quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

43.º Troféu «Ugo Frigerio» arrancou em Génova, Itália

Ugo Frigerio e capa do livro de apresentação do troféu 2012.
Foto: Wikipedia; Capa: Nuova Atletica Astro.
Cerca de centeia e meia de atletas, nas diversas categorias, participaram em Génova (26 Fev.) na 1.ª competição do tradicionalíssimo troféu em homenagem a Ugo Frigerio, atleta que se notabilizou ao ganhar 3 medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1920 (Antuérpia, 3 e 10 km) e de 1924 (Paris, 10 km) e ainda 1 de bronze em 1932 (Los Angeles, 50 km).

Nas principais provas do programa de 10 km o domínio foi dos atletas chineses que, sob a batuta do treinador italiano Sandro Damilano, ocuparam todos os seis lugares absolutos do pódio masculino e feminino.

Como se de um teste se tratasse, os vencedores seniores, Zhen Wang, na prova masculina, realizou 38.35,89 (19.38 e 18.57 em cada légua), e Hong Liu, na feminina, 44.10,34 (22.43 e 21.27). Significativo!

De referir que o troféu é composto por um prólogo e 10 competições, sendo a última destas designada por final. Pietro Pastorini é um dos principais mentores deste troféu, cujos desenvolvimentos podem ser consultados aqui.

Resultados dos 8 primeiros nas principais provas

Femininos
1.ª, Hong Liu, 1987 (China), 44.10,34
2.ª, Yanfei Li, 1990 (China), 45.05,71
3.ª, Yuanyuan Ni, 1995 (China), 46.22,10
4.ª, Marie Polli, 1980 (Suíça), 49.15,31
5.ª, Laura Polli, 1983 (Suíça), 50.38,96
6.ª, Federica Curiazzi, 1992 (Itália), 50.47,87
7.ª, Marta Zabbeni, 1994 (Itália), 55.40,77
8.ª, Eleonora Done, 1992 (Itália), 59.34,39
13 participantes

Masculinos
1.º, Zhen Wang, 1991 (China), 38.35,89
2.º, Tianfeng Si, 1984 (China), 40.56,82
3.º, Jianbo Li, 1986 (China), 41.41,58
4.º, Federico Tontodonati, 1989 (Itália), 41.43,82
5.º, Emerson Hernandez, 1989 (São Salvador), 45.44,31
6.º, Bruno Morotti, 1964 (Itália), 49.18,90
7.º, Esposti Venturi, 1957 (Itália), 56.06,19
8.º, Ino Abbo, 1947 (Itália), 59.08,36
13 participantes

Rubino e Eleonora Giorgi, os mais rápidos em Itália na pista coberta

Giorgio Rubino e o pódio feminino, da esq.ª para a dt.ª,
Federica Ferraro, Anna Eleonora Giorgi e Serena Pruner.
Fotos: Giancarlo Colombo/FIDAL
Anna Eleonora Giorgi (GS Fiamme Azurre) e Giorgio Rubino (GA Fiamme Gialle) obtiveram os títulos de campeões de Itália absolutos em pista coberta no passado sábado, em Ancona, e ambos monopolizaram as suas provas do início ao fim, com os cronómetros a registarem tempos finais, para ela, de 12.53,14 aos 3.000 metros (parciais de 4.19, 4.17 e 4.17 por cada quilómetro) e, para ele, de 19.22,80 aos 5.000 metros (parciais de 3.52, 3.55, 3.53, 3.54 e 3.49).

Os campeonatos serviram igualmente para a disputa dos títulos de promessas (sub-23), que foram para Federica Curiazzi (Bergamo 1959 Creberg), 5.ª da geral com 13.52,83, e Riccardo Macchia (Fiamme Oro), o 3.º no pódio absoluto com 20.30,61.

Os recordes italianos, de grande valia, mantêm-se inalterados. Nos homens, o absoluto é 18.08,86, de Ivano Brugnetti (2007), e o de promessas 18.40,87, de Giovanni de Benedictis (1989). Nas senhoras, o absoluto está fixado em 11.53,23 e pertence a Ileana Salvador (1992) e o de promessas em 12.25,54, de Annarita Sidoti (1991).

