domingo, 31 de julho de 2016

Em 32 anos, 18 marchadores olímpicos portugueses


Jorge Costa tinha 43 anos quando participou nos
Jogos Olímpicos de Atenas, em 2014. Foto: Lusa
Ainda que os Jogos do Rio de Janeiro correspondam à 31.ª Olimpíada, tal não significa que estes sejam os 31.os Jogos Olímpicos. Devido às duas guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945), houve três edições dos Jogos Olímpicos de Verão que ficaram por realizar (além de duas de Inverno), pelo que estes são os 28.os Jogos Olímpicos de Verão da era moderna. A estes 28 Jogos Olímpicos correspondem participações portuguesas em 24 edições, iniciadas em Estocolmo-1912, mas com presença nas provas de marcha apenas desde Los Angeles-1984.

Nessa ocasião, José Pinto assinou a estreia olímpica portuguesa na marcha atlética, tomando parte nas duas provas da disciplina (20 e 50 km), menos de dez anos após o ressurgimento da especialidade em Portugal, após meio século de inactividade.

Em Los Angeles, José Pinto começou por averbar um 25.º lugar na prova curta, para depois marcar uma extraordinária 8.ª posição na distância maior, classificação nunca superada (mas duas vezes igualada) por marchadores portugueses em Jogos Olímpicos.

A essa estreia seguiu-se uma segunda presença a cargo de três atletas nos Jogos de Seul, em 1988. José Urbano (29.º) e Hélder Oliveira (39.º) competiram aí nos 20 km, enquanto Pinto repetia a dose com presença de novo nas duas distâncias: 31.º nos 20 km e 21.º nos 50 km.

Marcante voltou a ser a participação seguinte, em Barcelona-1992. Foram cinco os representantes portugueses na marcha, incluindo pela primeira vez no sector feminino, com Susana Feitor (desclassificada) e Isilda Gonçalves (34.ª) a alinharem nos 10 km da primeira prova feminina de marcha na história olímpica. José Pinto (desclassificado), José Urbano (25.º) e José Magalhães (28.º)  alinharam todos nos 50 km, tendo o benfiquista (Urbano, desclassificado) competido também nos 20 km.

Em 1996, nos Jogos de Atlanta, Portugal não registou diversificação de participantes nas provas de marcha, dado que os marchadores portugueses presentes vinham já de edições anteriores: Susana (20 km fem., 13.ª), Urbano (20 km masc., 31.º) e Magalhães (50 km, 36.º).

Pedro Martins teve a estreia olímpica em Sydney, competindo nos 50 km (33.º), no mesmo ano em que Susana Feitor alinhou nos 20 km femininos (14.ª) e João Vieira estava para participar nos 20 km masculinos mas acabou por adoecer na noite anterior à prova, vendo esfumar-se a possibilidade de participar nos últimos Jogos Olímpicos do século XX.

Iria estrear-se então nos Jogos de Atenas, em 2004, com o décimo lugar nos 20 km, na mesma edição em que Jorge Costa (34.º) e Pedro Martins (desistente) competiam nos 50 km. Nos 20 km femininos, Portugal revelava o primeiro caso de sobrecontingentação: com quatro atletas a deter mínimos, Vera Santos teve de «ficar em casa», enquanto Susana Feitor alcançava o 20.º lugar, Inês Henriques era 24.ª e Maribel Gonçalves terminava no 25.º posto.

Situação semelhante seria experimentada quatro anos depois, em Pequim-2008. Desta vez, foi Inês Henriques quem ficou de fora, ficando a representação feminina da marcha olímpica portuguesa a cargo de Ana Cabecinha (8.ª), Vera Santos (10.ª) e Susana Feitor, que não concluiu a prova disputada sob chuva intensa.

No sector masculino, os irmãos Vieira participaram nos 20 km, com João a ser 32.º e Sérgio a terminar no 45.º lugar, enquanto nos 50 km António Pereira cortava a meta no 11.º posto e Augusto Cardoso carimbava a estreia olímpica com o 40.º lugar. Os Jogos na capital chinesa marcaram a maior delegação olímpica de marchadores portugueses, com sete presenças em nove vagas, para além do caso de Inês Henriques, com mínimos mas sem presença em prova.

Por fim, em Londres-2012, Ana Cabecinha repetiu o oitavo lugar nos 20 km femininos, secundada por Inês Henriques (14.ª) e Vera Santos (49.ª), no ano em que a «fava» saiu a Susana Feitor (com mínimos mas sem lugar na equipa). Nos masculinos, João Vieira foi 11.º nos 20 km e desistiu nos 50  km, distância em que Pedro Isidro se estreou com uma 40.ª posição.

Para desgraça sua, Susana Feitor volta a ficar de fora dos Jogos em 2016, o mesmo sucedendo a Vera Santos, ambas tendo superado os mínimos estabelecidos pela Federação Portuguesa de Atletismo. Para o Rio de Janeiro foram seleccionadas Ana Cabecinha (3.ª participação), Inês Henriques (3.ª participação) e Daniela Cardoso (1.ª participação). Nos masculinos, regressam João Vieira (4.ª presença e 5.ª selecção olímpica, podendo competir nas duas distâncias), Sérgio Vieira (2.ª participação) e Pedro Isidro (2.ª participação), estreando-se Miguel Carvalho.

Ao todo, os primeiros Jogos Olímpicos num país de língua portuguesa assinalam a participação do 18.º marchador português em 32 anos de Jogos Olímpicos (desde Los Angeles-1984), com um acumulado de 44 provas com participação de marchadores portugueses. Susana Feitor detém os recordes de mínimos (7 edições) e de presenças (5), enquanto José Pinto (uma vez) e Ana Cabecinha (duas vezes) alcançaram as melhores classificações: 8.º lugar.

