terça-feira, 31 de agosto de 2021

Gabrielly dos Santos e João Magalhães conquistaram títulos no Brasileiro de Atletismo Sub-18

Marchadores no Campeonato Brasileiro de Atletismo Sub-18 em São Paulo.
Fotos: Carol Coelho/CBAt. Montagem: O Marchador

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) levou a efeito este fim-de-semana, em São Paulo, o Campeonato Brasileiro de Atletismo Sub-18, que contou com a participação de 718 atletas, em representação de 131 clubes provenientes de 22 Estados e do Distrito Federal.

Nos 5.000 m marcha femininos, realizados na tarde de sábado (28), a atleta do Paraná, Gabrielly Cristina dos Santos, do PM Colombo-PR, confirmou o favoritismo que lhe era apontada à partida, vencendo com um recorde pessoal de 25:54.50, seguida de Thaliane Janaína Miranda da Cruz, também do PM Colombo-PR, com 26:58:83, e de Gabrielly Pereira Neves, do CASO-DF, com 27:18.22. Das 11 atletas participantes, 9 terminaram e 2 foram desclassificadas, com 4 faltas, à luz da regra 54.7.5 do RT.

Nos 10.000 m marcha masculinos, que abriram o programa da jornada matinal de domingo (29), os três primeiros concluíram a prova com tempos abaixo dos 48 minutos e entre o primeiro e terceiro classificados houve uma diferença de apenas 15 segundos. Terminaram todos os 11 atletas que alinharam à partida.

Assim, João Victor Silva Magalhães, do CASO-DF, obteve a medalha de ouro, com um recorde pessoal de 47:29.77, seguido de Otavio Vicente, do Corville-SC, com 47:34.49, e de João Oliveira, da AMDM-CE, com 47:44.89.

No próximo fim-de-semana já está agendada outra importante competição do campeonato brasileiro nas categorias jovens, o Campeonato Sub-23, que terá lugar em Bragança Paulista (São Paulo), seletivo para o Campeonato Sul-americano da referida categoria, a disputar-se em Georgetown, na Guiana, nos dias 8 e 9 de outubro próximo.

Fonte: Assessoria de Comunicação da CBAt

Classificações
5.000 m femininos - 28/8
1.ª, Gabrielly Cristina dos Santos, 2004 (P M Colombo - PR), 25.54.50
2.ª, Thaliane Janaina Miranda da Cruz, 2005 (P M Colombo - PR), 26.58.83
3.ª, Gabrielly Pereira Neves, 2005 (CASO - DF), 27.18.22
4.ª, Josefa Raiane da Silva Costa, 2006 (AERO - RN), 28.17.88
5.ª, Nicolle Monteiro Costa, 2005 (Geração Atletismo Cianorte - PR), 28.33.71
6.ª, Tianny de Jesus dos Santos, 2004 (CASO - DF), 29.33.49
7.ª, Kaylane da Silva Santana, 2004 (Associação Fortes e Velozes - RJ), 30.34.56
8.ª, Geovana Maiochi Vieira, 2005 (Geração Atletismo Cianorte - PR), 30.43.76
9.ª, Maria Clara Silva Vieira, 2005 (Sport Club do Recife - PE), 32.08.98
Desclassificadas: Julia Stephany Ramos Rodrigues, 2005 (ORCAMPI - SP) e Tayna Lima da Silva, 2006 (GE Alata Velecidade - SP).

10.000 m masculinos - 29/8
1.º, Joao Victor Silva Magalhaes, 2004 (CASO - DF), 47.29.77
2.º, Otavio Henrique Vicente, 2004 (Corville - SC), 47.34.49
3.º, Joao Paulo Nobre De Oliveira, 2005 (AMDM - CE), 47.44.89
4.º, Micael Reichert Fernandes, 2004 (AABLU - SC), 49.38.56
5.º, Kaua Lucas Gasparin, 2005 (P M Colombo - PR), 52.06.00
6.º, Paulo Kennedy Rodrigues Dos Santos, 2004 (AMDM - CE), 52.55.33
7.º, Emanuel Pereira de Sena, 2005 (CASO - DF), 53.28.80
8.º, Caue Rodrigues Brasilio, 2004 (LUASA - SP), 54.43.86
9.º, Klaubert Emanoel Ferreira de Franca, 2005 (CASO - DF), 54.44.02
10.º, Wellington Kaua Costa Ramos, 2004 (P M Colombo - PR), 55.08.69
11.º, Santiago David Gonzalez Urbina, 2005 (CASO - DF), 55.38.77

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Jarkko Kinnunen põe fim à carreira competitiva

Jarkko Kinnunen nos 50 km dos Jogos Olímpicos de Tóquio e nos Jogos Kaleva,
em Tampere. Fotos:  Yleisurheil e Yle/Tomi Hänninen. Montagem: O Marchador

O marchador finlandês Jarkko Kinnunen despediu-se das grandes competições internacionais ao terminar em Sapporo a prova de 50 km marcha dos recentes Jogos Olímpicos de Tóquio. Para o atleta de 37 anos, a provável última prova de 50 km da história olímpica foi também a sua derradeira competição ao mais alto nível.

Regressado do Japão, Kinnunen tinha ainda duas provas para realizar antes de, definitivamente, pôr fim a carreira competitiva: a última prova no seu país – os 20 km dos Jogos Kaleva, em Tampere, na passada semana – e uma competição no estrangeiro, em Estocolmo (Suécia), no início de setembro. Em Tampere, a competição não correu da melhor maneira, com uma desclassificação a 200 metros da meta que deixou o atleta desapontado. Falta agora a prova na capital sueca, onde se deseja um resultado mais de acordo com o valor da carreira desportiva do marchador finlandês.

Jarkko Kinnunen tem registado presença regular nas grandes competições internacionais nos últimos 15 anos, marcando quatro presenças em campeonatos europeus de atletismo, sete em mundiais e quatro em Jogos Olímpicos – todas em 50 km marcha.

Tendo-se notabilizado nessa distância mais longa do programa olímpico do atletismo, Kinnunen detém nos 50 km um recorde pessoal de 3.46.25 h, marca averbada nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, naquele que é o único máximo pessoal do atleta obtido fora do seu país. De resto, a prova londrina de Jarkko Kinnunen teve ainda outro aspecto significativo: foi precedida de um período de três semanas em que o atleta teve de sujeitar-se a um tratamento com antibióticos para combater um problema de saúde e que lhe condicionou o apuramento da forma física para o mais importante compromisso desportivo daquele ano.

Treinado desde 2016 por Valentin Kononen, figura notável da marcha da Finlândia da década de 1990, Jarkko Kinnunen é um dos prejudicados pela decisão de excluir os 50 km marcha do programa olímpico (e, por consequência, também das principais competições internacionais de atletismo). E essa nova realidade da marcha internacional poderá ter acelerado uma decisão que o atleta afirma ter sido difícil de tomar: «Em parte, a decisão foi baseada na exclusão dos 50 km das grandes competições internacionais», afirmou em entrevista recente, publicada no «site» da Federação Finlandesa de Atletismo.

