domingo, 10 de dezembro de 2023

1975, três pólos de desenvolvimento

Carlos Albano e o cartaz da prova em Canas de Senhorim, o grupo de atletas de Santa Iria,
Póvoa e outros locais, com Raymond Ysmal, Aires Denis entre outros, e a primeira prova
de marcha no Torneio dos Bairros do SL Benfica. Imagens: arquivo «O Marchador»
e blogue «Alma e Memória». Montagem: O Marchador

Se 1974 foi o ano da primeira prova de marcha atlética na fase do renascimento da disciplina em Portugal, 1975 foi o ano do efectivo arranque da especialidade, com a formação de núcleos de praticantes e a realização dos primeiros torneios dedicados em exclusivo à marcha.

Nas proximidades de Viseu, a Casa do Pessoal da Empresa Nacional de Urânio (Minas da Urgeiriça, em Canas de Senhorim, concelho de Nelas) começou a criar o seu primeiro grupo de marchadores, onde se destacava Carlos Albano, vencedor da prova de marcha realizada em 1 de dezembro de 1974, no Parque do Fontelo, em Viseu. A dinâmica desse grupo revelar-se-ia contagiante na região, levando a que outras colectividades também se interessassem pela marcha atlética.

Foi assim que em 19 de outubro de 1975 teve a lugar a I Prova de Marcha Atlética de Canas de Senhorim, jornada organizada sob o impulso de Carlos Moura, atleta e dirigente do Grupo de Animação Desportiva de Canas de Senhorim, que para o efeito conseguiu reunir o apoio técnico da Associação de Desportos de Viseu e o patrocínio das Organizações Socolar. O programa incluiu uma prova principal de 6 km para atletas com mais de 17 anos e uma prova extra de 3 km para iniciados (14-16 anos) e veteranos (mais de 40 anos).

Atendendo à incipiência da prática da marcha em Viseu (e no país), a lista de prémios pode ser classificada como considerável: para a prova principal, taça para o vencedor, taças para as cinco primeiras equipas (mínimo de 5 atletas) e medalhas para os classificados do 2.º ao 25.º lugares; para a prova extra, medalhas para os cinco primeiros de cada escalão.

Carlos Albano foi o vencedor da prova principal de Canas de Senhorim, representando a Casa do Pessoal da Empresa Nacional de Urânio e juntando este sucesso à vitória no Fontelo. Afirmava-se assim como o mais qualificado dos marchadores de Viseu, iniciando com quase 30 anos de idade um percurso na prática da marcha que o levaria a ser internacional, tendo integrado a seleção nacional que, em 1987, viria a concretizar a primeira participação portuguesa em Taças do Mundo de Marcha (Nova Iorque).

Mais a sul, era Lisboa que pontificava na afirmação da marcha atlética através do desenvolvimento de dois pólos: um no Sport Lisboa e Benfica e outro na zona Santa Iria da Azóia e da Póvoa de Santa Iria.

No Benfica, Francisco Assis, que então desempenhava funções na Direcção Geral dos Desportos, tinha sido integrado na estrutura técnica da secção de atletismo do clube para orientar os escalões de formação. Logo aí, assumindo uma visão que assentava na ideia de oferecer aos jovens atletas a oportunidade para experimentarem todas as disciplinas da modalidade, sentiu que teria de incorporar a marcha atlética nos planos de treino e no calendário competitivo. Para Francisco Assis, o desporto devia proporcionar aos jovens uma formação global, abrindo caminho a uma fase de especialização nas fases mais adiantadas do processo de crescimento biológico e desportivo.

Foi dessa forma que a marcha surgiu integrada nos Torneios dos Bairros e nos torneios de captação realizados na pista de tartan do Estádio da Luz. O primeiro momento em que tal aconteceu foi em 2 de Novembro de 1975, numa ocasião que resultou na participação de alguns dos atletas que viriam a destacar-se no plano nacional nos anos seguintes. O S.L. Benfica iniciava assim uma fase de crescimento na marcha atlética que haveria de tornar o clube não só num pólo de dinamização da especialidade mas também no mais forte clube de marchadores do país.

Já na zona de Santa Iria e Póvoa, quem marcava o ritmo da afirmação da marcha eram o francês Raymond Ysmal e Aires Denis, colegas de trabalho na Telemec, empresa instalada no Prior Velho (Sacavém). Os primeiros clubes dessa área a aderir à marcha atlética e a empenhar-se nesse esforço foram o Clube de Futebol Santa Iria e o Atlético Clube Povoense, de onde vinham alguns dos participantes em provas que começaram a surgir à volta de Lisboa, para além daquelas levadas a efeito pelo Benfica. Também a Telemec criava por esses tempos o seu núcleo de marchadores, que se reuniam para treinar e participar nas provas organizadas pelos próprios ou por outros.

Estádio Nacional, Magoito (Sintra) e Queluz foram locais onde tiveram lugar algumas dessas provas, na segunda metade de 1975. A prova no Estádio Nacional terá mesmo sido a primeira realizada em Portugal em pista de material sintético (descontando os já referidos torneios de captação do Benfica na pista do Estádio da Luz).

O entusiasmo gerado por esta dinâmica levou Aires Denis a abordar a Federação Portuguesa de Atletismo, tentando convencer os dirigentes federativos a integrar a marcha nas competições. Não encontrando receptividade às suas propostas, voltou-se para a Associação de Atletismo de Lisboa, onde o acolhimento foi mais favorável, conseguindo ainda nesse ano que a AAL criasse a Comissão Dinamizadora da Marcha. Faziam parte dessa estrutura o próprio Aires Denis e ainda Raymond Ysmal, Carlos Andrade, António Dinis (filho mais velho de Aires) e Ana Maria.

Não tardaria muito que Mário Paiva assumisse o cargo de presidente da AAL, integrando Aires Denis na sua equipa directiva, com a responsabilidade de desenvolver a marcha e de organizar provas da especialidade em diferentes localidades do distrito de Lisboa. Mas essa já é matéria para próximos episódios da história dos primeiros 50 anos da marcha atlética em Portugal.

sábado, 9 de dezembro de 2023

Campeonatos Escolares da Austrália - Perth 2023 (resultados sub-17 e sub-18)

Em Perth, Isaac Beacroft, o pódio masculino sub-17, a prova feminina vencida por Sienna
Pitcher, sub-17 (dorsal 11) e Maddison Nash, sub-18 (9) e o vencedor sub-18, Marcus
Wakim (1). Fotos: Athletics Australia, Athletics Victoria e IG Bailey Housden.
Montagem: O Marchador

Mais uma significativa prestação na presente época do jovem marchador australiano de 16 anos de idade, Isaac Beacroft, por ocasião dos Campeonatos Escolares da Austrália que até domingo se encontram a disputar em Perth, a capital do estado da Western Australia.