Resultados

5.000 metros femininos
1.º, Giorgio Rubino, 19.22,80
2.º, Diego Cafagna, 20.12,19
3.º, Riccardo Macchia, 20.30,61
4.º, Fortunato D'Onofrio, 20.47,42
5.º, Ruggero D'Ascanio, 21.33,67
6.º, Giacomo Vigano, 21.46,97
7.º, Tommaso Romagnoli, 22.04,22
8.º, Luca Montoleone, 22.17,91
Desistentes: Salvatore Farro e Daniele Paris.

3.000 metros femininos
1.ª, Anna Eleonora Giorgi, 12.53,14
2.ª, Federica Ferraro, 13.23,27
3.ª, Serena Pruner, 13.29,23
4.ª, Alessia Zapparoli, 13.47,35
5.ª, Federica Curiazzi, 13.52,83
6.ª, Cecilia Stetskiv, 14.13,72
7.ª, Ilaria Galli, 14.21,86
8.ª, Andrea Morelli, 14.36,04
9.ª, Carolina de Rosa, 14.37,20
10.ª, Mariavittoria Becchetti, 14.39,93
11.ª, Ilaria Mariotti, 15.07,06
12.ª, Letizia Ambrosini, 15.42,42
13.ª, Elena Sbernardori, 15.45,80
14.ª, Viviana Valsecchi, 15.52,23
15.ª, Gladys Moretti, 15.58,53
16.ª, Angelica Valentini, 16.20,88
Desclassificada: Sara Loparco.

Títulos de pista coberta dos E.U.A. para Maria Michta e Trevor Barron

Erin Gray e Maria Michta ao «sprint». Trevor Barron isolado.
Fotos: Photo Run
Maria Michta (Walk USA, 13.15,31) e Trevor Barron (New York AC, 11.36,27) alcançaram os títulos de pista coberta dos Estados Unidos da América nas provas de 3.000 metros marcha disputadas em Albuquerque, no passado fim-de-semana.

Enquanto o jovem Trevor, de 19 anos, se impôs por 25 segundos ao seu mais directo opositor, Tim Seaman, por sinal o seu treinador e colega de equipa, já Maria Michta travou um emocionante duelo com Erin Gray (Bowerman AC), apenas decidido ao «sprint» por uma diferença de 4 centésimos de segundo.

Os recordes nacionais pertencem a Ray Sharp (11.16,30 em 1984) e Debbi Lawrence (12.20,79 em 1993).

Resultados

3.000 metros masculinos (25 Fev.)
1.º, Trevor Barron, 11.36,27
2.º, Tim Seaman, 12.01,48
3.º, John Nunn, 12.11,86
4.º, Nick Christie, 12.35,08
5.º, Michael Giuseppe Mannozzi, 13.11,79
Desclassificados: Dan Serianni e Joshua Wiseman.

3.000 metros femininos (26 Fev.)
1.ª, Maria Michta, 13.15,31
2.ª, Erin Gray, 13.15,35
3.ª, Lauren Forgues, 13.21,94
4.ª, Miranda Melville, 13.46,89
5.ª, Joanne Dow, 13.59,56
6.ª, Katie Burnett, 14.44,45
7.ª, Janelle Brown, 14.48,27

Con mucho afecto...

Raúl González, após a vitória nos 50 km da Taça do Mundo de 1983.
Foto: O Marchador.

Hoje é o aniversário de Raúl González Rodríguez. Um dos melhores atletas mexicanos de todos os tempos, nasceu em 29 de fevereiro de 1952 em Rancho Las Lajas, no município de China, estado de Nuevo Léon, México. Em 1984, nos Jogos de Los Angeles, sagrou-se campeão olímpico nos 50 km marcha, obtendo, ainda, a medalha de prata nos 20 km marcha, atrás do seu compatriota Ernesto Canto.

De 1971 a 1987, período que durou a sua atividade enquanto atleta, alcançou 13 medalhas em competições internacionais. Possuidor de uma técnica irrepreensível, foram particularmente notados, também, os triunfos nas provas de 50 km marcha das Taças do Mundo de Milton Keynes (1977), Valência (1981) e Bergen (1983).

Em 11 de junho de 1978, em Podebrady, na então Checoslováquia, bateu o recorde mundial de 50 km com a muito expressiva marca de 3.41.20 horas. Em 1979, em Bergen (Fana), na Noruega, realizara, em pista, o tempo de 3.41.38,4 horas.

