constam da lista de saída, o espanhol Daniel Monfort é quem se apresenta com a melhor marca, com 21:31.37 obtidos em maio passado nos Campeonatos de Espanha de Clubes em Castellón.

O vencedor da edição do evento em Baku-2019 foi o italiano Gabriele Gamba, então sobre 10.000 m, com 45:15.74.

A lista de saída é a seguinte:
Dorsal, nome, país, ano nasc., recorde pessoal, marca 2022
23: Lukas Rosenbaum, 2007 (SVK - Eslováquia), 22:59.31 / -
170: Daniel Monfort Moreno, 2006 (ESP - Espanha), 21:31.37 / 21:31.37
263: Nick Joel Richardt, 2006 (GER - Alemanha), 23:51.50 / -
302: Benjamin Bor, 2006 (HUN - Hungria), 24:43.83 / 24:43.83
366: Matteo Arisi, 2006 (ITA - Itália), 22:09.44 / 22:09.44
625: Furkan Yaran, 2007 (TUR - Turquia), - / -
632: Roman Horbachov, 2006 (UKR - Ucrânia), 22:49.82 / -

Fonte: EYOF Banská Bystrica 2022

domingo, 24 de julho de 2022

Stano junta título mundial dos 35 km ao ouro olímpico de Tóquio

A partida dos 35 km masculinos em Eugene, Oregon, a emocionante chegada e os
atletas do pódio, Perseus Karlström (3.º), Massimo Stano (1.º) e Masatora Kawano (2.º).
Imagens: World Athletics. Montagem: O Marchador

O italiano Massimo Stano venceu este domingo os 35 km marcha masculinos dos mundiais de Eugene, concluindo uma prova emocionante em 2.23.14 h. O transalpino manteve até aos últimos metros uma luta intensa com os melhores companheiros de prova, acabando por impor-se na volta final ao japonês Masatora Kawano (2.23.15), depois de ter-se desfeito da companhia do sueco Perseus Karlström, terceiro com 2.23.44 h.

Apesar do brilhantismo do desempenho dos medalhados, foi para outro atleta japonês o protagonismo da primeira metade da prova. Daisuke Matsunaga surpreendeu todo o pelotão com uma partida-relâmpago, impondo ritmo elevadíssimo e ganhando vantagem crescente nas primeiras voltas ao circuito de mil metros no Martin Luther King Jr Boulevard. Os 3.59 minutos do primeiro quilómetro demonstram o empenho que o nipónico pôs nesta fase da competição, mantendo-se em ritmo pouco acima dos quatro minutos nas voltas seguintes e ainda repetindo os 3.59 m no quinto quilómetro.

No final da primeira légua, Matsunaga registava 20.14 m, com 48 segundos de vantagem sobre o primeiro grupo, composto por 13 unidades. A situação manter-se-ia em termos semelhantes até aos dez quilómetros, passados pelo japonês em 40.38 m, ainda que com uma vantagem já a crescer menos: 52 segundos para o grupo perseguidor, agora com oito integrantes: Perseus Karlström, José Luis Doctor (México), Xianghong He (China), Miguel Ángel López (Espanha), Massimo Stano, Ricardo Ortiz (México), Eider Arévalo (Colômbia) e Masatora Kawano.

A terceira légua seria a mais equilibrada entre o líder e os perseguidores, com a vantagem de Matsunaga a manter-se por volta dos 50 segundos. No entanto, a transição da primeira para a segunda metade da prova (dos 15 aos 20 km) foi marcante do declínio do fugitivo, cujo impulso inicial se revelou estratégia errada para as intenções de Matsunaga. Com a falência do ritmo do nipónico e a aceleração do primeiro pelotão, a vantagem de Matsunaga foi diminuindo até que o grupo perseguidor o alcançou perto da passagem aos 21 quilómetros. Entretanto, o japonês ainda passara à frente aos 20 quilómetros, com 1.22.33 h, tempo que lhe teria dado o 15.º lugar nos 20 km destes mesmos mundiais, uma semana atrás.

