Imagens: World Athletics. Montagem: O Marchador |
O sistema implementado de forma online [aqui] e designado de “Road to Tokyo” permite que se conheça em tempo real o processo de seleção, bastando para tal procurar-se na dita ferramenta a disciplina que se pretende, o país, o estatuto, aqui podendo ver-se os que já obtiveram os mínimos olímpicos (qualificação direta), os que estão colocados nos primeiros sessenta do ranking mundial (já descontando os países com mais de três atletas por disciplina), num processo que se iniciou em janeiro de 2019, interrompido a 6 de abril deste ano e que recomeçará a 1 de dezembro próximo, e os que estão próximos do acesso aos Jogos, através do ranking.
Relativamente às provas de marcha, é de notar que há algumas especificidades a ter em conta para a validação de resultados para o referido ranking, nomeadamente, a obrigatoriedade de contarem com a presença de, pelo menos, três juízes internacionais (WA ou de Área) com o número de pontos a atribuir a depender da categoria do evento e da distância e que pode vir a revelar-se um fator importante.
No setor feminino, além dos 20 km contam ainda provas de 5 e 10 km, enquanto no setor masculino, na seleção para os 20 km, contabilizam-se ainda as de 10 e 15 km, e para os 50 km, além destes, incluem-se, para o efeito, as distâncias de 20, 30 e 35 km.
Dos atletas portugueses na disciplina da marcha (Inês Henriques, obviamente candidata aos JO, focará os seus objetivos nos 20 km), a situação atual é a seguinte, tendo em conta os dados fornecidos pela World Athletics:
Qualificação direta:
João Vieira – 50 km - 3:46:38, Alytus, 19-05-2019 (mínimos: 3:50:00).
Em lugar de apuramento, pelo sistema de quotas (3 por país):
Ana Cabecinha – 20 km: 33.ª (1173 pontos).
Próximo do acesso, pelo sistema de quotas (3 por país):
Pedro Isidro – 50 km: 69.º (1026 pontos).
A lista final será conhecida a 2 de junho de 2021, para os 50 km marcha masculinos, e a 1 de julho de 2021, para os 20 km marcha masculinos e femininos.
Se agora terminasse o processo de qualificação (mínimos e/ou lugar no ranking) para Tóquio, cinco países teriam o número máximo de atletas (9) nas três provas: Itália, Japão, China, Espanha e Ucrânia. A Europa estaria representada por 22 países, a América por 11, a Ásia por 5, a África por 4 e a Oceania por 2.