Beacroft, representante do Athletics New South Wales, venceu a prova de 5.000 metros marcha do primeiro dia dos campeonatos (sexta-feira, 8) e destinada às categorias sub-17 e sub-18, obtendo excelentes 19:31.21, marca que constitui um novo recorde nacional sub-20 de pista (antes, 19:38.22 de Troy Sundstrom em Sydney-2000).

Recorde-se que no mesmo evento mas no ano passado em Adelaide, Isaac Beacroft bateu o recorde nacional sub-16 nos 3.000 metros (12:04.09), e já este ano, em abril, obteve 19:51.81 nos 5.000 metros (Brisbane), e em novembro, 41:48.76 em estreia nos 10.000 m (Sydney).

Na mesma prova, evidencie-se também as performances dos segundo e terceiro classificados sub-17, Bailey Housden (QLD), com 20:07.56, e Riley Coughla (VIC), com 20:54.98, e do vencedor sub-18, Marcus Wakim (VIC), com 20:41.01.

No setor feminino, com prova sobre igual distância e para os mesmos escalões etários, a primeira posição da geral e sub-17 foi para Sienna Pitcher (NSW), com 24:31.30, e a segunda posição, mas primeira sub-18, pertenceu a Maddison Nash (VIC), com 24:50.14.

O evento contemplará ainda provas de marcha para atletas sub-14, sub-15 e sub-16.

Classificações (8/12)
5.000 m masculinos sub-17
1.º, Isaac Beacroft, 2007 (NSW), 19:31.21
2.º, Bailey Housden, 2007 (QLD), 20:07.56
3.º, Riley Coughlan, 2007 (VIC), 20:54.98
4.º, Myles Ashby, 2007 (NSW), 23:41.92
5.º, Oliver Morgan, 2007 (TAS), 25:15.49
6.º, Cooper Rech, 2007 (SA), 25:46.96
Desistente: John Ronan, 2007 (WA).
Desclassificado: Owen Toyne, 2007 (ACT).

5.000 m femininos sub-17
1.ª, Sienna Pitcher, 2007 (NSW), 24:31.30
2.ª, Lyla Williams, 2007 (NSW), 27:13.74
3.ª, Isabelle Curtis, 2009 (WA), 30:01.48
4.ª, Leila Bevis, 2008 (WA), 30:20.69
5.ª, Taylah Morris, 2007 (QLD), 31:20.25
Desclassificada: Katie De Ruvo, 2007 (SA).

5.000 m masculinos sub-18
1.º, Marcus Wakim, 2006 (VIC), 20:41.01
2.º, Kodi Clarkson, 2008 (ACT), 21:49.42
3.º, Scott Peart, 2006 (VIC), 22:03.31
4.º, Sam Mccure, 2006 (QLD), 22:19.87
5.º, Alex Bradley, 2006 (QLD), 24:21.23

5.000 m femininos sub-18
1.ª, Maddison Nash, 2006 (VIC), 24:50.14
2.ª, Chelsea Roberts, 2006 (NSW), 26:12.92
3.ª, Hana Jugovic, 2006 (ACT), 26:52.99
4.ª, Emily Smith, 2006 (VIC), 28:08.71
5.ª, Julia Grocott, 2006 (ACT), 28:42.07
6.ª, Phoebe Chadwick, 2006 (QLD), 28:49.39
7.ª, Lily Housden, 2006 (QLD), 31:03.25
8.ª, Lily Masson, 2006 (WA), 32:17.13

Fonte: Athletics Australia

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Campeonatos de Lisboa de Marcha Atlética e GP Natal terão lugar amanhã, no Jamor

Fotomontagem: blogue «O Marchador».

A manhã deste sábado, dia 9, será marcada pela realização do Grande Prémio de Natal e dos Campeonatos Regionais de Marcha Atlética “Troféu Aires Denis”, ambos os eventos organizados pela Associação de Atletismo de Lisboa e destinados a todos os escalões etários, desde os benjamins até aos veteranos, incluindo ainda o Desporto Adaptado, estando inscritos perto de uma centena de atletas, em representação de 19 clubes.

As provas serão disputadas num circuito (em piso asfaltado) de 1 km e terão início às 9h15, com a realização das competições masculina e feminina de 1 km para Benjamins A/B e Desporto Adaptado este num único escalão. A série seguinte de partidas, quinze minutos depois, inclui a prova de 3 km para Infantis e de 4 km para Iniciados. Pelas 10h10 será a vez de ser dada a partida para a prova da légua destinada aos escalões de Juvenis, Juniores, Seniores e Veteranos femininos. O último tiro será dado às 11h00, quando saírem os participantes nas provas masculinas de Juvenis, Juniores, Seniores e Veteranos (estes em todos os escalões, tal como no setor feminino), também na distância de 5 km.

Ambos os eventos têm uma forte carga simbólica por representarem as mais antigas competições levadas a efeito em Portugal, apesar de uma ou outra interrupção, o que nos leva, naturalmente, a congratular a Associação de Atletismo de Lisboa na figura do seu atual presidente e também na dos antigos presidentes que passaram por essa quase centenária Instituição.

A primeira edição do Grande Prémio de Natal da AAL teve lugar no ano de 1978, que começou por ser direcionada apenas ao setor masculino, e que teve o decisivo e louvável contributo de Mário Paiva (presidente da AA Lisboa nessa época), que nos primeiros anos se disputou na distância de 6.400 metros com partida na Avenida Norton de Matos (Segunda Circular), relativamente perto do antigo Estádio da Luz, com passagens pelo Campo Grande, Campo Pequeno, Saldanha, Marquês de Pombal e percorrendo toda a Avenida da Liberdade para terminar na Praça dos Restauradores, com honras de transmissão de resumo televisivo no telejornal das 20:00 horas da RTP. As três primeiras posições, naquele ano, foram ocupadas por Luís Dias (SL Benfica), José Dias (SL Benfica) e Paulo Alves (CF Santa Iria).

A primeira edição dos Campeonatos de Lisboa teve lugar em 1983, na frente ribeirinha da zona histórica de Belém, onde atualmente se situa o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), num circuito de 2 km, com vitórias dos históricos campeões nacionais, José Pinto (CF Belenenses), nos 30 km e a participação dos espanhóis Eduardo Amoros e Josep Vinuesa, que se classificariam nas posições seguintes, e Paula Gracioso (CCD Olivais Sul), nos 10 km.

Fator comum aos dois eventos é, sem dúvida, Aires Denis, a quem haveria de ser dado o seu nome nas primeiras edições dos campeonatos (tradição retomada mais tarde), numa justíssima homenagem àquele que foi um dos grandes pioneiros e dinamizadores da especialidade (renascida na época de 1974/75) não só em Lisboa, mas um pouco por todo o país. Durante alguns anos integrou a Direção da AAL, realizando um notável trabalho na área, ajudado pelo seu colega de trabalho, o francês Raymond Ysmal, que o contagiara com a paixão pela marcha atlética.

