segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Da analogia ao escândalo: os 50 km marcha em Portugal

A reflexão que se segue parte de uma realidade político-económica nacional para chegar a um caso que a marcha atlética vive actualmente em Portugal.

No que diz respeito à organização da sociedade, o espectro político português divide-se quanto ao papel que o Estado deve desempenhar na economia. Para uns, o Estado deve limitar-se ao papel de regulador da iniciativa privada; para outros, o Estado deve ter um papel central, assumindo o controlo dos sectores mais importantes da economia.

Estes últimos têm, nos últimos anos, argumentado que o sector económico do Estado tem sido objecto de enfraquecimento premeditado, para que os defensores do predomínio empresarial possam afirmar que o Estado é incapaz de gerir as suas empresas, justificando-se por isso a sua privatização. Segundo esses, fica, assim, aberto caminho à transferência para a exploração privada de grande parte do que tem sido de propriedade pública. Não cabe no espaço do blogue «O Marchador» o aprofundamento da reflexão sobre o tema da propriedade e da exploração dos meios económicos, mas esta formulação sugere uma analogia com o que nos últimos tempos tem ocorrido com a questão dos 50 km marcha e com a discussão à volta da manutenção ou da extinção dos respectivos campeonatos nacionais.

A Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) decidiu em 2014 que iriam acabar os campeonatos nacionais da distância mais longa do programa olímpico do atletismo (50 km marcha), não os contemplando no calendário de 2015. Logo a decisão teve resposta dos marchadores: atletas (no activo ou não), treinadores, dirigentes, juízes, familiares, amigos – todos a uma só voz fizeram ver a irrazoabilidade da decisão da FPA, que não teve alternativa e tratou de voltar atrás, repondo no calendário um evento que para lá entrou há 30 anos.

Mas, ao decidir manter o campeonato nacional de 50 km marcha, a federação não diligenciou no sentido de promover a prova, optando por escondê-la (isto é, não a publicitando), parecendo empenhada em garantir que não tivesse sucesso. Acabaria por ter à partida seis concorrentes, quatro dos quais não a concluíram. Foi quanto bastou para que se reforçasse aquilo que alguns, pouco ou nada empenhados no desenvolvimento da marcha atlética no país, afirmam ser a falta de interesse ou de qualidade para que se mantenham os campeonatos nacionais dos 50 km.

Neste processo terá tido papel de relevo (ou pelo menos responsabilidade inegável, fosse pela acção ou pela omissão) o treinador nacional de marcha, a única pessoa da estrutura federativa com responsabilidades específicas sobre esta disciplina olímpica do atletismo. Tem sido um dos defensores da ideia de que os campeonatos de 50 km são muito exigentes do ponto de vista organizativo (curiosa questão, que parece remeter mais para a preguiça do que para o verdadeiro empenho na missão), pelo que devem deixar de existir por escassez de interessados e falta de qualidade dos resultados.

Segundo constou nos últimos meses e não parece negado (antes pelo contrário, cada vez se confirma mais), o clube criado pelo treinador nacional de marcha vai agora organizar uma prova de 50 km. Não consta que vá candidatá-la a campeonato nacional, assim como não se sabe quando ou onde vá ter lugar. Mas há ecos de que a ideia é mesmo ir em frente.

Aqui chegados e perante a estranheza que já se instala no sector em relação a esta questão, cabe fazer algumas perguntas, para as quais seria interessante ter resposta.

Como compreender que o treinador nacional de marcha tenha sido um dos defensores da extinção dos campeonatos nacionais de 50 km marcha quando o seu papel deveria ser o de fortalecer a disciplina?

Por que razão o treinador nacional de marcha aparece agora ligado à criação de uma prova de uma distância cujos especialistas ignorou durante os anos que já leva no cargo federativo?

Com que objectivo avança para a realização de uma prova de 50 km organizada pelo clube que fundou enquanto treinador nacional de marcha, depois de nada ter feito para defender o campeonato nacional da distância, como seria seu dever?

Como compreender que uma prova de 50 km seja de difícil organização enquanto campeonato federativo mas já não o seja enquanto prova particular?

Quais os interesses por trás desta opção?

O que vai a direcção da FPA fazer em relação a este assunto, que assume traços de escândalo como nunca antes sucedeu na marcha atlética em Portugal?

É aqui que entra a tal analogia com a realidade político-económica: destrói-se um bem comum para lhe dar depois um benefício particular.

A única coisa que se espera e deseja é que a FPA tenha mão nesta miséria.

domingo, 30 de agosto de 2015

E.U. América vence Canadá em encontro sub-20 em Albany

A partida masculina, a frente da prova feminina e a foto de família.
Fotos: fb de Katie Michta e Butch Peters Jr.
Montagem: O Marchador
A selecção júnior de marcha dos Estados Unidos da América venceu a sua congénere do Canadá na disputa da 27.ª edição do encontro entre os dois países que teve lugar dia 23 de Agosto em Albany, Nova Iorque, com o programa de provas em estrada a contemplar as distâncias dos 5 km para femininos e 10 km para masculinos.

