terça-feira, 30 de novembro de 2010

Francisco Reis vitorioso no Belgrave Harriers Open

Na sua 91.ª edição, realizou-se em Wimbledon, Inglaterra, no dia 27 de Novembro, o torneio “Belgrave Harriers Open”, na distância de 7 milhas (11.263 metros), desta vez com o triunfo, por larga margem, do português Francisco Reis.

Competindo num dos circuitos mais difíceis da sua carreira, Reis passou ao ataque logo na primeira volta, aproveitando uma longa subida para forçar o ritmo, que manteria até final. Como consequência, todos os adversários se atrasaram irremediavelmente. O resultado final, a rondar os 54 minutos e meio, permite extrapolar um tempo na casa dos 48 minutos na passagem aos 10 km.

O Ilford AC, clube onde milita Francisco Reis, foi o vencedor colectivo do certame, com 8 pontos, seguido do Surrey WC, com 26 pontos, e do Belgrave, com 35 pontos.
7 milhas (masculinos)
1.º, Francisco Reis, Ilford AC, 54.29 m;
2.º, Trevor Jones, Steyning AC, 58.29 m;
3.º, Steve Uttley, Ilford AC, 58.45 m;
4.º, Peter Ryan, Ilford AC, 1.01.59 h;
5.º, Roger Michell, Surrey WC, 1.06.58 h.

Celorico da Beira realiza 11.º grande prémio de marcha

Carlos Amaral, numa jornada de sensibilização em 1997
A Associação de Atletismo da Guarda e a Câmara Municipal de Celorico da Beira vão organizar a 11.ª edição do Grande Prémio de Celorico da Beira, Memorial Carlos Amaral, que terá lugar a 4 de Dezembro. Nascida em 1996 por obra e dedicação do seu grande impulsionador, Carlos Amaral, esta prova cedo ficou enlutada pelo desaparecimento precoce daquele dirigente e treinador entusiasta, falecido no dia 4 de Dezembro de 1999 (no próprio dia da realização de um dos Grandes Prémios). Postumamente, a iniciativa ainda teve duas edições, já designadas de Memorial Carlos Amaral, mas dificuldades de vária ordem obrigaram a interromper o ciclo de realização do grande prémio, que já não se realizou em 1998, 2003, 2004 e 2005.
Reatada em 2006, manteve-se a designação com que se homenageia o fundador da prova, acrescentando-lhe a disputa do Campeonato Distrital de Marcha Atlética. E é interessante verificar esta preocupação associativa de fazer disputar um campeonato num distrito que não tem grande quantidade de especialistas, apesar de ser sabido que entre os que tem se contarem alguns nomes importantes da especialidade no nosso país, como são o olímpico Pedro Martins, do Centro de Atletismo de Seia, e o jovem promissor Samuel Pereira, do Feras Sportive – União Atlética da Guarda sem esquecermos Pedro Santos que actualmente representa o CIA Ilha Azul (Açores) mas possui no seu curriculum vários títulos nacionais de esperanças, conquistados em representação de clubes do distrito.
Ao longo da história, esta prova foi ocasião para a realização de iniciativas paralelas, com destaque para as jornadas de sensibilização da marcha atlética durante as 2.ª e 3.ª edições e a concentração do grupo de trabalho da selecção nacional, em 1999.
Nesta 11.ª edição, com partidas e chegadas junto ao Jardim Parque “Carlos Amaral”, as provas têm início às 14h00, com as partidas dos benjamins masculinos e femininos seguindo-se, quinze minutos depois, os 10 km absolutos masculinos, os 5 km para veteranos masculinos e os 5 km para juvenis masculinos. Os interessados podem enviar inscrições para a Associação de Atletismo da Guarda, Av. do Estádio Municipal, Bancadas do Estádio, 6300-705 Guarda, ou pelo «e-mail» aaguarda@aag.pt.
A organização da prova oferecerá no final um churrasco a todos os participantes.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Zurique sede dos Campeonatos Europeus de Atletismo em 2014

De 12 a 17 de Agosto de 2014 vão realizar-se na cidade suíça de Zurique os 22.ºs Campeonatos Europeus de Atletismo.
Zurique é a maior cidade helvética. Situa-se na margem norte do lago com o mesmo nome, sendo atravessada pelo rio Limmat. Teve a sua origem num pequeno povoado celta estabelecido no século I a.C. no Lindenhof, monte que hoje integra o centro da cidade.
É a segunda vez que a Suíça acolhe uns campeonatos europeus depois de Berna, em 1954. Helsínquia (Finlândia) será palco da edição de 2012, sem provas de marcha.
A primeira edição teve lugar em Turim (Itália), em 1934. As restantes edições foram realizadas nas seguintes cidades: Paris (1938), masculinos, e Viena (1938), femininos, Oslo (1946), Bruxelas (1950), Berna (1954), Estocolmo (1958), Belgrado (1962), Budapeste (1966 e 1998), Atenas (1969 e 1982), Helsínquia (1971 e 1994), Roma (1974), Praga (1978), Estugarda (1986), Split (1990), Munique (2002), Gotemburgo (2006), e Barcelona (2010).
De registar que os primeiros campeonatos apenas contemplaram competições masculinas (22), entre as quais, a dos 50 km marcha que deram á Suíça a primeira e única medalha (prata) desses campeonatos, por Arthur Schwab. A de ouro foi arrecadada por Janis Dalins (Letónia) e a de bronze por Ettore Rivolta (Itália).
Arthur Schwab (1896-1945), conquistaria ainda a medalha de prata nos 50 km marcha dos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936.
Curioso é verificar-se que o seu filho, Erich Fritz Schwab, também se notabilizaria internacionalmente. Medalha de prata nos 10 km marcha dos Europeus de Oslo em 1946, medalha de bronze nos 10.000 m marcha dos Jogos Olímpicos de Londres em 1948, medalha de ouro nos 10 km dos Europeus de Bruxelas em 1950, e medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Helsínquia em 1952.
Note-se, finalmente, que das oito medalhas olímpicas conquistadas no atletismo pela Suíça, quatro foram provenientes de marchadores.