Consulte a página digital da AAL sobre o evento onde encontrará o regulamento e a relação de atletas inscritos por prova, aqui.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Lluc Serrat e Griselda Serret vencem Grande Prémio «Ciutat de Barberà» 2023

A partida das provas absolutas de 5 km em Barberà del Vallès e os vencedores, Lluc Serrat
(dorsal 19) e Griselda Serret (7). Fotos: UA Barberà. Montagem: O Marchador

Lluc Serrat Alemany, do Aldahra Lleida UA, e Griselda Serret Menéndez, do Atletismo Alcorcón, atletas da categoria sub-20, sagraram-se vencedores das provas absolutas de 5 km da 4.ª edição do Grande Prémio de Marcha da Cidade de Barberà del Vallès, na Comunidade Autónoma da Catalunha, Espanha, um evento organizado pela Unió Atlètica Barberà.

Nos masculinos, Serrat obteve a marca de 22:23, sendo seguido pelo ainda sub-18 Eloi Anton Almar, representante do GA Lluïsos Mataro, com 22:31. Na terceira posição absoluta entrou o veterano M45 Francesc Rodríguez Martínez, da UGE Badalona, com 23:39.

Nos femininos, Griselda Serret, internacional nos Mundiais de Seleções em Muscat-2022 e nos europeus sub-20 em Jerusalém-2023, foi cronometrada em 23:27, com a sua principal opositora, Mireia Urrutia Herrera. do L'Hospitalet At., a ser a segunda classificada, com 23:41. Numa prova bem mais participada que o setor masculino (15 contra 5), as terceiras e quarta classificadas cortaram a meta com tempos abaixo dos 25 minutos, nomeadamente Georgina Ruiz Betlej, da AA Catalunya, com 24:38, e Gina Torres Auberni, do Aldahra Lleida UA, com 24:44.

Em provas destinadas a atletas veteranos, também sobre 5 km e disputadas em separado das absolutas, os primeiros a cortar a meta foram, nos masculinos, Aitor Santafé, M35 do CA Viladecans, com 24:07, e nos femininos, Olga Cabrera, do LEA La Blanca, no seu último ano na categoria W45, com 25:49.

A participação global no evento ultrapassou a centena de atletas (111), com interessantes resultados obtidos nas camadas jovens, cujos resultados podem ser consultados aqui.

Fonte: UAB/FCA

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Francisco Assis recorda pioneirismo da marcha em Portugal

Foto: blogue «O Marchador»

Antigo atleta e treinador de atletismo do Sport Lisboa e Benfica, Francisco Assis recordou esta terça-feira, 5 de dezembro, os momentos fundamentais da sua intervenção no processo de reimplantação da marcha atlética em Portugal, numa entrevista concedida à equipa do blogue «O Marchador». Centrando-se nos anos de 1975 e seguintes, Assis evocou episódios marcantes da história da marcha daquela época, desde a defesa da integração da disciplina nos torneios e campeonatos organizados pela Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) e pelas associações regionais até à realização de estágios e à própria criação de campeonatos regionais e nacionais específicos de marcha atlética. Essas vieram a ser conquistas decisivas para a implantação definitiva da marcha no calendário desportivo nacional, apesar da resistência institucional protagonizada por dirigentes que se mostravam pouco receptivos às pretensões dos marchadores.

Valorizando o papel dos agentes de promoção da disciplina (sobretudo, atletas e respetivos treinadores), o antigo técnico lembrou o sarcasmo com que outros treinadores e dirigentes se referiam aos marchadores, dando o exemplo dos episódios em que, saindo com os seus atletas do Estádio da Luz para mais um treino, havia quem se referisse aos marchadores como «andarilhos»: «Lá vai o Assis com os andarilhos», lembra-se de ter ouvido algumas vezes.

Evocando pessoas que mais tarde vieram a ter grandes responsabilidades técnicas e de direcção na FPA, notou a resistência que foram oferecendo de início à integração plena da marcha no conjunto do atletismo nacional e que mais tarde teve de evoluir para aceitação, à medida que os sucessos organizativos e desportivos foram marcando o caminho dos agentes da marcha.

Francisco Assis lembrou ter sido sobretudo um treinador de formação, ou seja, orientando atletas muito jovens, dos escalões etários mais baixos e aos quais procurava oferecer oportunidade de experimentar as diferentes especialidades do atletismo. Com essa visão pretendia que a prática do atletismo contribuísse para a formação integral do atleta, razão pela qual considerava fundamental que os jovens praticantes experimentassem todas as disciplinas da modalidade, sem excepções.

Fez ainda questão de lembrar o pólo de desenvolvimento da marcha que por esses tempos surgiu em Viseu e os marchadores que mais se evidenciaram na zona de Lisboa e por si orientados, como os irmãos Dias e José Pinto, que viria em 1982 a ser o primeiro português a obter mínimos para uma grande competição internacional absoluta de atletismo (Campeonatos Europeus de Atenas) e em 1984 a ser o primeiro marchador olímpico português (Jogos de Los Angeles).

Com uma memória clara dos tempos evocados, Francisco Assis deixou registado um importante exercício de memória sobre a marcha atlética portuguesa, os seus protagonistas originais, os acontecimentos e as instituições que se relacionaram com a marcha atlética num período determinante para a evolução desta disciplina do atletismo em Portugal.

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Colombiana Yeseida Carrillo punida com 4 anos de suspensão por doping

Yeseida Carrillo a competir em Leiria. Fotos: ADAL
Montagem: O Marchador

A marchadora olímpica colombiana Yeseida Carrillo (Rio de Janeiro/2016) encontra-se suspensa por 4 anos devido a infração por doping ocorrida em 27 de fevereiro de 2021, conforme revela a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) na sua mais recente publicação (nov.2023).

No detalhe da infração às regras antidopagem é referida a presença/uso de hormona de crescimento, detectada em amostra de sangue recolhida fora de competição, no Quénia.

O período de inelegibilidade, que apenas agora é divulgado publicamente, decorre até 25 de julho de 2025, sendo anulados todos os resultados que a atleta tinha registado desde a data da infração, incluindo-se o Torneio de Preparação da ADAL (2-3-2021) na pista de Leiria, cuja prova de 10.000 metros tinha vencido com 46:56.0. Nesse ano participou ainda nos eventos em Dudince, Olomouc, Guayaquil (campeonatos sul-americanos) e Alytus, todos sobre 20 km.

Tendo-se qualificado para Tóquio-2020, a atleta estava inscrita para a prova de 20 km prevista para 6 de agosto (2021), mas o seu nome já não constava da lista de partida, cujo motivo então se desconhecia!