Na classificação colectiva global os E.U. América somaram 27 pontos contra 16 do Canadá, triunfando em femininos (16-6) e também em masculinos, neste caso apenas por 1 ponto (11-10).

Os triunfos individuais pertenceram a Anali Cisneros (E.U. América), com 24.55 nos 5 km femininos, e a Marek Adamowicz (Canadá), com 46.27 nos 10 km masculinos. Cisneros, júnior de 1.ª época que tem como melhor marca 24.37,21 na distância mas em pista, este ano em Filadélfia, cortou a meta com significativo avanço de 38 segundos sobre a sua compatriota Katie Michta (25.33), num pódio totalmente ocupado pelas norte-americanas, sendo terceira Katharine Newhoff (25.53). Adamowicz, participante nos mundiais de juniores em Eugene-2014 (22.º, 43.25,84) superou por 12 segundos Anthony Peters (E.U. América, 46.39), com o sub-18 Cameron Haught (E.U. América, 48.56) a ocupar a terceira posição.

Classificações individuais
5 km femininos
1.ª, Anali Cisneros, 1997 (E.U. América), 24.55
2.ª, Katie Michta, 1996 (E.U. América), 25.33
3.ª, Katharine Newhoff, 1997 (E.U. América), 25.53
4.ª, Samantha Cho, 1998 (Canadá), 26.17
5.ª, Amberly Melendez, 1997 (E.U. América), 26.32
6.ª, Meaghan Podlaski (Fleet Feet Albany), 26.58
7.ª, Kayla Allen, 1996 (E.U. América), 27.03
8.ª, Kyra Danielson, 2000 (Canadá), 27.35
9.ª, Zoe Zhang, 1998 (Canadá), 29.22
10.ª, Mandy Roach, 1996 (Canadá), 29.32
11.ª, Sagan Leggett (Fleet Feet Albany), 29.54

10 km masculinos
1.º, Marek Adamowicz, 1996 (Canadá), 46.27
2.º, Anthony Peters, 1996 (E.U. América), 46.39
3.º, Cameron Haught, 1998 (E.U. América), 48.56
4.º, Alger Liang, 1998 (Canadá), 50.00
5.º, Alexander Peters, 1996 (E.U. América), 50.51
6.º, Matias Serna, 1998 (E.U. América), 51.51
7.º, A J Gruttadauer (Individual), 52.13
8.º, Spencer Dunn, 1998 (E.U. América), 54.51
Desclassificados: Eric Thies, 1997 (Canadá) e Jean-Sébastien Turcotte, 1998 (Canadá).

sábado, 29 de agosto de 2015

Tóth campeão mundial de 50 km e Isidro com recorde pessoal

Matej Tóth, o novo campeão mundial de 50 km.
Fotos: Getty Images. Montagem: O Marchador
Fazendo jus à condição de detentor da melhor marca mundial do ano dos 50 km marcha, o eslovaco Matej Tóth conquistou esta noite o título de campeão do mundo da distância, ao realizar em Pequim a marca de 3.40.32 h.

O marchador da Eslováquia comandou a prova desde o segundo quilómetro, saindo do estádio numa posição de liderança que jamais iria perder até final. A monotonia da prova seria quebrada apenas por algumas variações de posição nos lugares secundários e por uma inesperada visita do líder à casa de banho pouco depois dos 30 quilómetros.

Ao final da primeira légua, Tóth registava 22.57 m, detendo nessa altura oito segundos de vantagem sobre um primeiro grupo composto por 14 atletas. Mais uma légua cumprida e o eslovaco passava aos 10 quilómetros com 45.22 m, já com 27 segundos de avanço para o mesmo grupo, mas reduzido a dez elementos.

Daí para diante tratou-se unicamente de ver aumentar a vantagem até atingir cerca de minuto e meio por volta dos 45 quilómetros. No grupo perseguidor ia diminuindo a quantidade de componentes, ficando claro por volta dos 40 quilómetros que o australiano Jared Tallent iria assegurar o segundo posto e o japonês Takayuki Tanii conquistaria a medalha de bronze.

Pelo meio, o irlandês Robert Heffernan foi fazendo figura de relevo na perseguição ao líder, mas acabando por desaparecer da luta pelas medalhas no início do último terço de prova.

Na meta, Matej Tóth registaria 3.40.32 h, contra 3.42.17 de Jared Tallent e 3.42.55 de Takayuki Tanii. Depois do segundo japonês, Hirooki Arai (4.º, 3.43.44), chegaria Heffernan (3.44.17), o campeão de Moscovo-2013. Para o australiano, terceiro classificado em Daegu-2011 e Moscovo-2013, esta foi a melhor classificação em mundiais de atletismo.

Com uma prova desenvolvida sempre em posições de evidência e demonstrando boa qualidade técnico-regulamentar, o equatoriano Andrés Chocho foi o único participante a terminar com novo recorde nacional (recorde do Equador e da América do Sul), ao registar na oitava posição 3.46.00 h, imediatamente atrás dos chineses Lin Zhang (6.º, 3.44.39) e Wei Yu (7.º, 3.45.21).