Nova fase da competição, novos protagonistas. Entrava agora em cena um atleta que vinha fazendo uma prova discreta, juntando-se ao grupo da frente quase no mesmo momento em que Matsunaga era alcançado. Tratava-se de Brian Daniel Pintado, do Equador, quinto classificado nos 20 km da semana passada e que aqui procurava melhorar essa classificação.

Pintado, He e Stano eram os atletas em maior destaque na liderança desta fase da prova, levando a que o grupo se fosse reduzindo à medida que os quilómetros iam passando. Aos 25 quilómetros, o pelotão da frente já incluía apenas sete atletas, reduzidos a cinco no final de trinta voltas: Pintado, Kawano, Stano, He e Karlström.

O chinês cederia logo a seguir e Brian Pintado faria o mesmo pouco antes da passagem aos 32 quilómetros. Ficava assim definida a composição do pódio, faltando saber que medalhas conquistariam Kawano, Stano e Karlström.

Com o italiano a forçar na liderança e produzindo ataques sucessivos, Perseus Karlström pareceu contentar-se com a medalha de bronze e, pouco antes dos 33 quilómetros, deixou a luta pela vitória para o italiano e o japonês.

Com as duas voltas finais abaixo dos quatro minutos por quilómetro (3.54 + 3.50), Stano e Kawano foram aos limites na luta pela medalha de ouro. Ligeiramente atrasado do italiano, Masatora Kawano recebeu mesmo dois avisos dos juízes de marcha com o intervalo de apenas um minuto. Mesmo assim, ainda voltou a chegar-se a Massimo Stano, mas o italiano seguraria o primeiro lugar, com apenas duas passadas de avanço sobre o japonês.

Mais atrás, Karlström garantia o terceiro lugar, enquanto Pintado e He concluíam nos lugares imediatos. O canadiano Evan Dunfee, terceiro nos 50 km dos Jogos Olímpicos de Tóquio, há um ano, e nos mundiais de Doha, em 2019, conseguiu chegar à sexta posição, recuperando na parte final de uma prova em que nunca andou pelo grupo da frente.

Nota ainda para o sétimo lugar de Caio Bonfim (Brasil, 2.25.14) e para o oitavo de Arévalo (2.25.21), que, apesar de tudo, não cedeu muito depois de ter perdido o contacto com a liderança, ao contrário de Matsunaga, que, depois de ganhar um minuto na frente nos primeiros quilómetros, perdeu mais de dez na parte final.

Num momento em que ainda não existe recorde mundial reconhecido para esta distância «nova» do programa de marcha das grandes competições internacionais, assinale-se a obtenção de nada menos que cinco recordes de área (Europa, Ásia, América do Sul, América do Norte e África) e 17 recordes nacionais.

Entre os portugueses, João Vieira e Rui Coelho tiveram (como era de esperar, de resto, mas em termos menos previsíveis) desempenhos distintos. O multimedalhado marchador em europeus e mundiais de atletismo, atualmente com 46 anos e na sua 12.º participação em campeonatos do mundo, teve um início cauteloso, mantendo-se num grupo mais atrasado. No entanto, acabaria por desistir sensivelmente a meio. Quanto a Rui Coelho, a caminho de fazer 28 anos, brindaria esta presença em Eugene com uma melhor marca do ano (por 2 segundos), registando 2.44.55 h, correspondente ao 39.º lugar.

Chegam, assim, ao final os mundiais de atletismo de 2022 no que à marcha diz respeito, devendo agora aprofundar-se a reflexão sobre a decisão de substituir as provas de 50 km pelas de 35 km (masculinos e femininos) agora estreadas em campeonatos do mundo individuais. Será esta uma distância útil? Não estaremos perante uma «variação» relativamente à distância de 20 km? Ou será que, em matéria de marcha atlética, nos esperam para Jogos Olímpicos e campeonatos mundiais mais decisões bizarras, descaracterizadoras da disciplina?

