terça-feira, 31 de julho de 2012

Marchadores portugueses em Londres - João Vieira

João Vieira, nos Jogos de Atenas-2004. Foto: Lusa
20 km e 50 km marcha
Nascimento: Portimão, 20/2/1976
Recordes pessoais: 1.20.09 h (20 km, Gotemburgo, 8/8/2006) e 3.45.17 h (50 km, Pontevedra, 4/3/2012)
Clube: Sporting Clube de Portugal
Treinador: o próprio

Algarvio de nascimento e ribatejano por adopção, João Vieira é já um experimentado atleta olímpico, com mais de vinte anos de carreira competitiva, preparando-se para assinar em Londres a quarta participação nos Jogos. Uma experiência com início azarado em Sydney (2000), onde não chegou a registar participação efectiva, uma vez que doença surgida na noite anterior à prova de 20 km marcha o impediu de alinhar na única competição para que tinha mínimos.

Viria a alinhar nessa distância em Atenas-2004, alcançando o 10.º lugar nos 20 km, com 1.22.19 h, numa excelente classificação que vinha na linha do quarto lugar atingido um ano antes na Taça da Europa de Marcha de Cheboksary e prenunciava outros magníficos desempenhos, como os terceiros lugares obtidos nos europeus de 2006 (Gotemburgo) e de 2010 (Barcelona). Não correria tão bem a presença nos Jogos de Pequim, em 2008, onde melhor não conseguiu do que o 32.º lugar (1.25.05).

Em Londres, João Vieira vai averbar a primeira dupla participação, competindo nos 20 e nos 50 km, tal como antes já tinham feito José Pinto (Los Angeles-1984 e Seul-1988) e José Urbano (Barcelona-1992). Na distância mais curta, com prova marcada para sábado dia 4 de Agosto, apresenta-se com uma melhor marca pessoal do ano de 1.22.11 h, obtida na Taça do Mundo de Saransk, a 12 de Maio, onde foi 20.º classificado. Já a distância longa (sábado, 11 de Agosto), deverá constituir a maior aposta do marchador do Sporting, alinhando com um recorde pessoal e nacional obtido a 4 de Março durante os nacionais de estrada realizados em Pontevedra (Espanha): 3.45.17 h. Esta marca posiciona o marchador português no 11.º lugar da lista mundial do ano.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O orgulho de uma vietnamita nos Jogos Olímpicos de Londres!

Nguyen Thi Thanh Phuc.
Foto: voc.org.vn
Nguyen Thi Thanh Phuc é uma das duas representantes vietnamitas nos Jogos Olímpicos de Londres na modalidade de atletismo, de uma delegação de 18 atletas, e está verdadeiramente orgulhosa por poder representar as cores do seu país num evento desta natureza. Competirá nos 20 km marcha mas desconhece o valor das adversárias, não sabendo, por exemplo, que das 61 inscritas, apenas cinco possuem pior marca que a sua.

“Não quero definir metas nem que as pessoas do meu país esperem muito de mim. Vou procurar o melhor resultado possível, sem grandes pressões”, declarou Phuc aos jornalistas num intervalo de um treino realizado no colégio de Bradford, na capital britânica. Acrescentou que, há um ano, não imaginaria estar a competir numa prova deste nível. Apenas tem pena que a sua federação não lhe tivesse proporcionado a oportunidade de competir nos campeonatos da Rússia ou da Polónia, como lhe prometera.

A jovem, de 21 anos de idade e que completará os 22 no próximo mês, um dia após a realização da sua prova, nasceu de uma família humilde de agricultores, em Da Nang, no centro do país. Em 2011, nos Jogos do Sudeste Asiático, disputados na Indonésia, causou enorme surpresa ao conquistar a medalha de ouro nos 20 km (1.43.22). Na chegada ao aeroporto de Hanói, com a medalha ao peito e transportando um enorme ramo de flores, foi saudada por uma multidão eufórica e cumprimentada pelo responsável do desporto do seu país.

O sucesso valeu-lhe a atribuição de um prémio pecuniário no valor de mil dólares americanos. Em Março deste ano “carimbou” o passaporte para Londres ao fazer 1.35.13 nos Campeonatos da Ásia, mínimo “B” por margem confortável (1.38.00). Nguyen, que apenas por duas ocasiões competiu fora de portas, sabe que não poderá bater-se de igual para igual com Kaniskina, Rigaudo, Cabecinha e outras, mas a atleta vietnamita já conseguiu uma grande vitória: participar, por mérito próprio, nuns Jogos Olímpicos!

domingo, 29 de julho de 2012

Relembrando os medalhados de Pequim-2008

Uma das provas de marcha dos Jogos de Pequim de 2008.
Foto: Xinhua
Dos oito atletas medalhados nas provas de marcha dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, a norueguesa Kjersti Platzer, o equatoriano Jerfferson Pérez e o russo Denis Nizhegorodov estarão ausentes de Londres, os dois primeiros já retirados da competição e o último por não ter conseguido lugar na equipa olímpica  do seu país.

Jared Tallent voltará a competir nas provas de 20 e 50 km, enquanto Alex Schwazer, que também estava inscrito para as duas provas, decidiu, em articulação com o seu treinador, Michele Didoni, concentrar os esforços apenas na distância maior. O motivo prende-se com uma gripe contraída durante o estágio de altitude na semana passada e que o levou mesmo a suspender os treinos por três dias.

Os pódios em 2008:
20 km femininos
1.   Olga Kaniskina (Rússia), 1.26.31 (recorde olímpico)
2.   Kjersti Tysse Platzer (Noruega), 1.27.07
3.   Elisa Rigaudo (Itália), 1.27.12
20 km masculinos
1.   Valeriy Borchin (Rússia), 1.19.01
2.   Jefferson Perez (Equador), 1.19.15
3.   Jared Tallent (Austrália), 1.19.42
50 km masculinos
1.   Alex Schwazer (Itália), 3.37.09 (recorde olímpico)
2.   Jared Tallent (Austrália), 3.39.27
3.   Denis Nizhegorodov (Rússia), 3.40.14

sábado, 28 de julho de 2012

Sede de medalhas leva chineses a Londres

Marchadores chineses treinando-se em Pequim.
Foto: Wang Jing/China Daily
Uma nova e extraordinária geração de marchadores chineses vai despontando nesse gigante país asiático, com resultados de altíssimo nível mundial, o que está a deixar entusiasmados os seus dirigentes.

A expetativa na obtenção de medalhas nos Jogos Olímpicos de Londres – fala-se em pelo menos duas – é bem real. Aos atletas de elite foram dadas condições, neste ciclo olímpico, como nunca antes acontecera. A última medalha de ouro na marcha para a China data de  há 12 anos, em Sydney, na prova feminina dos 20 km.

Logo após os Jogos de Pequim, com ausência de medalhas, foi contratado o famoso treinador italiano Sandro Damilano, conhecido como o “Mourinho” da marcha, num paralelismo com José Mourinho, técnico de futebol do Real Madrid e considerado por muitos o melhor treinador mundial da atualidade.