Em 1992, Susana Feitor foi em Barcelona a marchadora mais nova a competir por Portugal em Jogos Olímpicos (17 anos), sendo Jorge Costa o recordista contrário: tinha 43 anos quando participou nos 50 km de Atenas-2004.

sábado, 30 de julho de 2016

Liu Hong suspensa por um mês

Hong Liu, ao centro, perde o título de Roma para María
Guadalupe Gonzalez, à direita. Foto: Colombo/FIDAL
A mais credenciada marchadora chinesa da actualidade, Liu Hong, foi desclassificada dos Campeonatos Mundiais de Marcha por Selecções, realizados em Roma, a 7 e 8 de maio últimos, devido a um resultado positivo em controlo de dopagem. A atleta tinha vencido os 20 km femininos na primeira jornada desses campeonatos, sendo agora riscada da classificação da prova. A esta sanção acresce uma suspensão por um mês, entretanto cumprida durante a suspensão preventiva imposta de 13 de Junho a 13 de Julho, e ainda a eliminação das classificações e das marcas averbadas entre 7 de Maio e 13 de Julho. Neste período inclui-se o Grande Prémio Cantones de La Coruña (28 de Maio), que Liu venceu no sector feminino, numa vitória agora creditada à compatriota Shenjie Quiyang.

O controlo a que a atleta foi sujeita teve lugar no contexto dos próprios campeonatos realizados em Roma e revelou a presença de higenamina, uma substância proibida mas considera de menor relevância, implicando sanções menos severas.

Com a desclassificação de Liu Hong, todas as demais atletas classificadas na prova de Roma sobem um lugar na classificação individual, sem alteração de posições na classificação colectiva. Assim, a vencedora oficial da prova passa a ser a mexicana María Guadalupe González (1.26.17), ficando o pódio individual completado pela chinesa Shenjie Qieyang (2.ª, 1.26.49) e pela brasileira Erica de Sena (3.ª, 1.27.18).

Entre as portuguesas, Ana Cabecinha passa a sexta, Inês Henriques é agora oitava, Daniela Cardoso sobre ao 50.º posto e Vera Santos ascende ao 72.º lugar.

Recordista mundial do 20 km marcha femininos, com 1.24.38 (Corunha, 2015), Hong Liu deverá agora participar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, depois das presenças olímpicas em Pequim-2008 e Londres-2012, ambas saldadas com quartos lugares, com a posterior desclassificação da russa Olga Kaniskina, por dopagem, a determinar a subida de Liu ao terceiro lugar na prova da capital britânica.

20 árbitros portugueses nos Jogos do Rio

Jorge Salcedo registará no Rio a quarta presença
em Jogos Olímpicos. Foto: facebook do próprio
Serão 20 os juízes e árbitros portugueses que vão atuar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em competições das modalidades de atletismo (4 juízes), canoagem (1), ciclismo (1), hipismo (2), ginástica (3), golfe (1), taekwondo (1), ténis (3), ténis de mesa (1) e vela (3).

O atletismo é a modalidade que registará a presença do maior número de elementos das que vão ter árbitros portugueses nomeados pelas respetivas federações internacionais, e ainda de número superior ao de qualquer outro país. Jorge Salcedo desempenhará as funções de delegado técnico. Será a sua quarta presença em Jogos Olímpicos. Participou nos de 2000, 2004 e 2008 e apenas razões de natureza familiar o impediram de estar nos Jogos de 2012.

José Dias, na qualidade de juiz internacional de marcha, atuará nas três provas desta disciplina. Registou presenças nos Jogos de 2004 e de 2008. Samuel Lopes, do painel de oficiais técnicos internacionais, participará nos Jogos pela segunda vez na carreira, depois de já ter estado nos de 2008. Chefiou a delegação do atletismo português nos Jogos de 2012. Luís Figueiredo, que se estreará em Jogos Olímpicos, vai ser o juiz-chefe de partidas, com um momento de especial relevância para a muito aguardada final masculina dos 100 metros.

Na canoagem, Hugo Gomes marcará a estreia de um árbitro português num evento olímpico dessa modalidade. Note-se que o chefe de missão para o Rio 2016 é o antigo atleta olímpico da canoagem José Garcia.

No ciclismo, Paula Martins vai registar a estreia neste evento, nomeada pela UCI para o colégio de comissários.

Nos desportos equestres estrear-se-ão os oficiais José Ricardo Lupi, que exercerá as funções de delegado técnico do concurso completo de equitação, e Maria Cristina Silva, na qualidade de assistente de chefe de pista nos saltos de obstáculos.

Na ginástica, conta-se com a presença de Liliana Rodrigues, que registará a segunda presença nuns Jogos, e Álvaro Sousa, ambos juízes internacionais de ginástica artística, e ainda de Catarina Leandro, juíza internacional de ginástica rítmica, todos nomeados pela Federação Internacional de Ginástica.

No golfe, que regressa aos Jogos Olímpicos depois de uma ausência de 112 anos, a modalidade contará com a presença do árbitro do painel internacional João Paulo Pinto.

No taekwondo, o árbitro internacional José Luís Sousa intervirá no evento, ele que também é  presidente da Federação Portuguesa daquela modalidade de artes marciais.

No ténis, Miguel Leal estreia-se. Mariana Alves e Carlos Ramos participam pela segunda vez, depois da presença nos Jogos de 2012, sendo que este último é o único árbitro na história do ténis mundial a ter atuado em seis finais de torneios do Grand Slam e ainda numa final dos Jogos Olímpicos – no caso, os de Londres.

