quinta-feira, 4 de junho de 2020

A propósito da comemoração do Dia Mundial do Ambiente

A Prova de Marcha no Dia Mundial do Ambiente em1978: 3500 pessoas em Lisboa,
entre o Terreiro do Paço e a Torre de Belém. Fotos: arquivo dos jornais «O Dia»,
«A Bola» e «A Luta». Montagem: O Marchador
A 4 de junho de 1978 (um domingo), a Direção-Geral dos Desportos assinalava em Lisboa (antecipando em um dia), as comemorações do “Dia Mundial do Ambiente” com a realização de uma grande prova de marcha, no âmbito das ações de sensibilização da população para a prática desportiva, com partida ´no Terreiro do Paço e chegada à Torre de Belém, na distância de 7.200 metros.

Em 1978, a disciplina da marcha vivia os seus primeiros anos de implementação em Portugal, centrada especialmente na grande região de Lisboa. A nível internacional, pela primeira vez, dois marchadores portugueses participaram numa prova no estrangeiro, integrando a seleção de Lisboa, considerada praticamente a seleção nacional participando na capital catalã no Torneio Barcelona-Madrid-Genebra, na pista do Estádio Municipal Joan Serrahima.

Ora, naquele dia, há precisamente 42 anos, três mil e quinhentos tomaram parte na prova constituindo até hoje o maior número de participantes numa atividade desportiva exclusivamente dedicada à marcha atlética. Muito público a assistir, muito público à chegada, condições atmosféricas excelentes.

Pessoas de todas as idades participaram no evento, naturalmente que para a esmagadora maioria, sem intuitos competitivos. Os jornais deram grande destaque ao acontecimento (Rebelo Carvalheira em “A Bola” fez uma grande reportagem) que contou com a participação de destacadas figuras dos meios políticos e desportivos, incluindo o próprio Secretário de Estado do Desporto, o Diretor-Geral acompanhado da família, e o presidente da Comissão Nacional do Ambiente, eng. Correia da Cunha, que foi também presidente da Federação Portuguesa de Atletismo de 1972 a 1984.

Na primeira vaga de atletas chegados à meta competiu-se a sério com o benfiquista Luís Dias a ser o mais rápido de todos, percorrendo a distância em 40 minutos, ilustrando o acontecimento com várias fotos a imprensa desportiva e generalista. Avelino Ferreira viria a ser o segundo classificado, completando o pódio Américo Silva.

A cada um dos participantes chegados ao fim, recebidos com a atuação de bandas de música, foi dado um medalhão comemorativo e um certificado de presença que incluía o tempo gasto na prova, obtido através de relógio de ponto.