Sandro tem, no seu invejável currículo desportivo, mais de 50 medalhas ganhas por atletas seus em competições internacionais, sendo que uma das primeiras foi obtida pelo seu irmão Maurizio, nos Jogos de Moscovo, em 1980, enquanto outro dos grandes momentos de glória do treinador italiano se deu nos Jogos de Pequim, com as proezas dos seus pupilos Schwazer (medalha de ouro nos 50 km) e Rigaudo (medalha de bronze nos 20 km).

“Em Pequim cheguei ao pico da minha carreira de treinador. Precisava de novos incentivos. O projeto da federação chinesa de atletismo foi ao encontro dos meus planos e decidi aceitar, com entusiasmo, este novo desafio”, declarou Sandro Damilano, à imprensa.

Montado o “quartel general” em Saluzzo, Itália, centro de alto rendimento para marchadores, creditado para o efeito pela federação internacional de atletismo, os quatro atletas por si treinados – Liu Hong (20 km fem.), Wang Zhen (20 km masc.), Si Tiafeng e Li Jianbo (50 km) – já lá vão três anos, estão agora muito melhor preparados sob o ponto de vista físico, mental e técnico.

Corrigidos problemas de natureza técnica, que no passado foram motivos de desclassificações em competições internacionais, Sandro Damilano está agora convicto de que, com a aquisição de uma nova mentalidade e um elevado grau de profissionalismo, a prestação dos marchadores chineses nos Jogos de Londres poderá dar muito boa conta de si.

A China, nos últimos anos, tem sido palco de importantes eventos internacionais, diversificando também o espaço onde têm lugar os seus  campeonatos. Em ambos os cenários, os melhores juízes internacionais de marcha, muitos do continente europeu, são convidados a  atuar com regularidade e isso é igualmente um sinal positivo de atenção aos aspetos de natureza técnico-regulamentar.

Mas um fator importante e nada desprezível neste “jogo” de medalhas é saber o que fará a muito poderosa formação russa, comandada por Viktor Chegin, responsável por duas das três medalhas de ouro nas provas de marcha dos Jogos de Pequim e pelos três títulos mundiais em Daegu, no ano passado, e que estará em Londres com atletas do mais alto nível mundial, quase todos oriundos da escola de Saransk.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Jared Tallent sonha com o ouro em Londres

Jared Tallent, na Taça do Mundo de Saransk.
Foto: IAAF/Getty
Tallent é o primeiro atleta masculino a ganhar duas medalhas em provas individuais de atletismo em mais de um século de participação olímpica da equipa australiana. Nos Jogos de Pequim, em 2008, cometeu a proeza, então com 23 anos, de alcançar a medalha de bronze nos 20 km marcha e, seis dias depois, a de prata nos 50 km marcha. Só dois atletas do seu país tinham arrecadado mais de uma medalha em Jogos Olímpicos: Stan Rowley, nas provas de velocidade (60, 100 e 200 metros), com três medalhas de bronze, em 1900, e Edwin Flack, nos 800 e 1500 metros, com duas medalhas de ouro, em 1896.

“A medalha de ouro [nos Jogos de Londres] é tudo o que ambiciono. Sei que é mais fácil conseguir esse objectivo nos 50 km que nos 20 km, pois, nesta prova, o russo Valery Borchin é quase imbatível. É como falar-se do Usain Bolt nos 100 metros”, declarou Tallent à imprensa internacional.

Orientado pelo antigo marchador Brent Vallance, Jared Tallent foi medalha de bronze nos mundiais de Daegu, no ano passado, com um tempo de 3.43.36, recorde pessoal, o atleta australiano reconheceu que nunca esteve, então, tão perto de se sagrar campeão mundial. Disposto a não cometer o mesmo erro, Tallent afirmou que a preparação realizada até ao momento tem sido de muito boa qualidade, tem treinado como nunca e parte muito confiante para os Jogos.

Em 2008, apenas duas semanas após o sucesso de Pequim, casou-se com Claire Woods, marchadora, também com mínimos olímpicos. De uma família de seis irmãos, foi criado na quinta dos pais, perto de Victoria. Tinha dois anos de idade quando, acidentalmente, perdeu um dos dedos numa máquina industrial.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ver marcha sem pagar nos Jogos Olímpicos de Londres

Frente ao Palácio de Buckingham será possível ver as provas de
marcha sem bilhete. Foto: Metro.co.uk
Já se sabe que as provas de marcha dos Jogos Olímpicos de Londres vão ter lugar em circuito totalmente urbano, ou seja, sem recurso à pista do Estádio Olímpico. O percurso, com dois quilómetros de perímetro, foi definido em St.James Park, frente ao Palácio de Buckingham, aproveitando duas avenidas: The Mall e Constitution Hill. Mas, ainda que em espaço público, nem todo o circuito vai ser de acesso livre aos espectadores.

Quem quiser assistir às provas de marcha terá de munir-se de bilhete se pretender ver as competições nas imediações da meta, dado que toda a The Mall, onde vão ter lugar as partidas e as chegadas, estará reservada a portadores de bilhete. Gratuita será a permanência apenas na rotunda frente ao palácio e na Constitution Hill.

Tratando-se de provas disputados ao ar livre, é recomendado aos numerosos espectadores esperados para as provas de marcha atlética que se preparem para quaisquer condições de clima. Londres, com de resto toda a Grã-Bretanha, é conhecida pela tendência para o tempo chuvoso, ou pelo menos nublado, o que não impede períodos de intenso calor.

Chama-se ainda a atenção para as restrições de circulação rodoviária e de estacionamento previstas para as zonas envlventes do circuito das provas de marcha, havendo das autoridades londrinas o apelo a que os visitantes circulem a pé, de bicicleta ou nos transportes públicos quando pretenderem aceder aos locais de competição.

Mas, sejam quais forem as condições climatéricas ou as limitações impostas à circulação, que nada impeça os adeptos da marcha de assistir aos grandes espectáculos que os especialistas da modalidade seguramente vão dar na capital britânica e que ninguém fique impedida de apoiar os artistas na luta pela superação no momento maior de mais um ciclo olímpico.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Bons resultados em provas de marcha na Bielorrússia

Ivan Trotski, a caminho de mais uma vitória.
Foto: Mikhail Dubitski
Os 10.000 metros marcha do meeting internacional de Minsk, disputado no último fim-de-semana, revelaram bons resultados, particularmente no setor masculino, onde o conhecido Ivan Trotski triunfou com o tempo de 39.48,8. Seguiram-se-lhe Aliaksandr Liakhovich, com 40.05,0 e Vitaly Talankou, com 40.34,6. A prova feminina, menos participada, registou a vitória de Tatsiana Stsefanenka, com 51.31,9.

Duas semanas antes, a 6 de Julho, Trotski triunfara nos campeonatos do seu país, em Grodno, obtendo 1.28.55 nos 20 km, se bem que longe do seu melhor resultado, obtido em 2011 com 1.20.48. O pódio foi completado pelos ucranianos Igor Sakharuk (1.31.05) e Ivan Banzeruk (1.33.57). Na prova feminina, de igual distância, a bielorrussa Alina Matsveyuk levou a melhor sobre a sua compatriota Tatsiana Stsefanenka (1.52.28).