Sempre afável, González, em 1981, em El Saler, Valência, após novo título, numa dedicatória escrevia a seguinte mensagem: ”Para los caminantes portugueses com mucho afecto de su amigo Raúl González”.

A equipa de “O Marchador”, no dia do seu 60.º aniversário, endereça a Raúl González os parabéns desejando-lhe os maiores sucessos pessoais e desportivos.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Buziak e Tomala, os protagonistas na Polónia em pista coberta

O pódio masculino. Foto: Sport Info.

Paulina Buziak (12.38,84) e Dawid Tomala (19.20,12) juntaram aos títulos de campeões da Polónia alcançados no último domingo nos campeonatos de pista coberta em Spala, novos máximos pessoais nas distâncias de 3.000 e 5.000 metros respectivamente. O evento ficou marcado pela obtenção de 11 recordes pessoais de entre os 16 participantes nas duas provas de marcha.

Paulina, atleta do OTG Sokół Mielec, mercê de um segundo quilómetro a 4.03 minutos destacou-se da concorrência e obteve um registo de valia internacional, a 9.ª melhor marca mundial do ano.

Dawid, em representação do AZS-AWF Katowice, assegurou a vitória apenas no último quilómetro e a um ritmo mais rápido que 3.42 minutos, numa emocionante prova em que Rafał Augustyn assumiu as despesas até ao 3.º quilómetro e Rafał Sikora liderou ao 4.º quilómetro.

Num país em que a concorrência na disciplina, nos homens, é muito forte, recorde-se que os recordes nacionais de pista coberta encontram-se ainda na posse de Robert Korzeniowski (18.32,09, em 1993) e Katarzyna Radke (12.17,17, em 1994).

Resultados

3.000 metros femininos
1.ª, Paulina Buziak, 12.38,84
2.ª, Katarzyna Kwoka, 13.02,09
3.ª, Justyna Swierczynska, 13.13,56
4.ª, Katarzyna Golba, 13.30,09
5.ª, Monika Nawrocka, 14.28,92

5.000 metros masculinos
1.º, Dawid Tomala, 19.20,12
2.º, Rafał Sikora, 19.22,15
3.º, Rafał Augustyn, 19.30,63
4.º, Rafał Fedaczynski, 19.35,67
5.º, Jakub Jelonek, 19.44,80
6.º, Łukasz Nowak, 19.44,82
7.º, Patryk Rogowski, 20.14,.21
8.º, Łukasz Augustyn, 20.39,41
9.º, Paweł Gawronski, 21.53,38
Desclassificado: Jakub Herba
Desistente: Dawid Wolski

Colaboração: Kristina Saltanovic

Caio Bonfim e Tânia Spindler são campeões do Brasil de 20 km marcha

Tânia Spindler e Caio Bonfim.
Fotos: André Schroeder (CBAt).

Disputados este fim-de-semana na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, a jornada iniciou-se no sábado com uma temperatura a rondar os 30 graus centígrados.

Na principal prova masculina do programa, os 20 km marcha, Caio Bonfim (Distrito Federal) com apenas 20 anos de idade, completou as vinte voltas do circuito em 1.27.06 h, tempo mais que suficiente para assegurar a vitória diante de Moacir Zimmermann, com 1.33.24 h, e de Daniel Voigt, com 1.38.58 h, ambos de Santa Catarina.

Caio que conseguiu a sua primeira vitória numa prova de seniores referiu que tem como meta repetir o feito de 2011 (1.20.58) o que lhe garantiria um lugar nos Jogos Olímpicos. Espera estar ao seu melhor nível em Rio Maior, a 14 de abril próximo.

No domingo Tânia Spindler mostrou porque, aos 34 anos de idade, ainda é a melhor especialista brasileira nos 20 km. Completou a prova no tempo de 1.49.02 seguida de Eliany Pereira (Distrito Federal), com 1.53.12, e de Camila da Silva (Santa Catarina), com 1.54.53 h.

Tânia, naturalmente radiante com a vitória, reconheceu ter sido importante o estágio de três meses realizado em Rio Maior, que espera voltar para em Abril alcançar os mínimos para a Taça do Mundo.   

Participaram na competição, destinada aos escalões de iniciados, juvenis, juniores e seniores,  103 atletas de 28 clubes, representando seis estados e ainda a capital (Distrito Federal).

