A representação da Etiópia no mundial de Roma. Fotos: Emmanuel Tardi e Brian Hanley. Montagem: O Marchador |
A Etiópia apresentou-se, pela
primeira vez no historial da competição, com uma equipa completa na prova
feminina dos 20 km marcha, posicionando-se na 16.ª posição entre as 19 seleções
classificadas.
É conhecida a fama dos corredores
etíopes nas provas de meio-fundo e fundo dos maiores eventos internacionais e
os sucessos que vêm obtendo, ano após ano. Contudo, nos últimos tempos, os seus
dirigentes têm dado mostras de quererem apostar nas provas de marcha atlética.
Foi a única seleção africana
presente no evento de Roma com uma equipa completa. A Tunísia com Chahinez
Nasri (59.ª), e Ameni Mannai (desistente), e a África do Sul com Anel
Oosthuizen (78.ª) foram as outras representantes do continente africano nos 20
km femininos.
Nos primeiros quilómetros de prova
as três atletas etíopes tiveram a ousadia de seguirem no grupo dianteiro, na
companhia de três chinesas, duas italianas e uma brasileira, todas atletas de
primeiro plano mundial, o que suscitou surpresa geral.
É de admitir que num futuro não
muito longínquo, e dispondo de melhores condições técnicas, as marchadoras
etíopes possam vir a dar nas vistas em grandes competições internacionais. Em
julho de 2015, nos mundiais de Sub 18, em Cali, na Colômbia, registou-se o
primeiro (e inesperado) sucesso de uma marchadora daquele país do Corno de
África - Ayalnesh Dejene, ao obter a medalha de bronze na prova dos 5.000 metros marcha.
Agora, em Roma, a mesma Dejene,
nascida em 1998, e podendo competir na prova do seu escalão etário (Sub-20) foi
colocada nos 20 km obtendo, em estreia, a marca de 1:40:04 (71.ª). Askale
Tiksa, nascida em 1994, foi a melhor das etíopes (47.ª), com um novo recorde
nacional de 1:34:50, e Aynalnesh Eshetu, nascida em 1992, melhorou o seu
recorde pessoal com o tempo de 1:38:39 (66.ª). Sinais muito positivos da
presença etíope nos Mundiais de Nações.