Os atletas da Bielorrússia têm, tradicionalmente, obtido bons resultados em competições internacionais, casos, entre outros, e que nos lembremos, de Ryta Turava, 4.ª nos Jogos de Atenas, em 2004, 2.ª nos mundiais de Helsínquia, em 2005, vencendo, em 2006, os europeus de Gotemburgo e a Taça do Mundo da Corunha, para terminar o seu ciclo de vitórias com o triunfo na Taça da Europa de Leamington, em 2007. O próprio Trotski, atleta agora com 36 anos de idade, registou bons desempenhos nos 20 km dos Europeus de Budapeste, em 1998 (6.º), e de Munique, em 2002 (5.º) e nos Mundiais de Paris (6.º).

terça-feira, 24 de julho de 2012

Pedro Isidro nos 50 km dos Jogos de Londres

Pedro Isidro, nos recentes Campeonatos
de Portugal. Foto: O Marchador
O marchador Pedro Isidro foi seleccionado para participar nos 50 km marcha dos Jogos Olímpicos de Londres, que se iniciam esta quarta-feira, com os primeiros jogos dos torneios de futebol. A decisão, só agora conhecida apesar de tomada já na semana passada, resulta de um acordo entre a Federação Portuguesa de Atletismo e o Comité Olímpico de Portugal, permitindo a selecção de atletas cujas marcas constituíam mínimos B da FPA mas mínimos A da federação internacional. Na mesma situação encontrava-se o maratonista Luís Feiteira, agora também seleccionado para competir em Londres.

Participando na Taça do Mundo de Marcha realizada em Saransk, na Rússia, em Maio passado, Pedro Isidro estabeleceu novo recorde pessoal nos 50 km, ao concluir a prova da distância em 3.58.00 h. A marca representava mínimos B pela lista de mínimos da FPA para os Jogos da XXX Olimpíada (A 3.56.00; B 4.00.00), mas superava os mínimos A estabelecidos pela AIFA (A 3.59.00; B 4.09.00). Perante a situação e tendo em conta a forma demonstrada recentemente pelo marchador do Benfica (e também por Luís Feiteira), foi acordado entre a FPA e o COP que os atletas com mínimos A internacionais poderiam integrar a missão olímpica portuguesa.

O benfiquista Pedro Isidro estará, assim, ao lado de João Vieira na linha de partida da prova mais longa do calendário olímpico do atletismo, sendo o sportinguista o único representante português nos 20 km masculinos. Ana Cabecinha, Inês Henriques e Vera Santos alinharão nos 20 km femininos, prova para a qual Susana Feitor, também com mínimos A, permanece de reserva.

Com a participação na edição deste ano dos Jogos, Pedro Isidro vai tornar-se o 17.º marchador olímpico português, numa linhagem iniciada em 1984, com a presença de José Pinto nos 20 km e nos 50 km de Los Angeles.

As provas de marcha dos Jogos Olímpicos de Londres terão lugar num circuito de 2000 metros definido frente ao Palácio de Buckingham. A primeira das provas a realizar será a dos 20 km masculinos (sábado, 4 de Agosto, 17h00), seguindo-se os 50 km (sábado, 11 de Agosto, 9h00) e os 20 km femininos (sábado, 11 de Agosto, 17h00).

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sara Alonso e Luis Amezcua vencem campeonatos espanhóis de sub-23

Luis Alberto Amezcua, quando da participação no Grande
Prémio de Lugano de Março passado. Foto: Jérôme Genet
Sara Alonso, da Cueva de Nerja, e Luis Alberto Amezcua, da Juventud Guadix, venceram este fim-de-semana as provas de 10 mil metros marcha dos XXVI Campeonatos de Espanha de Sub-23, realizados em Toledo, na pista do Estádio Municipal da Escola de Ginástica. Na jornada de sábado, a atleta madrilena cumpriu a distância em 50.18,60 m, secundada por María Larios (AD Marathon, 51.40,11) e por Sandra Yerga (Ría Ferrol, 52.43,98).

A marca da vencedora ficou longe do recorde dos campeonatos (44.51,70) e mais ainda do recorde espanhol da categoria (43.35,50), ambas as marcas pertencentes à consagrada Julia Takacs. No entanto, para Sara Alonso, o resultado obtido foi mais do que suficiente para deixar a segunda classificada, María Larios, a mais de 300 metros de distância, tendo esta sido a única a evitar a dobragem em pista.

Na competição masculina, marca de maior expressão foi obtida pelo internacional Luis Alberto Amezcua, a concluir as duas léguas em 41.55,68 m. O marchador andaluz deixou a mais de dois minutos e meio o segundo classificado, Ruben Castrillo (UBU-Caja de Burgos, 44.27,06), ficando o pódio completo com Javier Ontoso (Bidezabal Atletismo, 48.04,91), numa prova concluída por apenas quatro concorrentes (seis à partida).

Nesta distância, os recordes nacional e dos campeonatos de sub-23 estão na posse do inalcançável Francisco Fernández, com 38.42,38 m, marca registada no já distante dia 11 de Julho de 1999, em Torremolinos.

Classificações
10.000 m marcha femininos
1.ª, Sara Alonso (Cueva de Nerja), 50.18,60
2.ª, María Larios (AD Marathon), 51.40,11
3.ª, Sandra Yerga (Ría Ferrol-C. Arenal), 52.43,98
4.ª, Marta Gustran (Juventud Elche Arosa), 54.04,43
5.ª, Rebeca Obenza (At. Vila de Cangas), 56.15,07
6.ª, Raquel Leon (CA Valladolid), 56.33,18
7.ª, Veronica Aliaga (CA Torrent), 57.47,29
8.ª, Samanta Mulloni (Bidezabal Atletismo), 1.05.29,73
Desistente: Ester Montaner (CA Igualada).
Desclassificadas: Alicia Cristobal (CA Valladolid) e Macarena Martin (Playas de Castellon).

10.000 m marcha masculinos
1.º, Luis Alberto Amezcua (Juventud Guadix), 41.55,68
2.º, Ruben Castrillo (UBU-Caja de Burgos), 44.27,06
3.º, Javier Ontoso (Bidezabal Atletismo), 48.04,91
4.º, Oriol Soler  (CA Laietania), 53.50,22
Desclassificados: Ángel Stalin Salazar (At. Pitius) e Mario Sillero (UBU-Caja de Burgos).

domingo, 22 de julho de 2012

Jorge Salcedo chefia oficiais técnicos em Londres

Jorge Salcedo. Foto: Carlos Lineu Miranda
Jorge Salcedo, secretário-geral da Federação Portuguesa de Atletismo e membro da Associação Europeia de Atletismo, vai tomar em suas mãos a missão de chefiar a equipa de oficiais técnicos internacionais que atuará nos Jogos Olímpicos, de 3 a 12 de agosto próximo.