Enorme proeza foi cometida pelo espanhol Jesús García, que, quase aos 46 anos, coroou a 12.ª participação em mundiais de atletismo (um informal recorde mundial) com um nono lugar, carimbado em 3.46.43 h. Notável feito de um atleta que foi campeão do mundo desta distância em Estugarda-1993 e vice-campeão em Atenas-1997, Edmonton-2001 e Berlim-2009.

Pedro Isidro, o único representante português, cumpriu a prova em ritmo muito regular e ascendente, conseguindo chegar na 21.ª posição, com novo máximo pessoal de 3.55.44 h (antes 3.56.15 em Taicang-2014). Com 23.52 m na légua inicial, cumpriria os trechos seguintes com 23.53+23.52+24.01+23.40, para atingir a meia prova em 1.59.18 h. Mercê de uma segunda metade a explorar a contenção inicial, o marchador do Benfica despacharia os segundos 25 quilómetros em 1.56.28 h, ou seja, quase três minutos melhor nas segundas cinco léguas do que nas primeiras cinco.

Melhorando sete lugares a classificação dos mundiais de 2013, Pedro Isidro, que tinha à partida a 40.ª marca entre os participantes, conseguiu a melhor marca de sempre dos marchadores portugueses em provas de 50 km marcha de campeonatos do mundo de atletismo.

Classificação
50 km masculinos
1.ª, Matej Tóth (Eslováquia), 3.40.32
2.ª, Jared Tallent (Austrália), 3.42.17
3.ª, Takayuki Tanii (Japão), 3.42.55
4.ª, Hirooki Arai (Japão), 3.43.44
5.ª, Robert Heffernan (Irlanda), 3.44.17
6.ª, Lin Zhang (China), 3.44.39
7.ª, Wei Yu (China), 3.45.21
8.ª, Andrés Chocho (Equador), 3.46.00
9.ª, Jesús Ángel García (Espanha), 3.46.43
10.ª, Quentin Rew (Nova Zelândia), 3.48.48
11.ª, Adrian Blocki (Polónia), 3.49.11
12.ª, Evan Dunfee (Canadá), 3.49.56
13.ª, Chris Erickson (Austrália), 3.51.26
14.ª, Qianlong Wu (China), 3.51.35
15.ª, Ivan Banzeruk (Ucrânia), 3.52.15
16.ª, Marco De Luca (Itália), 3.53.02
17.ª, Matteo Giupponi (Itália), 3.53.23
18.ª, Veli-Matti Partanen (Finlândia), 3.54.28
19.ª, Serhiy Budza (Ucrânia), 3.55.10
20.ª, Luis Fernando López (Colômbia), 3.55.43
21.ª, Pedro Isidro (Portugal), 3.55.44
22.ª, Tadas Šuškevicius (Lituânia), 3.56.27
23.ª, Chilsung Park (Coreia do Sul), 3.56.42
24.ª, Håvard Haukenes (Noruega), 3.56.50
25.ª, Teodorico Caporaso (Itália), 3.56.58
26.ª, Sandeep Kumar (Índia), 3.57.03
27.ª, Manish Singh (Índia), 3.57.11
28.ª, Rafal Augustyn (Polónia), 3.57.30
29.ª, Jaime Quiyuch (Guatemala), 3.57.41
30.ª, Dušan Majdan (Eslováquia), 3.58.57
31.ª, Mathieu Bilodeau (Canadá), 4.01.35
32.ª, Jarkko Kinnunen (Finlândia), 4.02.07
33.ª, Marc Mundell (África do Sul), 4.02.41
34.ª, Yuki Yamazaki (Japão), 4.03.54
35.ª, Francisco Arcilla (Espanha), 4.07.23
36.ª, Luis Angel Sanchez (Guatemala), 4.09.26
37.ª, John Nunn (E.U. América), 4.09.44
Desclassificados: Lukás Gdula (República Checa), Erick Barrondo (Guatemala), Brendan Boyce (Irlanda), Lukasz Nowak (Polónia), Martin Tištan (Eslováquia) e Igor Glavan (Ucrânia).
Desistentes: Mario José dos Santos Jr (Brasil), Benjamín Sánchez (Espanha), Aleksi Ojala (Finlândia), Carl Dohmann (Alemanha), Aléxandros Papamichaíl (Grécia), Alex Wright (Irlanda), Marius Cocioran (Roménia), Anders Hansson (Suécia) e Anatole Ibañez (Suécia).

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

García Bragado vai ser recordista de participações em mundiais

García Bragado. Foto: Diario Espanhol
Jesús Ángel García Bragado, o eterno “Chuso”, vai participar, aos 45 anos, nos seus décimos segundos mundiais, um recorde absoluto de participações em campeonatos mundiais de atletismo, num percurso iniciado há 22 anos, quando conquistou o ceptro mundial.