Mas se o recorde pessoal dos 50 km foi alcançado nos Jogos Olímpicos de 2012, já a melhor classificação ao mais alto nível internacional foi obtida na prova da distância longa dos mundiais de atletismo de 2009, em Berlim, ocasião em que se classificou no oitavo lugar.

Formado desde 2017 em Ciências do Exercício e da Saúde, Jarkko Kinnunen poderá agora abraçar a carreira de professor. Uma actividade em que poderá pôr em prática um exemplo que teve na juventude, conforme assinalou na mesma entrevista: «No ensino secundário, tive um professor de Educação Física tão bom, Juhani Koivula, que por vezes senti impulso para vir a ser um professor motivador como ele era. Ainda enquanto atleta fiz algumas substituições de colegas com baixa médica e agora estou colocado em Kangasala durante dois meses», disse Kinnunen, num momento de transição para uma nova actividade profissional, na qual não lhe falta um modelo de referência.

O ensino poderá, assim, ganhar um grande professor, mas a marcha atlética deixa de contar com um atleta que tem sido um exemplo de dedicação e empenho, de determinação na luta por objectivos e de resistência nos momentos em que teve de enfrentar graves problemas de lesão, que lhe limitaram a capacidade competitiva ao longo de toda a vida desportiva.

Oxalá o futuro na área do ensino e do desporto lhe permita descobrir talentos como ele próprio foi ao longo de todos estes anos! Pela parte do blogue «O Marchador», subscrevemos a mensagem que muitos atletas levavam escrita nas costas durante a prova de Tampere da semana passada: «Kiitos, Jarkko!»

domingo, 29 de agosto de 2021

Amit Khatri, o primeiro marchador indiano a subir ao pódio de um grande evento mundial

Amit Khatri à chegada ao Aeroporto Internacional Indira Gandhi, em Nova Deli, em
Nairobi quando da competição e com o seu treinador Chandan Singh. Fotos: India Today,
IGs Amit Khatri e Chandan Singh e streaming WA. Montagem: O Marchador

Hoje destacamos, aqui, a figura de um jovem atleta indiano, de seu nome Amit Khatri, que esteve em plano de grande destaque nos Campeonatos Mundiais de Atletismo Sub-20, recentemente disputados em Nairobi, no Quénia, ao conquistar a medalha de prata na prova dos 10.000 metros marcha, o primeiro grande feito de um especialista da Índia em grandes competições internacionais.

Evidentemente, Amit, de 17 anos de idade, nascido a 25 de dezembro de 2003, em Ismaila, Rohtak, no distrito de Haryana, era o detentor da melhor marca mundial do ano na categoria Sub-20, estabelecida no decorrer da Taça Nacional de Sub-20, que se realizou em Bhopal, no mês de janeiro, com o recorde nacional na categoria de 40:40.97, mas também é certo que era a sua primeira experiência internacional.

Não negou que o seu principal objetivo fosse a medalha de ouro, mas algumas dificuldades respiratórias sentidas pelo efeito do clima (Nairobi está a uma altitude de 1800 metros) e a sua inexperiência neste género de competições – nas últimas centenas de metros foi buscar à zona de refrescamento uma garrafa de água e isso, de certa forma, fê-lo desviar do foco principal e permitir um ligeiro afastamento do queniano Wanyonyi, que se revelaria decisivo para a conquista por este da medalha de ouro. Foi prudente em não arriscar apanhá-lo de modo a não sofrer penalizações dos juízes de marcha, como o próprio referiu, e assim, alcançou a medalha de prata, o que o deixou muito orgulhoso e feliz.

O seu treinador, Chandan Singh, já solicitou às entidades desportivas da India que o atleta fosse incluído no programa especial de preparação olímpica, programa estatal que financia os melhores atletas do país (no ano passado foi alargado aos melhores atleta Sub-20) pois, na sua opinião, Amit reúne condições para ser, nos próximos anos, um dos melhores especialistas mundiais, mas necessitará de patrocínios com vista ao seu próximo grande objetivo, que é de prepará-lo para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, na distância dos 20 km.

Um dos seus ídolos, o compatriota Neeraj Chopra, que obteve a também histórica medalha de ouro para a India na prova do lançamento do dardo dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no qual Amit se inspirou para conseguir a medalha, felicitou-o pela proeza.

sábado, 28 de agosto de 2021

Aleksi Ojala e Anniina Kivimäki repetem vitórias nos «Kaleva Games» em Tampere

Aleksi Ojala, Anniina Kivimäki e os pódios do evento em Tampere.
Fotos: Yleisurheilu, IG Anniina Kivimäki e IG Sajan Irincheev
Montagem: O Marchador

Como já sucedido em 2020 nos «Kaleva Games», Aleksi Ojala, do Urjalan Urheilijoiden e Anniina Kivimäki, do Lapuan Virkiän, sagraram-se vencedores das provas de marcha disputadas esta quinta-feira (dia 26) e incluídas no programa da edição do evento que decorre em Tampere (26 a 29/8).

Num circuito instalado em Laukontori, na parte sul da cidade de Tampere, Aleksi Ojala, medalha de prata no europeu de Podebrady e participante nos Jogos Olímpicos de Tóquio/Sapporo, ambos as competições sobre 50 km, foi um destacado vencedor dos 20 km masculinos com 1:23:29, marca que dista apenas 13 segundos do seu melhor (1:23:16 em Seinäjoki-2017), registando parciais em cada 10 km de 41:32 e 41:57.

Ainda nos masculinos, Joni Hava, atleta sub-23 do Espoon Tapiot, foi o segundo classificado, com 1:28:23, e o seu colega de clube, Sajan Irincheev, de apenas 17 anos de idade, foi o terceiro, com 1:30:42, que por 1 segundo bateu o recorde nacional sub-18 (anterior, 1.30.43 de Aku Partanen em Tampere-2008). Participaram 6 atletas, entre os quais Jarkko Kinnunen, deu por finalizada uma longa e expressiva carreira desportiva.

Nos femininos, sobre 10 km, 5 segundos separaram as atletas do pódio, com a sub-23 Anniina Kivimäki a obter a marca de 46:55, melhorando os seus registos em estrada (48:31 em Lappeenranta-2019) e também em pista (47:11.84 em Turku-2020). Na segunda posição entrou a sub-20 Heta Veikkola, Lapuan Virkiä, também com um recorde pessoal de 46:57, e na terceira a campeã nacional de 20 km, Elisa Neuvonen, com 47:00. Participaram 9 atletas.