domingo, 28 de novembro de 2010

Ana Cabecinha segunda em Toledo

Ainhoa Pinedo (8102) e Ana Cabecinha
foto: Aurelio Gomez
Na sua primeira competição de marcha atlética realizada esta época, a atleta olímpica Ana Cabecinha, do Clube Oriental de Pechão (Olhão), obteve a segunda posição nos 5 km marcha da 23.ª edição do prestigiado Torneio “Espada Toledana”, prova realizada sob um frio intenso (6 graus) ao final da tarde de sábado (27-11), em Toledo, cidade considerada em 1986 património mundial da humanidade, e distante apenas 70 km da capital espanhola.
Cabecinha que tem definidas como principais metas no plano internacional, a participação na Taça da Europa de Marcha, em Olhão, e nos Mundiais de Atletismo, em Daegu, Coreia do Sul, esteve sempre na dianteira cedendo apenas nos últimos metros a favor da surpreendente Ainhoa Pinedo (22.21 m), atleta madrilena que, por vezes, também participa em provas do triatlo. Esta estabeleceu novo recorde do circuito, em posse de Maria Vasco (22.23 m), desde 1997. Cabecinha terminaria a três segundos (22.24 m) da vencedora, e a larga distância da terceira a espanhola de Alicante, Sara Alonso (24.33 m).
De assinalar ainda, a interessante participação de duas jovens atletas da Escola Secundária de Tomás Cabreira (Faro). Rita Geirinhas foi quarta nos 2 Km para Infantis, com o tempo de 12.15 m, prova ganha por Alicia Castejon (ISS l’Hospitalet), e Filipa Conceição (bronze nos Nacionais de Juvenis de 2010), terceira nos 3 km para juvenis, com o tempo de 15.30 m, triunfando Nerea Fernandez (Spartak Getafe), com 15.18 m.
Na principal prova masculina, despique muito cerrado para os três primeiros com o triunfo a sorrir a José David Dominguez (San Fernando), com 20.31 m, repetindo a vitória em 2009, seguido do alemão Mike Berger, com 20.32 m, e do internacional juvenil espanhol, Álvaro Uriol  (Playas de Castellon), com 20.33 m.

sábado, 27 de novembro de 2010

Aires Denis, um dos pioneiros

Os marchadores mais jovens não têm tido oportunidade de privar com esta figura destacada da história da marcha portuguesa, mas quem se dedica à especialidade há mais anos conhece bem o nome de Aires Denis. Nos primeiros meses após o 25 de Abril de 1974 constituiu-se na Póvoa de Santa Iria, perto de Lisboa, um dos primeiros núcleos de desenvolvimento da marcha em Portugal.
O entusiasmo vinha de um cidadão francês, Raymond Ysmal, que atraiu o colega e amigo Aires Denis para a dinamização de actividade ligada a esta disciplina olímpica do atletismo. Rapidamente o amigo português tomou a acção impulsionadora a peito e, depois da constituição de um grupo de praticantes entre o pessoal das oficinas da Telemec, onde ambos trabalhavam, avançou para o apoio à criação de uma secção de marcha no União Atlético Povoense. Mas o passo mais importante estava para ser dado, com os contactos junto da Federação Portuguesa de Atletismo e da Associação de Atletismo de Lisboa com vista ao reconhecimento da marcha como disciplina do atletismo com os mesmos direitos das restantes.
A federação começou por ignorar o caso, enquanto a AAL (sobretudo através de Mário Paiva) apadrinhou o esforço de Aires Denis e companheiros, integrando o dirigente povoense na estrutura directiva. Seguiu-se a realização das primeiras provas de marcha ao fim de seis décadas de inacção (tinha havido marcha nos Jogos Olímpicos Nacionais, em 1911/1912) e, já no final de 1982, a criação do Clube Português de Marcha Atlética, o primeiro a nascer da marcha.
Por motivos de saúde, há alguns anos que Aires Denis está afastado da modalidade, mas a marcha portuguesa não o esquece.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Espada Toledana com Ana Cabecinha, a 27 de Novembro


O Clube de Atletismo de Toledo organiza, no próximo fim-de-semana, naquela cidade espanhola, o tradicional certame de atletismo “Espada Toledana”, que compreende a 23.ª edição da Marcha Atlética, no dia 27, e a 32.ª edição do Corta-Mato, no dia 28.
O programa da disciplina da marcha atlética terá lugar na Avenida da Reconquista e inicia-se pelas 17 horas, contemplando provas para os vários escalões etários e sexos. As principais provas são as absolutas de 5 km, a feminina pelas 18h40 e a masculina pelas 19h30, horas locais.
O "site" do clube organizador divulgou uma listagem de inscritos nestas provas (22h30 de 25 Novembro), contabilizando-se 165 atletas em representação de 57 clubes, e dá particular destaque à participação de Ana Cabecinha, atleta olímpica que representa o Clube Oriental de Pechão.
Recorde-se que a atleta algarvia obteve no evento realizado em 2009 a 4.ª posição, com a marca de 23.10 m nos 5 km marcha, distando 29 segundos da vencedora, a espanhola Lorena Luaces. Cabecinha também participou, um dia depois, na prova de corta-mato, sobre 6 km, vindo a ocupar o 9.º lugar.
De entre outros, são feitos destaques às participações de José David Domínguez, o vencedor em 2009, do alemão Maik Berger, de Javier González, de Francisco Arcilla (ganhador em 2008), do veterano (e regressado) Miguel Ángel Prieto e da madrilena Ainhoa Pinedo.
Refira-se, como curiosidade, que, para além de prémios monetários atribuídos nas provas absolutas e por recorde da prova, receberão as tradicionais e mundialmente reconhecidas Espadas Toledanas os três primeiros classificados de cada categoria. Detém uma dessas espadas, a lituana Sonata Milusauskaité, que, ao serviço do F.C. Barcelona, venceu a edição de 2008.

