Parte do cartaz do evento e foto de 2015 de J. Ramilo. Montagem: O Marchador |
No dia 9 deste mês Rio Maior vai
receber, de novo, uma grande competição internacional de marcha atlética
assinalando, historicamente, o 25.º aniversário do evento que anualmente atrai
a participação dos melhores especialistas mundiais e que, em ano olímpico,
encerra um significado especial.
No ano passado, o pódio masculino
dos 20 km marcha foi inteiramente dominado por representantes da América do
Sul, facto inédito no historial da competição, com a vitória do colombiano
Eider Arévalo (1.20.41), e os restantes lugares de honra para o equatoriano
Andrés Chocho (1.20.56) e o brasileiro Caio Bonfim (1.21.04). Na prova
feminina, de igual distância, a chinesa Hong Liu (1.27.22) alardeava a sua
classe (meses depois sagrar-se-ia campeã mundial), acompanhada no pódio pelas
italianas Eleonora Giorgi (1.28.12) e Elisa Rigaudo (1.29.15).
1991 foi o ano de lançamento do
grande prémio de Rio Maior, em muito potenciado pelo surpreendente êxito de uma
jovem atleta da terra, nascida na freguesia de Alcobertas, que com apenas 15
anos de idade a todos surpreenderia, um ano antes, em Plovdiv, na Bulgária, ao
sagrar-se campeã mundial de juniores. Susana Feitor, figura emblemática do
desporto português, é a atleta com mais vitórias (8) registadas no Grande
Prémio.
Naquele ano de lançamento da
competição, com Silvino Sequeira ao leme da autarquia rio-maiorense, a finlandesa
Sari Essayah, que viria a conquistar títulos europeus e mundiais, hoje deputada
no Parlamento do seu país, e o internacional benfiquista José Urbano, hoje um
credenciado massagista, inauguraram o rol de vencedores, numa prova que regista
a presença de atletas de 48 nacionalidades, provenientes dos cinco continentes.
Jorge Miguel, treinador, funcionário
da Câmara Municipal de Rio Maior é, neste contexto, a alma mater do evento, coordenando, desde a primeira edição, uma
excelente equipa de trabalho que tem sabido merecer palavras elogiosas e de
incentivo. No plano competitivo, lançou na alta roda do atletismo mundial
atletas como a já mencionada Susana Feitor, e ainda Vera Santos, Inês
Henriques, os irmãos João e Sérgio Vieira, alguns dos quais têm obtido
resultados relevantes. Mais recentemente, os jovens Miguel Carvalho (com
mínimos olímpicos nos 50 km, infelizmente sem que lhe tivesse sido dada a oportunidade
de lutar por um título nacional na distância), Miguel Rodrigues e Mara Ribeiro
têm vindo a revelar-se no plano nacional.
Na página oficial da Organização do
Grande Prémio de Rio Maior, Sebastian Coe, presidente da Federação
Internacional de Atletismo (IAAF), realçou, muito positivamente, o trabalho das
gentes que têm posto de pé o Grande Prémio, considerando que para o Challenge
Mundial da Marcha, Rio Maior constitui um dos seus mais fortes pilares graças
ao trabalho dos seus organizadores (CM Rio Maior, DESMOR EM, CN Rio Maior), que
têm conduzindo a competição ao sucesso, ano após ano.
Visite o «site» da organização aqui.