As respostas deverão chegar em breve mas, tendo em conta os protagonistas das decisões em questão (federação internacional ou, como agora se lhe chama, World Athletics, que é uma designação que pode funcionar na língua inglesa mas não noutros idiomas), não se prevê nada de bom. Apenas a continuação da transformação de uma histórica disciplina do atletismo numa espécie de caixa de ressonância de modelos que podem ter cabimento noutros contextos (entenda-se: noutras modalidades, como o automobilismo ou o ténis) mas não servem à marcha atlética.

Classificação
35 km masculinos
1.º, Massimo Stano, 1992 (ITA - Itália), 2:23:14
2.º, Masatora Kawano, 1998 (JPN - Japão), 2:23:15
3.º, Perseus Karlström, 1990 (SWE - Suécia), 2:23:44
4.º, Brian Daniel Pintado, 1995 (ECU - Equador), 2:24:37
5.º, Xianghong He, 1998 (CHN - China), 2:24:45
6.º, Evan Dunfee, 1990 (CAN - Canadá), 2:25:02
7.º, Caio Bonfim, 1991 (BRA - Brasil), 2:25:14
8.º, Eider Arévalo, 1993 (COL - Colômbia), 2:25:21
9.º, Tomohiro Noda, 1996 (JPN - Japão), 2:25:29
10.º, Miguel Ángel López, 1988 (ESP - Espanha), 2:25:58
11.º, Ricardo Ortiz, 1995 (MEX - México), 2:27:11
12.º, Ever Jair Palma Olivares, 1992 (MEX - Mé), 2:27:55
13.º, Aleksi Ojala, 1992 (FIN - Finlândia), 2:28:22
14.º, Aurelien Quinion, 1993 (FRA - França), 2:28:46
15.º, Yangben Zhaxi, 1996 (CHN - China), 2:28:56
16.º, César Augusto Rodríguez, 1997 (PER - Peru), 2:29:24
17.º, Hao Xu, 1999 (CHN - China), 2:29:55
18.º, Rhydian Cowley, 1991 (AUS - Austrália), 2:30:34
19.º, Dawid Tomala, 1989 (POL - Polónia), 2:30:47
20.º, Wayne Snyman, 1985 (RSA - África do Sul), 2:31:15
21.º, Miroslav Úradník, 1996 (SVK - Eslováquia), 2:31:16
22.º, José Luis Doctor, 1996 (MEX - México), 2:32:43 p.z.
23.º, Vít Hlaváč, 1997 (CZE - República Checa), 2:32:50
24.º, Andrés Chocho, 1983 (ECU - Equador), 2:33:28
25.º, Brendan Boyce, 1986 (IRL - Irlanda), 2:33:31
26.º, Daisuke Matsunaga, 1995 (JPN - Japão), 2:33:56
27.º, Marius Žiūkas, 1985 (LTU - Lituânia), 2:34:16
28.º, Diego Pinzon, 1985 (COL - Colômbia), 2:34:26
29.º, Alexandros Papamichail, 1988 (GRE - Grécia), 2:34:48
30.º, Érick Bernabé Barrondo, 1991 (GUA - Guatemala), 2:35:01
31.º, Dominik Černý, 1997 (SVK - Eslováquia), 2:35:39
32.º, Álvaro López, 1999 (ESP - Espanha), 2:36:20
33.º, Artur Mastianica, 1992 (LTU - Lituânia), 2:36:25
34.º, Karl Junghannß, 1996 (GER - Alemanha), 2:38:50
35.º, Georgiy Sheiko, 1989 (KAZ - Casaquistão), 2:39:47
36.º, Nick Christie, 1991 (USA - E.U. América), 2:41:08
37.º, Arnis Rumbenieks, 1988 (LAT - Letónia), 2:42:47
38.º, Marius Iulian Cocioran, 1983 (ROU - Roménia), 2:43:27
39.º, Rui Coelho, 1994 (POR - Portugal), 2:44:55
40.º, Carl Dohmann, 1990 (GER - Alemanha), 2:45:44
Desistentes: Jhonatan Javier Amoros Carua, 1998 (ECU - Equador), Luis Henry Campos, 1995 (PER - Peru), Carl Gibbons, 1996 (AUS - Austrália), José Montana, 1992 (COL - Colômbia) e João Vieira, 1976 (POR - Portugal).
Desclassificados: Andrea Agrusti, 1995 (ITA - Itália), Artur Brzozowski, 1985 (POL - Polónia), Veli-Matti Partanen, 1991 (FIN - Finlândia), Luis Angel Sanchez Pérez, 1993 (GUA - Guatemala) e Marc Tur, 1994 (ESP - Espanha).

