De joelhos, Caio Bonfim comemora o 4.º lugar nos 20 km da marcha. Foto: Ryan Pierse/Getty Images |
Caio Bonfim e Érica Sena atingiram
posições de grande relevo nas provas de marcha atlética dos Jogos Olímpicos,
que recentemente tiveram lugar no Rio de Janeiro, no seguimento, aliás, de
sinais muito positivos manifestados pelos campeões brasileiros na última grande
competição da especialidade, os campeonatos mundiais de seleções, que tiveram
lugar este ano em Roma.
É certo que da parte dos referidos
marchadores haveria, no seu íntimo, alguma esperança na obtenção de uma medalha
olímpica mas há que reconhecer que em mais de 100 anos de história da
especialidade em Jogos Olímpicos, nunca os atletas do país irmão haviam chegado
tão longe.
Caio Bonfim, de 25 anos, treinado
pelos seus pais, João Sena Bonfim e Gianetti de Oliveira Bonfim, participou nos
20 e 50 km marcha e teve, em ambas as competições, um grande desempenho,
obtendo novos recordes nacionais. Nos 20 km, foi 4.º classificado, a apenas 5
segundos da medalha de bronze, conquistada pelo australiano Dane-Bird Smith.
Nos 50 km, foi 9.º classificado melhorando em 14 minutos a sua melhor prestação
na distância.
Érica Sena, de 31 anos, ao ser a 7.ª
classificada na prova dos 20 km femininos, obteve a melhor prestação de uma
atleta brasileira na especialidade, em Jogos Olímpicos. Até aos 16 quilómetros
de prova, seguia ainda no grupo da dianteira. Mas não se mostrou totalmente
satisfeita com o resultado (ambicionava o pódio) justificando-o, em parte, com
o seu estado emocional, pois assistira à desclassificação do seu treinador e
marido, o equatoriano Andrés Chocho, nas provas dos 20 e 50 km.
Dos outros brasileiros nas provas de
marcha, nos 20 km, Cisiane Dutra Lopes, classificou-se na 49.ª posição,
enquanto, nos 20 km masculinos, Moacir Zimmermann foi 63.º e José Bagio
desistiu. Nos 50 km, Jonathan Riekmann foi 29.º classificado e Mario José dos
Santos desistiu.