Classificações
20 km masculinos
1.º, Aleksi Ojala, 1992 (Urjalan Urheilijat), 1:23:29
2.º, Joni Hava, 1992 (Espoon Tapiot), 1:28:23
3.º, Sajan Irincheev, 2004 (Espoon Tapiot), 1:30:42
4.º, Lauri Joukas, 2001 (Yläneen Kiri), 1:38:30
Desclassificados: Matias Korpela, 1989 (Turun Urheiluliitto) e Jarkko Kinnunen, 1984 (Jalasjärven Jalas).

10 km femininos
1.ª, Anniina Kivimäki, 1999 (Lapuan Virkiä), 46:55
2.ª, Heta Veikkola, 2003 (Lapuan Virkiä), 46:57
3.ª, Elisa Neuvonen, 1991 (Lappeenrannan Urheilu-Miehet), 47:00
4.ª, Elina Heikkinen, 1997 (Oulun Pyrintö), 50:01
5.ª, Venla Laiho, 1995 (Laitilan Jyske), 50:32
6.ª, Ellen Seisto, 2003 (Espoon Tapiot), 52:44
7.ª, Aliisa Kiiski, 2005 (Karhulan Katajaiset), 52:48
8.ª, Venla-Nora Nirkkonen, 2001 (Turun Weikot Yleisurheilu), 54:21
Desclassificada: Tiia Kuikka, 1994 (Lappeenrannan Urheilu-Miehet).

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Campeonatos Masters Bálticos e da Letónia, em Ventspils (resultados)

Marchadores da Letónia, Normunds Ivzāns, Modra Ignate e (em cima) Baiba Frišenbrūdere.
.Fotos (arquivo) de Guntis Bērziņš e Edgars Vaivads e fb Minka Frišā Baiba.
Montagem: O Marchador

Em Ventspils, cidade portuária da Letónia situada no noroeste do país e banhada pelo Mar Báltico, teve lugar a oitava edição dos Campeonatos Bálticos de Atletismo Veterano, evento que se disputou em simultâneo com os campeonatos nacionais de veteranos em pista, estes em 7.ª edição (21/22-8).

As provas de marcha sobre 5.000 metros para masculinos e femininos abriram o programa de domingo (22) e tiveram como vencedores absolutos, nos masculinos, Normunds Ivzāns, atleta M45 que obteve o seu melhor registo em pista com 21:17,10, e nos femininos, Modra Ignate, W35, com 25:23.36, ambos atletas da Letónia.

Na ordem de chegada à meta classificaram-se nas segunda e terceiras posições, nos masculinos, Aleksei Terestsenkov, M55 da Estónia, com 26:58.92, e Modris Liepiņš, M50 da Letónia, com 27:54.51, atleta que participou nos Jogos Olímpicos de Atlanta-1996 e Sydney-2000, e nos femininos, as letãs Baiba Frišenbrūdere, W45, com 27:38.39, e Elīna Lāce, W35, com 28:30.40.

Os vencedores das categorias mais idosas foram Ignats Šimkins, do escalão etário masculino dos 85-89 anos, com 42:58.70, e Vaira Grigorjeva, do escalão feminino dos 70-75 anos, com 37:19.64.

Classificações
5.000 m masculinos - geral, camp. LAT, Camp. BALT
1.º, Normunds Ivzāns (LAT - Jēkabpils novads), 21:17,10 - M45
2.º, Aleksei Terestsenkov (EST - Estonia), 26:58.92 - M55
3.º, Modris Liepiņš (LAT - Lielais ciems), 27:54.51 - M50
4.º, Raivis Bērziņš (LAT - Gulbenes novads), 29:54.26 - M45
5.º, Valērijs Ādmidiņš (LAT - Rēzekne), 30:25.00 - M50
6.º, Valdis Ņilovs (LAT - Ogre), 30:26.45 - M45
7.º, Ilmārs Saulgriezis (LAT - Rīga), 30:37.37 - M60
8.º, Vladimirs Orehovs (LAT - Talsi), 31:20.32 - M70
9.º, Priit Manavald (EST - Estonia), 33:24.36 - M65
10.º, Didzis Kalniņš (LAT - Rīga), 34:08.80 - M50
11.º, Harijs Āboliņš (LAT - Gulbenes novads), 35:14.19 - M70
12.º, Raitis Lērme (LAT - Valmieras novads), 36:28.32 - M75
13.º, Guntis Balodis (LAT - Gulbenes novads), 37:06.32 - M70
14.º, Ēriks Jukāms (LAT - Kārķi), 37:52.00 - M65
15.º, Jānis Kaprālis (LAT - Ogre), 39:02.77 - M75
16.º, Alexis De Coppet (LAT - Rīga), 42:11.16 - M80
17.º, Ignats Šimkins (LAT - Daugavpils pilsetas), 42:58.70 - M85
18.º, Andrejs Vācietis (LAT - Gulbenes novads), 43:41.89 - M85
19.º, Zigfrīds Baumanis (LAT - Sigulda), 44:15.73 - M75

5.000 m femininos - geral, camp. LAT, Camp. BALT
1.ª, Modra Ignate (LAT - Lielais ciems), 25:23.36 - W35
2.ª, Baiba Frišenbrūdere (LAT - Tukums), 27:38.39 - W45
3.ª, Elīna Lāce (LAT - Lielais ciems), 28:30.40 - W35
4.ª, Vita Ormane (LAT - Līvāni), 29:36.92 - W40
5.ª, Ligija Cīrule (LAT - Tukums), 31:27.32 - W30
6.ª, Aija Rogāle (LAT - Jēkabpils novads), 31:54.60 - W50
7.ª, Lolita Spridzāne (LAT - Balvu novads), 35:41.26 - W50
8.ª, Rita Žuravļova (LAT - Ogre), 36:22.70 - W65
9.ª, Vaira Grigorjeva (LAT - Valmieras novads), 37:19.64 - W70
10.ª, Ņina Jurciņa (LAT - Gulbenes novads), 38:07.90 - W70
11.ª, Ludmila Tokareva (LAT - Daugavpils pilseta), 38:29.64 - W70
12.ª, Zinaīda Rācenāja (LAT - Madona), 38:35.16 - W75
13.ª, Gunta Buholce (LAT - Ventspils), 39:01.82 - W70
14.ª, Vera Grinberte (LAT - Daugavpils pilseta), 39:33.90 - W80
15.ª, Brigita De Coppet (LAT - Rīga), 40:06.70 - W75
16.ª, Dace Spridzāne (LAT - Balvu novads), 42:13.67 - W55

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Sofía Ramos Rodríguez na senda da tradição mexicana em medalhas de ouro nos Mundiais Sub-20

Em Nairobi, Sofía Ramos Rodríguez a celebrar o título mundial sub-20 e no pódio
com a medalha de ouro na companhia de Maële Biré-Heslouis e Eliška Martínková.
Fotos: World Athletics e INDE Nuevo León. Montagem: O Marchador

A jovem marchadora mexicana Sofía Elizabeth Ramos Rodríguez, nascida em Nuevo León, que venceu categoricamente a prova dos 10.000 metros marcha (pista) dos Campeonatos Mundiais de Atletismo na categoria Sub-20, disputados em Nairobi, no Quénia, honrou a bela tradição dos atletas mexicanos nos lugares de pódio dos grandes eventos internacionais.