No ténis de mesa, o árbitro internacional Carlos Silva vai integrar a equipa de arbitragem da modalidade, o que acontece pela primeira vez em eventos olímpicos.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Andrés Chocho (Equador) - Porta-bandeira nos Jogos Olímpicos

Andrés Chocho. Foto: Andes
O marchador Andrés Chocho, de 32 anos, será o porta-bandeira da delegação do Equador na Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Chocho, natural de Cuenca, foi eleito, em 2015, o melhor atleta equatoriano. Recordista sul-americano dos 20 e 50 km marcha, vai participar nas duas distâncias nos Jogos. Medalha de ouro nos 50 km marcha dos Jogos Pan-americanos, oitavo classificado nesta distância nos mundiais de Pequim de 2015, será a sua terceira participação olímpica depois de Pequim (2008) e Londres (2012).

A 12 de abril deste ano participou em Rio Maior no Challenge da IAAF, onde se classificou em 3.º lugar na prova dos 20 km. A 7 de maio, em Roma, no Mundial de Seleções, foi sexto nos 20 km, com o Equador a obter uma histórica medalha de bronze por equipas. É treinador da sua companheira, a marchadora brasileira Érica Sena.

Ainda não são muitos os Comités Olímpicos Nacionais que anunciaram os seus porta-bandeiras. Portugal escolheu o velejador João Rodrigues, de 44 anos, o atleta português com mais participações olímpicas e um dos poucos no mundo a participar em sete edições dos Jogos. 

A Espanha designou o tenista Rafael Nadal, medalha de ouro nos Jogos de 2008, a Itália a sua nadadora Federica Pellegrini, medalha de ouro nos Jogos de 2004 e 2008, e a Argentina o basquetebolista da NBA (Toronto Raptors) Luis Alberto Scola, medalha de ouro nos Jogos de 2004 e de bronze nos Jogos de 2008.

O Brasil anunciará a sua escolha a apenas alguns dias do início dos Jogos. O atleta designado terá de ser um campeão olímpico.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Ángela Castro (Bolívia) – Porta-bandeira nos Jogos Olímpicos

Ángela Castro, a terminar os sul-americanos de marcha.
Foto: El Universo - Guayaquil
A revelação da marcha boliviana, Ángela Castro, de 23 anos de idade, foi a atleta escolhida pelo Comité Olímpico do seu país para transportar a bandeira nacional na Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.


Em março deste ano, em Chihuahua, no México, competição pontuável para o Challenge da IAAF, participou na sua primeira competição internacional e logo aí obteve os mínimos olímpicos na prova dos 20 km marcha, ao conseguir a marca de 1.35.06.


Em abril, nos campeonatos sul-americanos de marcha, sagrou-se campeã e melhorou a sua marca, agora com 1.34.31. Na competição seguinte, em maio, nos mundiais de seleções (Roma), obteve a marca de 1.30.33, retirando quatro minutos em apenas um mês e apossando-se do recorde nacional que Geovana Irusta detinha desde 2004 com o tempo de 1.32.06, e que fora 16.ª nos mundiais de Edmonton, em 2001.


Ángela Castro é treinada por Martha Marín, a quem os bolivianos se referem como a máquina que produz atletas para os Jogos Olímpicos numa alusão ao facto de serem quatro os marchadores por si treinados que estarão presentes no Rio de Janeiro, no próximo mês. Os outros são: Wendy Cornejo (20 km femininos), Marco Rodríguez (20 km masculinos), e Ronald Quispe (50 km). A delegação boliviana é constituída por 12 atletas em representação de cinco modalidades desportivas.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Erick Barrondo (Guatemala) - Porta-bandeira nos Jogos Olímpicos

Erick Bernarbé Barrondo.
Foto no twitter do próprio
O marchador Erick Bernarbé Barrondo García, de 25 anos, medalha de prata nos 20 km dos Jogos Olímpicos de Londres, foi o eleito pelo Comité Olímpico Guatemalteco para porta-bandeira da delegação da Guatemala na Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Barrondo, natural da aldeia de Chiyuc, em San Cristóbal, em Alta Vera Paz, no interior da Guatemala, detém o recorde da América nos 50 km marcha, com o tempo 3.41.09. Em Toronto, nos Campeonatos Pan-americanos de 2015, conquistou a medalha de prata.

Herói nacional da Guatemala, Barrondo, que é treinado pelo polaco Bohdan Bulakowski, provavelmente competirá no Rio de Janeiro nas duas distâncias, 20 e 50 km marcha.

Em 1996, nos Jogos de Atlanta, outro marchador recebera a honra de transportar a bandeira da Guatemala: Júlio Martínez, que chegou a estabelecer um recorde mundial na prova de 20 km marcha, sendo destaque no nosso número impresso de “O Marchador”, na edição de julho de 1998, quando o atleta participou em Lisboa, nos Campeonatos Ibero-americanos de Atletismo.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Jefferson Pérez, campeão olímpico há 20 anos em Atlanta

Jefferson Pérez, no lugar mais alto do pódio de Atlanta.
Foto: Facebook do atleta
Com a devida vénia, transcreve-se de seguida o texto (em versão portuguesa) com que Ruben Aguilera assinalou hoje, de forma muito sensível, o 20.º aniversário da vitória do equatoriano Jefferson Pérez nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos de Atlanta. O original em castelhano pode ser lido na página de Facebook de Ruben Aguilera.

Passam hoje 20 anos sobre uma das maiores façanhas do atletismo sul-americano: a vitória de Jefferson Leonardo Pérez Quesada nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Um dia inesquecível para quem, aos 22 anos, se tornou o mais jovem campeão da história desta dura disciplina. Uma página de glória escrita naquele dia 26 de Julho, no momento em que um atleta equatoriano entrou pela porta da maratona num estádio pleno de entusiasmo, onde mais de oitenta mil espectadores ovacionaram de pé o sul-americano.

Na dura batalha que anteriormente se tinha desenrolado no circuito, Jefferson tinha-se desembaraçado do russo Ilya Markov e do mexicano Bernardo Segura, que o tinham acompanhado ao longo de grande parte da competição e não tinham conseguido resistir ao ritmo implacável de quem se tinha preparado duramente nas altas montanhas do seu país. Através da televisão, milhões de equatorianos seguiram a sua coroação, explodindo de emoção e lágrimas e saindo às ruas para festejar aquele sublime momento de desporto.