Campeonatos da Grécia de 50 km marcha

Alexandros Papamihail venceu confortavelmente os 50 km dos Campeonatos da Grécia, realizados na cidade de Ellinikon, Atenas, a 13 de Novembro de 2010, com o tempo de 4.24.32 h. Vasilis Chrisikos, com 4.43.10 h, foi o segundo classificado e Aristidis Karnachoritis, com 4.56.58 h, o terceiro. Participaram 10 atletas.
Papamihail, estreante na distância, nasceu a 18/9/1988, em Karditsa, perto de Salónica, e o seu melhor registo nos 20 km marcha é de 1.25.06 h, tempo obtido nos Europeus de Sub-23 realizados em 2009, em Kaunas.
Nos 10 km femininos, 54.08,70 m foi a marca suficiente para Panayióta Tsinopoúlou sair vitoriosa, atleta que se notabilizou pela conquista da medalha de bronze no Campeonato do Mundo de Juvenis de 2007, em Ostrava.

Novo Painel de Juízes Internacionais de Marcha (2011-2014)

O Conselho da AIFA, reunido no Mónaco no último fim-de-semana, aprovou a composição do painel de Juízes Internacionais de Marcha, de 31 elementos (24 homens e 7 senhoras), a vigorar no período de 2011 a 2014.
Portugal, Espanha e Grã-Bretanha, com dois elementos cada um, são os países europeus com mais juízes no painel. De resto, a Europa, traduzindo de certa forma o poder hegemónico da especialidade no mundo, é o continente com o maior número de juízes de marcha (17). Seguem-se a América (6), a Ásia (4), a Oceânia (3) e a África (1).
Na Europa, Joaquim Graça, Catherine Telling e Silvia Hanusova estreiam-se no painel. Infelizmente, Can Korkmazoglu (Turquia), Manfred Bott e Jens Grunberg (Alemanha) não se mantiveram no painel.
Eis os juízes internacionais de marcha que nos próximos quatro anos terão a responsabilidade de ajuizar as mais importantes competições mundiais:
Europa José Dias e Joaquim Graça (Portugal), Jordi Estruch e Dolores Rojas (Espanha), Steven Taylor e Catherine Telling (Grã-Bretanha), Nicola Maggio (Itália), Pierce O’Callaghan (Irlanda), Rolf Müller (Alemanha), Jean-Pierre Dahm (França), Frederic Bianchi (Suìça), Anne Froberg (Finlândia), Ann-Iren Guttulsrod (Noruega), Miloslav Lapka (República Checa), Janusz Krynicki (Polónia), Hans van der Knaap (Holanda), Silvia Hanusova (Eslováquia);
América  Gary Westerfield e Maryanne Daniel (EUA), Daniel Michaud (Canadá), Cándido Velez (Porto Rico), Carlos Barrios (Guatemala), Ruben Aguilera (Argentina).
Ásia  Shande Yang (China), Khoo Chong Beng (Malásia), Sardjito Sardjito (Indonésia), Man Chun Yeung (Hong Kong).
Oceânia  Geoff Annear e Peter Wrigley (Nova Zelândia), Patrick Wayne Fletcher (Austrália).
África  Ochieng J. Ochieng (Quénia).

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

China dominadora nos 50 km marcha dos Jogos Asiáticos

De novo, o domínio chinês na marcha dos Jogos Asiáticos, agora nos 50 km, disputados esta manhã, na cidade chinesa de Guangzhou.
Com a melhor marca do ano, Tianfeng Si, com 3.47.04 h, obteve para o seu país a décima medalha de ouro no atletismo. A de prata foi para outro atleta chinês, Lei Li, com 3.47.34 h, e a de bronze para o japonês Koichiro Morioka, com 3.47.41 h, classificando-se a seguir os coreanos Junghyun (3.53.24) e Dongyoung (3.53.52), todos com recordes pessoais.
Tianfeng Si, de 26 anos, detentor de recordes pessoais nos 20 km de 1.20.05 h e nos 50 km de 3.42.55 h, marcas obtidas em 2005, estava naturalmente satisfeito com o triunfo, tendo atribuído o sucesso na competição ao facto de ter treinado durante um ano, em Itália. “A experiência em Itália ajudou-me bastante”, disse Si, acrescentando: “A minha próxima meta é obter uma medalha nos Jogos Olímpicos de Londres.”
Os dois primeiros classificados participaram este ano na Taça do Mundo de Marcha, realizada em Chihuahua (4.º e 8.º lugares), tendo contribuído para o triunfo da China nos 50 km.
Nos Jogos Asiáticos, que decorrem até 27 deste mês e englobam 51 modalidades desportivas, a China é a grande dominadora, com 360 medalhas já alcançadas (176 de ouro), seguida da Coreia do Sul, com 211 (71 de ouro), e do Japão, com 181 (36 de ouro).

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Apresentação de Luis Saladie na conferência de Leeds

O blogue “O Marchador” publica na secção “Ajuizamento” (ao cimo da página) a apresentação de Luis Saladie (Espanha), na 1.ª Conferência Europeia de Marcha Atlética, realizada em Leeds, nos dias 5 a 7 de Novembro.

Director para a área de competições da Real Federação Espanhola de Atletismo, Luis Saladie é um das figuras mais destacadas no panorama internacional da marcha atlética.

Prelector e formador de Juízes Internacionais de Marcha, tem sido ainda nomeado Delegado Técnico em muitos dos grandes eventos internacionais e, igualmente, chamado a desempenhar funções relevantes em provas de marcha do âmbito europeu e mundial.

