A observação de um juiz de marcha em Barcelona-2010. Foto: Manxo Teixeiro Jarsia |
Todos os sete juízes especialistas de marcha atlética que vão atuar nos
próximos campeonatos europeus de atletismo, com lugar marcado para Zurique, de
12 a 17 do corrente mês, estão incluídos no painel internacional do grau mais
elevado da federação internacional de atletismo (nível III), atestando, deste
modo, o reconhecimento da grandeza do evento a nível continental.
As competições de marcha, disputadas integralmente num percurso em estrada,
no centro da cidade de Zurique, terão, pela primeira vez, circuitos de distinta
quilometragem. Enquanto para as provas de 20 km (dia 13 o setor masculino e dia
14 o setor feminino) o perímetro para cada volta é de 1 km, na competição de 50
km (dia 15) terá 2 km, em ambos os cenários esperando-se grande afluência de
público. As respetivas cerimónias protocolares serão realizadas no estádio,
sempre da parte da tarde.
O juiz-chefe é Steve Taylor, da Grã-Bretanha, que já desempenhou iguais
funções nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e nos mundiais de Moscovo, em
2013, tendo atuado, ainda, nos mundiais de Osaca, em 2007. Como acontece em
grandes eventos internacionais, a função do juiz-chefe é a de supervisionar e
gerir o posicionamento dos juízes no circuito cabendo-lhe, igualmente, a tarefa
de desclassificar os atletas que sofram três faltas, provenientes de três
diferentes juízes. Estará especialmente atento aos cem metros finais de cada
uma das provas, onde poderá exercer o poder de desclassificar diretamente um
concorrente.
O restante corpo de juízes para os europeus será constituído por Janusz
Krynicki (Polónia), o mais antigo juiz internacional no ativo, com dois
mundiais no curriculum (2003, assistente do juiz-chefe, e 2011) e uma olimpíada
(2004, assistente do JC), Jean-Pierre Dahm (França), com quatro mundiais (2001,
2003, 2009, 2013) e uma olimpíada (2012), Jordi Estruch (Espanha), com três
mundiais (2003, 2011 e 2013) e duas olimpíadas (2004 e 2008), José Dias
(Portugal), com dois mundiais (2001 e 2003) e duas olimpíadas (2004 e 2008),
Rolf Muller (Alemanha), com presenças nos mundiais de 2003 (assistente do JC) e
2004, e nos Jogos Olímpicos de 2004 (assistente) e 2008, e Sílvia Hanusova
(Eslováquia), que atuou nos campeonatos europeus de 2010, em Barcelona, tendo ainda estado, recentemente (2013), nos mundiais de juvenis, em Donetsk, e na Taça da Europa de Marcha, em Dudince.
Desta vez, o suíço Frédéric Bianchi, que já exerceu funções de juiz-chefe
nos mundiais de Berlim, em 2009 e de Daegu, em 2011, bem como nos Jogos de
Pequim, em 2008, tendo atuado ainda nos mundiais de Moscovo, em 2013, terá
funções no âmbito da componente logística, tendo sido ele o responsável pela
escolha dos circuitos da competição.
Anota-se, também, a inclusão no júri de apelo de dois elementos que fazem
ou já fizeram parte do painel internacional de juízes de marcha, o irlandês
Pierce O’Callaghan, e o turco Can Korkmazoglu.
Portugal, além de José Dias, estará ainda representado, na equipa de oficiais
internacionais da competição, por Jorge Salcedo (Delegado Técnico), Samuel
Lopes (chefe dos Oficiais Técnicos Internacionais), e Pedro Branco (Delegado
Médico).