Esta é a sétima medalha conquistada por marchadores mexicanos em Mundiais da categoria (quinta de ouro), sucedendo a Alegna González, outra das grandes promessas da marcha feminina mexicana e que há três anos, em Tampere, na Finlândia, arrecadou a medalha de ouro nos Sub-20 e agora, nos Jogos Olímpicos, esteve em posição de grande destaque ao ser quinta nos 20 km marcha.

As primeiras palavras de Sofía Ramos Rodríguez os órgãos de comunicação social após a sua vitória, foi para a sua mãe, em sinal de gratidão, pois foi ela que, literalmente, a obrigou a seguir a carreira da marcha atlética e agora, naturalmente, se sente muito feliz. A treinar no Centro de Alto Rendimento do México, um dos melhores da América latina, recebendo uma bolsa de estudos do Instituto Estadual de Cultura Física e Desporto de Nuevo León, tem como próximos objetivos a participação nos Jogos Panamericanos Sub-20, em novembro, e no Mundial de Seleções de Marcha, no próximo ano, em Omã.

Sofía Ramos Rodríguez, que nos últimos Jogos Olímpicos da Juventude, disputados em 2018, na cidade de Buenos Aires, sagrou-se vice-campeã, é treinada por Ignacio Zamudio Cruz, coordenador nacional da especialidade, que exerce a sua atividade na Comissão Nacional de Cultura Física e Desporto (CONADE) e que, este ano, incrementou um projeto de análise sobre a possibilidade de se voltar a trabalhar com as escolas, desde o ensino básico, num processo de deteção de talentos e respetivo desenvolvimento na área da marcha atlética.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Ionut Acín sagra-se campeão mundial de Surdos em Lublin

Em Lublin, os marchadores Bakhtiyar Kassenov (2.º), Edwin Terer (3.º) e Ionut Acín (1.º).
Fotos: LOC World Deaf Athletics Championships - Lublin 2021
Montagem: O Marchador

O espanhol Ionut Antonio Acín Hernández obteve ontem de manhã (24/8) em Lublin, na Polónia, o título mundial de 10.000 metros marcha masculinos, prova integrada na quarta edição dos Campeonatos do Mundo de Atletismo para Surdos que decorre de 23 a 28 do corrente mês no âmbito do Comité Internacional de Desportos para Surdos e numa organização local da Associação de Desportos para Surdos da Polónia.

Sob intensa chuva, vento e a temperatura a rondar os 13 graus Celsius, Acín evidenciou clara superioridade sobre os demais concorrentes, sendo cronometrado em 53:54.58 após cumpridas as 25 voltas à pista.

Nas posições imediatas da prova participada por cinco atletas de quatro países, enraram o cazaque Bakhtiyar Kassenov, com 1:03:23.54, e o queniano Edwin Terer, em grande dificuldade, com 1:31:35.54.

Não houve participantes na prova feminina prevista para a mesma hora e na mesma distância, apesar de terem havido atletas inscritos quando da fase preliminar.

As edições anteriores dos campeonatos mundiais em pista ao ar livre tiveram lugar em Izmir-TUR/2008, Toronto-CAN/2012 e Stara Zagora-BUL/2016.

Classificação
10.000 m masculinos
1.º, Ionut Antonio Acín Hernández, 1996 (ESP - Espanha), 53:54.58
2.º, Bakhtiyar Kassenov, 1984 (KAZ - Cazaquistão), 1:03:23.54
3.º, Edwin Kipngeno Terer, 1999 (KEN - Quénia), 1:31:35.54
Desistentes: Tomasz Gawronski, 1992 (POL - Polónia) e David Njeru Muriuki, 1972 (KEN - Quénia).

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Queniano Heristone Wanyonyi fez história no Mundial Sub-20

O campeão mundial sub-20 Nairobi-2021, Heristone Wanyonyi.
Fotos: Streaming WA e Sport News Africa. Montagem: O Marchador

Foi de todo surpreendente a vitória do jovem queniano, de 18 anos de idade, Wanyonyi, que não era o favorito (longe disso) dos 10.000 metros marcha dos Campeonatos Mundiais Sub-20, realizados no Moi International Sports Center, no Estádio Kasarany, em Nairobi, numa fresca manhã de sábado, obtendo a medalha de ouro, a primeira de qualquer queniano, ou mesmo do continente africano, num campeonato mundial de Sub-20, Sub-18 ou Sénior.

Recorde-se que Wanyonyi superou-se aos favoritos, os russos Pyanzin e Gramachkov, e o indiano Amit que partira com a melhor marca mundial do ano na distância. Aproveitando o facto deste, na fase final da prova, ter que se desviar até à pista 5 para ir buscar uma garrafa de água à zona de refrescamento, o atleta queniano acelerou e não se deixou mais apanhar, obtendo a marca de 42:10.84, mais 10 segundo que o indiano e mais 16 segundos que o campeão europeu da categoria, o espanhol Paul Mcgrath.

Heristone Wanyonyi confessou após a prova que se sentia nas nuvens ao ser o primeiro queniano a ganhar uma prova de marcha nuns mundiais inspirando-se, contou ele, no seu compatriota Samuel Gathimba, crónico campeão africano dos 20 km marcha. Estudante do ensino secundário, foi bicampeão dos Jogos Escolares, sucedendo a outro jovem valor queniano, Dominic Ndigiti, outro dos nomes que o inspirou, e que conquistou a medalha de bronze nos Mundiais Sub-18, há quatro anos, precisamente na mesma pista.

O professor Edward Moti foi quem o aconselhou a enveredar pela carreira da marcha atlética. Com as dicas dadas sobre a técnica desta especialidade e ainda o recurso a vídeos no Youtube, o jovem Wanyonyi entusiasmou-se e com a sua força de vontade e empenho conseguiu este extraordinário resultado alargando ainda mais a característica universal da marcha atlética, incentivando e apelando a que os estudantes adiram à especialidade num país que é conhecido essencialmente pelos grandes sucessos à escala mundial no meio-fundo e fundo.