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Korzeniowska e Boyez, campeões de França de pista coberta

Sylwia Korzeniowska e Antonin Boyez.
Fotos: Federação Francesa de Atletismo.
Sylwia Korzeniowska (Lille Metropole Athletisme) e Antonin Boyez (Romilly Sport 10 Athletisme) sagraram-se campeões de França de pista coberta na categoria de elite, nas provas de 3.000 m femininos e 5.000 m masculinos, disputadas sábado passado em Aubiere.

Sylwia, nascida em Jaroslaw, Polónia e com nacionalidade francesa, evidenciou larga superioridade e realizou 12.48,91, apenas 1,6 segundos mais que a marca obtida no início do mês no meeting de Moscovo. As posições seguintes foram ocupadas por Fabienne Rinero Chanfreau (13.45,72) e Amandine Marcou (14.05,54).

Antonin, nascido em Verdun, obteve o seu terceiro título consecutivo com 20.34,29 superiorizando-se em 14 segundos a Xavier Le Coz (20.47,91) apesar da competitividade deste até quase ao quarto quilómetro. O terceiro lugar, ainda antes de se completar os 21 minutos de prova, foi para Sebastien Delaunay (20.55,58). O campeão francês manifestava-se muito feliz pela vitória conseguida e considerou-a um milagre pois, apenas dois dias antes, tinha estado de cama (gripe) e colocava em dúvida a sua participação.

Resultados

3.000 metros femininos
1.ª, Sylwia Korzeniowska, 12.48,91
2.ª, Fabienne Rinero Chanfreau, 13.45,72
3.ª, Amandine Marcou, 14.05,54
4.ª, Coralie Mellado, 14.11,18
5.ª, Agnes Robert, 14.24,49
6.ª, Violaine Averous, 14.29,82
7.ª, Corinne Baudoin, 14.31,36
8.ª, Sandrine Eichholtzer, 14.41,99
9.ª, Elisabeth Brunet, 14.59,01
10.ª, Lucie Auffret, 15.06,94
Desclassificada: Anne-Gaelle Retout.

5.000 metros masculinos
1.º, Antonin Boyez, 20.34,29
2.º, Xavier Le Coz, 20.47,91
3.º, Sebastien Delaunay, 20.55,58
4.º, Djamel Selseldeb, 21.06,30
5.º, Emmanuel Boulay, 21.17,77
6.º, John Baumert, 21.19,13
7.º, Mael Boulch, 21.29,16
8.º, Romain Denimal, 21.35,40
9.º, Jean-Michel Prevel, 22.11,65
10.º, Dorian Richard, 22.54,73
Desclassificados: Guillaume Dujour e Dimitri Malosse.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Dominique Ansermet recebe distinção

Dominique Ansermet (à esquerda) e Alberto Bordoli,
presidente da FSM. Foto: J.Genet.

O ex-juiz internacional de marcha Dominique Ansermet foi homenageado pela Federação Suíça de Marcha tendo-lhe sido atribuído o diploma de mérito de honra deste organismo.

Na cerimónia, que decorreu durante a assembleia geral anual da FSM, foi enaltecido o valioso contributo de Ansermet ao longo de vários anos em prol da especialidade no país helvético.

O seu curriculum, porém, não se resume ao plano interno. Enquanto juiz internacional de marcha desempenhou tarefas relevantes em várias competições fora de portas. Por exemplo, em 2001 esteve nos Jogos do Mediterrâneo, e no ano seguinte foi preletor, a par de Edouard Anttczak e de José Dias, no âmbito de uma ação de formação e certificação de juízes de marcha de nível II da federação internacional para o continente africano atuando, ainda, nos Campeonatos de África de 2002.

Presentemente desempenha funções importantes na estrutura da marcha atlética suíça estando já designado para atuar, na qualidade de juiz de marcha, no prestigiado Troféu Lugano, a realizar nesta cidade suiça no próximo mês de março.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Favoritos australianos vencem em Hobart

Claire e Jared Tallent há muito se habituaram a vencer juntos
Foto: AP
Os mais credenciados participantes australianos fizeram jus à condição de favoritos e superiorizaram-se à concorrência nas diferentes provas dos Campeonatos da Austrália de Marcha Atlética, realizados esta madrugada em Hobart e a contar para o Challenge de Marcha da AIFA. Com um calor que rondava os 38ºC pouco antes do início das provas, às 18h00 locais, a quantidade de desistentes (perto de metade do total de participantes nas provas masculinas e femininas de seniores e juniores) foi quase tão relevante como as vitórias do casal Tallent nas provas de seniores, onde os respectivos triunfos deram continuidade às vitórias ali registadas nas anteriores duas edições dos campeonatos.