Fonte: AIU

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Triunfos de Vitória Oliveira e João Vieira em Celorico da Beira (2023)

João Vieira e Vitória Oliveira já destacados em Celorico da Beira.
Fotos: Município de Celorico da Beira. Montagem: O Marchador

Foram lisboetas as vitórias nas principais provas de 10 km da 23.ª edição do Grande Prémio de Marcha Atlética de Celorico da Beira - Memorial Carlos Amaral, através de Vitória Oliveira, do Sport Lisboa e Benfica, e João Vieira, do Sporting Clube de Portugal, evento realizado no passado sábado (2/12).

Com flagrante superioridade sobre os demais concorrentes, Vitória Oliveira foi cronometrada em 47:33, com 23:15 na passagem aos 5 km, enquanto João Vieira cortou a meta em 43:22.

Os pódios absolutos dos 10 km ficaram preenchidos com a sub-23 Bruna Marques (SL Benfica), a registar 51:10, e a sub-18 Gabriela Santos (ACR Senhora do Desterro), com 53:51, nos femininos, e Rui Coelho (SL Benfica), com 48:44, atleta que venceu já várias edições do grande prémio, e Rui Magalhães (Maia AC), com 48:45.

Coletivamente, venceu a ADCC J Clark (Aveiro), com 57 pontos, seguida da ACR Senhora do Desterro (Guarda), com 37 pontos, e do Olivais FC (Coimbra), com 30 pontos.

Foram 44 atletas participantes nos vários escalões etários do grande prémio, representando 14 clubes.

Em termos de Campeonato Distrital da Guarda, registe-se os títulos individuais conquistados por dois antigos internacionais jovens, cujo regresso à atividade competitiva se saúda, Ricardo Vendeira (ACR Senhora do Desterro) nos 10 km absolutos e Carla Monteiro (Individual) nos 5 km veteranos femininos.

Os resultados completos do grande prémio estão disponíveis no «site» da AA Guarda, aqui.

domingo, 3 de dezembro de 2023

VII Grande Prémio de Marcha Atlética em Castro Urdiales (resultados)

O evento de marcha em Castro Urdiales, uma partida de jovens (sub-14) e o principal pódio.
Fotos: Castrodigital e AEMA - Asociación Española de Marcha Atlética
Montagem: O Marchador

Teve lugar no dia de hoje (domingo) a 7ª edição do Grande Prémio de Marcha Atlética “Cidade de Castro Urdiales”, em estrada, a que se juntou a realização dos Campeonatos da Cantábria, prova pontuável para o Circuito Nacional da Associação Espanhola de Marcha Atlética (AEMA), celebrada na Praça do Ayuntamento e destinada a todas as categorias etárias e disputadas num circuito homologado de 1 km, numa organização do Club Atlético Castro.

Na principal prova masculina absoluta de 10 km, triunfo de Martín Rodriguez Pazos (Durango Kirol Taldea), com o tempo de 46:44, ele que é treinado por María Rueda e que em julho deste ano integrou a seleção de Cantábria no Campeonato de Espanha. Segunda posição para Daniel Ortega Baleiron (At. Intec-Zoiti), com 48:14, e o terceiro posto para Marcos Perez Martinez (Atletismo Zuera), com 48:18, que assim completariam o trio do pódio.

Na prova feminina absoluta, a vitória coube a Angela Ruiz Teran (Atletismo Camargo), com 54:15, ela que exerce a profissão de jornalista, enquanto as segunda e terceira posições do pódio foram ocupadas por Ruth Rueda Soto (Carbonero Castro), com 54:12, e por Marta Tejedor Puentes (Univ Leon Sprint At), com 57:40, respetivamente.

Consulte os resultados completos, aqui.

sábado, 2 de dezembro de 2023

Jogos Desportivos Escolares Centro-Americanos e do Caribe - Caracas 2023 (resultados)

A vitória de José Emilio Santiesteban, e os atletas classificados na segunda e terceira
posições, Ángel J. Peroza e Vicente Cuevas. Fotos: Escolaresven2023
Montagem: O Marchador

Caracas, a capital da Venezuela, foi palco da 6.ª edição dos Jogos Desportivos Escolares Centro-Americanos e do Caribe (23 a 30/11), um evento que contou com a participação de cerca de 2.000 atletas em 12 desportos, de idades compreendidas entre os 15 e os 17 anos de idade e provenientes de 10 países.

No atletismo, com provas na pista do Estádio Nacional «Brigido Iriarte», a marcha masculina sobre 10.000 metros disputou-se na jornada matinal do dia 28, com vitória do mexicano José Emilio Santiesteban que obteve a marca de 48:03.14.

No segundo lugar e a apenas 1 segundo do vencedor entrou o venezuelano Ángel J. Peroza, com 48:04.62, enquanto o terceiro lugar, mais recuado, pertenceu a outro mexicano, Vicente Alberto Cuevas, com 57:36.29.

O programa contemplou ainda a prova feminina sobre 5.000 metros da qual, a ter sido realizada, até ao momento não se conhecem resultados.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Fontelo, momento zero

Carlos Albano a vencer destacado no Fontelo. Foto: José Machado Eduardo.
Montagem: O Marchador

No dia em que passam 49 anos sobre a realização da primeira prova da fase moderna da marcha atlética em Portugal, o blogue O Marchador inicia a publicação de uma série de textos semanais dedicados ao primeiro meio século da história da marcha portuguesa. Serão textos individuais a publicar ao longo das próximas 50 semanas, contando o que de mais importante aconteceu em cada um dos anos entretanto transcorridos no fabuloso percurso de afirmação da última especialidade olímpica a impor-se no atletismo português.

No dia 1 de Dezembro de 1974, o Parque do Fontelo, em Viseu, foi palco da primeira prova de marcha atlética no nosso país após décadas de ausência da especialidade do panorama desportivo português. Depois das provas registadas nas décadas de 10 e início de 20 do século passado e de um ano «extravagante» de competições populares entre a Primavera de 1938 e o Verão de 1939, foi preciso esperar por 1974 para que a marcha atlética ressurgisse no país.

Vivia-se o tempo da extraordinária abertura política, social e cultural proporcionada pela Revolução de 25 de Abril de 1974. As novas circunstâncias deram espaço para que fosse possível pensar o desporto para além dos constrangimentos vindos da ditadura fascista, assim surgindo os primeiros interessados na prática de uma disciplina praticamente desconhecida dos portugueses: a marcha atlética.

Logo no Verão desse ano fundador da democracia portuguesa, um episódio acabou por ser marcante do devir da marcha. Acompanhando em casa a transmissão televisiva de mais uma jornada dos XI Campeonatos da Europa de Atletismo, realizados em Roma, Carlos Albano sentiu o impulso de imitar o gesto técnico dos atletas que participavam na prova dos 20 km marcha desses campeonatos. E, logo ali, na sala, experimentou a técnica da marcha, perante o primo António Fonseca e Costa (renomado treinador de atletismo) e o amigo Rui Mingas (cantor angolano e, mais tarde, deputado, ministro do Desporto de Angola e embaixador em Portugal), que com ele seguiam as imagens da televisão.