O ouro de Wanyonyi permite-lhe pensar numa carreira ao mais alto nível no escalão sénior, com os horizontes voltados para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. A curto prazo terá ainda a possibilidade de participar nos próximos Mundiais Sub-20, em Cali, na Colômbia, no próximo ano e, quem sabe, perante o seu público, em 2025 ou 2027, caso a candidatura apresentada para sediar uns Mundiais de Atletismo seja bem-sucedida no seio da World Athletics.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Campeonatos Masters da Suécia, em Lund (resultados)

Os participantes nas principais provas dos campeonatos masters de marcha em Lund.
Fotos: fb Anders Wahlström. Montagem: O Marchador

A cidade sueca de Lund, situada no sudoeste do país e na província da Escânia, recebeu os campeonatos nacionais masters de marcha 2021, com provas no sábado (21/8) em estrada, no Råbysjöpark, e no domingo (22/8) em pista, no Centrala IP.

No sábado, Christer Svensson, M50, e Monica Svensson, W40, ambos do Växjö AIS, foram os primeiros a cortar a meta, ele nos 10 km, com 56:19, e ela nos 5 km, com 26.03. Os segundo e terceiro classificados na geral absoluta foram, nos masculinos, o dinamarquês (extra) Thomas Christensen (M50, Phønix/VI39 Kapgang, 56.51) e Anders Wahlström (M55, Södra Ölands GK, 58.09).

No domingo, Christer Svensson voltou a ser o mais rápido, com 24:01,3 nos 5.000 metros, o mesmo não sucedendo a Monica (desclassificada), sendo Ellinor Hogrell, atleta W50 do Mälarhöjdens IK, a primeira na meta com 18:09,0 nos 3.000 metros. Na ordem imediata de chegada entraram Anders Wahlström (M55, 28.20.5) e Ulf-Peter Sjöholm (M55, Växjö AIS, 29.32.8) nos masculinos, e Diana Forsgren Ottosson (W55, IFK Sala, 18.24.8) e Sima Zahrai (W55, Föreningen för barn & ungdomars hälsa, 23.52.5) nos femininos.

Referência para os concorrentes mais idosos, nos masculinos, Ingvar Nilsson, da categoria M85 (5 km, 42:16/3.000 m, 24:52,0), e nos femininos, Brita Malmström, W75, (5 km, 43:19/3.000 m, 25:43,0).

O programa incluiu ainda várias outras provas em diferentes distâncias e características, cujos resultados completos podem ser consultados aqui.

Fonte: Svenska Gang

domingo, 22 de agosto de 2021

Lupita González com nova suspensão, até novembro de 2026

María Guadalupe González Romero. Fotos: Jeff Salvage/Racewalk.com e Proceso
Montagem: O Marchador

A marchadora mexicana María Guadalupe González Romero (Lupita González), que já tinha sido castigada com 4 anos de suspensão em 2018, até 15 de novembro de 2022, pela presença e uso de substâncias proibidas (epitrenbolone e trenbolone), recebeu outros 4 anos de suspensão que se iniciam um dia depois do fim da primeira e decorrem até 16 de novembro de 2026.

Esta nova suspensão surge no seguimento do recurso apresentado pela atleta junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) quando da pena inicial e com vista à redução da mesma, e que face à comprovação da manipulação de provas e falsificação de documentos mereceu uma nova acusação da parte da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) da World Athletics.

A decisão final do Tribunal Disciplinar pode ser lida (em inglês), aqui.

Este desfecho deverá representar um final da carreira desportiva internacional para Lupita González, que em 2026 terá 37 anos de idade, atleta de alto nível que conquistou (e mantém) as medalhas de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016 e mundiais de Londres-2017, e as de ouro nos Jogos Pan-americanos de Toronto-2015 e Campeonatos do Mundo de Seleções de Marcha em Roma-2016 e Taicang-2018.

sábado, 21 de agosto de 2021

Vitória em grande estilo da mexicana Sofía Ramos na marcha feminina dos mundiais sub-20

A mexicana Sofía Ramos Rodríguez, vencedora da marcha feminina nos mundiais sub-20
em Nairobi, e no pódio com a francesa Maële Biré-Heslouis e a checa Eliška Martínková.
Imagens: Streaming World Athletics. Montagem: O Marchador

Sofía Ramos Rodríguez conservou para o México o título de campeã mundial júnior de 10 mil metros marcha femininos, ao vencer em Nairobi (Quénia), este sábado, a prova da distância dos mundiais de atletismo de sub-20. Terminando com 46.23,01 m, a marchadora mexicana honrou o feito da compatriota Alegna González, vencedora da prova da mesma distância na edição anterior dos mundiais do escalão, em Tampere-2018.

A prova iniciou-se com o imediato ataque da indiana Baljeet Kaur, que se isolou na dianteira, ganhando cerca de 50 metros logo na primeira volta. Até aos dois quilómetros de competição aumentaria a vantagem para cem metros, entrando depois em perda, tanto pelo seu próprio abaixamento de velocidade como pela aceleração produzida no pelotão, sob liderança da queniana Margret Gati.

Pouco depois dos três quilómetros, a indiana seria alcançada, ficando integrada num sexteto que incluía ainda a checa Eliška Martínková e as russas (atletas neutras autorizadas) Yelena Sborets e Anastasiya Kolchina, além de Gati e de Sofía Ramos. A partir desse momento, a prova teve na liderança apenas a cor verde-clara da camisola da mexicana, que se isolaria ainda antes da passagem aos cinco mil metros. Nesse meio de prova registava 23.28,88 m, já com 30 metros de avanço para Gati e Kolchina, que formavam a dupla perseguidora.

O avanço de Sofía Ramos continuaria a aumentar de forma significativa, à razão de quase 50 metros por volta, assegurando uma vitória de aparência fácil para uma marchadora a revelar técnica muito solta e segura do ponto de vista regulamentar.

Mas o espectáculo estava mais intenso na luta pelas restantes medalhas, com a entrada surpreendente da francesa Maële Biré-Heslouis na luta pelo pódio. Depois de quase meia hora de prova em posições discretas, inclusivamente atrasada do primeiro pelotão, Maële acercou-se da frente do grupo e a dois quilómetros do final isolou-se no segundo lugar, que foi defendendo até à meta contra a resistência de Martínková.

A checa era a única a conseguir dar alguma luta à francesa, assegurando assim a conquista da medalha de bronze (47.46,28), tendo Maële Biré-Heslouis terminado dez metros à sua frente, em 47.43,87 m.

No que concerne às portuguesas, cedo ficaram remetidas ao segundo grupo, acabando Inês Mendes por concluir no 10.º lugar, com 50.01,86 m, enquanto Adriana Viveiros desistiu à entrada para o último quarto da prova.

Nota negativa para a forma de procedimento da organização nas cerimónias de entrega de medalhas. Mais uma vez, a World Athletics passa para segundo plano o respeito pelos atletas e trata de despachar o assunto com um protocolo em que cada atleta pega na sua medalha e no ramo de flores colocados sobre tumbadoras à entrada da pista, dirigindo-se depois para o pódio. Poderá ser uma maneira de ganhar tempo na transmissão televisiva («time is money»), mas esta solução diminui o prestígio da consagração individual no pódio, desde logo porque a colocação das medalhas ao pescoço (pelos próprios atletas) é feita por todos ao mesmo tempo e fora do pódio. Lamentável!