Jared Tallent venceu na competição masculina de 20 km, com 1.23.01 h, à frente de Chris Erickson (1.24.12) e do canadiano Iñaki Gomez (1.24.46), numa prova em que desistiram 12 dos 23 atletas que alinharam à partida.

Já na competição feminina, da mesma distância, Claire Tallent creditou-se com 1.32.58 h, o suficiente para vencer com grande vantagem sobre a compatriota Regan Lamble (1.36.52) e a checa Zuzana Schindlerovà (1.37.34). Também aqui os resultados não foram de especial valor, tendo abandonado sete das 16 atletas que iniciaram a prova. Entre as desistentes contou-se uma das mais consagradas marchadoras australianas, Cheryl Webb, que assim vê comprometida a possibilidade de participação nos Jogos Olímpicos de Londres, para os quais se jogava aqui o apuramento.

Resultados
 
20 km masculinos
1.º, Jared Tallent (AIS), 1.23.01
2.º, Christopher Erickson (AIS), 1.24.12
3.º, Inaki Gomez (CAN), 1.24.46
4.º, Adam Rutter (AIS), 1.26.04
5.º, Dane Bird-Smith (AUS), 1.28.12
6.º, Quentin Rew (NZL), 1.30.01
7.º, Ian Rayson (Nswis), 1.31.57
8.º, Rhydian Cowley (AUS), 1.42.41
9.º, Kyle Malone (AUS), 1.45.38
10.º, Graeme Jones ( NZL), 1.46.57
11.º, Scott Nelson (NZL), 1.54.57
Desistentes: Aaron McDonough (VIC), Derek Mulhearn (NSW), Andreas Gustaffson (SWE), Brendon Reading (ACT), Alex Wright (GBR), Michael Parker (NZL), Brandon Dewar (QLD), Nick  Dewar (QLD), Daniel Coleman (TAS), Evan Dunfee (CAN), Sean Fitzsimons (AUS) e Mark Donahoo (VIC)


20 km femininos
1.ª, Claire Tallent (AIS), 1.32.58
2.ª, Regan Lamble (AUS), 1.36.52
3.ª, Zuzana Schinderalova (CZH), 1.37.34
4.ª, Beki Lee (AIS), 1.39.16
5.ª, Nicole Fagan (Nswis), 1.48.30
6.ª, Kelly Ruddick (VIC), 1.51.47
7.ª, Roseanne Robinson (NZL), 1.58.38
8.ª, Nyle Sunderland (NZL), 2.00.56
9.ª, Allegra Steele (AUS), 2.03.34
Desistentes: Stephanie Stigwood (AUS), Kirstin Shaw (AUS), Beth Alexander (VIC), Cheryl Webb (NSW), Tanya Holliday (SA), Lesley Cantwell (NZL) e Mari Olsson (SWE)


10 km juniores masculinos
1.º, Blake Steele (AUS), 43.46
2.º, Nathan Brill (VIC), 46.02
3.º, Jesse Osborne (AUS), 47.12
4.º, Matthew Holcroft (NZL), 51.35
5.º, Louis Rose (TAS), 55.29
6.º, Joshua Dillon (VIC), 55.54
Desistentes: Harry Bates (ACT) e Brad Aiton (AUS)


10 km juniores femininos
1.ª, Rachel Tallent (AUS), 49.28
2.ª, Jessica Pickles (AUS), 52.45
3.ª, Shannon Jennings (NSW), 54.25
4.ª, Amelia Finnegan (VIC), 54.51
5.ª, Courtney Ruske (NZL), 57.34
6.ª, Jmara Hockley-Samon (VIC), 58.24
Desistentes: Kristie Goznik (AUS), Sophie Eberhardt (TAS), Emma Walker (TAS), Kirsty Klein (NSW), Amy Bettiol (NSW), Lauren Whelan (GBR) e Amy Burren (VIC)
Desclassificada: Caitlin Campbell (VIC)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Hobart (Austrália) recebe a primeira etapa do challenge mundial

Jared Tallent, o favorito.
Foto: Federação Australiana de Atletismo.

