Cartaz do evento. Montagem: O Marchador |
Neste domingo, 16 de maio, Podebrady, na República Checa, será a capital europeia, e mesmo mundial, da marcha atlética, com a realização de 6 provas para as quais se inscreveram 111 homens e 101 mulheres, em representação de 25 seleções europeias.
Nos 20 km masculinos, prova que terá início às 15:30 horas locais (14:30 horas em Portugal continental), a Espanha é uma das mais sérias candidatas ao título coletivo, sendo a seleção europeia com o mais rico currículo nesta distância, pois sagrou-se campeã europeia nas edições de 1996, 2000, 2003, 2011, 2017 e 2019. O sueco Perseus Karlström é um dos grandes favoritos à vitória, podendo ser o primeiro atleta a conquistar o título em duas edições consecutivas.
Nos 50 km masculinos, prova que terá início às 8 horas locais (7 horas em Portugal continental), a Ucrânia é uma das principais candidatas ao título coletivo, que conquistou nas duas últimas edições. Um dos grandes motivos de interesse residirá na presença do espanhol Jesús Ángel García Bragado, que aos 51 anos de idade é o atleta mais velho inscrito no evento, tendo como objetivo principal consolidar a sua posição nos 60 primeiros lugares do ranking mundial da disciplina (3 por país) e ir aos Jogos Olímpicos, no que seria a sua oitava participação, um recorde mundial absoluto no atletismo. García Bragado venceu a competição na edição inaugural, em 1996, na Corunha, repetindo o triunfo em 2000 e 2001. Portugal ganhou nesta competição a única medalha coletiva masculina com a medalha de bronze obtida na edição de 2003, em Cheboksary, e este ano, pelo menos no plano individual, João Vieira teria boas hipóteses de medalha.
Nos 20 km femininos (13:30 horas locais), a Espanha apresenta-se como a principal favorita ao título, tendo vencido as últimas duas edições. Contabiliza ainda mais seis medalhas, três de prata e outras três de bronze, num evento em que Portugal tem tradição de medalhas, como a de ouro em 2005, a de prata em 2013 e a de bronze em 2015, mas que este ano, tal como se verificou em 2019, apenas se apresentará com duas atletas, número manifestamente insuficiente para pontuar coletivamente. A nível individual, a espanhola María Pérez é uma das mais fortes candidatas à vitória, ela que venceu os campeonatos do seu país, disputados há dois meses em Múrcia, com o tempo de 1:28:26. Sem esquecer a italiana Antonella Palmisano, vencedora da edição do evento em 2017, também em Podebrady, então com 1:27:27.
Nos 35 km femininos (8:00 horas locais), prova que substitui os 50 km de há dois anos, que a Ucrânia venceu, a Espanha obteve a medalha de prata e a Itália a de bronze, as grandes figuras europeias são a italiana Eleonora Giorgi, campeã nos 50 km da edição de Alytus, a grande favorita à vitória e que se apresenta com um recorde pessoal de 2:43:43, e a portuguesa Inês Henriques, medalha de bronze nos 50 km da Taça da Europa de 2019, campeã mundial em Londres, 2017 e ex-recordista mundial na distância.
Nos 10 km Sub-20 masculinos (9:00 horas locais), a Espanha apresenta-se como favorita à conquista da medalha de ouro coletiva, procurando repetir o triunfo obtido na edição de 2015, mas a Itália, que venceu em 2019, é uma forte concorrente. A nível individual, o favorito é o espanhol Paul McGrath, o único dos participantes que realizou este ano uma marca abaixo dos 42 minutos ao sagrar-se campeão de Espanha em 14 de fevereiro, nos Nacionais de Sevilha, com o tempo de 41:39.
Nos 10 km Sub-20 femininos (11:15 horas locais), as seleções mais candidatas à medalha de ouro, pelos tempos das suas melhores atletas, são as da República Checa e de Portugal, que nunca obtiveram medalhas coletivas nesta categoria etária, tendo a seleção lusa alcançado dois quartos lugares nas edições de 2000 e 2017. A jovem checa Eliska Martínková é a principal favorita ao triunfo, alinhando à partida com um recorde pessoal de 45:52, tempo obtido em Dudince, a 20 de março do corrente ano.
Listagem de inscrições finais, aqui.
Fonte: European Athletics