Desse impulso surgiu o entusiasmo pela prática da marcha, pouco tempo depois ainda mais estimulado pela notícia de que o tradicional torneio anual de atletismo levado a efeito no Parque do Fontelo, em Viseu, no dia 1 de Dezembro, iria nesse ano incluir no programa uma prova de marcha. Por curiosidade (sinal dos tempos!), tratava-se de um torneio habitualmente organizado pela Mocidade Portuguesa, organização do deposto sistema fascista voltada para práticas desportivas e paramilitares destinadas aos jovens, mas que naquela nova época tinha outros organizadores, impulsionados pelo dinâmico e histórico dirigente viseense José Madeira e enquadrados na nova organização democrática do país (a Mocidade Portuguesa e outras organizações fascistas tinham sido extintas no próprio dia 25 de abril, por decreto-lei da Junta de Salvação Nacional).

A prova de marcha do Fontelo juntou nesse 1.º de Dezembro centenas de participantes, muitos dos quais não conheceriam as normas técnico-regulamentares da marcha atlética, limitando-se a caminhar da mesma maneira que andavam no dia-a-dia mas em ritmo (talvez) mais acelerado.

Carlos Albano ganharia destacado a competição, tornando-se o primeiro vencedor de provas de marcha no ressurgimento da disciplina no país. Representava a Casa do Pessoal da Empresa Nacional de Urânio, o clube do trabalhadores das Minas da Urgeiriça, no concelho de Nelas, em cujos escritórios desenvolvia a atividade profissional.

Quanto a Viseu e ao Parque do Fontelo, ficaram para a história da marcha atlética portuguesa como palco da primeira competição moderna da disciplina no nosso país, abrindo o caminho para um percurso que entra agora no 50.º ano. Foi em 1 de Dezembro de 1974.

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

XXIII Grande Prémio de Marcha Atlética de Celorico da Beira, este sábado

O cartaz do evento em Celorico da Beira. Montagem: O Marchador

A Câmara Municipal de Celorico da Beira e a Associação de Atletismo da Guarda levam a efeito neste sábado (2/12), a partir das 14 horas, a realização da vigésima terceira edição do Grande Prémio de Marcha Atlética de Celorico da Beira - Memorial Carlos Amaral, juntando-se a este a disputa do Campeonato Distrital da Guarda.

As provas, destinadas a todos os escalões etários, terão lugar num circuito urbano, encerrado ao tráfico rodoviário, com um perímetro de 500 metros, localizado na Avenida da Corredoura, com a partida e a chegada localizadas junto ao Jardim Parque Carlos Amaral.

O Grande Prémio de Marcha Atlética de Celorico da Beira foi criado em 1996 por Carlos Amaral, treinador celoricense que faleceu prematuramente em 4 de dezembro de 1999, deixando um relevante trabalho em prol da especialidade na região.

De realçar, no lote dos inscritos na capital do queijo da Serra, a presença de grandes nomes da especialidade, nomeadamente, e começando pelos homens do distrito da Guarda, o olímpico Pedro Martins, octacampeão nacional e o melhor marchador português nos 50 km marcha da Taça da Europa de 2003 na conquista da medalha de bronze coletiva para Portugal e o internacional Rui Coelho, que participou nos Mundiais de Oregon, nos EUA, bem como o campeoníssimo e olímpico João Vieira, medalha de prata em Mundiais e Europeus, o veterano destas andanças, o também olímpico e com um belo historial de títulos nacionais, José Magalhães, e a internacional Vitória Oliveira, campeã nacional e vencedora do recentemente disputado Grande Prémio de Alvaiázere.

Após o evento, a organização procederá à entrega dos prémios individuais e coletivos e oferecerá um lanche a todos os participantes.

O regulamento do Grande Prémio está disponível aqui e do Campeonato Distrital aqui.

As listas de atletas inscritos por prova podem ser consultadas aqui.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Vitória Oliveira com início de época prometedor em Alvaiázere

As principais provas de 5.000 metros na pista de Alvaiázere e os vencedores absolutos,
Vitória Oliveira e Hélder Santos. Fotos: fb FOTOS OLIVEIRINHA.
Montagem: O Marchador

A agora representante benfiquista Vitória Oliveira esteve em evidência no passado sábado (dia 25) em Alvaiázere por ocasião do 22.º Grande Prémio de Marcha (20.ª légua) e Memorial «António Gonçalves» ao vencer a prova de 5.000 metros em pista com a significativa marca e recorde pessoal de 21 minutos e 37 segundos (antes 22:39,1 no mesmo local em 2022), faltando saber os décimos de segundo, se tempos manuais, que não constam dos resultados oficiais.

No setor masculino, o vencedor da prova absoluta em igual distância foi Hélder Santos, atleta do GD Estreito, com 21:16.

Nos lugares imediatos das classificações absolutas entraram, nos masculinos, Manuel Marques, vencedor M40 do ACD Jardim da Serra, com 22:33, e Eduardo Camarate, primeiro sub-18 da J Vidigalense, com 22:57, e nos femininos, Joana Pontes, do Leiria MAC, com 23:30, e Bruna Marques, primeira sub-23 do SL Benfica, com 23:42.

Ainda nas provas de 5.000 metros, referência para outros vencedores por escalões, nos sub-18, Isa Ferreira (J Vidigalense, 26:49), nos sub-20, Francisco Lima (CA Nazaré, 30:44) e Carina Ferreira (ACDCJ Clark, 27:05), nos M/W35, Flávio Ramalho (EA Moita Tejo, 24:27) e Telma Ramalho (EA Moita Tejo, 36:02), nos W40, Felicidade Rosa (GDS Domingos, 26:36), e finalmente nos M/W50+ (escalão único), Henrique Lavos (EA Moita Tejo, 27:50) e Carla Morgado (EA Moita Tejo, 32:01).

Os resultados completos de todas as provas/escalões etários, que se admite ainda provisórios, podem ser consultados no site da organização, o Jornal «O Alvaiazerense», aqui.

O evento, que teve a participação de 95 atletas em representação de 21 clubes, apurou como vencedor coletivo a Escola Atletismo Moita Tejo (Setúbal), com 230 pontos, seguida do Olivais Futebol Clube (Coimbra), com 80 pontos, e do Grupo Desportivo de São Domingos (Lisboa), com 55 pontos.

Entretanto, ao blogue «O Marchador» foi dado conhecimento de reclamação apresentada por um clube participante e relacionada com a distância da prova do escalão sub-18, inicialmente indicada no regulamento como sendo sobre 3.000 metros, e posteriormente alterada pela entidade distrital para 5.000 metros, com interferência nos prémios monetários atribuídos e alegadamente sem que a organização tivesse disso atempado conhecimento!

