Matej Tóth em imagem de vídeo da Federação de Atletismo da Eslováquia e em ilustração de Viliam Slaminka no projeto Svetlo pod Perinou. Montagem: O Marchador |
Num recente trabalho produzido no site da World Athletics, o atleta eslovaco Matej Tóth, campeão olímpico dos 50 km marcha nos Jogos do Rio de Janeiro 2016, aborda a sua situação no que se refere à planificação do treino e às suas perspetivas com vista à defesa do título nos próximos Jogos Olímpicos, entretanto adiados por um ano devido à pandemia da covid-19.
Para Tóth, agora com 37 anos de idade, os seus planos, tais como os de muitos outros atletas, tiveram de ser revistos pois preparara-se afincadamente, com a realização de dois estágios, um em Dullstroom, na África do Sul (em altitude), e outro em Tenerife, Espanha, para um dos objetivos imediatos - competir no seu país natal nos famosos 50 km de Dudince, que iriam ter lugar em março deste ano e que, entretanto, foi suspenso, de resto tal como muitos outros por esse mundo fora, o que o deixou muito desapontado pois sentia-se num ótimo apuro de forma.
Com os Jogos marcados para 2021, o atleta eslovaco coloca algumas dúvidas se conseguirá suportar mais uma adequada preparação de inverno, ele que atravessou um período conturbado devido a arreliadoras lesões que fizeram com que não pudesse concluir uma prova há 18 meses, mas entende que a saúde está em primeiro lugar.
A viver em Banská Bystrica, o simpático Tóth, que é o atleta mais medalhado pelo seu país nos maiores eventos internacionais e o mais prestigiado desportista eslovaco da atualidade, passa agora o seu tempo gerindo o confinamento imposto pelas autoridades sanitárias do seu país, umas vezes treinando-se em casa com recurso aos equipamentos que possui, outras na zona florestal próxima de si, numa marcha sempre solitária e sem a ajuda do fisioterapeuta ou do seu treinador, que reside longe dele. Com o fecho das instalações desportivas o panorama, obviamente, não é o mais animador.
Tentando manter-se o mais possível positivo, Tóth vai apoiando as suas duas filhas, Nina, de 10 anos, e Emma, de 12, nas matérias de estudo pois as escolas encontram-se encerradas, tal como no nosso país. Interrompidos os longos períodos que passava fora de casa, sente-se feliz por poder partilhar bons momentos com a família. Em casa, com a sua esposa, Lenka, partilha com ela os seus dotes culinários, realizando ainda trabalhos domésticas e de jardinagem.