Tratou-se de uma gesta inapagável da história. O passaporte de Jefferson Pérez diz que nasceu a 1 de Julho de 1974, na cidade de Cuenca, no Equador, mas há muito tempo que o atleta se tornou um ilustre cidadão do mundo.

O seu «palmarès» é de excepção: campeão mundial de juniores em Seul-1993; campeão dos Jogos Pan-americanos de Mar del Plata-1995, Santo Domingo-2003 e Rio de Janeiro-2007; vencedor da Taça do Mundo de Marcha de Podebrady-1997, Turim-2002 e Naumburg-2004; campeão do mundo em Paris-2003, Helsínquia-2005 e Ósaca-2007; vencedor das Taças Pan-americanas de Tijuana-2003 e Camboriu-2007. Sem esquecer que também foi campeão iberoamericano e várias vezes campeão sul-americano.

A sua fama ultrapassou muito os limites da sua pequena cidade, Cuenca, património da humanidade pelos tesouros do passado e por um DESPORTISTA com letras maiúsculas que todos conhecem pelo primeiro nome: JEFFERSON.

Uma lança africana na marcha dos mundiais de juniores

Yehualeye Beletew, a comandar a prova nos mundiais
de Bydgoszcz. Foto: Getty Images
A jovem etíope Yehualeye Beletew constituiu a grande surpresa da prova feminina dos 10.000 metros marcha dos campeonatos mundiais de juniores, evento que teve este domingo a última jornada na cidade polaca de Bydgoszcz, ao conquistar a medalha de bronze. Por sua vez, na penúltima jornada dos campeonatos, coube a vez a Yohanis Algaw alcançar o quarto lugar na competição masculina, na mesma distância.

Beletew, de 17 anos de idade (1.º ano no escalão de Sub-20), obteve o tempo de 45.33,69, novo recorde de África no escalão, sendo a primeira vez que um atleta africano da especialidade da marcha atlética (masculinos ou femininos) alcança um lugar de pódio nuns mundiais de juniores.

Nos campeonatos africanos absolutos, que tiveram lugar em junho deste ano, em Durban, na África do Sul, a atleta etíope já dera um sinal inequívoco da sua classe ao sagrar-se vice-campeã com a expressiva marca (atendendo à idade) de 1.31.51 (recorde africano de juniores). Conquistou, deste modo, o direito a ser uma das duas especialistas de marcha (a outra é Askale Tiksa) a merecer um lugar na seleção da Etiópia para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que, com exceção das referidas marchadoras, é formada apenas por corredores meio-fundistas e fundistas.

Há exatamente um ano, em Cali (Colômbia), nos mundiais de Sub-18, a sua compatriota Ayalnesh Dejene, com a mesma idade, garantia a medalha de bronze na prova dos 5.000 metros, competição em que Beletew também participou e onde foi apenas 19.ª

Quanto a Algaw, fará 17 anos no próximo mês de agosto, sendo, por isso, atleta ainda do escalão Sub-18. O quarto lugar nestes mundiais de juniores na Polónia também lhe rendeu o recorde africano de juniores.

Nos mundiais de sub-18 de Cali, em 2015, ainda no primeiro ano do escalão, tinha sido 15.º classificado, com 46.14,27, marca que lhe permitiu ser o melhor africano na prova. Já nos referidos campeonatos africanos do mês passado, competindo em escalão absoluto, Yohanis Algaw foi 10.º classificado nos 20 km masculinos, com 1.27.50, terminando adiante de figuras conceituadas da marcha africana, como Jérôme Caprice (Maurícia) e Marc Mundell (África do Sul).

Se alguém pensava que a proeza de Beletew em 2015 tinha sido obra do acaso, aí tivemos em Bydgoszcz a confirmação da ascensão da marcha africana, presentemente nos escalões jovens, mas que, num futuro que se antevê não muito distante, poderá ombrear com os melhores do mundo nos escalões seniores, afinando a vertente técnica, eventualmente, com a contribuição de treinadores europeus. Veja-se o que se passa na China, mas, claro, aqui com outras potencialidades económicas e com o colossal salto qualitativo desde que Sandro Damilano passou a orientar os seus melhores atletas...

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Marcha portuguesa medalhada nos I Jogos da Trissomia

A equipa portuguesa de atletismo dos I Jogos da Trissomia.
Foto: ANDDI-Portugal
A delegação portuguesa aos I Jogos da Trissomia, realizados em Florença (Itália) entre 15 e 22 de Julho, regressa a Portugal com sete medalhas conquistadas nas provas de marcha, num total de 22 na globalidade do atletismo e entre as 33 obtidas em quatro modalidades.

Nos 800 metros marcha masculinos, Francisco Gouveia e André Silva, respectivamente nas classes mosaico e T21, ganharam ambos as medalhados de prata. Francisco Gouveia registou 5.41,49 m, marca que constitui recorde europeu em mosaico, superando o anterior registo que já lhe pertencia e desde 2008 se cifrava em 5.47,62 m. A vitória foi para o sul-africano Hannes de Klerk, com 5.12,19 m, novo recorde mundial, melhorando os 5.45,82 m averbados pelo mesmo atleta em 26 de novembro de 2015. Em T21, André Silva fez a sua melhor marca de sempre com 5.10,62 m, tendo sido superado apenas pelo italiano Stefano Lucato, que com 4.59,04 m bateu o recorde mundial que já detinha desde 2015 e valia 5.00,25 m, facto que significa ter-se tornado o primeiro portador de trissomia 21 a cumprir a distância em menos de cinco minutos.

