Montagem: O Marchador |
O
documento federativo designado por «Critérios de Seleção Nacional 2015/2016» e
em particular para o Campeonato do Mundo de Nações em Marcha Atlética - Roma (7
e 8 de Maio/2016) indica que «A 30 de Março serão divulgados os
pré-selecionados para os 50 km Marcha».
Decorridos
que estão vários dias desde a data de 30 de Março, e contrariando a sua própria
regulamentação, a FPA não decidiu e, por consequência, não divulgou, até ver,
os nomes dos atletas que deveriam representar em Roma a seleção nacional na
prova maior do programa olímpico, os 50 km marcha, nem tão pouco se dignou
explicar as razões de tal procedimento não regulamentar.
Sabendo-se
das marcas de referência que são exigidas pela FPA para a prova de 50 km de
Roma, que são 4.02.00 h, ou em alternativa 2.44.30 h aos 35 km, e do período
válido para as obter (1 de Janeiro de 2015 a 20 de Março de 2016), é sabido que
cumprem essas marcas os seguintes atletas:
João
Vieira, SCP – 3.49.05 nos 50 km (Dudince-2016) / 2.37.59 nos 35 km (P.
Mós-2016)
Pedro
Isidro, SLB – 3.55.44 nos 50 km (Pequim-2015) / 2.40.59 nos 35 km (R.
Maior-2015)
Miguel
Carvalho, SLB – 4.00.47 nos 50 km (Leiria-2015) / 2.43.30 nos 35 km (R. Maior-2015)
Sérgio
Vieira, SLB - 2.38.18 nos 35 km (P. Mós-2016)
Ainda de
acordo com o regulamentado, era necessário que até ao passado dia 23 de Março
os atletas com marcas de referência aos 20 km (1.25.00 h a partir de 22 de
Agosto de 2015) e aos 50 km informassem da sua opção por uma das provas. Esta
situação não se aplicou pois nenhum dos atletas atrás referidos fez até 1.25.00
aos 20 km.
Trata-se,
portanto, de uma situação que se estranha e para a qual não se encontra
qualquer justificação, cabendo perguntar: por que motivo a FPA entra em incumprimento
com o que ela própria regulamentou e tarda já uma semana na divulgação dos
pré-selecionados para Roma?
A dúvida
dá azo a duas interpretações possíveis: ou se trata de uma intenção deliberada
de prolongar no tempo o processo de tomada de decisão para lá do que estava
regulamentado (numa perspetiva calculista com intuito de obter algum dado mais
conveniente para alguém do que os até agora reunidos); ou então estamos
perante mais uma manifestação de incapacidade de quem devia ter feita uma
seleção e não conseguiu tomar decisões com base nos dados de que dispõe e no
prazo estabelecido nos Critérios de Seleção Nacional 2015/2016.