Saladie, que de 1977 a 1983 foi destacado marchador do país vizinho, chegando a integrar a selecção de Espanha, é actualmente membro das comissões de marcha das mais altas instâncias europeia e mundial de atletismo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Chinesa Hong Liu triunfa nos 20 km marcha dos Jogos Asiáticos

Hong Liu (na foto, a chegar à meta) venceu a prova feminina de 20 km marcha dos Jogos Asiáticos, disputada esta manhã em Guangzhou (China), registando o tempo de 1.30.06 h.
A atleta chinesa, nascida em 12 de Maio de 1987, teve sempre concorrência apertada da japonesa Masumi Fuchise, que terminou na segunda posição, com 1.30.34 h. Nos lugares seguintes classificaram-se Yanfei Li (China), 1.32.34 h, Mayumi Kawasaki (Japão), 1.35.13 h, Yeongeun Jeon (Coreia do Sul), 1.40.24 h, e Kay Khing Tun (Birmânia), 1.46.45 h.
Do historial atlético da campeã Hong Liu destaca-se o 4.º lugar obtido nos 20 km dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008), com a marca de 1.27.17 h, recorde pessoal, e o 3.º lugar nos Mundiais de Berlim (2009) realçando-se ainda  o triunfo, enquanto júnior, nos Mundiais de 2006 (10.000 metros pista), realizados no centro desportivo de Chaoyang na capital chinesa.
O tempo obtido por Liu constitui novo recorde da competição, anteriormente fixado em 1.32.19 h, marca obtida pela própria atleta quando vencera os Jogos de 2006, em Doha (Qatar).

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Kristina Saltanovic (Lituânia) e Pedro Isidro (Benfica) repetem vitórias nas Galinheiras

Kristina Saltanovic e Pedro Isidro foram os vencedores absolutos das provas de 5000 m do 18.º Grande Prémio de Marcha (e 10.ª Légua) das Galinheiras, realizado sábado, 20 de Novembro, na pista “Prof. Mário Moniz Pereira”, na Alta de Lisboa.
A atleta lituana, representando o clube Interwalk, registou 22.54,3 m e averbou a sua quarta vitória consecutiva no evento, enquanto o benfiquista, ao obter 21.24,3 m, somou a terceira vitória nos últimos três anos.
Os lugares imediatos, na prova feminina, foram ocupados por Anna Hurlebaus, do CN Rio Maior, 26.49,1 m (1.ª juvenil), e Ana Silva, da CP Corroios, 28.05,3 m (sénior), enquanto na masculina, considerando o conjunto das provas realizadas nas pistas 1 e 5, Luís Silva, da AA Coimbra, fez 21.47,2 m (1.º veterano) e Pedro Martins, do CA Seia, realizou 22.10,5 m (2.º sénior).
O Centro de Atletismo das Galinheiras, clube organizador, foi o vencedor da classificação colectiva, somando 94 pontos, seguido do Clube Natação do Rio Maior, com 123 pontos, e da Casa do Povo de Corroios, com 72 pontos, a mesma pontuação obtida pela 4.ª equipa, o Grupo Desportivo de São Domingos.
De louvar a instituição de prémios aos melhores tecnicistas (escalões de benjamins e infantis, masculinos e femininos) para os quais, de acordo com a votação de um júri nomeado para o efeito, os escolhidos foram os atletas Almudena Gragera, do CA Extremadura, Espanha (benjamim B) e Filipe Beira, do CN Rio Maior (infantil).
O evento contou com a participação de 124 atletas (significativa a quebra em relação aos inscritos, 190), representando 27 clubes de oito distritos, e proporcionou despiques e resultados muito interessantes para esta fase inicial da época.
Momento de rara espontaneidade e particularmente feliz foi o protagonizado por todos os atletas do desporto especial ao brindarem José Henriques, acompanhando-o na sua última volta, na prova de veteranos.
De referir, igualmente, o agradável acolhimento do clube organizador, que proporcionou na sua sede um beberete final para todos os atletas e acompanhantes e aí procedeu à entrega de prémios.
Os resultados completos, individuais por escalão, desporto especial e colectivos, podem ser consultados na página «Calendário» deste blogue.

domingo, 21 de novembro de 2010

Wang Hao (China) vence 20 km marcha dos Jogos Asiáticos

O chinês Wang Hao, na foto com o dorsal 073, venceu hoje de manhã, com a marca de 1.20.50 h, os 20 km marcha, primeira prova do programa do atletismo dos 16.os Jogos Asiáticos, que decorrem de 12 a 27 de Novembro em Guangzhou, a terceira maior cidade da China, com cerca de 10 milhões de habitantes.
A competição, realizada sob boas condições climatéricas (21 graus), proporcionou a medalha de prata a outro atleta chinês, Chu Yafei (042), com 1.21.57 h, e a de bronze ao sul-coreano Kim Hyunsub, com 1.22.47 h. Seguiram-se-lhes os japoneses Isamu Iujisawa (1.24.00) e Yusuke Suzuki (1.25.50).
Wang, de 21 anos de idade, já este ano vencedor da Taça do Mundo, em Chihuahua, foi 4.º classificado nos Jogos Olímpicos de 2008 e medalha de prata nos Mundiais de Berlim, em 2009. No final da prova declarou ter-se treinado duramente para a competição, que acabou por não se revelar de dificuldade elevada, apontando agora como seu grande objectivo obter um bom resultado nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.
A República Popular da China tem apostado fortemente na especialidade ao mais alto nível, com resultados muito visíveis nos últimos anos.
Os dois primeiros classificados bem como vários outros marchadores da selecção chinesa têm estado sob a supervisão do categorizado treinador italiano Sandro Damilano, passando grande parte do ano no centro de treinos da cidade italiana de Saluzzo.

Reportagem fotográfica – 18.º Grande Prémio de Marcha das Galinheiras (20/11)

Veja a reportagem fotográfica do nosso parceiro Atletismo Magazine - Modalidades Amadoras (fotos de José Gaspar) em:

sábado, 20 de novembro de 2010

Disponíveis os resultados das Galinheiras, 20 de Novembro

Consulte os resultados do 18.º Grande Prémio (e 10.ª Légua) de Marcha Atlética das Galinheiras na secção de «Calendário», ao cimo da página, situação possível pela gentileza e colaboração da organização local.