EYOF 2022 em Banská Bystrica (Eslováquia), de 25 a 30 de julho

Imagens: LOC EYOF Banská Bystrica. Montagem: O Marchador

Com a cerimónia de abertura marcada para hoje, domingo, arranca amanhã na cidade eslovaca de Banská Bystrica a edição n.º 16 de Verão do FOJE - Festival Olímpico da Juventude Europeia (na sigla internacional, EYOF - European Youth Olympic Festival).

Este evento promovido pelos Comités Olímpicos Europeus, com o patrocínio do Comité Olímpico Internacional, vai reunir cerca de 2300 atletas em representação de 48 países, em 10 modalidades (atletismo, badminton, basquetebol, ciclismo de estrada, judo, andebol, natação, ginástica, ténis e voleibol).

No programa do atletismo, a marcha atlética terá provas de 5.000 metros para masculinos (inicialmente estavam previstos 10.000 metros) e femininos em pista, agendadas nos dias 25 e 26 respetivamente.

O «site» oficial do evento pode ser acedido aqui.

sábado, 23 de julho de 2022

35 km masculinos - lista de saída (WCH Oregon 2022)

Foto: fb Frederic Bianchi. Imagens: LOC WCH 2022
Montagem: O Marchador

E eis chegados à última prova de marcha dos Mundiais de Atletismo de Eugene, Oregon, nos Estados Unidos da América, com os 35 km masculinos a abrirem o programa do 10.º e último dia dos campeonatos, dia 24/7, sábado, às 6h15 (horas locais), curiosamente a mais participada em número de atletas, 50, e de países representados, 28.

Com o recorde do mundo desta nova distância ainda por estabelecer, o japonês Masatora Kawano, presente no evento, encabeça a lista mundial do corrente ano, com 2:26:40 obtidos em Wajima a 17 de abril. Quem não irá defender o título de Doha-2019 (então sobre 50 km) é outro japonês, Yusuke Suzuki, atleta que já não figurava na lista de inscritos e que tinha declinado a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Por sinal, 2 campeões olímpicos em Tóquio-2020, se bem que em diferentes distâncias) estarão presentes na prova, o italiano Massimo Stano (20 km) e o polaco Dawid Tomala (50 km).

Na comparação da lista de inscritos (52) com a de saída (50), esta última não apresenta os nomes do alemão Christopher Linke e do espanhol Daniel Chamosa, neste caso um dos 4 atletas inscritos pela federação do país (3 a participar)!

São 13 os atletas a dobrar (20 km e 35 km), com especial destaque para o medalhado de bronze nos 20 km, o sueco Perseus Karlström.

Para defender as cores de Portugal, estarão presentes João Vieira, por sinal o atleta mais velho na prova (46 anos) e Rui Coelho. Os mais jovens, com 23 anos, são o chinês Hao Xu e o espanhol Álvaro López.