Nesta mesma prova, Bruno Leitão foi terceiro, conquistando a medalha de bronze com 5.18,20 m. No sector feminino, Helena Soares foi segunda classificada, com 6.28,95 m, atrás da italiana Giulia Pertile, que com 5.58,14 m não só se sagrou campeã mundial como ainda bateu o recorde do mundo que desde 2014 pertencia à portuguesa Maria João Silva e estava cifrado em 5.58,81 m.

Na distância mais longa da marcha nestes campeonatos, os 1500 metros, André Silva foi segundo e assim conquistou a medalha de prata na classe T21, com o novo recorde pessoal de 10.36,36 m. O vencedor foi Stefano Lucato, com 9.45,18 m, resultado que lhe permitiu fazer história também nesta distância, dado ter sido o primeiro atleta do escalão em todo o mundo a baixar os 10 minutos – o anterior recorde, que estava na sua posse desde 2015, era de 10.00,66 m.

No escalão de mosaico, Francisco Gouveia foi terceiro, com 10.41,69 m, tendo a vitória sorrido ao sul-africano Charles Mailula, com 9.50,13 m. Tanto Mailula como o compatriota Hannes de Klerk (2.º, 10.07,22) superaram o anterior máximo mundial, datado de 25/11/2015 e que se encontrava na posse precisamente do madeirense Francisco Gouveia, que em Bloemfontein (África do Sul) registara 10.23,59 m, marca que permanece, assim, como recorde europeu.

Nas senhoras, Helena Soares foi segunda em T21, com 13.10,66 m, atrás de Giulia Pertile, vencedora com 12.01,34 m.

O atletismo valeu a Portugal 22 medalhas (2 de ouro, 12 de prata e 8 de bronze), num total de 33 (6/15/12) alcançadas pelos atletas portugueses no cômputo geral das quatro modalidades em que esteve representado. Ainda no atletismo, a África da Sul triunfou colectivamente, com 295 pontos, contra 257 de Portugal e 218 de Itália.

Os I Jogos da Trissomia registaram a presença de atletas de 39 países, dos cinco continentes, resultando da junção dos campeonatos do mundo de atletismo, futsal, ginástica artística, ginástica rítmica, judo, natação pura, natação sincronizada, ténis e ténis de mesa. A delegação portuguesa esteva cargo da ANDDI-Portugal e foi composta de 27 atletas, competindo em atletismo, judo, natação e ténis de mesa. A provas de atletismo tiveram lugar no Estádio Ridolfi.

domingo, 24 de julho de 2016

Raquel González campeã de Espanha com recorde nacional

Raquel González festejou em Gijón mais um título nacional
e um recorde de Espanha. Foto: Wang Connection
Raquel González, do Futebol Clube de Barcelona, foi a grande protagonista dos Campeonatos de Espanha de pista, na primeira das finais realizada este sábado no Complexo Desportivo de Las Mestas, em Gijón, ao sagrar-se campeã de Espanha, obtendo um novo recorde nacional na prova dos 10.000 metros marcha com a marca de 42.14,12.

A atleta catalã, que regressou muito recentemente de um estágio de altitude em Font Romeu, nos Pirenéus franceses, local onde presentemente se encontram marchadores de vários países em preparação para os Jogos Olímpicos, entre os quais os olímpicos portugueses Ana Cabecinha, João Vieira, Pedro Isidro e Vera Santos, passou nos 5.000 metros com o tempo de 21.14,85, acelerando na segunda parte da prova (abaixo dos 4 minutos e 15 segundos a cada quilómetro, o último a 4.06) para bater o anterior máximo espanhol que estava na posse de Júlia Takacs, com 42.23,37 desde a edição dos campeonatos de 2014, em Alcobendas.

O pódio feminino, todo preenchido com as atletas selecionadas para os Jogos do Rio de Janeiro, completou-se com o segundo lugar de Beatriz Pascual, com 42.35,69 (recorde pessoal), e o terceiro lugar de Júlia Takacs, com 43.55,70 (melhor marca pessoal do ano), sendo de salientar o facto de Raquel e Beatriz serem treinadas por José Marín, antigo campeão europeu dos 20 km marcha e que já exerceu o cargo de treinador nacional de marcha.

Raquel González, formada em comunicação audiovisual e colaborando atualmente com a  TVE, conquistou o segundo título nacional na sua carreira depois da vitória, no ano passado, nos 20 km marcha. Ainda este mês, batera outro recorde nacional, o dos 3000 metros marcha, em pista, com o tempo de 12.06,05, precisamente na sua terra natal, Mataró, nos arredores de Barcelona.

González, com a marca agora obtida nos 10.000 m marcha, passa a liderar o «ranking» mundial do ano, seguida de Beatriz Pascual (42.23,37) e da portuguesa Ana Cabecinha, com 43.29,57, marca que obteve na Maia, a 29 de junho, quando se sagrou, pela terceira vez consecutiva, campeã nacional.

Na prova masculina dos 10.000 metros marcha, disputada na manhã deste domingo, também se registaram grandes marcas, os quatro primeiros com recordes pessoais, com o campeão europeu e mundial dos 20 km marcha, Miguel Ángel López, a confirmar o favoritismo vencendo a prova com o fantástico tempo de 38.06,28, a apenas 13 segundos do recorde de Espanha de Francisco Fernández. Passou nos primeiros 5 quilómetros (18.55,50) em tempo para recorde, e sempre em ritmo abaixo de 3.50 por quilómetro. Segundo lugar para Álvaro Martín, com 39.23,51 (terceiro melhor marca espanhola de todos os tempos), e terceira posição para Luís Alberto Amezcua, com 39.29,00. Ivan Pajuelo foi o quarto, com 40.16,98.

sábado, 23 de julho de 2016

Callum Wilkinson é o primeiro inglês campeão mundial de marcha

Callum Wilkinson, novo campeão do
mundo de juniores. Foto: Getty Images
Atleta que habitualmente representa o Enfield & Haringey/Suffolk Schs, Callum Wilkinson tornou-se esta manhã o primeiro atleta originário de Inglaterra a vencer uma prova de marcha em campeonatos do mundo de atletismo, neste caso nos mundiais de juniores de Bydgoszcz, triunfando nos 10 mil metros masculinos, com 40.41,62 m, a melhor marca mundial do ano da distância para juniores. O britânico teve no pódio a companhia do equatoriano Jhonatan Amores (40.43,33) e do turco Salih Korkmaz (40.45,53).