Considerado, justamente, o melhor juiz de atletismo do mundo, Salcedo marcará presença pela quarta vez consecutiva num certame desta grandeza planetária. Estreou-se em Sydney, em 2000,  na qualidade de oficial técnico internacional, e foi nomeado em Atenas, em 2004, e em Pequim, em 2008, na qualidade de delegado técnico.

A carreira internacional de Jorge Salcedo pode e deve ser considerada, a todos os títulos, invejável no panorama do atletismo e do desporto em geral, no nosso país. Filho de um antigo presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, Afonso Salcedo Fernandes, também antigo atleta e dirigente do Sporting Clube de Portugal, nos anos 60, foi pelas mãos do pai que abraçou o atletismo.

A Taça da Europa da Maratona, realizada em Barcelona, no ano de 1983, constituiu para Salcedo a estreia em funções oficiais numa grande competição internacional, integrando o júri de apelo. A partir daí têm-se sucedido, ininterruptamente, nomeações internacionais do mais alto nível. Por exemplo, só neste ano, foi delegado técnico nos mundiais de pista coberta, em Istambul, e integrou o júri de apelo nos mundiais de juniores, em Barcelona. Para 2013, outra tarefa de grande responsabilidade o espera: será um dos delegados técnicos dos mundiais de atletismo, que terão por palco Moscovo.

Com grande capacidade de diálogo e liderança, tem sabido, com mestria, gerar consensos e motivar as equipas com quem tem trabalhado. Nos últimos quase vinte anos exerceu, invariavelmente, a presidência de comités organizadores de grandes eventos internacionais realizados em Portugal. Citamos quatro deles, todos muito bem sucedidos: em 1994, em Lisboa, os mundiais de juniores, com a equipa da logística (transportes e alojamentos) a ser constituída, na sua maioria, por elementos da marcha atlética; em 2000, em Vilamoura, os mundiais de corta-mato; em 2001, em Lisboa, no Pavilhão Atlântico, os mundiais de pista coberta; e, em 2011, em Olhão, a Taça da Europa de Marcha, considerada por muitos especialistas o melhor evento já realizado em competições do género.

Desde 1991 membro do Comité Técnico da Federação Internacional, que preside desde 1999, Jorge Salcedo, grande amigo e excelente pessoa, tem desempenhado funções relevantes na formação e certificação de juízes de atletismo no nosso país, alguns com desempenhos meritórios além-fronteiras.

Em nome da equipa do blogue “O Marchador” e comungando, certamente, os sentimentos da comunidade atlética, as nossas maiores felicitações e um grande BEM-HAJA!

sábado, 21 de julho de 2012

Dordoni, campeão olímpico há 60 anos

Pino Dordoni, entre Doležal (esq.) e Róka. Foto: Superstock
Passam hoje 60 anos sobre a vitória do italiano Pino Dordoni nos 50 km marcha dos Jogos Olímpicos de Helsínquia. Era o dia 21 de Julho de 1952 e, nessa jornada, o marchador de Piacenza bateu a concorrência com um novo recorde olímpico de 4.28.07,8 h.

Por todos reconhecido com um dos melhores tecnicistas da marcha da sua época, Giuseppe Dordoni partilhava à partida o favoritismo com o sueco John Ljunggren, campeão olímpico quatro anos antes (Londres-1948) campeão dos europeus de Oslo de 1946 e vice-campeão europeu em 1950 (Bruxelas), o ano em que Dordoni o superara pela primeira vez em grandes competições internacionais.

Na capital finlandesa, Dordoni e Ljunggren cedo tomaram o comando da prova, deixando a perseguição a cargo do trio de soviéticos. Perto dos 40 quilómetros, John Ljunggren cedeu, abandonando a prova e deixando o caminho aberto à vitória do italiano.

Dordoni chegaria à meta com dois minuos de vantagem sobre o segundo, o checoslovaco Josef Doležal (4.30.17,8), enquanto o húngaro Antal Róka garantia a medalha de bronze, com 4.31.27,2 h.

Após este momento maior da carreira de desportista, Giuseppe Dordoni ainda se manteve ao mais alto nível competitivo durante oito anos, participando nos Jogos de 1956 (Melbourne) e de 1960 (Roma), ano em que, com 35 anos de idade, passou a dedicar-se ao treino de outros atletas, tornando-se comissário técnico da Federação Italiana de Atletismo entre 1961 e 1990. Giuseppe Dordoni morreu em 24 de Outubro de 1998, aos 72 anos, na mesma cidade que o vira nascer.

Jefferson Pérez candidata-se à Comissão de Atletas do COI

Jefferson Pérez
O equatoriano Jefferson Pérez, campeão olímpico nos 20 km marcha de Atlanta, em 1996, e medalha de prata em Pequim, em 2008, é o único atleta do continente americano a candidatar-se a uma das quatro vagas para a Comissão de Atletas do Comité Olímpico Internacional.

Dos 21 atletas propostos pelo COI, Jefferson terá a companhia, entre outros, da checa Barbora Spotakova, ouro em Pequim (dardo), do sueco Stefan Holm, ouro em Atenas (altura), do japonês Koji Murofushi, ouro em Atenas (martelo), e da marchadora portuguesa Susana Feitor.

Jefferson, de 38 anos, retirado da alta competição há alguns anos, é formado em administração de empresas e dirige hoje a  sua própria empresa, ligada à atividade desportiva.

Tri-campeão mundial (Paris, em 2003, Helsínquia, em 2005, e Osaca, em 2007), o atleta equatoriano, que foi uma das grandes surpresas dos Jogos de Atlanta a tal ponto que o comité organizador teve dificuldades em encontrar a bandeira e o hino do seu país, manifestou-se desejoso de poder contribuir no incentivo dos princípios éticos e morais no desporto e uma grande honra em, eventualmente, ser merececedor da preferência dos eleitores, os atletas participantes nos Jogos de Londres.

Os candidatos a tal eleição estão interditos do uso de meios publicitários ou redes sociais podendo, sim, fazer a campanha promocional através de contatos diretos. Os resultados da votação serão anunciados pelo COI no dia 7 de agosto.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Loughnane e Heffernan vencem meeting de Cork

Robert Heffernan. Foto: O Marchador
Robert Heffernan e Olive Loughnane, os melhores marchadores irlandeses da atualidade, venceram os 3.000 metros marcha, em pista, do Meeting Internacional de Cork, na Irlanda, disputado dia 17, no complexo desportivo do Instituto de Tecnologia da cidade.

O encontro, que faz parte do circuito de «meetings» da Associação Europeia de Atletismo, reuniu um vasto conjunto de atletas já medalhados em campeonatos mundiais e Jogos Olímpicos. O encontro, já em 61.ª edição, congregou uma adesão muito significativa dos amantes do atletismo num dia em que as condições atmosféricas, com algum vento, neblina e, por vezes, raios de sol, fizeram antever o que poderá ser Londres durante os Jogos Olímpicos.