O marchador madrileno, que reside em Barcelona, conta com 48 internacionalizações e um notável percurso atlético com 11 participações em Campeonatos do Mundo, uma medalha de ouro (Estugarda 1993), duas de prata (Atenas 1997 e Edmonton 2001)) e uma de bronze (Berlim 2009), 6 em Jogos Olímpicos (quarto em Pequim 2008) e 6 em Campeonatos da Europa, uma medalha de prata (Gotemburgo 2006) e uma de bronze (Munique 2002).

García Bragado neste sábado, 29, vai desfazer o empate que mantém com Susana Feitor na liderança do maior número (11) de participações em mundiais de atletismo e, não fosse o elevado nível da marcha feminina portuguesa, com quatro atletas de craveira internacional na última década, a notável marchadora rio-maiorense estaria a celebrar, este ano, a sua 13.ª participação no evento.

Bragado, que reparte a capitania da selecção espanhola com Ruth Beitia, mostra-se confiante numa boa classificação na prova de 50 km marcha, que seria verdadeiramente brilhante se conseguisse classificar-se nas primeiras oito posições, sinal que conseguiria o passaporte para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, o que igualaria a famosa velocista Marlene Ottey, a única presente em sete olimpíadas.

Maior número de presenças em campeonatos mundiais:

Masculinos
11 - JESÚS ÁNGEL GARCÍA BRAGADO (Espanha)
10 - Virgilijus Alekna (Lituânia)
9 - Tim Barrett (Canadá)
9 - Danny McFarlane (Jamaica)
9 – Hatem Ghoula (Tunísia)
9 - Kim Collins (São Cristóvão e Nevis)
9 – Nicola Vizzoni (Itália)

Femininos
11 - SUSANA FEITOR (Portugal)
10 - Franka Dietzsch (Alemanha)
10 - Nicoleta Grasu (Roménia)
9 - Laverne Eve (Bahamas)
9 - Jackie Edwards (Bahamas)
9 - Maria Mutola (Moçambique)
9 - Elisângela Adriano (Brasil)
9 - Debbie Ferguson-McKenzie (Bahamas)

Afinal nem Yargunkin compete nos mundiais de Pequim

Yargunkin nos campeonatos de Cheboksary após vencer
os 50 km em junho deste ano. Foto: Min.Desp. Chuváchia
Dado como o único representante da Rússia nas provas de marcha dos mundiais de atletismo que decorrem em Pequim até domingo, Aleksander Yargunkin também não alinhará na prova para que estava inscrito (50 km), atirando para um impensável zero o número de marchadores russos a participar nas provas da especialidade na capital chinesa. A notícia está hoje a ser divulgada pelas agências noticiosas, que dão conta de que o atleta terá tido um controlo positivo de dopagem, revelando a presença da substância proibida eritropoietina.

«Yargunkin não irá competir nos mundiais de Pequim. O atleta está suspenso preventivamente das competições enquanto decorre uma investigação», declarou o director executivo da Agência Russa Antidopagem, Nikita Kamaev, à agência de notícias R-Sport.

Interpelado pelo jornal «Sport Express», Aleksander Yargunkin manifestou-se surpreendido e adiantou: «Recebi uma chamada telefónica a dizer que tinham encontrado EPO [na amostra analisada]. Evidentemente, não tomei eritropoietina. Eu era o único marchador russo que podia ter ido a Pequim. Fui sempre testado. Em todos estes anos em que treinei, nunca houve qualquer problema.»

Depois de ter sido anunciado que a Rússia se faria representar nas provas de marcha dos mundiais de Pequim com um já de si pequeníssimo conjunto de quatro marchadores, o número baixou para um, Yargunkin, que agora surge igualmente apanhado em processo de dopagem. O atleta chegou a ser inscrito e constava mesmo da lista de saída para a prova de mais logo, tendo-lhe sido atribuído o dorsal 106.

Os campeonatos mundiais de atletismo de Pequim vão ficar na história como os únicos até hoje realizados (e são já 15) em que a Rússia não foi capaz de apresentar marchadores, um problema que surge na sequência da grande quantidade de atletas de alto nível suspensos por dopagem nos últimos meses, com especial incidência nos elementos do Centro de Preparação Olímpica de Saransk, dirigido pelo treinador Viktor Chyogin, também ele suspenso de funções desde 15 de Julho.

50 km masculinos - lista de saída (Pequim-2015)

Ao 8.º e penúltimo dia (29 de Agosto) dos campeonatos mundiais de atletismo que decorrem em Pequim, é a vez dos 50 km masculinos, prova a iniciar-se pelas 7.30 horas (0.30 em Portugal Continental) e que contará com a participação de representantes de 30 países, num total de 54 atletas, sendo que 9 destes alinharam, há 6 dias atrás, na partida dos 20 km.

A única alteração face à lista de inscritos é o ajustamento de 4 para 3 atletas no contingente chinês.

O eslovaco Matej Tóth é o detentor da melhor marca mundial do ano, com 3.34.38 h estabelecida este ano em Dudince, registo que constitui o terceiro melhor de todos os tempos na distância. O francês Yohann Diniz, ausente dos campeonatos por lesão, é quem tem o recorde do mundo, com 3.32.33 (Zurique-2014).