Classificação
10.000 m femininos
1.ª, Sofia Ramos Rodríguez (MEX - México), 46:23.01
2.ª, Maële Biré-Heslouis (FRA - França), 47:43.87
3.ª, Eliška Martínková (CZE - República Checa), 47:46.28
4.ª, Valeriya Sholomitska (UKR - Ucrânia), 48:13.05
5.ª, Martina Casiraghi (ITA - Itália), 48:18.21
6.ª, Yelena Sborets (ANA - Neutro), 48:21.52
7.ª, Baljeet Kaur (IND - Índia), 48:58.17
8.ª, Margret Gati (KEN - Quénia), 49:15.12
9.ª, Anastasia Antonopoulou (GRE - Grécia), 49:31.80
10.ª, Inês Mendes (POR - Portugal), 50:01.86
11.ª, Maria Diana Lataretu (ROU - Roménia), 50:01.93
12.ª, Tiziana Spiller (HUN - Hungria), 50:05.10
13.ª, Jekaterina Mirotvortseva (EST - Estónia), 50:39.41
14.ª, Glendy Teletor (GUA - Guatemala), 50:45.70
15.ª, Terézia Kurucová (SVK - Eslováquia), 51:33.80
16.ª, Petra Zahorán (HUN - Hungria), 51:44.43
17.ª, Marissa Swanepoel (RSA - África do Sul), 51:59.20
18.ª, Alžbeta Ragasová (SVK - Eslováquia), 52:34.58
19.ª, Oumayma Hsouna (TUN - Tunísia), 52:52.17
20.ª, Yuliya Lutska (UKR - Ucrânia), 52:52.33
21.ª, Stephanie Chavez Urquizo (BOL - Bolívia), 53:24.09
22.ª, Mariana Alexandar Munoz Avarado (CRC - Costa Rica), 53:24.67
23.ª, Janise Nell (RSA - África do Sul), 54:30.80
Desistentes: Gabriela de Sousa (BRA - Brasil), Sharon Lisseth Herrera Soto (CRC - Costa Rica), Ines Huallpa Condo (BOL - Bolívia), Wubalem Shugute (ETH - Etiópia), Adriana Ornelas (POR - Portugal), Paula Valdez (ECU - Equador), Metasebiya Worku (ETH - Etiópia), Freysi Donaires (PER - Peru) e Melissa Touloum (ALG - Argélia).
Desclassificadas: Anastasiya Kolchina (ANA - Neutro) e Elvina Carre (FRA - França).

Queniano Wanyonyi com histórica medalha de ouro na marcha masculina dos mundiais sub-20

A prova de marcha masculina nos mundiais sub-20 em Nairobi, vencida pelo queniano
 Heristone Wanyonyi, seguido do indiano Amit e do espanhol Paul McGrath.
Imagens: Streaming World Athletics. Montagem: O Marchador

O Quénia conquistou pela primeira vez uma medalha de ouro em provas de marcha atlética de grandes competições mundiais, ao ver Heristone Wanyonyi sagrar-se de modo surpreendente campeão do mundo de juniores de 10 mil metros marcha, esta manhã em Kasarani, nos arredores de Nairobi (Quénia). Finalizando uma prova em que esteve quase sempre em posição de destaque (comandando a competição ou liderando o pelotão perseguidor), Wanyonyi, de 18 anos, completou as 25 voltas à pista com um novo recorde pessoal de 42.10,84 m, adiante do indiano Amit (42.17,94) e do espanhol Paul McGrath (42.26,11).

As primeiras voltas à pista do Estádio do Centro Desportivo Internacional Moi revelaram as intenções do francês Dimitri Durand, que fez questão de isolar-se logo de início, e do russo Dmitriy Gramachkov (atleta neutro autorizado), que se lhe juntou na segunda volta, para liderarem juntos ao longo dos primeiros quatro quilómetros. Chegaram a ter cerca de 100 metros de avanço, mas a vantagem acabou por desfazer-se tão depressa como se construiu.

O pelotão acabaria por alcançar os dois comandantes, dinamizado por Wanyonyi e incluindo ainda McGrath e Amit, o italiano Emiliano Brigante, o russo Maksim Pyanzin e o turco Mazlum Demir. Logo a seguir, Gramachkov voltaria a forçar o ritmo para se isolar, passando sozinho a meio da prova, com 21.30,24 m, com dois metros de vantagem sobre o primeiro grupo.

Reabsorvido o russo, Durand voltou a aumentar o ritmo, alongando o octeto da liderança, para pouco depois ser Amit a impor a aparente frescura da sua marcha para ganhar vantagem. Era um momento importante para o desfecho da prova, já que, com a perseguição e recuperação de Wanyonyi, deixava na frente da prova aqueles que iriam discutir a vitória.

Até final, ainda se viu alguma preponderância do mexicano Christian Juárez, a isolar-se no terceiro lugar, mas, assoberbado por notas de desclassificação, acabaria por ser desclassificado já depois de cortar a meta na quarta posição.

Nos dois quilómetros finais, Wanyonyi e Amit foram trocando ataques, até ao momento decisivo, já no derradeiro quilómetro, em que, arriscando do ponto de vista regulamentar, o queniano conseguiu ganhar avanço suficiente para terminar sete segundos adiante do indiano. Na luta pela medalha de bronze, Paul McGrath garantiu a subida ao pódio com novo recorde pessoal, ante a desclassificação de Juárez e com quase toda a reta de avanço para Dimitri Durand, também ele com novo máximo pessoal (42.47,58).

Pedro Dias, o único português em prova, terminou na 20.ª posição, com 46.12,47 m, tendo tido nas voltas iniciais alguma presença no grupo da frente, começando a ceder no terceiro quilómetro.

Foram registadas duas desclassificações e uma desistência entre os 24 atletas que alinharam à partida.