Loughnane, com o tempo de 12.36,27, estabeleceu um novo recorde pessoal. Já esteve presente nos Jogos de 2004 e 2008, alcançando em Pequim o 8.º lugar. Mas foi em Berlim, nos campeonatos mundiais, que obteve o resultado mais significativo, com a medalha de prata nos 20 km marcha.

Heffernan tem realizado, nos últimos 10 anos, resultados muito consistentes em grandes competições internacionais. Atleta nascido em Cork, foi 8.º nos últimos Jogos, em 20 km, nos mundiais de 2007 fora 7.º, também em 20 km, e nos últimos europeus, os de Barcelona, em 2010, esteve em altíssimo nível nos 20 km, 4.º com 1.21.00, a 11 segundos da medalha de bronze, e três dias depois, foi 4.º nos 50 km, realizando 3.45,30, recorde do seu país.

Classificações3.000 m marcha femininos
1.ª, Olive Loughnane, 76 (Irlanda), 12.36,27
2.ª, Maeve Curley, 92 (Irlanda), 13.41,35
3.º, Heather Lewis, 93 (País de Gales), 13.51,03
4.ª, Bethan Davis, (País de Gales), 14.04,25
5.ª, Ellie Dooley, 95 (Grã-Bretanha), 14.49,14
6.ª, Rebecca Collins, 91 (Grã-Bretanha), 16.05,40

3.000 m marcha masculinos
1.º, Robert Heffernan, 78 (Irlanda), 11.14,29
2.º, Jacub Jelonek, 85 (Polónia), 11.43,28
3.º, Tom Bosworth, 90 (Grã-Bretanha), 11.46,05
4.º, Brendan Boyce, (Irlanda), 11.59,76
5.º, James Treanor, 93 (Irlanda), 12.28,71
6.º, Evan Lynch, 95 (Irlanda), 12.33,73
7.º, Luke Hickey, 94 (Irlanda), 13.04,39
8.º, Niall Prendiville, 90 (Irlanda), 13.10,75

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Beatriz Pascual faz 20.45,11 em 5.000 m, recorde de Espanha

María Vasco, Beatriz Pascual e Raquel González, o pódio da
marcha feminina dos Campeonatos da Catalunha de 2012.
Foto: Federação Catalã de Atletismo
O Estádio Municipal de Granollers, em Barcelona, foi palco dos 92.os Campeonatos da Catalunha de Atletismo, realizados em pista, a 17 e 18 de Julho, com as provas de marcha, na distância de 5.000 metros, a serem disputadas após as 21 horas, quando o calor não é tão intenso.

Beatriz Pascual esteve em plano de grande destaque, estabelecendo um novo recorde de Espanha na distância, com o extraordinário tempo de 20.45,11 com que encerrou a segunda jornada dos campeonatos, melhorando o anterior recorde, datado de 2009 (20.48,06), que também lhe pertencia.

A atleta catalã, que deixou María Vasco a 30 segundos, demonstrou que atravessa um dos melhores momentos da sua carreira desportiva. Se bem que a distância em que competirá nos Jogos Olímpicos seja a dos 20 km, o tempo agora conseguido na légua constitui um bom tónico para enfrentar a prova de Londres. Note-se que Beatriz foi 6.ª nos Jogos de Pequim, em 2008.

Na prova masculina há a registar outros dois bons desempenhos, os dos irmãos Olivares, Isaac e Ever, realizando tempos abaixo dos 20 minutos. Orientados por Jordi Llopart, marchador de craveira internacional nos anos oitenta, os referidos atletas preparam-se para competir nos 20 km dos Jogos Olímpicos de Londres.

Classificações
5.000 m marcha femininos
1.ª, Beatriz Pascual (Valencia Terra i Mar), 20.45,11
2.ª, María Vasco (CA María Vasco), 21.15,17
3.º, Raquel González (AA Catalunya), 23.17,11
4.ª, Mar Juárez  (AA Catalunya), 24.33,49
Desistiu: Cristina Fernández (Pratenc AA)

5.000 m marcha masculinos
1.º, Isaac Palma (México), 19.41,55
2.º, Ever Palma (México), 19.42,31
3.º, Ferran Collados (FC Barcelona), 22.13,72
4.º, Marc Guerrero (ISS-L’Hospitalet), 22.42,26
5.º, Nil Rodes (Muntanyenc S. Cugat), 22.56,95
6.º, Marc Cabrera (AA Catalunya), 22.56,95
7.º, Oriol Soler (CA Laletania), 26.19,19
8.º, Mário Vinas (CA Granollers), 28.57,00
Desistiu: Ivan Arenas (Pratenc AA)
Desclassificados: David Albuquerque (ISS-L’Hospitalet) e Jesús Ángel García Bragado (Canal de Isabel II)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Colin Griffin e Maeve Curley venceram Campeonatos da Irlanda

Colin Griffin e Ciaran O'Cathain, presidente da federação
irlandesa, após os campeonatos de sábado passado. Foto:
Leitrim Observer
A marca mais expressiva das provas de marcha realizadas em Dublin, no fim-de-semana de 7 e 8 de Julho, dos 140os Campeonatos de Atletismo da Irlanda, foi obtida por Colin Griffin (Ballinamor) que percorreu as 25 voltas à pista em 41.47,66. Por sua vez, Maeve Curley (Craughwell), na prova feminina de 5.000 metros, destacou-se da concorrência vencendo com 24.41,07.

Estiveram ausentes alguns dos primeiros planos da marcha irlandesa, casos de Robert Heffernan e Olive Loughane, preparando a presença nos Jogos Olímpicos de Londres em estágios de altitude.

Griffin, que obteve o seu primeiro título irlandês, decidiu, na semana anterior à competição, interromper o estágio de altitute que estava a realizar nas montanhas de Serra Nevada, em Espanha, com vista à participação nos 50 km dos Jogos de Londres. Conseguira o mínimo “A” na Taça do Mundo de Saransk, em que obteve 3.52.54.

A propósito dos campeonatos irlandeses, os mais antigos em todo o mundo, com a primeira edição a ter lugar em 1873, o nosso amigo Pierce O’Callaghan, num delicioso relato de factos interessantes ocorridos nessa época, refere que um dos juízes das provas de marcha da edição inaugural dos campeonatos foi Abraham Stoker, escritor mundialmente conhecido pelo romance “Drácula”, escrito em 1897 e que tem como protagonista o vampiro Conde Drácula.

terça-feira, 17 de julho de 2012

100 anos de existência

A Associação Internacional de Federações de Atletismo (AIFA) comemora hoje um século de existência. Foi criada em 1912, fundada por 17 federações nacionais de atletismo, aquando da realização dos Jogos Olímpicos de Estocolmo. O objetivo, essencialmente, foi implementar uma estrutura que permitisse regular a atividade do atletismo, que já então era muito popular, estabelecer um programa competitivo e aplicar um regulamento técnico às diversas especialidades bem como ao estabelecimento de recordes mundiais.