O recorde dos campeonatos está na posse de Robert Korzeniowski, com 3.36.03 desde Paris-2003.

Jesús Ángel García (Espanha), de 45 anos, é o atleta com mais idade, somando a 12 presença nos campeonatos (93-95-97-99-01-03-05-07-09-11-13-15). Em contrapartida, Luis Ángel Sánchez (Guatemala) e Lin Zhang (China) são os concorrentes mais jovens, com 21 anos de idade.

A lista de saída é a seguinte:
Dorsal, nome, país, ano nasc., recorde pessoal, marca 2015
12: Chris Erickson, 1981 (AUS - Austrália), 3.49.33 / -
13: Jared Tallent, 1984 (AUS - Austrália), 3.36.53 / -
18: Mario José dos Santos Jr, 1979 (BRA - Brasil), 3.55.36 / 3.55.36
19: Mathieu Bilodeau, 1983 (CAN - Canadá), 3.59.48 / -
20: Evan Dunfee, 1990 (CAN - Canadá), 3.58.34 / -
29: Qianlong Wu, 1990 (CHN - China), 3.47.35 / 3.47.35
30: Wei Yu, 1987 (CHN - China), 3.46.57 / 3.46.57
31: Lin Zhang, 1993 (CHN - China), 3.47.11 / 3.47.11
33: Luis Fernando López, 1979 (COL - Colômbia), 4.00.55 / 4.00.55
36: Lukáš Gdula, 1991 (CZE - República Checa), 3.59.03 / 3.59.03
38: Andrés Chocho, 1983 (ECU - Equador), 3.49.26 / 3.50.13
40: Francisco Arcilla, 1984 (ESP - Espanha), 3.58.00 / -
42: Jesús Ángel García, 1969 (ESP - Espanha), 3.39.54 / -
45: Benjamín Sánchez, 1985 (ESP - Espanha), 3.55.45 / 3.55.45
46: Jarkko Kinnunen, 1984 (FIN - Finlândia), 3.46.25 / -
47: Aleksi Ojala, 1992 (FIN - Finlândia), 3.57.14 / 3.57.14
48: Veli-Matti Partanen, 1991 (FIN - Finlândia), 3.49.02 / 3.49.02
52: Carl Dohmann, 1990 (GER - Alemanha), 3.51.27 / -
55: Aléxandros Papamihaíl, 1988 (GRE - Grécia), 3.49.56 / 3.51.38
56: Erick Barrondo, 1991 (GUA - Guatemala), 3.41.09 / 3.55.57
57: Jaime Quiyuch, 1988 (GUA - Guatemala), 3.50.33 / -
59: Luis Ángel Sánchez, 1993 (GUA - Guatemala), 4.01.48 / 4.01.48
60: Sandeep Kumar, 1986 (IND - Índia), 3.56.22 / -
64: Manish Singh, 1991 (IND - Índia), 4.02.08 / -
65: Brendan Boyce, 1986 (IRL - Irlanda), 3.48.55 / 3.48.55
66: Robert Heffernan, 1978 (IRL - Irlanda), 3.37.54 / 3.48.44
67: Alex Wright, 1990 (IRL - Irlanda), 3.51.28 / -
68: Teodorico Caporaso, 1987 (ITA - Itália), 3.51.44 / 3.51.44
69: Marco De Luca, 1981 (ITA - Itália), 3.45.25 / 3.46.21
70: Matteo Giupponi, 1988 (ITA - Itália), 3.49.52 / 3.49.52
74: Hirooki Arai, 1988 (JPN - Japão), 3.40.20 / 3.40.20
78: Takayuki Tanii, 1983 (JPN - Japão), 3.40.19 / 3.42.01
79: Yuki Yamazaki, 1984 (JPN - Japão), 3.40.12 / 3.43.40
84: Chilsung Park, 1982 (KOR - Coreia do Sul), 3.45.55 / -
85: Arnis Rumbenieks, 1988 (LAT - Letónia), 3.58.35 / 4.03.44
87: Tadas Šuškevicius, 1985 (LTU - Lituânia), 3.51.58 / -
91: Håvard Haukenes, 1990 (NOR - Noruega), 3.56.38 / 3.58.44
93: Quentin Rew, 1984 (NZL - Nova Zelândia), 3.50.22 / 3.52.18
95: Rafal Augustyn, 1984 (POL - Polónia), 3.43.55 / 3.43.55
96: Adrian Blocki, 1990 (POL - Polónia), 3.49.30 / 3.49.30
97: Lukasz Nowak, 1988 (POL - Polónia), 3.42.47 / 3.44.53
98: Pedro Isidro, 1985 (POR - Portugal), 3.56.15 / -
101: Marius Cocioran, 1983 (ROU - Roménia), 3.55.59 / 3.55.59
102: Marc Mundell, 1983 (RSA - África do Sul), 3.55.32 / 3.56.47
106: Aleksandr Yargunkin, 1981 (RUS - Rússia), 3.42.26 / 3.45.41
108: Dušan Majdan, 1987 (SVK - Eslováquia), 3.53.26 / 4.05.23
109: Martin Tištan, 1992 (SVK - Eslováquia), 4.02.26 / 4.02.26
110: Matej Tóth, 1983 (SVK - Eslováquia), 3.34.38 / 3.34.38
111: Anders Hansson, 1992 (SWE - Suécia), 4.03.20 / 4.03.20
112: Anatole Ibañez, 1985 (SWE - Suécia), 3.48.42 / -
114: Ivan Banzeruk, 1990 (UKR - Ucrânia), 3.44.49 / 3.49.02
115: Serhiy Budza, 1984 (UKR - Ucrânia), 3.47.36 / 3.51.33
117: Igor Glavan, 1990 (UKR - Ucrânia), 3.40.39 / -
119: John Nunn, 1978 (USA - E.U. América), 4.03.28 / -