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Isaac Beacroft bate recorde sub-18 da Austrália de 10.000 m marcha

Isaac Beacroft em prova e cerimónias de premiação.
Fotos: David Tarbotton/Athletics NSW. Montagem: O Marchador

Os campeonatos (abertos) de 10.000 metros marcha em pista da categoria sub-20 da Nova Gales do Sul (em inglês: New South Wales) integrados no programa da ronda 5 do «Treloar Shield» realizados no passado domingo (25/11) no SOPAC, Sydney, ficaram marcados pela obtenção de um novo recorde sub-18 da Austrália e Oceânia, feito conseguido por Isaac Beacroft, atleta de apenas 16 anos de idade.

Beacroft, a representar o Hills District Amateur Athletics, foi cronometrado em 41:48.76 na sua estreia na distância, registo que supera o anterior recorde nacional que estava na posse de Marcus Wakim, com 42:01.26 obtidos em Brisbane em março deste ano.

Ainda na prova masculina, destaque igualmente para Bailey Housden, também de 16 anos de idade, de Queensland, segundo classificado com 41:57:48, passando a figurar na lista sub-18 australiana de sempre logo atrás de Beacroft.

Na prova feminina sobre 10.000 metros, Allanah Pitcher, do Sydney University Athletics Club, foi a vencedora absoluta com 46:02.81, enquanto a sua irmã Sienna Pitcher (16 anos), Mingara Regional Athletics Club, vencia na categoria sub-20, com 50:58.27, sendo terceira na geral. A segunda posição da geral seria ocupada pela representante de Queensland, Tayla Billington, com 46:54.49.

Consulte os resultados completos das provas abertas/sub-20, a masculina [aqui] e a feminina [aqui].

Fontes: Athletics NSW e VRWC

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Seleção da China vence Estafeta Mista de Marcha de Osaca

A partida da Estafeta Mista de Marcha em Osaca, as duplas chinesa Haifeng Qian &
Liujing Yang e japonesa Tomohiro Noda & Kaori Kawazoe. Imagens: Associação
de Atletismo de Osaca, Jiji e Risunon. Montagem: O Marchador

Pela primeira vez realizada no Japão, a Estafeta Mista de Marcha (42,195 km) teve lugar no dia de ontem, no coração da cidade de Osaca, tendo atuado, no cumprimento das regras estabelecidas, 8 Juízes de Marcha, alguns do nível Gold da World Ahletics.

A dupla chinesa, Haifeng Qian e Liujing Yang, concluíram vitoriosamente a nova distância do atletismo, prova que vai entrar no programa dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, realizando o tempo global de 3:05:31, quarta melhor marca mundial da época.

Na segunda posição classificou-se o conjunto japonês constituído por Tomohiro Noda e Kaori Kawazoe, com 3:07:16, fechando o pódio a dupla japonesa Yutaro Murayama e Yukiko Umeno, com 3:10:32.

Foram 12 as equipas participantes (9 chegadas e 3 desclassificadas).

Nos 10 km masculinos (Sub-20) o triunfo sorriu a Yugo Nagata, com o tempo de 42:43, a escassos 12 segundos do seu recorde pessoal, estabelecido em fevereiro deste ano, em Kobe, seguido de Taizo Tamaharu, com 44:03 (a 9 segundos do seu recorde pessoal), e de Kyogo Nishiwaki, com 47:20.

Nos 5 km femininos, Yoka Kondo, com 23:42, foi a vencedora. Sumika Tani, com 23:46, foi a segunda, com 23:46, e Honami Kakajima, com 24:26, foi a terceira.

As próximas duas competições internacionais de marcha atlética, a realizarem-se em solo japonês, serão a 72ª edição do Grande Prémio do Ano Novo, no começo do ano de 2024, em Tóquio, e a 18 de fevereiro de 2024 a edição nº 107 dos Campeonatos do Japão de 20 e 35 km marcha, em Kobe, sabendo-se que o programa dos próximos Mundiais de Atletismo, em Tóquio, em 2025, contemplará as provas de 20 e 35 km marcha.

Classificações
1. Haifeng Qian & Liujing Yang (China), 3:05:31
2. Tomohiro Noda & Kaori Kawazoe, 3:07:16
3. Yutaro Murayama & Yukiko Umeno, 3:10:32
4. Kento Yoshikawa & Hitomi Shimoka, 3:10:58
5. Carl Gibbons & Hannah Mison (Austrália), 3:12:56
6. Haruki Manju & Kana Koide, 3:14:05
7. Kazuki Takahashi & Mao Tatsumi, 3:14:22
8. Corey Dickson & Hannah Bolton (Austrália), 3:14:59
9. Rihito Ishida & Satsuki Ishida, 3:20:18
Desclassificadas: Tomoya Kanzawa & Nami Hayashi, Yuki Ito & Sayori Matsumoto e Yu Watanabe & Ayumi Sugibayashi.

domingo, 26 de novembro de 2023

Lorena Arenas e César Herrera vencem 35 km marcha inaugurais nos Jogos Nacionais da Colômbia (2023)

César Herrera e Lorena Arenas, os vencedores dos 35 km, fase inicial da prova masculina
e o pódio feminino. Fotos: William Mora / Runningcolombia, fb Ejecafetero2023
e IG Arabelly Orjuela. Montagem: O Marchador

A abrir o último dia do atletismo na 22.ª edição dos Jogos Desportivos Nacionais «Carlos Lleras Restrepo» realizaram-se ontem (dia 25) na cidade de Arménia, na Colômbia, e pela primeira vez no programa do evento, os 35 km marcha para masculinos e femininos (substituem os 50 km, antes apenas para homens), sagrando-se campeões Sandra Lorena Arenas e César Alberto Herrera.

Nos femininos, com a participação de 5 atletas (3 a completarem a distância), Lorena Arenas, de Antioquia, cinco dias depois de vencer os 20 km acumulou nova vitória, obtendo a marca de 3:00:58, julgamos que em estreia na distância. O pódio ficou completo com Arabelly Orjuela, de Bogotá D.C., com 3:01:11, e Lucy Alejandra Mendoza, de Tolima, com 3:05:40.

Nos masculinos, bem mais participados (10 atletas), César Alberto Herrera, de Bogotá D.C., alcançou a medalha de ouro com confortável avanço e registou 2:40:26. Nos 20 km foi terceiro classificado. Nas posições imediatas entraram o seu colega de Bogotá D.C., José Leonardo Montaña, com 2:42:01, e o representante da Federação Colombiana Desportiva Militar (FEDEM), Kenny Martin Perez, com 2:44:15.