Até aos anos setenta o atletismo tinha os seus mais significativos momentos de glória a cada quatro anos, por ocasião da realização das olimpíadas. Hoje, a multiplicidade de competições que a AIFA leva a efeito regularmente, com um alto nível de profissionalismo e um excelente programa de marketing, confere-lhe um dinamismo difícil de igualar.

A marcha atlética tem, neste contexto, grangeado importantes apoios. A Taça do Mundo, evento organizado desde 1961, potencia um impacto mundial crescentemente significativo. A especialidade integra, praticamente, todos os eventos continentais e mundiais. Maurizio Damilano, campeão olímpico em Moscovo, em 1980, preside ao Comité de Marcha.

Atualmente são 212 as federações filiadas, divididas em seis áreas: Ásia, África, América do Sul, América Central e do Norte, Europa e Oceania.  

Lamine Diack (Senegal) tem conduzido, desde 1999, os destinos da Federação Internacional, sediada no Mónaco desde 1993. Antes, apenas outros quatro presidentes foram eleitos em Congresso: J. Sigfried Edstrom (Suécia), de 1912 a 1946, Lord Burghley (Grã-Bretanha), de 1946 a 1976, Adriaan Paulen (Holanda), de 1976 a 1981, e Primo Nebiolo (Itália), de 1981 a 1999.

As nossas maiores felicitações e votos de continuado sucesso!

Good luck!


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Miguel Carvalho e Daniela Cardoso triunfam nos sub-23

Miguel Carvalho e Daniela Cardoso, a caminho das vitórias.
Fotos: José Machado
Miguel Carvalho, atleta ainda júnior do Clube de Natação de Rio Maior, e Daniela Cardoso, do Núcleo de Desporto Amador de Pombal, conquistaram, este sábado, os títulos de campeões nacionais de Esperanças (sub-23) nos 10.000 metros marcha realizados na acolhedora pista do Estádio Municipal de Pombal, inaugurada no ano passado.

Na prova masculina, o atleta internacional de Rio Maior logo nos primeiros quilómetros colocou-se na dianteira e parecia ter as portas abertas para um triunfo tranquilo. Sensivelmente a meio da prova viu-se, no entanto, na companhia do atleta de Seia Rui Coelho, revelação júnior do ano, que o acompanhou  durante alguns quilómetros. A cerca de seis voltas do fim, Miguel Carvalho isolou-se de novo, sagrando-se pela primeira vez campeão neste escalão, com o pódio a ser compeltado com os estreantes Rui Coelho e Pedro Santos.

Na prova feminina, Daniela Cardoso manteve uma marcha solitária de princípio ao fim, revalidando o título obtido na edição de 2011 e obtendo uma vantagem significativa sobre as mais diretas competidoras, Sandra Monteiro (Benfica) e Nádia Cancela (Senhora do Desterro). Curiosamente, repetiu-se o pódio do ano passado.

A participação nas provas de marcha (e de algumas outras especialidades) não foi aquela que se desejaria para uns campeonatos deste escalão e nem se pode afirmar que a “culpa” tivesse sido dos mínimos estabelecidos, porque, de facto, não eram exigentes. Há que refletir e procurar as melhores soluções (que as há...) para se alterar tal cenário!

Resultados
10.000 m marcha femininos
1ª Daniela Cardoso, 91, NDA Pombal, 50.32,34
2ª Sandra Monteiro, 92, SL Benfica, 53.02,08
3ª Nádia Cancela, 93, ACR Senhora do Desterro, 55.30,06
4ª Ana Rute Alberto, 94, GA Caranguejeira, 59.48,66
5ª Sofia Silva, 93, CA Avintes, 1.00.33,16
6ª Andreia Francisco, CB Faro, 1.02.40,33

10.000 m marcha masculinos
1º Miguel Carvalho, 94, CN Rio Maior, 46.57,38
2º Rui Coelho, 94, CA Seia, 47.30,40
3º Pedro Santos, 92, CP Corroios, 49.51,87
4º Ricardo Fernandes, 92, J Vigigalense, 59.44,54
Desclassificado: Marco Amaral, 93, NS S. Miguel

domingo, 15 de julho de 2012

Evan Dunfee e Maria Irais Mena vencem NACAC em SUB-23

Fotos: ACICAS e Don Fennell.
Evan Dunfee (Canadá) e Maria Irais Mena (México) venceram as provas de marcha (pista) do VII Campeonato Internacional de Atletismo NACAC Sub 23 que se disputou no fim-de-semana passado em Irapuato, cidade da região central mexicana do estado de Guanajuato.

Nos 20.000 m masculinos, o jovem canadiano levou de vencida a concorrência com a marca de 1.26.15,32, no entanto de registo inferior à que obteve em 2011, em Namburgo, 1.23.43 e que o fez acalentar o sonho de alcançar o mínimo “A” para os Jogos de Londres. Nos outros lugares do pódio, Adrian Ochoa, do México, foi o segundo com 1.27.56,18, e Mauricio Calvo, da Costa Rica, o terceiro com 1.31.58,42.

Nos 10.000 metros femininos, Maria Irais Mena conquistou a medalha de ouro com 52.52,54. Mena declarou que a marca não foi aquela que apontava devido, em parte, aos efeitos do forte vento, sentidos durante a prova. Sonha em poder estar presente nos Jogos Olímpicos de 2016. As segunda e terceira posições foram para as norte-americanas Rachael Tylock (53.16,59) e Nicole Bonk (55.56,68), esta última participando na sua primeira experiência internacional e após ter competido, no fim-de-semana anterior, nos 20 km dos “trials” americanos.

Resultados

20.000 metros masculinos
1.º, Evan Dunfee (Canada), 1.26.15,32
2.º, Adrian Ochoa (México), 1.27.56,18
3.º, Mauricio Calvo (Costa Rica), 1.31.58,42
4.º, Nick Christie (E.U. América), 1.33.45,85
Desistente: Dan Serianni (E.U. América)

10.000 metros femininos
1.ª, Maria Irais Mena (México), 52.52,54
2.ª, Rachael Tylock (E.U. América), 53.16,59
3.ª, Nicole Bonk (E.U. América), 55.56,68

sábado, 14 de julho de 2012

Nacionais de Esperanças, este fim-de-semana em Pombal

Apesar da pouca exigência nos mínimos estabelecidos, estão inscritos para as provas de marcha, ambas na distância de 10.000 metros, apenas 5 atletas masculinos (mínimos: 55.00,00) e 8 femininos (mínimos: 1.04.00,00). As provas realizar-se-ão, em simultâneo, sábado pelas 19.15 horas, as senhoras nas pistas 1 a 4 e os homens nas pistas 5 a 8.

Os detentores das melhores marcas do ano em pista são, relativamente ao sector masculino, o júnior Miguel Carvalho (CN Rio Maior, 44.30,72), e no sector feminino, Daniela Cardoso (NDA Pombal, 49.42,22), ambos a obterem esses registos há uma semana nos campeonatos de Portugal.

Na edição de 2011 os títulos foram conquistados por Luís Lopes, do Gira-Sol-RC, e Daniela Cardoso, então no AC Vermoil.