Fonte: IAAF

Hong Liu, campeã mundial dos 20 km marcha. Cabecinha, quarta

Liu, Lu e Olyanovska comemoram após a chegada à meta.
Cabecinha, quarta classificada, ainda em fase inicial da prova.
Fotos: Getty Images. Montagem: O Marchador
A atleta chinesa Hong Liu venceu esta madrugada (hora de Lisboa), em Pequim, os 20 km marcha femininos dos mundiais de atletismo, terminando a competição com 1.27.45 h. O mesmo tempo foi atribuído à compatriota Xiuzhi Lu, enquanto a ucraniana Lyudmyla Olyanovska registava 1.28.13 h para a medalha de bronze. A portuguesa Ana Cabecinha concluiu a prova na quarta posição, com 1.29.29 h.

As duas atletas chinesas conduziram a prova deliberadamente ao ataque desde o tiro de partida, cumprindo o primeiro quilómetro em 4.34 m. O ritmo não parecia muito elevado mas foi o suficiente para que apenas a checa Anežka Drahotová tentasse acompanhá-las. Mais tarde se veria com que preço.

No final da primeira légua, Lu e Liu comandavam destacadas, com 22.24 m, dois segundos adiante de Anežka Drahotová e com sete segundos de vantagem sobre Eleonora Anna Giorgi. Já as portuguesas revelavam um início de prova muito prudente, com Ana Cabecinha na 8.ª posição, a 22 segundos das líderes e atrás da brasileira Érica de Sena, enquanto Inês Henriques passava na 14.ª posição, com 28 segundos de atraso, e Vera Santos era 25.ª, a 34 segundos.

Sempre com o predomínio da dupla chinesa, o meio da prova seria cumprido em clarificação de posições, com Lu e Liu isoladas na frente (44.19). Mais atrás, Drahotová, Sena, Olyanovska e as italianas Giorgi e Elisa Rigaudo formavam um quinteto de perseguidoras, que começaria a desfazer-se quando a checa e a brasileira, pouco depois, cederam perante as transalpinas e a ucraniana.

Ana Cabecinha completava meia prova no oitavo posto (44.59), num momento em que Inês Henriques baixava para 17.ª (45.35) e Vera Santos passava a 29.ª (46.25).

Seria a caminho dos 15 quilómetros que Lyudmyla Olyanovska iria desferir o ataque que lhe permitiu destacar-se de Giorgi e Rigaudo, acabando estas desclassificadas pouco depois. Era também o momento em que a melhor colocada das portuguesas se aproximava dos lugares medalhados, enquanto Inês Henriques já surgia mais atrasada (21.ª, 1.09.27 aos 15 km) e Vera Santos (27.ª, 1.10.19) compensava a pequena quebra de ritmo com ganho de alguns lugares.

Na légua final, as posições foram-se confirmando, com Liu e Lu a regressarem ao estádio com mais algumas advertências dos juízes e, por isso, mais empenhadas em não forçar demasiado a fim de se protegerem de eventuais desclassificações. Terminaram quase sem «sprint», depois de à entrada do túnel terem parecido combinar tréguas para garantirem os dois primeiros lugares, com vantagem para Hong Liu, que assim rematou com o título de campeã mundial uma época em que também bateu o recorde do mundo da distância (1.24.38, Corunha, 6 de Junho). Quanto a Olyanovska, tinha o terceiro lugar garantido pela vantagem adquirida anteriormente, terminando com pouco mais de cem metros de desvantagem em relação às primeiras.

Entretanto, nos quilómetros finais e enquanto as compatriotas eram desclassificadas, tinha surgido na luta pela quarta posição a italiana Antonella Palmisano, de quem Ana Cabecinha só no último quilómetro conseguiria desenvencilhar-se. A portuguesa registava dessa forma o seu melhor desempenho em mundiais de atletismo, com um quarto lugar que, em análise histórica, é superado unicamente pelo terceiro posto averbado por Susana Feitor em Helsínquia-2005.

Depois de Palmisano (5.ª, 1.29.34), realce ainda para o excelente sexto lugar de Érica de Sena (1.30.06), para o recorde pessoal da lituana Brigita Virbalyté (7.ª, 1.30.20) e para o afinal não tão relevante oitavo lugar de Anežka Drahotová (1.30.32).