A primeira etapa do challenge mundial de marcha da Federação Internacional de Atletismo vai ter lugar este sábado em Hobart, capital do estado australiano da Tasmânia.

A competição, que englobará os campeonatos autralianos e ainda o Troféu da Oceânia de Marcha Atlética, na prática um duelo entre o país anfitrião e a Nova Zelândia, vai disputar-se nas distâncias de 20 km seniores e de 10 km juniores, num circuito de 2 km. Reveste-se de especial importância para os atletas australianos na medida em que deverão ser escolhidos os seis que representarão o país nos 20 km marcha (masculinos e femininos) dos Jogos Olímpicos de Londres.

Recorde-se, os australianos são uma das grandes potências mundiais na especialidade, Nos últimos 7 anos tem sido frequente a obtenção de medalhas em Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos. Neste últimos, desde 1996 que há sempre um australiano nos oito primeiros classificados o que diz bem do seu prestígio, talvez, só igualável às proezas internacionais na natação.

Jared Tallent, duas vezes medalhado nos Jogos de Pequim, é o favorito na prova masculina, ele que venceu as duas últimas edições da prova. Na prova feminina, Claire, a sua esposa, procurará o seu terceiro título consecutivo e um lugar na equipa para Londres.

Santa Catarina acolhe campeonatos brasileiros de marcha

Este fim-de-semana (25 e 26), na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, vão realizar-se os Campeonatos do Brasil de Marcha Atlética, uma co-organização da Confederação Brasileira de Atletismo e da Federação Catarinense de Atletismo, nas distâncias de 20 km seniores (masc. e fem), 10 km juniores (masc. e fem), completando o programa com as provas destinadas a juvenis (10 km eles e 5 km elas), e iniciados (5 km eles e 3 km elas).

A competição determinará a seleção para os Campeonatos Sul-americanos de Marcha que terão lugar em Março, no Equador. Para o efeito serão indicados os três primeiros classificados nas provas de juniores e seniores.

Também para Saransk, Rússia, palco da Taça do Mundo de Marcha, a disputar-se em maio deste ano, a CBAt definirá a seleção baseada nos três melhores do ranking brasileiro desde que consigam fazer igual o melhor que os seguintes mínimos: 1.24.15 nos 20 km masculinos, 1.35.37 nos 20 km femininos, 46.00 nos 10 km juniores masculinos, e 51.56 nos 10 km juniores femininos.

Espera-se a participação dos atletas catarinenses, Moacir Zimmermann, medalha de bronze nas Universíadas de Belgrado/2009 e 4.º classificado nas de Shenzhen/2011, Tânia Spindler, recordista brasileira dos 20 km que esteve uns meses estagiando em Rio Maior, e Alessandra Picagevicz, atletas olímpicas, além de outros consagrados, tais como Caio de Sena Bonfim, recordista brasileiro dos 20.000m pista com 1.20.58,5. Note-se que um dos principais pólos da atividade da marcha atlética no Brasil está concentrado no Estado de Santa Catarina. É meritório o trabalho desenvolvido e que tem dado os seus frutos pois são vários os atletas que têm representado o país em grandes competições internacionais.

Diversas ações, estágios e cursos, destinados a atletas, treinadores e juízes, têm sido realizados, alguns deles com a colaboração de um juiz e treinadores portugueses. Figuras de grande relevo na especialidade são, entre outros, Walmor José Battistotti Filho, presidente da FCA, e Deraldo Ferreira Oppa, Diretor Técnico da instituição, eles mesmo com certificação no âmbito do ajuizamento da marcha atlética.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Portugal nas Taças do Mundo de Marcha - Nova Iorque (EUA), 1987

Da esq.ª para a dt.ª, Artur Madeira, Jorge Esteves, Francisco Reis,
José Urbano, José Gonçalves, Hélder Oliveira, José Pinto,
um elemento da organização local e Carlos Albano.
Foto: arquivo O Marchador.

Nova Iorque marcou a estreia da seleção nacional em Taças do Mundo de Marcha e constituiu, de facto, um marco histórico para a mais jovem disciplina do atletismo português, implementada no nosso país em finais de 1974.