Com nada menos que 40 atletas à partida, a prova conheceu uma fase inicial em ritmo lento, a rondar os 4.20 minutos por quilómetro, o que permitiu que o grupo da frente se mantivesse extenso durante várias voltas. Era a fase em que preponderava Salih Korkmaz. À entrada para o terceiro quilómetro, o alemão Leo Köpp, 13.º nos mundiais de Roma de selecções, foi o primeiro a dar sinal de inconformismo e impôs uma aceleração que resultou em voltas mais rápidas e numa primeira selecção de candidatos.

O terceiro quilómetro concluía-se quase dez segundos mais rápido que o anterior e logo de seguida Callum Wilkinson fez a sua jogada, passando para a liderança com um aumento visível de ritmo. O meio da prova seria atingindo pelo britânico em 21.11,75 m, para se entrar de imediato na fase dos quilómetros abaixo de quatro minutos.

O ritmo era já de campeões e o grupo da frente reduzia-se de forma considerável, contando-se entre os atletas que se atrasavam o espanhol Manuel Bermúdez, a contas com problemas num tornozelo. A meio da segunda légua, apenas quatro atletas se mantinham na luta pela vitória: Wilkinson, Amores, Korkmaz e o etíope Yohanis Algaw, mais uma revelação da marcha daquele país do corno de África.

O quarteto manteve inseparado até à entrada na volta final, momento em que Algaw cedeu na luta pelo pódio. Ter minaria na quarta posição, com um novo recorde africano de juniores de 40.55,96 m, enquanto os restantes três colegas caminhavam para a meta sem alteração de posições.

Com um quilómetro final em 3.44,51 m, para rematar a segunda légua em 19.29,87 m, Wilkinson garantia a vitória e o título mundial, suportanto duas notas de desclassificação em quase toda a segunda metade da prova, ao mesmo tempo que deixava para o equatoriano a satisfação do recorde pessoal e da medalha de prata e para Korkmaz o recorde de juniores da Turquia.

Depois de Algaw, chegaram nos quinto e sexto lugares os chineses Guowen Zhu e Liga Bai, cuja equipa não incluiu o vencedor dos mundiais de Roma de selecções, Jun Zhang.

Noel Alí Chama, que chegou a estar em alguma evidência na primeira metade da competição, defendeu a honra da escola mexicana de marcha com o sétimo lugar, em 41.29,28 m (tinha sido 3.º em Roma), adiante de Köpp (41.33,10) e do japonês Masatora Kawano (41.42,48).

Classificação
10.000 m marcha masculinos
1.º, Callum Wilkinson (Grã-Bretanha), 40.41,62
2.º, Jhonatan Amores (Equador), 40.43,33
3.º, Salih Korkmaz (Turquia), 40.45,53
4.º, Yohanis Algaw (Etiópia), 40.55,96
5.º, Guowen Zhu (China), 41.01,33
6.º, Liga Bai (China), 41.06,14
7.º, Noel Alí Chama (México), 41.29,28
8.º, Leo Köpp (Alemanha), 41.33,10
9.º, Masatora Kawano (Japão), 41.42,48
10.º, Manuel Bermúdez (Espanha), 41.52,09
11.º, Gabriel Bordier (França), 41.53,16
12.º, Tyler Jones (Austrália), 42.02,96
13.º, César Augusto Rodríguez (Peru), 42.06,18
14.º, Cristian Merchán (Colômbia), 42.10,20
15.º, Giacomo Brandi (Itália), 42.19,49
16.º, Adam Garganis (Austrália), 42.22,96
17.º, Pablo Rodríguez (Bolívia), 42.24,39
18.º, César Herrera (Colômbia), 42.28,99
19.º, Yunhwa Song (Coreia do Sul), 42.31,88
20.º, Arturs Makars (Letónia), 42.33,35
21.º, Baha Eddine Gatri (Tunísia), 42.44,28
22.º, Hyunmyeong Joo (Coreia do Sul), 42.44,48
23.º, Eduard Zabuzhenko (Ucrânia), 43.00,63
24.º, Cameron Corbishley (Grã-Bretanha), 43.06,91
25.º, Ryutaro Yamamoto (Japão), 43.14,19
26.º, Oleksandr Zholob (Ucrânia), 43.33,42
27.º, Dominik Cerný (Eslováquia), 43.39,92
28.º, Soma Kovács (Hungria), 43.41,91
29.º, Sergio Daniel Sacul (Guatemala), 43.46,44
30.º, Mustafa Özbek (Turquia), 43.48,37
31.º, Daniel Chamosa (Espanha), 43.56,20
32.º, Anibal Xiquin (Guatemala), 43.57,88
33.º, Kacper Kosecki (Polónia), 43.58,23
34.º, Lenyn Mamani (Peru), 44.01,61
35.º, Vít Hlavác (Rep. Checa), 44.17,93
36.º, Niccolò Coppini (Itália), 44.19,72
37.º, Yhojan Melillán (Chile), 44.35,63
38.º, Billal Djafri (Argélia), 46.40,93
Desclassificado: David Hurtado (Equador).
Desistente: Arkadiusz Drozdowicz (Polónia).

sexta-feira, 22 de julho de 2016

França concluiu época de campeonatos em Aubagne

De cima para baixo, os vencedores dos sub-23
masculinos, sub-23 femininos
e campeonato nacional masculino.
Fotos: Facebook de atletas
A época estival francesa dos campeonatos nacionais de atletismo chegou ao fim com a realização, no passado fim-de-semana, em Aubagne (perto de Marselha), dos Campeonatos de Sub-23 (atletas até 23 anos) e dos Campeonatos Nacionais (atletas com mais de 23 anos e posicionados do 17.º ao 50.º lugar das listas francesas de 20 km), cujas provas de marcha tiveram lugar na jornada de sábado, sobre a distância de 20 km.

