João Vieira, na prova em Sapporo e com Vera Santos em Tóquio, no encerramento dos Jogos Olímpicos. Fotos: Lusa e Facebook de Vera Santos |
Ao alcançar o quinto lugar na prova dos 50 km marcha dos Jogos Olímpicos de Tóquio, João Vieira realizou a melhor prestação de um atleta português na disciplina da marcha atlética naquele evento da máxima dimensão planetária, superando o melhor resultado que até então havia sido conseguido, através de Ana Cabecinha, nos 20 km marcha, com o sexto lugar nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.
Aos 45 anos de idade, João Vieira esteve praticamente até ao fim da prova na disputa por uma medalha, conseguindo o ambicionado e justo diploma olímpico. Vice-campeão mundial em Doha há dois anos, igualmente nos 50 km marcha, depois de já ter sido medalha de bronze nos 20 km marcha dos Mundiais de Moscovo, em 2013, o atleta rio-maiorense afirmou à imprensa que atingiu o topo da carreira com a prestação alcançada nos Jogos de Tóquio 2020.
Mentalmente muito forte, o atleta luso já pensa nas futuras grandes competições internacionais, assim declarou à TSF: “O objetivo é ir ao próximo Campeonato do Mundo, em 2022. Irei fazer o meu 12.º Campeonato do Mundo consecutivo… Mas tudo é possível, o futuro passa por Paris (Jogos Olímpicos em 2024). Certamente vamos analisar todo o processo.”
João Vieira contou com o imprescindível apoio da sua treinadora e esposa,
Vera Santos, escrevendo esta, na sua página pessoal do Facebook, que “lutámos
muito durante este ciclo, por vezes pensei em abandonar este barco, não o fiz
porque o único prejudicado era o atleta. A verdade é que não tenho competências
exigidas para treinar um atleta olímpico, mas consegui levar o atleta a
conquistar um diploma olímpico, como mais duas medalhas internacionais”.