Mercê da quebra final de Inês Henriques, Vera Santos (5.ª em Berlim-2009) acabaria por ser a segunda portuguesa, ocupando o 21.º lugar da classificação final, com 1.34.01 h, dois lugares adiante da antiga colega de clube, creditada com mais 46 segundos.

Uma palavra final para o único recorde nacional batido nesta prova, obra da neozelandesa Alana Barber, 18.ª classificada, com 1.33.20 h (antes, 1.35.07 em Adelaide, na Austrália, a 22 de Fevereiro deste ano).

Classificação
20 km femininos
1.ª, Hong Liu (China), 1.27.45
2.ª, Xiuzhi Lu (China), 1.27.45
3.ª, Lyudmyla Olyanovska (Ucrânia), 1.28.13
4.ª, Ana Cabecinha (Portugal), 1.29.29
5.ª, Antonella Palmisano (Itália), 1.29.34
6.ª, Erica De Sena (Brasil), 1.30.06
7.ª, Brigita Virbalyté (Lituânia), 1.30.20
8.ª, Anežka Drahotová (República Checa), 1.30.32
9.ª, Alejandra Ortega (México), 1.31.04
10.ª, María José Poves (Espanha), 1.31.06
11.ª, Nadiya Borovska (Ucrânia), 1.31.18
12.ª, Mirna Ortíz (Guatemala), 1.31.32
13.ª, Rachel Seaman (Canadá), 1.31.39
14.ª, Raquel González (Espanha), 1.32.00
15.ª, Viktória Madarász (Hungria), 1.32.01
16.ª, Paola Pérez (Equador), 1.32.12
17.ª, Jingjing Nie (China), 1.32.40
18.ª, Alana Barber (Nova Zelândia), 1.33.20
19.ª, Sandra Arenas (Colômbia), 1.33.24
20.ª, Maria Michta- Coffey (E.U. América), 1.33.24
21.ª, Vera Santos (Portugal), 1.34.01
22.ª, Wendy Cornejo (Bolívia), 1.34.12
23.ª, Inês Henriques (Portugal), 1.34.47
24.ª, Claudia Stef (Roménia), 1.34.51
25.ª, Kumiko Okada (Japão), 1.34.56
26.ª, Miranda Melville (E.U. América), 1.35.19
27.ª, Yeongeun Jeon (Coreia do Sul), 1.35.48
28.ª, Maritza Poncio (Guatemala), 1.35.53
29.ª, Cisiane Lopes (Brasil), 1.36.06
30.ª, Maria Czaková (Eslováquia), 1.36.08
31.ª, Emilie Menuet (França), 1.36.17
32.ª, Laura García-Caro (Espanha), 1.36.22
33.ª, Laura Polli (Suíça), 1.36.26
34.ª, Rachel Tallent (Austrália), 1.36.27
35.ª, Jeong Eun Lee (Coreia do Sul), 1.36.52
36.ª, Lucie Pelantová (República Checa), 1.38.34
37.ª, Khushbir Kaur (Índia), 1.38.53
38.ª, Agnieszka Dygacz (Polónia), 1.39.06
39.ª, Mayra Carolina Herrera (Guatemala), 1.39.23
40.ª, Marie Polli (Suíça), 1.39.49
41.ª, Mária Gáliková (Eslováquia), 1.40.06
42.ª, Olena Shumkina (Ucrânia), 1.41.30
Desclassificadas: Beki Smith (Austrália), Claudia Balderrama (Bolívia), Sapana Sapana (Índia), Eleonora Giorgi (Itália), Elisa Rigaudo (Itália) e Neringa Aidietyte (Lituânia).
Desistente: Kimberly García (Peru).

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

20 km femininos - lista de saída (Pequim-2015)

Os 20 km marcha femininos marcam o início do 7.º dia (28 de Agosto) dos campeonatos mundiais de atletismo que decorrem em Pequim, com o início previsto para as 8.30 horas (1.30 em Portugal Continental), prova em que estão listados nomes de 50 atletas de 27 países.

Face à lista de inscritos inicialmente divulgada (54 atletas de 28 países), Portugal, Espanha e China apresentam agora 3 atletas para alinharem à partida, com o país organizador a preterir Shenjie Qieyang, bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 com 1.25.16 mas que este ano tem como melhor apenas (!) 1.27.44, e a Rússia deixa de ter a sua representante.

A chinesa Hong Liu, recordista e líder mundial com a marca de 1.24.38 na Corunha em Junho passado, é a grande esperança de uma medalha em casa, ouro de preferência.

O recorde dos campeonatos pertence a Olimpiada Ivanova (Rússia) com 1.25.41, quando da edição realizada em Helsínquia-2005.

Como curiosidade a atleta com mais idade é a australiana Kelly Ruddick, com 42 anos. A checa Anežka Drahotová e a espanhola Laura García-Caro são as mais jovens, com apenas 20 anos de idade.