José Magalhães - uma vida num só clube (grande)

José Magalhães, treinador de atletas internacionais, foi um excelente especialista nos 50 km marcha, onde alcançou por quatro vezes o título de campeão nacional. Várias vezes internacional, esteve em dois Jogos Olímpicos (Barcelona-92 e Atlanta-96). De uma conduta exemplar na competição ou fora dela, Magalhães oferece aos leitores de “O Marchador” o relato de uma vida num só clube, o Atlético Clube Alfenense.

Por razões de mudança domiciliária e por motivos de não gostar do ambiente da juventude do sítio onde passei a viver, arrastei comigo alguém para fazer umas corridas. Ajudei a construir a secção de atletismo no Alfenense e filiamo-nos na Associação de Atletismo do Porto em 1977. Tirei uns cursos de monitor, fiz umas reciclagens e frequentei em Coimbra um curso de treinador em 1980.

Treinei as várias disciplinas do atletismo, sempre com muitos jovens por esses anos fora, até que em 1987 o Augusto Cardoso demonstrou grande aptidão para a marcha atlética e, como não tínhamos um local para treinar, éramos obrigados a fazer esses treinos na Estrada Nacional 105, que atravessa toda a vila de Alfena.

Nessa altura, fazer marcha era (como se diz na boca do povo) «mariquice» e, com 34 anos de idade, acompanhei-o na rua e fiz dele o atleta que encontramos nos dias de hoje. Mesmo assim foi preciso eu conciliar a minha disponibilidade com a sua actividade profissional.

Como comecei a demonstrar valor, começaram a aparecer convites e alguns subsídios de clubes do continente – e até cheguei a ter duas propostas da ilha da Madeira e dos Açores, algo que nunca foi possível no Alfenense!

Em Portugal continental, os convites surgiam de clubes como o Boavista F.C., o F.C. Porto, mas foi aos 42 anos que surgiu o melhor convite. Foi do S.L. Benfica e este com o melhor subsídio do que os dos outros clubes atrás referidos. Nunca aceitei esses convites, não por não gostar destes clubes mas simplesmente para não dar razão e acabar o que eu ajudei a construir.

Se pensam que tive tarefa fácil, por já estar há 36 anos neste pequeno «grande clube», enganam-se, tal e qual como quando comecei a ter atletas e a fazer estágios pela federação. Ainda hoje estou à espera que paguem as minhas deslocações e do atleta aos primeiros estágios que fizemos. E já lá vão vinte anos!

Tal como no Alfenense cheguei a ter alguns salários enterrados no clube e ainda tive directores que me fizeram a vida negra, mas, como os homens passam e o clube fica, fui-me ficando pelo grande clube sem subsídios, fui fiel a um só clube, sem ter histórias de outros clubes para mais tarde contar, porque, apesar de estar só num clube, teria muitas para contar!

Por exemplo, nos anos 1995 e 1996 tive um patrocínio da Adidas! Aqui tenho que agradecer ao Jorge Miguel o facto de ele e a Susana estarem ligados à Adidas, o que me deu uma ajuda. Em 1997 fiquei sem o patrocínio. Tentei através de outras pessoas arranjar um, o que ia acontecendo se não fossem os tais homens ditos directores do meu clube.

Conheci um vendedor de equipamentos de várias marcas desportivas e ele tinha uma casa de desporto em que vendia material dessas marcas. Falei com ele e pediu-me o currículo. Sem dúvida, através dele iria conseguir um bom contrato com a Diadora. Nessa altura, o contrato seria para dois anos, num valor de 400 contos. Mais uma vez será que pude contar com certos homens ligados ao Alfenense?

Ora, mais uma vez estes iriam desapontar-me, certo e direitinho. Ora vejam: para eu conseguir esse contrato, o Alfenense teria que justificar com um documento no valor de 18 contos com a Diadora portuguesa; esta por sua vez justificava o valor atrás com a Diadora mãe (italiana).

Claro que eu iria ficar rico, caso fizesse este contrato, e o Alfenense pobre – é a lei da vida. Ao fim de vinte anos no clube e com dois Jogos Olímpicos feitos pelo Alfenense, fez-se uma reunião de direcção mais o homem que me iria arranjar patrocínio, mas no fim, por causas que ainda hoje não entendo, ficou tudo em águas de bacalhau. Seria o facto de eu ir andar bem vestido e eles não que os estava a incomodar? Não sei.

Esta foi uma de muitas que me fizeram. No entanto, continuo por lá, até um destes dias. Sou contra vários atletas que mudam de um clube para outro por um simples sorriso, ou então acham que vão representar outro clube maior do que aquele que lhes deu a mão quando iniciaram a actividade.

Visto isto, tendo em conta o quanto fiz pelo Alfenense e por muitos atletas que passaram pelas minhas mãos, de certeza que faria o mesmo várias vezes.

Em jeito de rodapé, ao falar no Augusto não estou a esquecer-me dos outros atletas, mas foi por causa dele que eu comecei a fazer marcha atlética. E isso tenho a agradecer-lhe a ele.

José Magalhães

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

José Dias e Joaquim Graça no novo painel da AIFA

A AIFA anunciou hoje que os juízes internacionais de marcha José Dias e Joaquim Graça integram o nível mais alto do novo painel (2011-2014) de juízes da especialidade da federação internacional (nível III), após conhecidos os resultados do curso realizado em Paris, no fim do mês de Outubro.
É uma excelente notícia para a arbitragem portuguesa que, pela primeira vez, inclui dois elementos no restrito grupo dos melhores juízes de marcha do mundo, seleccionados após exaustivos e exigentes exames.
José Dias, juiz de categoria nacional, filiou-se em 1980 no Conselho de Arbitragem da Associação de Atletismo de Lisboa e integra o Grau A do painel nacional desde a sua constituição, em 1990, tendo ingressado no nível III do painel da AIFA em 1993.
Os Campeonatos Mundiais de Juniores, realizados em Lisboa, em 1994, constituíram a sua primeira actuação em competições organizadas pela AIFA. A sua nomeação para os Jogos Olímpicos de 2004 e 2008 foram os momentos mais altos da carreira na arbitragem. Avaliado em 1998, 2002, 2006 e agora, em 2010, sempre obteve aprovação.
Joaquim Graça, árbitro (oficial técnico nacional), também filiado no Conselho de Arbitragem da A.A. de Lisboa, desde 1996, ingressou no Grau A do painel nacional em 2003, e no ano passado participou em Leeds, com aprovação, na certificação levada a efeito pela Associação Europeia de Atletismo vendo o seu nome incluído, pela primeira vez, no painel de juízes de marcha de área (nível II da AIFA). Por, entretanto, ter-se classificado nos primeiros lugares da certificação de Leeds teve direito a candidatar-se à certificação para o painel de nível III, com o sucesso agora conhecido.
No panorama internacional actuou, em Junho deste ano, nos Campeonatos Ibero-americanos, em San Fernando, Cádiz, e também no Grande Prémio “Cantones de La Coruña”.