Classificação
10.000 m masculinos
1.º, Heristone Wanyonyi (KEN - Quénia), 42:10.84
2.º, Amit (IND - Índia), 42:17.94
3.º, Paul McGrath (ESP - Espanha), 42:26.11
4.º, Dimitri Durand (FRA - França), 42:47.58
5.º, Dmitriy Gramachkov (ANA - Neutro), 42:54.14
6.º, Mazlum Demir (TUR - Turquia), 43:01.33
7.º, Mert Kahraman (TUR - Turquia), 43:27.96
8.º, Bryan Matías (GUA - Guatemala), 43:34.02
9.º, Sohail Abderahmane Aloui (ALG - Argélia), 43:42.87
10.º, Abdennour Ameur (ALG - Argélia), 43:45.95
11.º, Mateo Romero (COL - Colômbia), 44:03.97
12.º, Wilson Arratia Quispe (BOL - Bolívia), 44:13.18
13.º, Saul Wamputsrik (ECU - Equador), 44:38.04
14.º, Francis Erick Soto (PER - Peru), 44:47.69
15.º, Ahmed Chikhaoui (TUN - Tunísia), 44:50.83
16.º, Jose Luis Hidalgo (ESP - Espanha), 45:26.59
17.º, Taras Koretskyy (UKR - Ucrânia), 45:34.78
18.º, Jaromír Morávek (CZE - República Checa), 45:44.72
19.º, Mykola Rushchak (UKR - Ucrânia), 45:49.78
20.º, Pedro Dias (POR - Portugal), 46:12.47
21.º, Oussama Farhat (TUN - Tunísia), 46:45.39
Desistente: Emiliano Brigante (ITA - Itália).
Desclassificados: Maksim Pyanzin (ANA - Neutro) e Cristhian Juárez López (MEX - México).

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Campeonatos de Atletismo 2021 do País de Gales, em Cardiff (resultados)

Os participantes na marcha dos campeonatos em Cardiff.
Foto: fb Tom Partington/VRWC. Montagem: O Marchador

Bethan Davies e Guy Thomas obtiveram os títulos do País de Gales nas provas de 10.000 metros marcha dos Campeonatos de Atletismo 2021 disputados em Cardiff (14-15/8), um evento aberto que teve no setor masculino a vitória de Tom Partington.

Nos femininos, Bethan Davies, em representação do Cardiff AAC, registou 45:21.70, uma marca que constitui recorde dos campeonatos, a sua melhor em pista (tem 44:59 em estrada), e que lhe abre perspectivas de participação nos Jogos da Commonwealth - Birmingham 2022. Heather Lewis, do Pembrokeshire, foi a segunda classificada com 46:36.10 (recorde em pista), e Erika Kelly, de Isle of Man, a terceira com 51:56.10.

Nos masculinos, Tom Partington, do Manx Harriers, obteve um recorde pessoal de 43:43.22, sendo seguido por Guy Thomas, do Tonbridge, com 44:05.83, ele que liderou a prova até fase adiantada, vindo a cumprir 1 minuto na zona de penalização. A terceira posição na meta seria ocupada por George Wilkinson, do Enfield & Haringey, com 44:48.78 (recorde pessoal).

Fonte: Mark Wall/VRWC

Classificações
10.000 m masculinos
1.º, Tom Partington, 1999 (Manx Harriers), 43:43.22
2.º, Guy Thomas, 1997 (Tonbridge), 44:05.83 - 1.º, Gales
3.º, George Wilkinson, 2002 (Enfield & Haringey), 44:48.78
4.º, Daniel Mckerlich (Cardiff), 1:02:58.62 - 2.º, Gales

10.000 m femininos
1.ª, Bethan Davies, 1990 (Cardiff AAC), 45:21.70 - 1.ª, Gales
2.ª, Heather Lewis, 1993 (Pembrokeshire), 46:36.10 - 2.ª, Gales
3.ª, Erika Kelly, 1982 (Isle of Man/Northern), 51:56.10
4.ª, Jasmine Nicholls, 1995 (Leicester WC), 52:26.72
5.ª, Kate Veale, 1994 ( West Waterford/Irlanda), 53:47.08
6.ª, Natalie Myers, 1991 (2DASH - Derbyshire & South Yorkshire H.), 57:35.98
7.ª, Ruth Monaghan, 2003 (Sligo AC/Irlanda), 58:04.87

10.000 m femininos, lista de partida (Sub-20, Nairobi-2021)

Foto: Reuters/APN. Montagem: O Marchador

Nos Campeonatos Mundiais de Atletismo Sub-20 em Nairobi (sábado, 21/8), e depois de concluída a prova de marcha masculina, será a vez da prova feminina (10h20, hora local), também sobre 10.000 metros, com a participação de 34 atletas de 23 países.

Na liderança mundial em pista é indicada a mexicana Sofia Ramos Rodríguez, com a marca de 44:56.19 obtida no Estádio Olímpico de Querétaro, em junho passado, se bem que na lista de partida conste o registo de 44:41.00 da russa, com estatuto neutro, Anastasiya Kolchina, de apenas 16 anos de idade.

Na última edição dos campeonatos em Tampere-2018, o título foi conquistado à mexicana Alegna González, então com 44.13,88, atleta com excelente classificação (5.ª, 20 km) nos recentes Jogos Olímpicos de Tóquio.

A detentora do recorde mundial de pista e também dos campeonatos, é a checa Anežka Drahotová, com 42.47,25, desde Eugene, OR-2014.

Lista de partida
10.000 m femininos
Dorsal/Nome/Ano nasc./País/Recorde pessoal/Marca do ano
1504: Melissa Touloum (ALG - Argélia), 48:52.50/48:52.50
1509: Anastasiya Kolchina (ANA - Neutro), 44:41.00/44:41.00
1515: Yelena Sborets (ANA - Neutro), 45:22.00/45:22.00
1537: Stephanie Chavez Urquizo (BOL - Bolívia), 49:29.99/49:29.99
1538: Ines Huallpa Condo (BOL - Bolívia), 49:07.18/49:07.18
1544: Gabriela De Sousa (BRA - Brasil), 47:11.69/47:11.69
1564: Sharon Lisseth Herrera Soto (CRC - Costa Rica), 47:35.52/47:35.52
1565: Mariana Alexandar Munoz Avarado (CRC - Costa Rica), 49:26.12/49:26.12
1588: Eliška Martínková (CZE - República Checa), 46:23.74/46:23.74
1597: Paula Valdez (ECU - Equador), 47:17.82/47:17.82
1616: Jekaterina Mirotvortseva (EST - Estónia), 47:37.82/ -
1629: Wubalem Shugute (ETH - Etiópia), 48:37.90/48:37.90
1632: Metasebiya Worku (ETH - Etiópia), 48:35.30/48:35.30
1652: Maële Biré-Heslouis (FRA - França), 46:32.94/46:32.94
1654: Elvina Carre (FRA - França), 47:13.00/47:13.00
1661: Anastasia Antonopoulou (GRE - Grécia), 49:49.42/49:49.42
1673: Glendy Teletor (GUA - Guatemala), 49:13.70/49:13.70
1677: Tiziana Spiller (HUN - Hungria), 48:26.14/48:26.14
1682: Petra Zahorán (HUN - Hungria), 55:00.53/50:01.00
1685: . Baljeet Kaur (IND - Índia), 49:50.71/49:50.71
1702: Martina Casiraghi (ITA - Itália), 47:08.27/47:08.27
1750: Margret Gati (KEN - Quénia), -/ -
1775: Sofia Ramos Rodríguez (MEX - México), 44:56.19/44:56.19
1801: Freysi Donaires (PER - Peru), 49:17.78/49:17.78
1824: Inês Mendes (POR - Portugal), 48:11.26/48:11.26
1825: Adriana Ornelas (POR - Portugal), 48:35.82/48:35.82
1832: Maria Diana Lataretu (ROU - Roménia), 48:36.40/48:36.40
1849: Janise Nell (RSA - África do Sul), 49:42.48/49:42.48
1860: Marissa Swanepoel (RSA - África do Sul), 48:33.52/48:33.52
1888: Terézia Kurucová (SVK - Eslováquia), 49:38.00/49:38.00
1889: Alžbeta Ragasová (SVK - Eslováquia), 51:44.38/51:44.38
1896: Oumayma Hsouna (TUN - Tunísia), 50:19.70/50:19.70
1915: Yuliya Lutska (UKR - Ucrânia), 49:45.20/49:45.20
1918: Valeriya Sholomitska (UKR - Ucrânia), 46:20.91/46:20.91
Fonte: WA