A lista de saída é a seguinte:
Dorsal, nome, país, ano nasc., recorde pessoal, marca 2015
10: Kelly Ruddick, 1973 (AUS - Austrália), 1.33.15 / 1.36.17
11: Beki Smith, 1986 (AUS - Austrália), 1.30.24 / 1.30.24
12: Rachel Tallent, 1993 (AUS - Austrália), 1.34.53 / 1.35.03
13: Claudia Balderrama, 1983 (BOL - Bolívia), 1.33.28 / 1.34.41
14: Wendy Cornejo, 1993 (BOL - Bolívia), 1.35.18 / 1.35.18
15: Erica De Sena, 1985 (BRA - Brasil), 1.29.37 / 1.29.37
16: Cisiane Lopes, 1983 (BRA - Brasil), 1.33.44 / 1.35.16
17: Rachel Seaman, 1986 (CAN - Canadá), 1.29.54 / 1.29.54
18: Hong Liu, 1987 (CHN - China), 1.24.38 / 1.24.38
19: Xiuzhi Lu, 1993 (CHN - China), 1.25.12 / 1.25.12
20: Jingjing Nie, 1988 (CHN - China), 1.27.51 / 1.27.51
22: Sandra Arenas, 1993 (COL - Colômbia), 1.30.18 / 1.32.36
23: Anežka Drahotová, 1995 (CZE - República Checa), 1.26.53 / 1.26.53
24: Lucie Pelantová, 1986 (CZE - República Checa), 1.32.07 / 1.34.46
25: Paola Pérez, 1989 (ECU - Equador), 1.31.53 / 1.31.53
26: Laura García-Caro, 1995 (ESP - Espanha), 1.29.32 / 1.29.32
27: Raquel González, 1989 (ESP - Espanha), 1.28.36 / 1.29.34
28: María José Poves, 1978 (ESP - Espanha), 1.28.15 / 1.31.16
30: Emilie Menuet, 1991 (FRA - França), 1.32.20 / 1.32.20
31: Mayra Carolina Herrera, 1988 (GUA - Guatemala), 1.30.41 / 1.34.47
32: Mirna Ortíz, 1987 (GUA - Guatemala), 1.28.31 / 1.31.25
33: Maritza Poncio, 1994 (GUA - Guatemala), 1.33.14 / 1.34.22
34: Viktória Madarász, 1985 (HUN - Hungria), 1.30.57 / 1.31.31
35: Khushbir Kaur, 1993 (IND - Índia), 1.31.40 / 1.33.58
36: Sapana Sapana, 1988 (IND - Índia), 1.35.36 / 1.35.36
37: Eleonora Giorgi, 1989 (ITA - Itália), 1.26.17 / 1.26.17
38: Antonella Palmisano, 1991 (ITA - Itália), 1.27.51 / 1.28.40
39: Elisa Rigaudo, 1980 (ITA - Itália), 1.27.12 / 1.28.01
40: Kumiko Okada, 1991 (JPN - Japão), 1.29.46 / 1.29.46
41: Yeongeun Jeon, 1988 (KOR - Coreia do Sul), 1.30.35 / 1.30.35
42: Jeong Eun Lee, 1994 (KOR - Coreia do Sul), 1.33.09 / 1.33.09
43: Neringa Aidietyte, 1983 (LTU - Lituânia), 1.29.01 / 1.30.02
44: Brigita Virbalyté, 1985 (LTU - Lituânia), 1.30.37 / 1.30.37
45: Alejandra Ortega, 1994 (MEX - México), 1.31.38 / 1.31.38
46: Alana Barber, 1987 (NZL - Nova Zelândia), 1.35.07 / 1.35.07
47: Kimberly García, 1993 (PER - Peru), 1.29.44 / 1.31.13
48: Agnieszka Dygacz, 1985 (POL - Polónia), 1.28.58 / 1.30.38
49: Ana Cabecinha, 1984 (POR - Portugal), 1.27.46 / 1.28.28
51: Inês Henriques, 1980 (POR - Portugal), 1.29.30 / 1.29.52
52: Vera Santos, 1981 (POR - Portugal), 1.28.02 / 1.30.23
53: Claudia Stef, 1978 (ROU - Roménia), 1.27.41 / 1.34.31
55: Laura Polli, 1983 (SUI - Suíça), 1.33.22 / 1.36.32
56: Marie Polli, 1980 (SUI - Suíça), 1.32.36 / 1.37.19
57: Mária Czaková, 1988 (SVK - Eslováquia), 1.32.23 / 1.32.23
58: Mária Gáliková, 1980 (SVK - Eslováquia), 1.31.42 / 1.31.42
59: Nadiya Borovska, 1981 (UKR - Ucrânia), 1.30.03 / 1.30.38
60: Lyudmyla Olyanovska, 1993 (UKR - Ucrânia), 1.27.09 / 1.27.09
61: Olena Shumkina, 1988 (UKR - Ucrânia), 1.25.32 / 1.33.27
62: Miranda Melville, 1989 (USA - E.U. América), 1.33.10 / 1.34.46
63: Maria Michta-Coffey, 1986 (USA - E.U. América), 1.30.49 / 1.33.07

Fonte: IAAF