Classificações
35 km femininos
1.ª, Sandra Lorena Arenas Campuzano, 1993 (ANT - Antioquia), 3:00:58
2.ª, Arabelly Orjuela Sanchez, 1988 (BOG - Bogotá D.C.), 3:01:11
3.ª, Lucy Alejandra Mendoza Malagon, 1999 (TOL - Tolima), 3:05:40
Desistentes: Sandra Viviana Galvis Gomez, 1986 (CUN - Cundimarca) e Laura Valentina Pedraza Castañeda, 2003 (CUN - Cundimarca).

35 km masculinos
1.º, César Alberto Herrera Cortes, 1999 (BOG - Bogotá D.C.), 2:40:26
2.º, Jose Leonardo Montaña Arevalo, 1992 (BOG - Bogotá D.C.), 2:42:01
3.º, Kenny Martin Perez Parra, 1994 (FDM - FEDEM), 2:44:15
4.º, Jorge Armando Ruiz Fajardo, 1989 (FDM - FEDEM), 2:45:52
5.º, Jhon Alexander Castañeda Angulo, 1992 (MET - Meta), 2:47:08
6.º, Juan José Soto Ruiz, 1999 (BOG - Bogotá D.C.), 2:47:48
7.º, Cristian Mauricio Duarte Celis, 2003 (TOL - Tolima), 2:48:17
8.º, Diego Juan Pinzon Florez, 1985 (FDM - FEDEM), 2:49:52
9.º, Daverson Alejandro Meza Arango, 2000 (ANT - Antioquia), 2:53:47
Desclassificado: Ronald Stiven Salla Garces, 2003 (CUN - Cundimarca).

sábado, 25 de novembro de 2023

Estafeta Mista de Marcha pela primeira vez no Japão

O Cartaz do evento. Imagem: Comité organizador local

No dia de amanhã (domingo, 26) será realizada no Japão, pela primeira vez, a Estafeta Mista de Marcha Atlética, que promete constituir um evento de muita qualidade, sabendo-se que os marchadores japoneses se situam no topo da especialidade no plano mundial.

O evento terá lugar em Nakanoshima – Osaca, uma das principais artérias da cidade, aonde estão localizados os edifícios governamentais e uma das mais importantes zonas comerciais e culturais da cidade.

A Estafeta Mista de Marcha (1 homem e 1 mulher) será a grande novidade no programa do atletismo dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e terá uma distância total equivalente à da prova da maratona (42,195 km), substituindo os 50 km marcha, disciplina que integrou o programa dos últimos Jogos Olímpicos, na vertente masculina.

Em Nakanoshima, a distância a percorrer em cada troço será de 11,195 km (homens), 10 km (mulheres), 11 km (homens) e 10 km (mulheres), estando inscritas 14 equipas, sendo que 11 são japonesas, 2 australianas e 1 chinesa.

A lista de inscritos está disponível aqui.

As melhores marcas realizadas até ao momento foram obtidas nos Jogos Pan-americanos que tiveram lugar em Santiago, no Chile, a 4 de novembro último, o Equador, com 2:56:49, o Peru, com 3:01:14, e o Brasil, com 3:02:14.

Sul-americano de Atletismo Master - Lima 2023: 5.000 m marcha masc. e fem. (resultados)

As várias séries das provas de marcha de 5.000 m em pista em Lima, Peru.
Imagens: STUDIOPORTATIL. Montagem: O Marchador

Na continuação do Campeonato Sul-americano de Atletismo Master que decorre em Lima, no Peru, até amanhã (dia 26), houve lugar à realização de provas de marcha sobre 5.000 metros para masculinos e femininos, agora na pista do Estádio Principal de la VIDENA (21/11).

Durante o período da manhã foram disputadas 3 séries femininas e outras tantas masculinas, agrupando escalões etários, com um total de 85 atletas participantes.

Nos masculinos, todas séries tiveram como vencedores atletas mexicanos, nos M30 a M45, Ricardo Gonzalez Munoz, M45, com 24.57,70, nos M50 a M60, Etiel Soto Maldonado, M50, o mais rápido de todos, com 24.10,74, e nos M65+, Jose Lopez Camarena, M70, com 29.32,81.

Nos femininos, na série W30 a W50, apertada chegada (1 segundo de diferença) entre as peruanas Susan Palacios Caballero, W40, com 29.34,74, e Vilma Del Castillo Carcamo, W50, com 29.35,83. Nas outras séries, na W55 a W60, venceu a mexicana Yolanda Esparza Cornejo, W60, com 32.17,79, na W65+, impôs-se a colombiana Rosmary Pelàez Cardona, W65, com 32.11,10.

Classificações (21/11)
5.000 m masculinos - M30 a M45 - Geral / Escalão etário
1.º, Ricardo Gonzalez Munoz (MEX - México*), 24.57,70 - 1.º, extra M45
2.º, Yinno Custodio Hernández (PER - Peru), 27.59,51 - 1.º, M35
3.º, Ivo mancilla Morales (CHL - Chile), 29.10,79 - 2.º, M35
4.º, Matias Palla Manihuari (PER - Peru), 29.47,02 - 1.º, M30
5.º, Cesareo Loza Arciba (CAN - Canadá*), 29.49,71 - 1.º, extra M40
6.º, Fausto Palacios Marquina (ECU - Equador), 30.13,71 - 1.º, M40
7.º, David Duque Schick (CHL - Chile), 31.20,68 - 1.º, M45
8.º, Leonardo Sebastián Alvarez (ARG - Argentina), 33.57,40 - 2.º, M40

5.000 m masculinos - M50 a M60 - Geral / Escalão etário
1.º, Etiel Soto Maldonado (MEX - México*), 24.10,74 - 1.º, extra M50
2.º, Ruben Possu Navas (COL - Colômbia), 26.23,43 - 1.º, M60
3.º, Guido Zegarra Ojeda. (PER - Peru), 28.03,76 - 2.º, M60
4.º, Luis Vargas Moreno (CHL - Chile), 28.28,77 - 1.º, M50
5.º, Claudio Velando Castán (ESP - Espanha*), 28.49,36 - 1.º, extra M55
6.º, Aldo Reyes Llerena (PER - Peru), 30.52,38 - 2.º, M50
7.º, William van Heyningen (CUW - Curaçau*), 31.23,37 - 3.º, extra M60
8.º, Elfried Laker (CUW - Curaçau*), 31.33,36 - 2.º, extra M55
9.º, José Torrico Lavayén (BOL - Bolívia), 32.00,95 - 3.º, M60
10.º, Ismael Palma Perez (PAN - Panamá*), 32.43,60 - 3.º, extra M55
11.º, Freddy Ticona Arroyo (PER - Peru), 32.57,82 - 3.º, M50
12.º, José Muñoz Cisternas (CHL - Chile), 34.16,62 - 1.º, M55
13.º, Carlos Alberto Obando (PAN - Panamá*), 34.18,23 - 4.º, extra M50
14.º, Luis Del Rosario Alfaro (PER - Peru), 34.35,32 - 4.º, M60
Desclassificados: Miguel avalos morales (CHL - Chile) - M60, Luiz Alberto Benvenuti (BRA - Brasil) - M60, Rogelio Garcia Alvarez (MEX - México*) - extra M60 e Carlos Zegarra Escalante (PER - Peru) - M55.