A equipa de juízes de marcha será chefiada pelo juiz internacional, José Dias.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Favorito Arévalo vence mundial de juniores

Os três primeiros dos 10 mil metros marcha masculinos dos
mundiais de Barcelona. Fotomontagem: O Marchador, sobre
 imagens Eurosport
O colombiano Eider Arévalo confirmou o favoritismo que muitos lhe atribuíam à partida e sagrou-se esta sexta-feira campeão mundial júnior dos 10 mil metros marcha, concluindo a prova da distância nos mundiais de Barcelona em 40.09,74 m. Sendo de início o único detentor de recorde pessoal abaixo de 40 minutos (39.56,01), Arévalo impôs-se a toda a concorrência, relegando para posições secundárias outros potenciais favoritos. No segundo lugar classificou-se Aleksander Ivanov (Rússia, 40.12,90), com o pódio a ser fechado pelo chinês Guanyu Su (40.16,87).

O português Samuel Pereira terminou na 30.ª posição, com 45.06,34 m, com uma primeira metade cumprida em 21.30 m, muito próximo do recorde pessoal na distância. Porventura um excesso de empenho numa jornada matinal de novo com marcada pelo calor (24ºC e 88% de humidade relativa) e que terá acabado por resultar em indisposição, paragem aos oito quilómetros e perda de cerca de um minuto. Retomou depois a prova, fazendo 1.43 m na volta final e recuperando alguns lugares, mas já sem possibilidade de terminar próximo dos 44.07,84 m que detinha à partida como recorde pessoal. Em todo o caso, estando de início com um dos máximos pessoais menos expressivos, acabou por bater colegas de prova mais credenciados.

A competição teve uma fase inicial de alternância de comando entre o japonês Takumi Saito, o canadiano Benjamin Thorne e o ucraniano Ihor Lyaschenko, com sucessivas variações de ritmo que foram determinando a diminuição do grupo da frente.

Logo a seguir à passagem do meio da prova, Thorne era desclassificado, no mesmo momento em que o espanhol Álvaro Martín jogava a sua cartada, tentando culminar com um bom resultado a sua participação nos mundiais no seu país. O esforço do marchador de Llerena traduziu-se de imediato no atraso do ucraniano Lyashchenko, um dos favoritos, que assim ficava arredado da luta pelos primeiros lugares.

Oito quilómetros cumpridos e era a vez do ataque de Guanyu Su, que chegou a isolar-se, com Ivanov a tentar rebocar o grupo resistente. Começava a perceber-se que o colombiano Arévalo ia suportanto todos os ataques sem dar nas vistas, reservando-se para a fase decisiva. À entrada para o quilómetro final, apenas Saito, Ivanov, Su e Arévalo se mantinham na luta pela vitória, com o título a ficar decidido a 650 metros do fim, quando o colombiano desferiu um ataque que o colocou no primeiro lugar, de que ninguém o arredaria. A marca que registou (40.09,74) foi a melhor do mundo deste ano entre os juniores. Aleksander Ivanov foi quem mais tempo resistiu ao esforço final do colombiano, mas nos últimos 200 metros mais não pôde do que defender o segundo lugar, perante a superioridade do sul-americano e terminando com um novo recorde pessoal de 40.12,90 m. Guanyu Su terminava na terceira posição (40.16,87) também com recorde pessoal, relegando para fora do pódio Takumi Saito, com um novo recorde japonês de juniores (40.19,10).

Classificação
10.000 metros marcha masculinos
1.º, Eider Arévalo (Colômbia), 40.09,74
2.º, Aleksander Ivanov (Rússia), 40.12,90
3.º, Guanyu Su (China), 40.16,87
4.º, Takumi Saito (Japão), 40.19,10
5.º, Álvaro Martín (Espanha), 40.35,52
6.º, Jesús Vega (México), 41.05,59
7.º, Nils Brembach (Alemanha), 41.19,12
8.º, Ihor Lyaschenko (Ucrânia), 41.21,60
9.º, Yosuke Kimura (Japão), 41.41,52
10.º, Marco Antonio Rodríguez (Bolívia), 42.05,91
11.º, Pavel Parshin (Rússia), 42.10,25
12.º, Vito Minei (Itália), 42.51,79
13.º, Tyler Sorensen (EUA), 42.53,60
14.º, Andrii Hrechkovskyi (Ucrânia), 43.01,58
15.º, Marius Šavelskis (Lituânia), 43.03,27
16.º, Kenny Martín Pérez (Colômbia), 43.04,02
17.º, Blake Steele (Austrália), 43.04,81
18.º, Konstadínos Dentópoulos (Grécia), 43.07,11
19.º, Paolo Yurivilca (Peru), 43.10,15
20.º, Edgars Gjacs (Letónia), 43.10,59
21.º, Erwin González (México), 43.11,21
22.º, Francesco Fortunato (Itália), 43.13,27
23.º, Neeraj Neeraj (Índia), 43.27,92
24.º, Sahin Senoduncu (Turuia), 43.29,28
25.º, Yauhen Zaleski (Bielorrússia), 44.09,05
26.º, Óscar Villavicencio (Equador), 44.25,12
27.º, Adrian Ionut Dragomir (Roménia), 44.29,12
28.º, Barys Sharhar (Bielorrússia), 44.32,68
29.º, Marc Tur (Espanha), 44.42,41
30.º, Samuel Pereira (Portugal), 45.06,34
31.º, Brian Pintado (Equador), 45.13,84
32.º, Luis Angel Sanchez (Guatemala), 45.36,65
33.º, Tewfik Yesref (Argélia), 45.38,36
34.º, Kuldeep Kuldeep (Índia), 45.40,65
35.º, Peter Tichý (Eslováquia), 47.21,63
36.º, Joakim Saelen (Noruega), 48.50,80
Desclassificados: Brad Aiton (Austrália), Benjamin Thorne (Canadá) e Jiaxing Yin (China).
Desistente: Bruno Fidelis (Brasil).

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Luís Silva e Teresa Mendes, os primeiros no Inatel

Fotos: Atletismo Magazine e CLUVE.
Luís Silva (GDRC Ponterrolense) e Teresa Mendes (Clube Veteranos de Coimbra) protagonizaram os melhores registos absolutos nas provas de 5.000 e 10.000 metros para masculinos, e 3.000 e 5.000 metros para femininos, dos Campeonatos Nacionais de Pista do Inatel, realizadas na pista do Luso no fim-de-semana passado.

Luís Silva, atleta da Associação Académica de Coimbra mas que no Inatel representa a colectividade de Ponte do Rol, Torres Vedras, venceu com 25.52,16, aos 5.000 metros, e 49.18,64, aos 10.000 metros, sendo que nesta última prova a diferença para o 2.º classificado (do mesmo escalão) foi de 7 minutos e 49 segundos!