Fabien Bernabé, do SCO Sainte-Marguerite, competindo em «casa», e a tunisina Chahineze Nasri, a representar o Club Athlétique Balma, foram os autores dos resultados mais expressivos, vencendo as provas do 20 km marcha do escalão sub-23. Bernabé cumpriu a distância em 1.33.45h, impondo-se na luta pelo título a Raouf Ben Behi (TA Rennes, 1.35.27) e a Fabian Fesselier (Caen Athletic Club, 1.38.35), enquanto Nasri, que representará a Tunísia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, se creditava com 1.40.55 h, triunfando com facilidade sobre Cécile Deleuze (Amiens UC, 1.48.01) e de Jeanne Billa (AS Caluire et Cuire, 1.51.07), suas companheiras de pódio. Por curiosidade, assinale-se que Fabien Bernabé é colega de clube da portuguesa Leonor Tavares, que tal como Chahineze Nasri competirá nos Jogos do Rio, mas no torneio feminino de salto com vara.

Na competição designada Campeonato Nacional, realizada em simultâneo, as melhores marcas foram alcançadas por Benjamin Leauté (RC Arras, 1.40.55) e Severine Lanoué (RCF Issy Avia, 1.50.58), que assim conquistaram os títulos abaixo de elite.

As provas foram disputadas num circuito de mil metros traçado no centro de Aubagne, cidade de cerca de 50 mil habitantes situada a pouco mais de 15 quilómetros de Marselha, tendo o tiro de partida soado cerca das 19h40. A hora da prova permitiu aos participantes não ter de enfrentar o calor que assolou aquela região francesa da costa mediterrânica, ainda que com o preço de alguns dos atletas terem terminado a competição já ao início da noite.

Colaboração: Emmanuel Tardi

Classificações
Campeonatos Nacionais
20 km femininos
1.ª; Severine Lanoué (RCF Issy Avia), 1.50.58
2.ª; Laury Serantola (SA Merignac), 1.51.55
3.ª; Christelle Barre (RCN Loire Divatte), 1.52.22
4.ª; Morgane Ausello (Nice Côte d'Azur Athlétisme), 1.55.45
5.ª; Servane Udin (EA Pays de Broceliande), 1.56.14
6.ª; Delphine Thieffenat (Lyon Athlétisme), 1.57.22
7.ª; Caroline Pouilly (CLLL Armentières), 1.59.27
8.ª; Virginie Saou (ASPTT Dijon Athlétisme), 2.00.22
9.ª; Valérie Rousson (Athlétisme Chamalières), 2.00.42
10.ª; Sarah Guelfucci (CA Balma), 2.03.20
11.ª; Rahil Kacem (Nice Côte d'Azur Athlétisme), 2.04.19
12.ª; Severine Favron (Ussel AC), 2.07.04
13.ª; Sophie le Bastard (PLM Conflans), 2.08.56
14.ª; Sylvie Regnier (Athlétisme Chatillon), 2.12.23
Desistente: Julie Bellan (SA Merignac).

20 km masculinos
1.º, Benjamin Leauté (RC Arras), 1.40.55
2.º, Maxime Faiteau (Entente Poitiers Athlé 86), 1.42.54
3.º, Joffrey Chenu (CLLL Armentières), 1.43.46
4.º, Remy Chenu (CLLL Armentières), 1.44.50
5.º, Jérôme Bocquet (Havre AC), 1.46.24
6.º, Cyril Legentil (Dynamic Aulnay Club), 1.49.05
7.º, Cyrille Lelblond (ASPTT Rouen), 1.49.09
8.º, Richard Branle-Branicki (AL Voiron), 1.49.27
9.º, Christophe Erard (ASM Bar-le-Duc), 1.50.45
10.º, Thomas Dumaire (Pays de Fontainebleau), 1.52.48
11.º, Laurent Legentil (Dynamic Aulnay Club), 1.53.25
12.º, Sébastien Eichholtzer (Bordeaux Athlé), 1.53.48
13.º, Nicolas Picard (AS Tourlaville), 1.55.57
14.º, Baptiste Giraud (Cognac AC), 1.57.48
15.º, Marc Legentil (Dynamic Aulnay Club), 1.58.46
16.º, Vincent Bollinger (Dynamic Aulnay Club), 1.59.18
Desistentes: Alexis Auger (GA Noisy Le Grand, Sébastien Biche (RCF Issy Avia), David Durand-Pichard (Athlétisme Metz Metropole).
Desclassificado: Nicolas de Neve (Athlétisme Chamalières).

Campeonatos de França de Sub-23
20 km femininos
1.ª, Chahineze Nasri (Tunísia, CA Balma), 1.40.55
2.ª, Cécile Deleuze (Amiens UC), 1.48.01
3.ª, Jeanne Billa (AS Caluire et Cuire), 1.51.07
4.ª, Cécile Naze (Mouy ATAC), 1.51.43
5.ª, Roseline le Nay (La Vigilante Fougères), 1.57.21
6.ª, Roxanne Daoulas (Tregueux Athlétisme), 2.02.30
7.ª, Célia Vidalinc (Stade Clermontois), 2.07.46
8.ª, Lea Barritault (Athletic Trois Tours), 2.08.01
9.ª, Laura Liard (Athlétisme Le Bourget Drancy), 2.11.18
Desistentes: Amani Manai (Tunísia, USO Mondeville) e Chloe Bouchet-Liou (USA Chabeuil).