Após 12 anos trilhando muitos caminhos e obstáculos, a marcha atlética atingia maturidade e iria medir forças na presença de seleções nacionais com fortes tradições na especialidade. Atletas de renome mundial entre os quais, Carlos Mercenário, Ronald Weigel, Hartwig Gauder, Maurizio Damilano, Olga Krishtop, contavam-se entre os presentes.

O evento, que já ia na 13.ª edição, assinalava também, e curiosamente, a sua estreia em palcos não europeus, mais propriamente no Central Park da cosmopolita Nova Iorque, com a participação de atletas de 36 países.

Difícil foi, contudo, o caminho traçado até se pisar solo americano. Alguns incidentes e polémicas nortearam os meses antecedentes à participação portuguesa na competição. Numa primeira decisão, a menos de um mês da prova, a Federação Portuguesa de Atletismo negou a inscrição da equipa argumentando não estarem reunidas as condições que justificassem uma participação condigna e que os motivos invocados pelo então DTN teriam sido insuficientes.

De imediato, a Comissão Nacional de Marcha, que tomara conhecimento da decisão através de um comunicado difundido à imprensa, reuniu de urgência, a seu pedido, com a direção da FPA a qual, perante a apresentação de novos argumentos, deliberou unanimemente pela participação do selecionado luso, se bem que apenas no setor masculino.

Com a colaboração da CNM encetaram-se então contactos com os atletas, entre os quais Francisco Reis, residente em Inglaterra. A comitiva, chefiada pelo dirigente federativo Artur Madeira e enquadrada pelo técnico nacional de Marcha, Adriano Pereira, lá seguiu viagem rumo aos EUA, onde, apesar de tudo, os resultados foram satisfatórios.

Participaram nos 20 km, José Pinto (30.º), José Urbano (38º), Hélder Oliveira (48.º), e Francisco Reis (67.º), e nos 50 km, Carlos Albano (67.º), José Gonçalves (71.º), Jorge Esteves e José Pinto, que desistiram.

Carlos Albano, atleta pioneiro, então com 42 anos de idade, teve aí – chamemos-lhe assim - o seu prémio de carreira e foi o melhor atleta português nos50 km, traça-nos, em algumas linhas, a experiência então vivida, passados 25 anos:

“Um orgulho enorme. Deslumbrante. Assisti a competições de altíssimo nível e nunca imaginei que se pudesse marchar a tais ritmos. Em Portugal, nesses tempos, a especialidade ainda não era bem vista e merecia mesmo o desprezo em alguns setores do atletismo. Moniz Pereira, por exemplo, era contestatário assumido. Ora, nós ao vermos,  em Nova Iorque, que as grandes potências mundiais do atletismo marcavam presença no evento pensámos…bem, isto não é brincadeira nenhuma…”

Albano salienta, ainda, os momentos muito especiais por que passou: quando as comitivas foram recebidas no edifício da ONU, quando foi ele o escolhido para ser o porta-bandeira da seleção portuguesa e quando, na própria competição, se sentiu sempre muito bem. “Foi ótimo. Marcou-nos muito positivamente, nenhum de nós foi desclassificado e os próprios dirigentes passaram a olhar com outros olhos para a especialidade”.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

100 jovens atletas competiram no Algarve no fim-de-semana

Provas na Pista Municipal de Quarteira.
Fotos: Liliana Silva.

A marcha atlética algarvia está de boa saúde e recomenda-se. Com efeito, este fim-de-semana foi grande a atividade desenvolvida neste setor pela Associação de Atletismo do Algarve, em parceria com a Câmara Municipal de Loulé e o Centro Desportivo de Quarteira.

No sábado, na Pista Municipal de Quarteira, decorreu a segunda jornada do Torneio “Algarve Eclético”, com provas de marcha para atletas infantis, iniciados e juvenis e a adesão de mais de meia centena de jovens. É um excelente exemplo que deveria servir de bitola a outras associações distritais proporcionando, deste modo aos mais jovens a oportunidade da experimentação de um atletismo verdadeiramente total.

No domingo, integrado nas tradicionais festividades carnavalescas, realizou-se o 1.º Grande Prémio de Loulé com perto de seis dezenas de participantes dos escalões de benjamins, infantis e iniciados.