18.º Grande Prémio (e 10.ª Légua) das Galinheiras, 20 de Novembro

Consulte o regulamento do 18.º Grande Prémio (e 10.ª Légua) de Marcha Atlética das Galinheiras na secção de «Calendário», ao cimo da página.
Na secção «Estatística» encontra-se disponível o historial da competição.
Até ao momento (18.30 horas) é possível apurar 190 atletas inscritos, em representação de 27 clubes e oriundos de 11 distritos do país. Está prevista também a participação de duas equipas estrangeiras, uma espanhola e uma lituana.

FPA divulgou mínimos para competições nacionais em 2011

A Federação Portuguesa de Atletismo divulgou os mínimos de acesso para as principais provas de marcha do calendário federativo.

Para acederem aos Campeonatos Nacionais de pista coberta nas provas de 5.000 metros masculinos e 3.000 metros femininos, os atletas terão de obter as seguintes marcas: absolutos, 23.30/15.30, sub 23, 25.00/17.00, e juniores, 25.30/17.30.

Para os Campeonatos de Nacionais de pista ao ar livre, os mínimos exigidos serão os seguintes: 10.000m absolutos masculinos e femininos, 49.00/58.00, sub 23, 55.00/1.04.00, juniores, 57.00 (25.30 nos 5.000m)/1.06.00 (29.00 nos 5.000m), e nos 5.000 metros juvenis, 29.00/31.00.

Os mínimos serão idênticos aos estabelecidos para a época anterior, com excepção da prova masculina dos Campeonatos de Portugal (absolutos), agora facilitada a sua entrada em 30 segundos. De salientar que nos últimos campeonatos 24 atletas possuíam mínimos, 19 fizeram a sua inscrição e apenas 9 participaram. Em épocas não muito distantes os mínimos situaram-se na casa dos 22 minutos e foi maior a participação.

Será de lembrar que, num histórico recente, em 2008 e 2009, a federação tinha já facilitado o acesso ao conjunto das provas de marcha atlética dos seus campeonatos em 21 minutos.


Na Taça FPA de Marcha (pista), realizada desde 2000, é a segunda vez que serão estabelecidos mínimos que serão iguais aos da última edição. Serão, nos seniores, de 2.00.00 h nos 20.000 metros masculinos e de 1.12.00 nos 10.000 metros femininos, nos juniores, nos 10.000 metros, de 59.00 nos masculinos e de 1.14.00 nos femininos, e nos juvenis, nos 5.000 metros, de 36.00 nos masculinos e de 41.00 nos femininos.

Para uma competição de âmbito nacional como é o caso da Taça FPA, parece-nos, em certos casos, que os mínimos (a ser cumprida essa exigência, o que não se verificou em 2010 para 12 participantes) são demasiado acessíveis. Atente-se que num quilómetro, uma atleta juvenil pode marchar em mais de 8 minutos e uma atleta júnior ou sénior em mais de 7 minutos, o equivalente a uma caminhada mais apressada.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Centro Comunitário da Quinta do Conde organizou prova de marcha atlética

O Centro Comunitário da Quinta do Conde (Sesimbra) organizou, no dia 14 de Novembro, a IV milha urbana e incluiu no programa, pela primeira vez, uma prova de marcha atlética para ambos os sexos.
Fundado a 17 de Novembro de 1987, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos e tem mais de uma centena de trabalhadores a prestar apoio a meio milhar de famílias necessitadas.
Se bem que a participação na prova de marcha não tenha sido muito numerosa neste primeiro ano de lançamento, é de louvar a iniciativa.
No sector masculino Nuno Santos (C.F. “Os Belenenses”) triunfou com o tempo de 7.25, Pedro Santos (CP Corroios) foi o segundo com 7.34, seguido de Carlos Paiva (CA Galinheiras) com 8.01. No sector feminino, saiu vitoriosa Ana Silva, atleta da Casa do Povo de Corroios, com 8.36.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Apresentação de Brian Hanley na conferência de Leeds

O blogue "O Marchador" publica na secção "Técnica" (ao cimo da página) a apresentação de Brian Hanley na 1.ª Conferência Europeia de Marcha Atlética, realizada em Leeds, nos dias 5 a 7 de Novembro.
Brian Hanley é um especialista em biomecânica a desenvolver investigação na Universidade de Leeds (Inglaterra), onde tem levado a cabo estudos profundos de aplicação desse domínio científico à marcha atlética. Esses estudos têm incluído numerosos testes com atletas em laboratório, além de investigações associadas às Taças da Europa de Marcha de 2007 e 2009, à Taça do Mundo de Marcha de 2008 e aos europeus de atletismo deste ano.

Francisco Reis outra vez nos lugares de honra

Francisco Reis classificou-se na segunda posição no Grande Prémio de Monks Hill, que teve lugar em South Croydon, Surrey, Inglaterra, a 13 de Novembro.

O ex-internacional português, que representa o Ilford AC, percorreu as sete milhas da prova (11.263 metros) em 55.09 m, chegando à meta apenas oito segundos depois de Mark Easton, atleta do Surrey WC, clube organizador, e à frente do seu colega de equipa, Steve Uttley (1.00.21).