5.000 m masculinos - M65+ - Geral / Escalão etário
1.º, Jose Lopez Camarena (MEX - México*), 29.32,81 - 1.º, extra M70
2.º, Julian Laime Cori (BOL - Bolívia), 32.11,83 - 1.º, M70
3.º, Silvestre Ponce Sagua (PER - Peru), 33.42,50 - 2.º, M70
4.º, Jesús Flores Ramos (PER - Peru), 34.15,00 - 1.º, M65
5.º, Carlos Rodriguez Ramos (PER - Peru), 34.40,23 - 3.º, M70
6.º, Carlos Rodríguez Ochoa (PER - Peru), 34.44,67 - 4.º, M70
7.º, Cesar Alva Lezcano (PER - Peru), 35.13,37 - 2.º, M65
8.º, Leopoldo Díaz Rodriguez (PER - Peru), 35.25,76 - 3.º, M65
9.º, Edgardo Calderón Paredes (PER - Peru), 35.40,04 - 4.º, M65
10.º, Pierangelo Fortunati (ITA - Itália*), 35.51,15 - 5.º, extra M70
11.º, Carlos Francisco Padilla (BOL - Bolívia), 38.00,12 - 1.º, M75
12.º, Jose Medina Nuñez (PER - Peru), 38.39,33 - 2.º, M75
13.º, Eduardo Sepulveda Seaton (CHL - Chile), 40.49,20 - 3.º, M75
14.º, Alfredo Felipe Henriquez (PAN - Panamá*), 46.15,53 - 4.º, extra M75
15.º, Josep Vinueza Mendez (ARG - Argentina), 51.09,18 - 5.º, M75
Desclassificado: Runy Vivas (CUW - Curaçau*) - extra M65.

5.000 m femininos - W30 a W50 - Geral / Escalão etário
1.ª, Susan Palacios Caballero (PER - Peru), 29.34,74 - 1.ª, W40
2.ª, Vilma Del Castillo Carcamo (PER - Peru), 29.35,83 - 1.ª, W50
3.ª, Ruth Deza Laquise (PER - Peru), 29.46,45 - 1.ª, W30
4.ª, Rosa Huertas Sánchez (PER - Peru), 30.57,82 - 2.ª, W50
5.ª, María Linares Otoya (PER - Peru), 31.52,93 - 2.ª, W30
6.ª, María Paz Cabrera (PER - Peru), 32.00,98 - 3.ª, W50
7.ª, Claudia Herrera Ledesma (CHL - Chile), 34.39,37 - 4.ª, W50
8.ª, Rosario Sánchez Martínez (MEX - México*), 35.54,81 - 5.ª, extra W50
9.ª, Laura Lira Obando (PER - Peru), 36.10,65 - 6.ª, W50
10.ª, María morocho Arévalo (ECU - Equador), 37.49,47 - 7.ª, W50
11.ª, Ahime Robles Sáenz (PER - Peru), 43.51,04 - 1.ª, W45

5.000 m femininos - W55 a W60 - Geral / Escalão etário
1.ª, Yolanda Esparza Cornejo (MEX - México*), 32.17,79 - 1.ª, extra W60
2.ª, Martha Torres Olvera (MEX - México*), 32.56,24 - 1.ª, extra W55
3.ª, Guadalupe Usnayo Mollehuanca (PER - Peru), 32.56,67 - 1.ª, W55
4.ª, Maritza Mariscal Rodriguez (PER - Peru), 33.01,44 - 1.ª, W60
5.ª, Maria Santiago Cabrales (COL - Colômbia), 33.32,87 - 2.ª, W55
6.ª, Rosa Rivera Ramos (PER - Peru), 35.41,68 - 3.ª, W55
7.ª, Ana Solis Escaldillo (PER - Peru), 36.11,73 - 4.ª, W55
8.ª, Zulema Sanchez Rodriguez (PER - Peru), 36.20,64 - 5.ª, W55
9.ª, Gladys Iñiguez Flores (BOL - Bolívia), 37.48,13 - 6.ª, W55
10.ª, ana ruiz rubilar (CHL - Chile), 38.20,04 - 2.ª, W60
11.ª, Margarita Lassalle Bravo (CHL - Chile), 38.57,37 - 3.ª, W60
12.ª, Carmen Santillan Alarcon (PER - Peru), 41.21,84 - 4.ª, W60
13.ª, Pilar Portales Piñones (CHL - Chile), 47.07,57 - 5.ª, W60
Desclassificadas: Victoria Aguirre Arca (PER - Peru) - W55 e Mirna Manzané González (PAN - Panamá*) - extra W55.
Desistente: Blanca Alfaro de Anda (MEX - México*) - extra W55.

5.000 m femininos - W65+ - Geral / Escalão etário
1.ª, Rosmary Pelàez Cardona (COL - Colômbia), 32.11,10 - 1.ª, W65
2.ª, Aneke Middendorp (CUW - Curaçau*), 36.13,48 - 1.ª, extra W70
3.ª, Bertha Gutierrez Ovalle (PER - Peru), 36.53,58 - 1.ª, W70
4.ª, Leonida Coronel (BOL - Bolívia), 36.53,59 - 2.ª, W65
5.ª, Isabel Almazan Vargas (CHL - Chile), 36.57,53 - 3.ª, W65
6.ª, Ana Aguilar Torres (CHL - Chile), 37.31,08 - 2.ª, W70
7.ª, Graciela Pasten Navarro (CHL - Chile), 38.52,34 - 4.ª, W65
8.ª, Ester Pastene Ardiles (CHL - Chile), 38.53,02 - 3.ª, W70
9.ª, Luisa Manyari Garcia (PER - Peru), 39.31,03 - 5.ª, W65
10.ª, Maria Gamazo Barboza (ARG - Argentina), 39.36,46 - 6.ª, W65
11.ª, Frida Amat y León Amat (PER - Peru), 42.13,74 - 7.ª, W65
12.ª, Diana Vargas (PER - Peru), 43.24,29 - 4.ª, W70
13.ª, Eufemia Guzman Abarca (PER - Peru), 43.45,97 - 1.ª, W80
14.ª, Yolanda Rodríguez Amézquita (PER - Peru), 46.15,85 - 1.ª, W85
15.ª, Paula Campos Flores (PER - Peru), 49.11,44 - 1.ª, W75
Desclassificada: Martha Mendoza (PER - Peru) - W70.