35 km masculinos
A lista de saída é a seguinte:
Dorsal, nome, país, ano nasc., recorde pessoal, marca 2022
201: Rhydian Cowley, 1991 (AUS - Austrália), 2:37:57 / 2:37:57
202: Carl Gibbons, 1996 (AUS - Austrália), 2:43:04 / 2:43:04
205: Caio Bonfim, 1991 (BRA - Brasil), 2:33:57 / 2:33:57
208: Evan Dunfee, 1990 (CAN - Canadá), 2:38:08 / 2:38:08
210: Xianghong He, 1998 (CHN - China), 2:29:35 / 2:29:35
213: Hao Xu, 1999 (CHN - China), 2:31:48 / 2:31:48
215: Yangben Zhaxi, 1996 (CHN - China), 2:31:09 / 2:31:09
216: Eider Arévalo, 1993 (COL - Colômbia), 2:32:08 / 2:32:08
217: José Montana, 1992 (COL - Colômbia), 2:30:46 / 2:30:46
218: Diego Pinzon, 1985 (COL - Colômbia), 2:40:57 / 2:40:57
219: Vít Hlaváč, 1997 (CZE - República Checa), 2:41:14 / 2:41:14
220: Jhonatan Javier Amores Carua, 1998 (ECU - Equador), 2:38:58 / 2:42:58
221: Andrés Chocho, 1983 (ECU - Equador), 2:31:25 / 2:31:25
224: Brian Daniel Pintado, 1995 (ECU - Equador), 2:32:40 / 2:32:40
228: Álvaro López, 1999 (ESP - Espanha), 2:32:44 / 2:32:44
229: Miguel Ángel López, 1988 (ESP - Espanha), 2:27:53 / 2:27:53
231: Marc Tur, 1994 (ESP - Espanha), 2:36:34 / 2:39:30
232: Aleksi Ojala, 1992 (FIN - Finlândia), 2:31:24 / 2:31:24
233: Veli-Matti Partanen, 1991 (FIN - Finlândia), 2:35:28 / 2:35:28
234: Aurelien Quinion, 1993 (FRA - França), 2:30:01 / 2:30:01
236: Carl Dohmann, 1990 (GER - Alemanha), 2:30:59 / 2:30:59
237: Karl Junghannß, 1996 (GER - Alemanha), 2:31:37 / 2:31:37
239: Alexandros Papamichail, 1988 (GRE - Grécia), 2:36:45 / 2:39:43
240: Érick Bernabé Barrondo, 1991 (GUA - Guatemala), 2:31:26 / 2:31:26
244: Luis Angel Sanchez Pérez, 1993 (GUA - Guatemala), 2:44:02 / 2:57:52
246: Brendan Boyce, 1986 (IRL - Irlanda), 2:32:49 / 2:44:25
248: Andrea Agrusti, 1995 (ITA - Itália), 2:37:39 / -
251: Massimo Stano, 1992 (ITA - Itália), 2:29:09 / 2:29:09
254: Masatora Kawano, 1998 (JPN - Japão), 2:26:40 / 2:26:40
255: Daisuke Matsunaga, 1995 (JPN - Japão), 2:27:09 / 2:27:09
256: Tomohiro Noda, 1996 (JPN - Japão), 2:27:18 / 2:27:18
259: Georgiy Sheiko, 1989 (KAZ - Casaquistão), 2:36:37 / 2:36:37
262: Arnis Rumbenieks, 1988 (LAT - Letónia), 2:38:56 / 2:38:56
263: Artur Mastianica, 1992 (LTU - Lituânia), - / -
264: Marius Žiūkas, 1985 (LTU - Lituânia), 2:41:32 / 2:41:32
266: José Luis Doctor, 1996 (MEX - México), 2:29:24 / 2:29:24
268: Ricardo Ortiz, 1995 (MEX - México), 2:30:07 / 2:30:07
269: Ever Jair Palma Olivares, 1992 (MEX - México), 2:31:10 / 2:31:10
272: Luis Henry Campos, 1995 (PER - Peru), 2:40:19 / 2:40:19
273: César Augusto Rodríguez, 1997 (PER - Peru), 2:37:10 / 2:37:10
274: Artur Brzozowski, 1985 (POL - Polónia), 2:36:22 / 2:36:22
275: Dawid Tomala, 1989 (POL - Polónia), 2:37:22 / 2:37:22
276: Rui Coelho, 1994 (POR - Portugal), 2:36:00 / 2:44:57
277: João Vieira, 1976 (POR - Por), 2:33:23 / 2:33:23
278: Marius Iulian Cocioran, 1983 (ROU - Roménia), 2:38:00 / 2:38:00
279: Wayne Snyman, 1985 (RSA - África do Sul), 2:32:52 / 2:32:52
280: Dominik Černý, 1997 (SVK - Eslováquia), 2:37:19 / 2:37:19
281: Miroslav Úradník, 1996 (SVK - Eslováquia), 2:33:49 / 2:33:49
282: Perseus Karlström, 1990 (SWE - Suécia), 2:31:54 / 2:36:14
284: Nick Christie, 1991 (USA - E.U. América), 2:38:16 / 2:48:48