Reis, que demonstrou estar a atravessar um excelente apuro de forma, referiu as difíceis condições do percurso, um "sobe-e-desce”.

A prova feminina, realizada na mesma distância, foi ganha pela júnior Kelsea Howard, do Tonbridge AC, com 1.00.21 h.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Apresentação de João Vieira em jornada técnica

O blogue "O Marchador" publica na secção "Técnica" (ao cimo da página) a apresentação de João Vieira nas Jornadas Técnicas de Marcha Atlética realizadas em Leiria, no dia 13 de Novembro de 2010.

O marchador, ingressado recentemente no Sporting Clube de Portugal, é o responsável pelo seu próprio programa de treinos desde 2006 e relata a sua preparação para os 20 km marcha dos Campeonatos da Europa de Barcelona onde obteve a medalha de bronze.

Galinheiras faz 18.º grande prémio

O Centro de Atletismo das Galinheiras leva a efeito, dia 20 de Novembro, a 18.ª edição do grande prémio de marcha atlética (10.ª légua). O programa tem início às 14h00, com as provas de benjamins masculinos e femininos de 1 km. Todas as provas são realizadas na pista “Prof. Mário Moniz Pereira”, na Alta de Lisboa.
De acordo com o regulamento (ver secção “Calendário”, ao cimo da página), haverá prémios individuais para os dez primeiros de cada escalão, um prémio especial com o nome do dinamizador da iniciativa, José Henriques, para os melhores tecnicistas (benjamins e infantis), prémios-surpresas para os participantes na prova especial para deficientes e taças para as dez primeiras equipas da geral colectiva.
A entrega dos prémios decorrerá, como habitualmente, na sede do clube organizador, sendo servido um beberete.
Esta edição da prova serve de reconhecimento à ex-atleta Luísa Morais, que competiu pelo clube no período de 1987 a 1994 e fez parte das equipas que alcançaram os títulos nacionais de seniores femininos de marcha atlética em 1991 (Santa Maria da Feira) e 1992 (Rio Maior).
Como sempre, esta iniciativa só é possível dada a determinação de José Henriques (na foto), presidente e treinador do clube, cujo empenho tem permitido oferecer aos jovens daquele bairro lisboeta oportunidades de salutar prática desportiva.
Curiosamente, José Henriques, recorde-se, foi especialista do salto com vara na década de 60, em representação do Sport Lisboa e Benfica, e enquanto atleta um dos seus maiores feitos ocorreu no dia 7 de Agosto de 1966, em Lisboa (Estádio Nacional), ao estabelecer um novo recorde de Portugal na especialidade, com 4,10 m.
Este blogue disponibiliza na secção «Estatística» o historial da competição, de 1985 a 2009.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

FPA anunciou locais para competições nacionais em 2011

A Federação Portuguesa de Atletismo divulgou no seu portal a maior parte dos locais onde se realizarão as principais provas do calendário federativo.

Janeiro e Fevereiro serão os meses em que a pista coberta entrará em acção e a marcha terá assento com as provas de 5.000 metros (masculinos) e de 3.000 metros (femininos).

A grande questão de momento prende-se com a incerteza da utilização da Nave Desportiva de Espinho para os Nacionais de Juniores (22-23/1), para uma das fases de apuramento dos Nacionais de Clubes (29-30/1) e para a final do Campeonato de Clubes (12-13/2), devido à provável realização no local de um megajulgamento de um caso de alegadas burlas a seguradoras, envolvendo 43 arguidos.

Tudo parece indicar que as referidas provas se transfiram para a pista da Expocentro, em Pombal, a par da já anunciada realização no local de outra das fases de apuramento dos Nacionais de Clubes (29-30/1), do Nacional de Sub-23 (5-6/2) e dos Campeonatos de Portugal (26-27/2).

No dia 19 de Fevereiro serão realizados na Batalha os Campeonatos de Portugal de Marcha Atlética (estrada), anunciados no blogue na sexta-feira, logo que oficialmente divulgados pela FPA.

Em relação às provas de pista ao ar livre, teremos as fases de apuramento dos Campeonatos de Clubes em Braga, Leiria e Lisboa (28-29/5), os Nacionais de Juvenis em Leiria (18-19/6), a final das I e II Divisões na Covilhã (25-26/6), os Nacionais de Sub-23 em Guimarães (2-3/7), os Nacionais de Juniores e os Campeonatos de Portugal, ambos em Lisboa, no Estádio Universitário, a 9-10/7 e 30-31/7, respectivamente.

Sem locais ainda definidos estão a Taça FPA de Marcha (8/5), os Nacionais de Clubes da III Divisão (25-26/6) e a Final Nacional do Olímpico Jovem (4-5/6).

A propósito do Olímpico Jovem Nacional, importante manifestação desportiva nacional no âmbito dos escalões de iniciados e juvenis, espera-se, com expectativa, pelo anúncio do programa-horário e que a FPA decida, sensatamente, pela reinclusão da prova de marcha de iniciados (a par da prova de juvenis) no programa competitivo.

AIFA ratifica máximo mundial de juniores

O anterior máximo mundial (38.28) pertencia ao russo Stanislav Emelyanov, actual campeão europeu dos 20 km (nascido em 1990), desde 19 de Setembro de 1999, igualmente estabelecido numa final do Challenge, realizada em Saransk, Rússia, e na qual foi 2.º classificado.
A marca de 37.44 m registada a 18 de Setembro de 2010 pelo atleta júnior chinês Zhen Wang (na foto ao centro – nascido em 1991), durante a final do Challenge da AIFA (prova de 10 km marcha, que venceu), foi ratificada pela Associação de Federações Internacionais de Atletismo como recorde mundial da distância.
Wang competiu este ano nos 20 km de Rio Maior, classificando-se em 3.º lugar com 1.20.42 h, e no ano passado, em Jinan (China), obteve 3.53.00 h nos 50 km!
Para se homologar um recorde do mundo de uma prova de marcha realizada em estrada é necessário, entre outros requisitos, que três dos juízes de marcha pertençam ao painel internacional (nível II ou III da AIFA) e que o circuito da competição seja medido e remedido por um medidor de grau A ou B, reconhecido pela AIFA/AIMS.

