Carlos Mercenario Carbajal, nascido na Cidade do México, é um dos grandes marchadores mundiais nas décadas de 80 e 90, e completa hoje 53 anos de idade, motivo pelo qual a equipa do blogue “O Marchador” lhe envia os parabéns!
Em 1986, Mercenario participava nos primeiros campeonatos mundiais de juniores, competição organizada pela primeira vez pela IAAF e que teve lugar em Atenas. Ele que estava habituado a treinar-se com os campeões olímpicos Daniel Bautista e Raúl González, para a distância de 20 km, percebeu que o ritmo para os 10.000 metros marcha era necessariamente outro e daí alguma frustração com o 7.º lugar alcançado.
No dia 3 de maio de 1987, em Nova Iorque (Central Park), perfazem hoje exatamente 33 anos, na segunda jornada da Taça do Mundo de Marcha, hoje com a designação de Campeonato do Mundo de Seleções de Marcha, o então jovem atleta azteca defrontava os melhores do mundo na distância dos 20 km e a sua estreia em eventos internacionais absolutos de primeira grandeza marcaria um momento inesquecível.
Mercenario ganhava a prova, à frente de dois atletas russos, estabelecendo um novo recorde mundial na distância dos 20 quilómetros marcha, com o tempo de 1:19:24, destronando o checo Josef Priblinec que fizera o tempo de 1:19:30, na Taça do Mundo de Marcha, que tivera lugar a 24 de setembro de 1983, em Bergen, na Noruega.
Para Carlos Mercenario era apenas o início de uma excelente carreira internacional que o levaria a vencer os 50 km das Taças do Mundo de Marcha de 1991, em San José, EUA, com um recorde pessoal de 3:42:03, e 1983, em Monterrey, México, e a conquistar a medalha de prata nos 50 km marcha dos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, na distância de 50 km, a “cereja no topo do bolo”, seguindo a tradição de grandes conquistas olímpicas do desporto mexicano através de marchadores como José Pedraza, Daniel Bautista, Ernesto Canto, Raúl González, Joel Sánchez e Bernardo Segura.
Retirado da alta competição em 2001, Carlos Mercenario tem exercido relevantes cargos desportivos na esfera governativa. Na família, a tradição continua através do seu filho, Carlos Emiliano Mercenario Arsof, que participou nos Mundiais Sub-18 de Nairobi, em 2017, e tem como sonho alcançar uma marca nos 20 km marcha que lhe permita chegar aos Jogos Olímpicos em 2021.