Fonte: World Athletics

Campeonatos de Inglaterra Sub-20 e Sub-23 (pista) em Bedford - resultados

O alinhamento dos marchadores sub-20 e sub-23 nas provas de 5.000 m dos
campeonatos ingleses em Bedford. Imagens: England Athletics TV
Montagem: O Marchador

Christopher Snook, com 21:19.80, e Abigail Jennings, com 25:40.04, ambos do Aldershot Farnham District, venceram as provas de 5.000 metros marcha dos Campeonatos de Inglaterra de Pista realizados na cidade de Bedford (16 e 17/7), conquistando os títulos nacionais na categoria sub-23.

Nos campeonatos sub-20 disputados em conjunto e que serviram de apuramento para os mundiais da categoria em Cali, saíram vencedores Christian Gregory Hopper, do Cambridge Harriers, com 24:50.59 (3.º na geral), e Abby Hughes, do Taunton AC, com 26:49.76 (2.ª na geral).

Referência ainda para a participação de três marchadores australianos na condição de extra-campeonato, destacando-se como a melhor e a primeira a cortar a meta no setor feminino, a sub-23 Allanah Pitcher, com 23:57.34.

Classificações
5.000 m masculinos - sub-20/sub-23
1.º, Christopher Snook, 2000 (Aldershot Farnham District), 21:19.80 - 1.º, sub-23
2.º, George Wilkinson, 2002 (Enfield and Haringey AC), 22:47.94 - 2.º, sub-23
3.º, Christian Gregory Hopper, 2004 (Cambridge Harriers), 24:50.59 - 1.º, sub-20
Desclassificado - extra-campeonato: Tim Fraser, 2000 (AUS - Austrália) - sub-23.

5.000 m femininos - sub-20/sub-23
1.ª, Abigail Jennings, 2000 (Aldershot Farnham District), 25:40.04 - 1.ª, sub-23
2.ª, Abby Hughes, 2005 (Taunton AC), 26:49.76 - 1.ª, sub-20
3.ª, Mia Dunwell, 2005 (Northern (Isle of Man) AC), 27:27.19 - 2.ª, sub-20
4.ª, Jacqueline Benson, 2000 (Ashford AC), 28:56.43 - 2.ª, sub-23
5.ª, Lois Carty, 2004 (Aldershot Farnham District), 29:05.23 - 3.ª, sub-20
Extra-campeonato: Allanah Pitcher, 2003 (AUS - Austrália), 23:57.34 - sub-23 e Kate Siviour, 2000 (AUS - Austrália), 26:04.24 - sub-23.
Desistente: Hannah Hopper, 2003 (Cambridge Harriers), sub-20.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Recital de marcha rende a Kimberly García título mundial feminino dos 35 km

A partida dos 35 km macha femininos em Eugene, a campeã mundial, Kimberly García,
e as segunda e terceira classificadas, Katarzyna Zdzieblo e Shijie Qieyang, ainda em
fase inicial da prova. Fotos: World Athletics, Ben Stansall/AFP e Paweł Skraba/PZLA.
Montagem: O Marchador

Menos de uma semana depois de vencer a prova feminina de 20 km marcha dos mundiais de atletismo de Eugene, nos Estados Unidos, Kimberly García acrescentou esta sexta-feira a esse sucesso o título mundial dos 35 km, impondo-se no circuito de mil metros do Martin Luther King Junior Boulevard com a marca de 2.39.16 h, novo recorde sul-americano e nacional do Peru. A marchadora sul-americana triunfou de forma indiscutível sobre toda a concorrência, liderada pelas mesmas companheiras de pódio da semana passada: a polaca Katarzyna Zdzieblo de novo com a medalha de prata, com 2.40.03 h, recorde pessoal, e a chinesa Shijie Qieyang, com a de bronze, registando 2.40.37 h, recorde nacional e asiático.