domingo, 14 de novembro de 2010

Lisboa forma juízes de marcha

O Conselho de Arbitragem da Associação de Atletismo de Lisboa vai realizar a 19 e 20 de Novembro, em Lisboa, nas instalações da pista “Mário Moniz Pereira”, um curso de formação de juízes de marcha para acesso ao painel da especialidade. A iniciativa é dirigida aos juízes de atletismo da AAL, prevendo-se a participação de juízes de outras associações. O curso terá prelecções a cargo de José Dias, Luís Dias e Joaquim Graça, igualmente avaliadores.
A avaliação terá por base um exame escrito (30 pontos), um exame oral (20 pontos) e um exame prático (50 pontos), este último integrado no 18.º Grande Prémio das Galinheiras.

sábado, 13 de novembro de 2010

Guilherme Jacinto - quando se pode ou deve começar algo?


Guilherme Jacinto, dedicado atleta veterano da Casa do Povo de Corroios, e assíduo participante nas provas de marcha, oferece aos leitores de “O Marchador” o relato de uma vivência de quase um quarto de século nas lides do atletismo.
Foto: Atletismo
Magazine
Como diz o provérbio, nunca é tarde para aprender ou começar alguma coisa. Assim se passou comigo em relação à marcha atlética, pois foi já aos 62 anos, mais ou menos, que se deu o início da minha presença na marcha. Mas vamos a um pequeno historial.

Hoje, a juventude reclama, e com razão, falta de condições, mas na minha juventude era bem pior. Eu, por exemplo, treinei futebol no clube da terra, mas apenas para servir de ginásio, o que era raro na época. Era a minha preparação física, apenas porque futebol em mim não existia, não havia jeito algum. Pratiquei como amador ciclismo, mas treinar durante a semana, ao sábado borga e corrida ao domingo, situações incompatíveis. Os anos passaram, profissionalmente estive sempre bem, fui evoluindo sempre. Surgem casamento e dois filhos. São esses dois pequenos seres que, já com algum peso, são meus colegas na ginástica e me empurram para o atletismo, tinha eu já 40 anos de idade.

Depois de apanhar o bichinho fiquei só, porque os meus amiguinhos abandonaram a corrida. Mas, pronto, fui evoluindo até fazer a «meia» em 1 hora e 13 minutos e a maratona em 2 horas e 48 minutos. Aos 48 anos surge uma operação ao estômago, que fez com que parasse por uns meses. Fui operado em Março mas em Setembro fiz a corrida do «Avante!» (Loures-Odivelas-Loures). Correu bem mas no ano seguinte fiz menos 15 minutos na mesma prova. E muitos bons resultados vieram seguidamente.

Alguns anos mais tarde, por motivos psíquicos (o pior tempo da minha vida), tive que abandonar.

Estamos quase a chegar à marcha.

Quando há muita força e bons amigos consegue-se dar a volta por cima das más situações, e é ao dar essa volta que sinto vontade de voltar. Ao recomeçar a preparação física na pista da Sobreda vou encontrar velhos amigos que me entusiasmam e o que eu julgava que iria ser apenas manutenção passou a ser competição quase contínua. Pisei muitos pódios já com mais de 60 anos e ainda hoje se vai pisando alguns.

E é nesta altura que o meu grande amigo Francisco Rodrigues, ao saber que eu já andava a correr outra vez, me chamou para a Casa do Povo de Corroios. Tu vais correr aqui e vais colaborar com o Mário Rato, pois o Rato e eu já nos conhecíamos há muitos anos. Foi um prazer satisfazer esse pedido do Rodrigues.

Mas, claro, escusado será dizer, qualquer atleta que se aproxime do Mário Rato tem que ver se tem jeito para a marcha, é obrigatório. Convenceu-me, comecei com dedicação e empenho, mas sem deixar a corrida, simultaneamente ia praticando as duas modalidades.

É aos 63 anos que faço a primeira prova de marcha, na linda cidade alentejana de Grândola: 5000 m em 39 minutos, sem faltas. No ano seguinte, no mesmo percurso, faço em 29 minutos. Quem gosta não para – eu ainda cá ando.

Em 2005, europeus de estrada em Vila Real de S. António, medalha de prata nos 10.000 metros, com o tempo de 56.48 m, no dia seguinte fiz a meia-maratona (6.º classificado). No mesmo ano, mundiais de San Sebastian, pela primeira vez 20 km, em duas horas. Na última volta era 3.º, mas perdi dois lugares até à chegada. Mesmo assim fiquei dois lugares à frente do medalha de ouro de M60. Foi nesse ano que passei a ser M65. Já tinha feito os 5000 metros em pista (9.º, 27.45 m), também fiz 10.000 m corrida em pista (7.º, 41 minutos). Foi o meu grande amigo Armando Aldegalega o medalha de prata.

A nível nacional, em provas do Inatel, passei a ser campeão nacional em todas as distâncias em que participei como M65, batendo todos os recordes das mesmas distâncias.

Em 2007, mundiais de Riccione. Estava muito bem, mas uma massagem mal sucedida activou a dor ciática e as coisas correram pior do que julgava. Nos 5000 m, 5.º lugar, com 28 minutos; nos 10.000 m, 6.º, 59.52 m; e nos 20 km, aos treze desisti. Foi a minha primeira desistência, mas a ciática não quis que fosse além.

Ano de 2008: duas vezes operado à coluna. E aqui vamos em frente! Agora M70, já campeão em algumas distâncias e com recordes batidos. Já pensei parar mas, quando a época começa, a vontade de continuar também. No entanto, quando um dia parar, olharei para trás e direi: gostei, foi muito bom e ganhei mais um grande grupo de amigos, a juntar a muitos outros que já cá estavam. Obrigado!

Guilherme Teotónio Jacinto