Numa região, fortemente direcionada para a atividade turística, quem sabe, futuramente, a competição se internacionalize captando a atenção de atletas de outros países europeus, vários deles atualmente estagiando em terras algarvias, num ciclo preparatório com vista, essencialmente, á participação na Taça do Mundo e nos Jogos Olímpicos. São de facto ótimas as condições climatéricas no sul de Portugal nesta época do ano.

Os vencedores das competições:

Torneio Algarve Eclético, pista (18-02)

Femininos:
1.000 m infantis – Margarida Mascarenhas (NDETC), 5.28,88
1.000 m iniciados – Carolina Costa (COP), 4.47,36 (na foto, dorsal 424)
1.000 m juvenis – Catarina Marques (CDQ), 4.41,84.

Masculinos:
1.000 m infantis – Nuno Barros (CDQ), 5.16,12
1.000 m iniciados – Tiago Epaminondas (COP), 4.29,50
1.000 m juvenis – Grigore Navin (NDETC), 4.09,92 (na foto, dorsal 586)

I Grande Prémio de Loulé, estrada (19-02)

Femininos:
1 km benjamins – Cristiana Vieira (CDQ), 5.29
2 km infantis – Daniela Chagas (COP), 11.41
3 km iniciados – Carolina Costa (COP), 17.00
3 km juvenis – Edna Barros (COP), 16.17

Masculinos:
1 km benjamins – Etson Barros (COP), 5.31
2 km infantis – Nuno Barros (CDQ), 10.58
3 km iniciados – Tiago Epaminondas (COP), 15.25
3 km juvenis – Fábio Dias (COP), 16.43

Classificação coletiva:
1.º, CO Pechão, 153 pontos; 2.º, CD Quarteira, 107; 3.º, AD Samouquense (Setúbal), 55.

Kumi Otoshi e Isamu Fujisawa vencem 20 km dos campeonatos japoneses

Kumi Otoshi e Isamu Fujisawa.
Fotos: Mark Dadswell e Getty Images.

Excelente o nível das marcas obtidas pelos atletas japoneses nos seus campeonatos, realizados sábado em Kobe. Tanto nas provas de seniores como nas de juniores, especialmente nestas, o Japão tem uma muito vasta qualidade de marchadores denotando um bom trabalho de base que pode vir a dar frutos, no plano internacional e num futuro não muito distante. Atenção, pois, ao emergir de alguns dos países asiáticos neste capítulo!

Nos 20 km femininos triunfou a mais categorizada atleta do país do sol nascente, Kumi Otoshi, com a marca de 1.29.48 (21.58/44.25/1.07.18), não muito distante do seu melhor registo, obtido na edição do ano passado, também em Kobe (1.29.11). Completaram o pódio Rei Inoue, com 1.32.43, e Kumiko Okada, com 1.34.27.

Os 20 km masculinos tiveram resultados de nível mundial, com a vitória a sorrir a Isamu Fujisawa, com 1.20.38 (20.07/40.15/1.00.21), também próximo do seu melhor tempo, que detém desde 2010 (1.20.12). Takumi Saito, com 1.21.01, e Hirooki Arai, com 1.21.10, completaram os restantes lugares do pódio.

Os 5 primeiros:

20 km femininos
1.ª, Kumi Otoshi, 1.29.48
2.ª, Rei Inoue, 1.32.43
3.ª, Kumiko Okada, 1.34.27
4.ª, Chiaki Asada, 1.35.47
5.ª, Ai Michiguchi, 1.35.56.

20 km masculinos
1.º, Isamu Fujisawa, 1.20.38
2.º, Takumi Saito, 1.21.01
3.º, Hirooki Arai, 1.21.10
4.º, Hayato Katsuki, 1.21.14
5.º, Takayuki Tanii, 1.21.31.

5 km juniores femininos
1.ª, Nozomi Yagi, 22.48
2.ª, Mai Onakahara, 22.58
3.ª, Akane Yamaguchi, 23.11
4.ª, Shiho Watanabe, 23.18
5.ª, Momoko Mizota, 23.18.

10 km juniores masculinos
1.º, Daisuke Matsunaga, 41.27
2.º, Yousuke Kimura, 41.34
3.º, Masaki Yamamoto, 42.19
4.º, Takateru Kutsuna, 42.24
5.º, Hatuyuu Kou, 43.07.