A insuperável capacidade física, uma grande qualidade técnico-regulamentar, inteligência táctica e resistência psicológica foram os ingredientes do triunfo da peruana, que dominou a competição desde os primeiros metros.

Apesar de um início de prova em ritmo lento (4.57 no primeiro quilómetro e 4.39 no segundo), apenas 12 atletas se mantiveram no grupo da liderança na voltas iniciais de uma competição que marcava uma estreia histórica nos campeonatos, dado ser a primeira vez que os mundiais de atletismo incluíam no programa uma prova de marcha de 35 km.

Pouco depois, já só García, Zdzieblo e Qieyang se mantinham na frente, com a chinesa um pouco descolada das colegas na passagem ao quarto quilómetro. No final da primeira légua, peruana e polaca registavam 23.26 m, menos cinco segundos que Qieyang.

Com pequenas variações de ritmo, as voltas seguintes foram sendo cumpridas pelas atletas da frente a médias de 4.35 a 4.40 minutos por quilómetro. Na passagem aos dez quilómetros, as duas líderes marcavam 46.27 m, demonstrando uma aceleração que permitiu cumprir a segunda légua em menos 25 segundos do que a primeira (23.26 e 23.01).

Após uma fase em que peruana e polaca alternaram na frente da prova, havendo até momentos em que marchavam lado a lado, Katarzyna Zdzieblo acabaria por ceder, atrasando-se em relação a Kimberly García cerca dos 18 quilómetros. No final de vinte voltas, García já marcava 11 segundos de vantagem sobre Zdzieblo (1.31.49 contra 1.32.00) e 1.16 para Qieyang (1.33.05).

Não fosse a necessidade de cumprir a distância regulamentar e de registar marcas oficiais, a prova até poderia terminar nesse momento no que se refere à composição e distribuição dos lugares do pódio. Salvo um momento de aparente recuperação da polaca em relação à peruana, nada mais haveria de implicar na posição relativa das três primeiras até final. O interesse competitivo centrava-se então nos lugares imediatos. Nesse domínio foram registadas algumas surpresas.

Ao longo de muitas voltas, sobravam a partir do quarto lugar algumas das atletas que tinham integrado o grupo inicial de doze unidades: as espanholas Raquel González e Laura García-Caro, as chinesas Maocuo Li e Lamei Yin, a japonesa Serena Sonoda, a grega Antigoni Drisbioti e a brasileira Viviane Lyra.

Com a meta cada vez mais próxima, tudo apontava para que as espanholas garantissem os quarto e quinto lugares finais, mas Drisbioti logrou uma fase final de grande qualidade e acabaria por ultrapassar Raquel e Laura, apoderando-se do quarto posto e creditando-se com 2.41.58 h, recorde da Grécia, contra 2.42.27 h de Raquel González e 2.42.45 h de Laura García-Caro – todas três com recordes pessoais batidos por larga margem. Até ao oitavo posto terminaram ainda Maocuo Li (2.44.28) e Viviane Lyra (2.45.02), igualmente novos recordes pessoais, no caso da brasileira também recorde nacional.

Entre as portuguesas, Inês Henriques foi a melhor colocada, mercê de uma prova equilibrada e que, numa demonstração de grande experiência, lhe permitiu ir subindo na tabela classificativa, desde um lugar inicial acima do vigésimo posto até ao 13.º lugar final, com 2.51.12 h.

Vitória Oliveira também foi rolando em ritmo regular, sempre por volta do vigésimo lugar, acabando por ceder um pouco na légua final, o que não impediu que ainda chegasse ao 19.º lugar na meta, com 2.57.37 h (42 segundos acima do recorde pessoal).

