Imagens: CBAt e Atletismo Sudamericano. Montagem: O Marchador |
É já nos próximos dias 9, 10 e 11 do corrente mês de setembro que se realizam os 26ºs Campeonatos Sul-americanos de Atletismo para a categoria Sub-18 (atletas com 15, 16 ou 17 anos, aqui cumpridos a 31 de dezembro de 2022), que terão lugar em São Paulo (Vila Clementino) no Estádio do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa.
O evento, que volta ao Brasil pela terceira vez após as edições de 1977 (Rio de Janeiro) e de 1998 (Manaus), terá a participação de 273 atletas com o país anfitrião a inscrever o maior número – 66 atletas (32 femininos e 34 masculinos), sendo espectável que mantenha a hegemonia na prova, a exemplo do que sucedeu na última edição, em 2021, na cidade paraguaia de Encarnación e até pelo número de medalhas de ouro conquistadas no historial da competição - 406 (num total de 982 medalhas), seguida da Argentina - 163 (471 no total) e da Colômbia – 80 (283 no total).
Relativamente às provas de marcha, a masculina, de 10.000 metros, terá lugar logo na primeira jornada (dia 9), pelas 17:30 horas, enquanto a feminina, na distância de 5.000 metros, será realizada na terceira jornada (dia 10), pelas 17:00 horas.
Historicamente, a Colômbia e o Equador têm alcançado na disciplina o maior número de medalhas. Se reportarmos apenas às últimas 10 edições, os colombianos conquistaram 18 e os equatorianos 16, com as outras posições de pódio repartidas pelo Peru (12), Brasil (6), Bolívia (4) e Chile (3). Ainda neste período temporal, registe-se os dois triunfos de atletas brasileiros, Herbert de Almeida, em 2004, e o mais conhecido na atualidade, Caio Bonfim, em 2008, então batendo o recorde dos campeonatos com o tempo de 43:21.9.
Dos juízes internacionais de marcha nomeados para o evento, destaca-se a presença do decano dos juízes da especialidade no mundo, o argentino Rubén Pedro Aguilera, de Mar del Plata, que já na primeira metade dos anos oitenta do século passado integrava o principal painel da então IAAF (hoje WA), a par de outro dos ainda ativos juízes da disciplina, o polaco Janusz Krynicki. Além do mais, Aguilera, jornalista de profissão (agora aposentado) e que em 2017 recebeu das mãos de Sebastian Coe o “IAAF Veteran Pin” publicou valiosas obras dedicadas à marcha atlética.
Ainda sobre os juízes que atuarão nas provas de marcha dos referidos sul-americanos, teremos o Nilton César Ferst, do Brasil, membro do painel de especialistas da América do Sul há vários anos, Walter Orozco, do Equador, e Karina Alarcón, da Bolívia.