10.000 m masculinos, lista de partida (Sub-20, Nairobi-2021)

Foto: News.cn/Xinhua. Montagem: O Marchador

Em Nairobi/Quénia, ao quarto e penúltimo dia (sábado, 21/8) dos Campeonatos Mundiais de Atletismo Sub-20, disputam-se as provas de marcha de 10.000 metros na pista do Estádio Kasarani.

Nos masculinos, serão 24 os atletas a alinharem na partida marcada para as 9h15 (hora local), representando 17 países, acrescentando-se a representação russa com estatuto neutro. Em comparação com a edição de Tampere-2018 (34 atletas/23 países) o número de participantes é agora bem mais reduzido.

O indiano Amit apresenta-se como o detentor da melhor marca entre os participantes, liderando a lista mundial do ano em pista com 40:40.97 obtidos em 27 de janeiro em Bhopal.

O recorde do mundo pertence ao russo Viktor Burayev, com 38:46.40 (Moscovo-2000) e o dos campeonatos foi conseguido pelo japonês Daisuke Matsunaga em Eugene, OR-2014, com 39:27.19.

O campeão em título (Tampere-2018) é Yao Zhang, da China (país ausente dos campeonatos), com 40:32.06, por sinal o mesmo registo atribuído ao segundo classificado, o equatoriano David Hurtado.

Lista de partida
10.000 m masculinos
Dorsal/Nome/Ano nasc./País/Recorde pessoal/Marca do ano
100: Sohail Abderahmane Aloui (ALG - Argélia), 41:23.34/41:23.34
101: Abdennour Ameur (ALG - Argélia), 42:01.36/42:01.36
109: Dmitriy Gramachkov (ANA - Neutro), 42:39.25/42:39.25
112: Maksim Pyanzin (ANA - Neutro), 42:27.70/44:11.49
141: Wilson Arratia Quispe (BOL - Bolívia), 43:17.85/43:17.85
191: Mateo Romero (COL - Colômbia), 42:54.57/42:54.57
210: Jaromír Morávek (CZE - República Checa), 44:12.17/44:12.17
223: Saul Wamputsrik (ECU - Equador), 42:53.95/42:53.95
237: Jose Luis Hidalgo (ESP - Espanha), 43:11.03/43:11.03
239: Paul Mcgrath (ESP - Espanha), 42:32.19/42:32.19
274: Dimitri Durand (FRA - França), 42:53.20/44:04.81
297: Bryan Matías (GUA - Guatemala), 41:04.38/41:04.38
310: . Amit (IND - Índia), 40:40.97/40:40.97
348: Emiliano Brigante (ITA - Itália), 41:48.25/41:48.25
414: Heristone Wanyonyi (KEN - Quénia), 45:47.50/45:47.50
440: Cristhian Juárez López (MEX - México), 41:59.90/41:59.90
468: Francis Erick Soto (PER - Peru), 43:38.48/43:38.48
489: Pedro Dias (POR - Portugal), 43:28.03/43:28.03
571: Ahmed Chikhaoui (TUN - Tunísia), 43:22.30/43:22.30
573: Oussama Farhat (TUN - Tunísia), 43:07.00/43:07.00
580: Mazlum Demir (TUR - Turquia), 42:47.56/42:47.56
582: Mert Kahraman (TUR - Turquia), 42:37.83/42:37.83
600: Taras Koretskyy (UKR - Ucrânia), 42:59.28/42:59.28
603: Mykola Rushchak (UKR - Ucrânia), 43:34.94/43:34.94
Fonte: WA

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Divulgado sistema de qualificação para os Europeus de Munique, em 2022

Montagem: O Marchador

A Associação Europeia de Atletismo (EA) divulgou o sistema de qualificação para os Campeonatos Europeus de Atletismo, que decorrerão em Munique, de 15 a 22 de agosto do próximo ano, com as provas de marcha, nas distâncias de 20 e 35 km, em ambos os sexos, a terem lugar nos dias 16 e 20.

Com as quotas de participação restringidas a um máximo de 35 atletas para cada uma das quatro provas (três atletas por país) haverá, essencialmente, duas possibilidades de qualificação: uma, através das marcas estabelecidas para o efeito (mínimos bem mais exigentes dos que vigoraram para os últimos Europeus, de 2018, em Berlim), outra, com base na classificação dos atletas europeus nos rankings mundiais.

As marcas estabelecidas para acesso aos Europeus são, nos 20 km masculinos de 1:22:10 e de 1:32:15 nos femininos, nos 35 km masculinos de 2:35:30, ou realizando 3:54:00 nos 50 km, e de 2:55:00, ou fazendo 4:25:00 nos 50 km, no setor feminino.

Por outro lado, os campeões europeus em título terão direito à participação por meio da atribuição de “Wild Cards”, nomeadamente, os espanhóis Álvaro Martín e María Pérz, nos 20 km marcha, e o ucraniano Maryan Zakalnytskyy e a portuguesa Inês Henriques, nos 35 km marcha, que substituem as provas dos 50 km.

O período de realização dos mínimos decorre desde 27 de janeiro do corrente ano e vai até ao dia 26 de julho de 2022. Do contingente luso, de 11 atletas, que até ao momento obteve os mínimos, há a destacar o nome do marchador João Vieira, vice-campeão mundial dos 50 km marcha e 5.º classificado nos recentes Jogos Olímpicos, também na mesma distância, que poderá optar por participar nos 20 km, 35 km, ou em ambas as distâncias.

Os campeonatos integram a segunda edição do Campeonato Europeu Multidesportivo, que se realiza de 11 a 21 de agosto, envolvendo nove modalidades desportivas, assinalando-se o 50º aniversário da realização dos Jogos Olímpicos na cidade de Munique, em 1972.

A publicação da EA pode ser lida aqui.