Jefferson Pérez, no lugar mais alto do pódio de Atlanta. Foto: Facebook do atleta |
Com a devida vénia, transcreve-se de seguida o texto (em versão portuguesa) com que Ruben Aguilera assinalou hoje, de forma muito sensível, o 20.º aniversário da vitória do equatoriano Jefferson Pérez nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos de Atlanta. O original em castelhano pode ser lido na página de Facebook de Ruben Aguilera.
Passam hoje 20 anos sobre uma das maiores façanhas do atletismo sul-americano: a vitória de Jefferson Leonardo Pérez Quesada nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Um dia inesquecível para quem, aos 22 anos, se tornou o mais jovem campeão da história desta dura disciplina. Uma página de glória escrita naquele dia 26 de Julho, no momento em que um atleta equatoriano entrou pela porta da maratona num estádio pleno de entusiasmo, onde mais de oitenta mil espectadores ovacionaram de pé o sul-americano.
Na dura batalha que anteriormente se tinha desenrolado no circuito, Jefferson tinha-se desembaraçado do russo Ilya Markov e do mexicano Bernardo Segura, que o tinham acompanhado ao longo de grande parte da competição e não tinham conseguido resistir ao ritmo implacável de quem se tinha preparado duramente nas altas montanhas do seu país. Através da televisão, milhões de equatorianos seguiram a sua coroação, explodindo de emoção e lágrimas e saindo às ruas para festejar aquele sublime momento de desporto.
Tratou-se de uma gesta inapagável da história. O passaporte de Jefferson Pérez diz que nasceu a 1 de Julho de 1974, na cidade de Cuenca, no Equador, mas há muito tempo que o atleta se tornou um ilustre cidadão do mundo.
O seu «palmarès» é de excepção: campeão mundial de juniores em Seul-1993; campeão dos Jogos Pan-americanos de Mar del Plata-1995, Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007; vencedor da Taça do Mundo de Marcha de Podebrady-1997, Turim-2002 e Naumburg-2004; campeão do mundo em Paris-2003, Helsínquia-2005 e Ósaca-2007; vencedor das Taças Pan-americanas de Tijuana-2003 e Camboriu-2007. Sem esquecer que também foi campeão iberoamericano e várias vezes campeão sul-americano.
A sua fama ultrapassou muito os limites da sua pequena cidade, Cuenca, património da humanidade pelos tesouros do passado e por um DESPORTISTA com letras maiúsculas que todos conhecem pelo primeiro nome: JEFFERSON.