Por fim, Sandra Silva, a segunda mais velha em prova, andou sempre pelo final do pelotão. Creditada à partida com o registo menos valioso de todas as concorrentes (3.19.47), a marchadora de 47 anos superou o recorde pessoal e, apesar de não conseguir fugir ao último lugar (35.º), terminou com 3.17.23 h, numa prova com quatro desistências e duas desclassificações.

Classificação
35 km femininos
1.ª, Kimberly García León, 1993 (PER - Peru), 2:39:16
2.ª, Katarzyna Zdziebło, 1996 (POL - Polónia), 2:40:03
3.ª, Shijie Qieyang, 1990 (CHN - China), 2:40:37
4.ª, Antigoni Ntrismpioti, 1984 (GRE - Grécia), 2:41:58
5.ª, Raquel González, 1989 (ESP - Espanha), 2:42:27
6.ª, Laura García-Caro, 1995 (ESP - Espanha), 2:42:45
7.ª, Maocuo Li, 1992 (CHN - China), 2:44:28
8.ª, Viviane Lyra, 1993 (BRA - Brasil), 2:45:02
9.ª, Serena Sonoda, 1996 (JPN - Japão), 2:45:09
10.ª, Lamei Yin, 2002 (CHN - China), 2:46:02
11.ª, Olga Niedziałek, 1997 (POL - Polónia), 2:49:43
12.ª, Magaly Bonilla, 1992 (ECU - Equador), 2:50:39
13.ª, Inês Henriques, 1980 (POR - Portugal), 2:51:12
14.ª, Nadia Lizeth Gonzalez, 1997 (MEX - México), 2:52:06
15.ª, Mirna Ortíz, 1987 (GUA - Guatemala), 2:54:00
16.ª, Paola Pérez, 1989 (ECU - Equador), 2:54:15
17.ª, Galina Yakusheva, 1988 (KAZ - Casaquistão), 2:54:50
18.ª, Evelyn Inga, 1998 (PER - Peru), 2:56:04
19.ª, Vitória Oliveira, 1992 (POR - Portugal), 2:57:37
20.ª, Elisa Neuvonen, 1991 (FIN - Finlândia), 2:57:42
21.ª, Alejandra Ortega, 1994 (MEX - México), 2:58:46
22.ª, Maria Michta-Coffey, 1986 (USA - E.U. América), 2:58:51
23.ª, Hana Burzalová, 2000 (SVK - Eslováquia), 2:59:32
24.ª, Stephanie Casey, 1983 (USA - E.U. América), 3:00:54
25.ª, Yasury Palacios, 1999 (GUA - Guatemala), 3:01:16
26.ª, Ana Veronica Rodean, 1984 (ROU - Roménia), 3:01:29
27.ª, Efstathia Kourkoutsaki, 1998 (GRE - Grécia), 3:02:27
28.ª, Aura Libertad Morales, 1982 (MEX - México), 3:04:50
29.ª, Miranda Melville, 1989 (USA - E.U. América), 3:05:31
30.ª, Elianay Pereira, 1984 (BRA - Brasil), 3:05:39
31.ª, Mayara Luize Vicentainer, 1991 (BRA - Brasil), 3:06:10
32.ª, Ema Hačundová, 1999 (SVK - Eslováquia), 3:07:02
33.ª, Jaaneth Mamani Roque, 1982 (BOL - Bolívia), 3:07:16
34.ª, Kelly Ruddick, 1973 (AUS - Austrália), 3:11:55
35.ª, Sandra Silva, 1975 (POR - Portugal), 3:17:23
Desistentes: Mihaela Acatrinei, 1995 (ROU - Roménia), Nadiya Borovska, 1981 (UKR - Ucrânia), Tereza Ďurdiaková, 1991 (CZE - República Checa) e Christina Papadopoulou, 1996 (GRE - Grécia).
Desclassificadas: Tiia Kuikka, 1994 (FIN - Finlândia) e Polina Repina, 1990 (KAZ - Casaquistão).