Alex Schwazer acumula já 12 anos de suspensões por dopagem. Foto: La Stampa |
O Tribunal Arbitral do Desporto de Lausana (TAS) confirmou esta quarta-feira a suspensão de oito anos imposta ao marchador italiano Alex Schwazer, por reincidência no uso de substâncias dopantes. Em paralelo, o atleta transalpino vê serem-lhe anulados todos os resultados obtidos desde o dia 1 de Janeiro de 2016, incluindo a vitória nos mundiais de selecções de marcha, realizados em Roma, em Maio passado.
Apesar de invocar em sua defesa os controlos a que se submeteu e que resultaram negativos, Schwazer fica impedido de participar nos correntes Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, tal como há quatro anos ficou impossibilitado de tomar arte nos Jogos de Londres, com a suspensão de quatro anos anunciada poucos dias antes da prova em que Schwazer iria defender o título olímpico de 50 km conquistado em Pequim-2008.
Alex Schwazer tinha regressado à competição precisamente nos mundiais de selecções de Roma e tinha como objectivo apurar-se para os Jogos do Rio de Janeiro nas duas distâncias (20 e 50 km), procurando ao mesmo tempo demonstrar que não precisava de «doping» para atingir o sucesso.
O regresso do atleta do Alto Adige após a suspensão corrida entre 2012 e 2016 gerou controvérsia na comunidade atlética, com alguns atletas de nomeada (italianos e de outros países) a manifestarem opiniões de discordância quanto à possibilidade de um atleta com o passado de dopagem como Schwazer voltar a participar nos Jogos Olímpicos.
A deliberação do TAS não só anula os resultados de Alex Schwazer desde 1 de Janeiro de 2016 como obriga o italiano a devolver os prémios conquistados.
A desclassificação de Schwazer dos mundiais de selecções de Roma não afecta a classificação colectiva, onde a Itália mantém o primeiro lugar, graças aos contributos de Marco de Luca (agora 3.º), Teodorico Caporaso (4.º) e Matteo Giupponi (7.º).