Teresa Mendes, que se prepara para estar no próximo europeu de veteranos e que neste campeonato não teve qualquer adversária, limitou-se a assegurar os títulos nacionais, registando 19.42,09, aos 3.000 metros, marca que é melhor que as obtidas nas duas últimas épocas, e 35.40,14, aos 5.000 metros.

No apuramento de percentagens de desempenho por idade efectuadas por «O Marchador» segundo as tabelas graduadas da Associação Mundial de Veteranos, Luís Silva (79.55%) e Rogério Filipe (CCD O Alvitejo, 77,71%) foram os melhores em 10.000 e 5.000 metros, respectivamente.

Referência positiva para o aumento do número de participantes, 11 contra 7 no ano passado.

Resultados

7 de Julho

3.000 femininos
1.ª, Teresa Mendes (C Veteranos A Coimbra), 19.42,09 - 1.ª, W45 (48 anos)

5.000 metros masculinos
1.º, Luís Silva (GDRC Ponterrolense), 25.52,16 - 1.º, M40 (41 anos)
2.º, Carlos Paiva (GDRC Ponterrolense), 26.12,94 - 2.º, M40 (43 anos)
3.º, Rogério Filipe (CCD O Alvitejo), 27.04,19 - 1.º, M50 (53 anos)
4.º, Luís Ribeiro (GD Carris), 30.08,87 - 2.º, M50 (51 anos)
5.º, José Lopes (GD Carris), 32.11,81 - 1.º, M45 (47 anos)
6.º, Agostinho Carriço (GD Carris), 34.56,74 - 1.º, M55 (55 anos)
7.º, Auspício Fernandes (GD Santander Totta), 36.07,83 - 1.º, M65 (69 anos)
8.º, José da Cândida (GD Carris), 37.02,93 - 1.º, M70 (71 anos)
9.º, Luís Machado (C Galp Energia Norte), 37.03,74 - 2.º, M65 (68 anos)
10.º, José Gomes (GD Carris), 38.59,64 - 1.º, M60 (61 anos)

8 de Julho

5.000 femininos
1.ª, Teresa Mendes (C Veteranos A Coimbra), 35.40,14 - 1.ª, W45 (48 anos)

10.000 metros masculinos
1.º, Luís Silva (GDRC Ponterrolense), 49.18,64 - 1.º, M40 (41 anos)
2.º, Carlos Paiva (GDRC Ponterrolense), 57.07,48 - 2.º, M40 (43 anos)
3.º, Rogério Filipe (CCD O Alvitejo), 57.22,73 - 1.º, M50 (53 anos)
4.º, Luís Ribeiro (GD Carris), 1.01.40,37 - 2.º, M50 (51 anos)
5.º, José Lopes (GD Carris), 1.08.08,83 - 1.º, M45 (47 anos)
6.º, Agostinho Carriço (GD Carris), 1.14.19,74 - 1.º, M55 (55 anos)
7.º, Auspício Fernandes (GD Santander Totta), 1.17.59,16 - 1.º, M65 (69 anos)
8.º, José da Cândida (GD Carris), 1.19.49,40 - 1.º, M70 (71 anos)
9.º, Luís Machado (C Galp EnergNERGIA Norte), 1.19.49,42 - 2.º, M65 (68 anos)
10.º, José Gomes (GD Carris), 1.23.17,93 - 1.º, M60 (61 anos)

Juniores masculinos - lista de saída dos mundiais de Barcelona

41 atletas, em representação de 29 países, constam da lista de saída da prova de 10.000 metros marcha masculina agendada para amanhã, dia 13, pelas 9.00 horas, hora local, meia hora mais cedo do que a prova feminina ontem realizada.

Os recordes do Mundo e dos campeonatos pertencem, para não variar, a atletas russos, nomeadamente a Viktor Burayev com 38.46,4 obtido em Moscovo, em 20 de Maio de 2000, e a Stanislav Emelianov com 39.35,01 a 11 de Julho de 2008 em Bydgoszcz.

Benjamim Thorne, do Canada, é o líder do ano com 40.26,0, marca efectuada há apenas 12 dias em Calgary (30 de Junho).

A lista de saída é a seguinte:
Dorsal, nome, país, marca 2012 em 10.000m pista/melhor marca

9: Tewfik Yesref (Argélia), - /45:38.46
23: Brad Aiton (Austrália), 42:51.83/42:51.83
42: Blake Steele (Austrália), 44:23.03/44:23.03
87: Barys Sharhar (Bielorrússia), 42:58.46/42:58.46
90: Yauhen Zaleski (Bielorrússia), - /42:22.68
91: Marco Antonio Rodríguez (Bolívia), 42:31.60/42:31.60
118: Bruno Fidelis (Brasil), 43:44.10/43:44.10
157: Benjamin Thorne (Canada), 40:26.00/40:26.00
182: Guanyu Su (China), - /43:04.90
185: Jiaxing Yin (China), - /42:04.37
190: Eider Arévalo (Colômbia), - /39:56.01
194: Kenny Martín Pérez (Colômbia), - /40:59.25
229: Brian Pintado (Equador), - /42:44.02
230: Óscar Villavicencio (Equador), 44:18.00/43:46.00
262: Álvaro Martín (Espanha), 41:34.95/41:34.95
279: Marc Tur (Espanha), 41:59.73/41:59.73
361: Nils Brembach (Alemanha), 41:17.72/41:17.72
406: Konstadínos Dedópoulos (Grécia), 42:42.37/42:42.37
414: Luis Angel Sanchez (Guatemala), 43:25.61/43:25.61
442: Kuldeep Kuldeep (Índia), 43:37.66/43:37.66
444: Neeraj Neeraj (Índia), 43:39.99/43:39.99
484: Francesco Fortunato (Itália), 41:57.90/41:57.90
499: Vito Minei (Itália), 43:35.44/43:35.44
543: Yosuke Kimura (Japão), 41:49.29/41:47.98
550: Takumi Saito (Japão), 40:32.74/40:32.74
579: Byeongho Choe (Coreia do Sul), 43:51.01/43:51.01
605: Edgars Gjacs (Letónia), - /47:13.90
611: Marius Šavelskis (Lituânia), - /43:02.57
632: Erwin González (México), 42:16.95/41:09.60
639: Jesús Vega (México), 42:03.68/41:09.61
680: Joakim Saelen (Noruega), - /49:14.69
696: Paolo Yurivilca (Peru), 44:05.60/44:05.60
730: Samuel Pereira (Portugal), 44:07.84/44:07.84
746: Adrian Ionut Dragomir (Roménia), 44:15.05/44:15.05
769: Aleksandr Ivanov (Rússia), 43:00.40/42:16.00
775: Pavel Parshin (Rússia), 41:14.73/40:51.31
826: Peter Tichý (Eslováquia), 43:34.70/43:34.70
879: Sahin Senoduncu (Turquia), 44:01.71/44:01.71
888: Andrii Hrechkovskyi (Ucrânia), 43:07.86/43:07.86
890: Igor Liaschenko (Ucrânia), 42:30.68/40:56.50
939: Tyler Sorensen (E.U. América), 44:11.35/41:23.14
Fonte: IAAF