20 km maculinos
1.º, Fabien Bernabé(SCO Sainte-Marguerite Marseille), 1.33.45
2.º, Raouf Ben Behi (Tunísia, TA Rennes), 1.35.27
3.º, Fabian Fesselier (Caen Athletic Club), 1.38.35
4.º, Axel Mutter (AC Roche-sur-Yon), 1.40.56
5.º, Maxime Lecaplain (USO Mondeville), 1.44.22
6.º, Brice Sireix (Lyon Athlétisme), 1.45.52
7.º, Florian Desjardins (Entente Mont Saint-Aignan Maromme), 1.46.24
8.º, Mathis Ouarnier (AC Haute Vilaine), 1.50.42
9.º, Quentin Macabrey (FC Sochaux Montbelliard), 1.52.58
10.º, Pierre Gerbaud-Blin (CA Vierzon), 1.53.02
11.º, Bénôit Dambrine (ASUC Migennes), 1.54.22
12.º, Kyrian Vallée (SA Toulouse Uc), 1.55.33
13.º, Thomas Gloaguen (A Six Fours), 1.56.35
Desistentes: Come Martin (Annecy Haute Savoie).

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Marcha atlética em Troussey, no Dia Nacional da França

Aspetos das provas de marcha de Troussey.
Fotos: Emmanuel Tardi
Na pequena vila de Troussey (425 pessoas), que todos os anos assiste à realização de Provas de Marcha para Todos, teve lugar a 33.ª edição do evento, levado a efeito no Dia Nacional de França (14 de julho), com provas destinadas a especialistas, na distância de 10 km (mista) e outras três para jovens e população em geral.


Vinte e sete marchadores saíram ao tiro de partida e foi o francês Philippe Bonneau o vencedor, com o tempo de 47.29,  o que não é situação nova para este atleta veterano de 51 anos, que em 2009, na localidade francesa de Amberre, obteve o seu melhor resultado nos 20 km, 1.35.48. Alcançou agora a sua sexta vitória.


A primeira marchadora a cortar a linha de meta foi a polaca Agnieszka Ellward, com o tempo de 47.29, sob os aplausos constantes do público presente, extensivos aos demais atletas, numa manhã que começou com tempo de sol mas terminou debaixo de chuva. Ellward, de 27 anos, possui um recorde pessoal de 1.40.49 na distância olímpica dos 20 km marcha, tempo obtido em 2014, em Zaniemysl, região de Poznan, na 12.ª edição do grande prémio com o mesmo nome.


Finalmente, duas referências a assinalar na prova de Troussey: a francesa Marie-Astrid Monmessin, que terminou «ex aequo» na segunda posição com um tempo, nada desprezível para uma mulher da sua idade (60 anos), de 55.42, e o belga Robert Schouckens, que com 88 anos foi 25.º classificado. Schouckens é uma lenda da especialidade no seu país, tendo tido os seus tempos áureos nos anos 70. Em 1977 venceu a mítica prova de fundo de marcha Estrasburgo-Paris (500 km) e aos 83 anos estabeleceu um recorde mundial nos 50 km com a marca de 6.56.37.


Classificação
10 km masculinos/femininos
1.º, Philippe Bonneau, 1965 (Antony Athlé 92), 47.29
2.ª, Agnieszka Ellward, 1989 (Gdansk - Polónia), 49.18 - fem.
3.ª, Nathalie Chretien, 1966 (ES Thaon), 55.42 - fem.
4.ª, Marie-Astrid Monmessin, 1956 (ES Thaon), 55.42 - fem.
5.º, William Pfister, 1963 (ASM Bar le Duc), 57.22
6.º, Daniel Siegenfuhr, 1950 (ES Thaon), 57.46
7.ª, Raphaelle Joffroy, 1972 (AVEC), 59.27 - fem.
8.º, Roland Louis, 1963 (AVEC), 1.02.10
9.ª, Jany Hanouzet, 1948 (ASM Bar le Duc), 1.04.21
10.º, Emmanuel Hartmann, 1968 (APTT Bar le Duc   ), 1.05.02
11.ª, Claudine Anxionnat, 1951 (AVEC), 1.05.29 - fem.
12.º, Didier Primatesta, 1972 (NL), 1.06.07
13.º, Guy Tabouret, 1957 (NL), 1.06.32
14.ª, Coralie Louis, 1987 (AVEC), 1.07.46 - fem.
15.º, François Stolz, 1966 (NL), 1.07.49
16.º, Jacques Vincent, 1944 (CIS Anould), 1.11.37
17.º, Emmanuel Tardi, 1967 (LP Longjumeau), 1.12.09
18.ª, Stéphanie Renaux, 1975 (AVEC), 1.12.46 - fem.
19.º, André Toussaint, 1952 (ASM Bar le Duc), 1.14.26
20.º, Michel Thomas, 1948 (NL), 1.21.19
21.º, Daniel Chamagne, 1941 (ASM Bar le Duc), 1.22.56
22.º, Abel Hilmoine, 1951 (ASM Bar le Duc), 1.23.14
23.ª, Christelle Vattant, 1974 (NL), 1.28.08 - fem.
24.ª, Christelle Martin, 1975 (NL), 1.28.47 - fem.
25.º, Robert Schouckens, 1928 (St Ghislain - Bélgica), 1.30.13
26.º, Alain Auvré, 1958 (CO Eu Bresle), 1.40.27
27.ª, Marie-Claude Picot, 1946 (ASM Bar le Duc), 3,6k - fem.



Colaboração: Emmanuel Tardi

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Ma Zhenxia, nova campeã mundial de juniores em Bydgoszcz

Ma Zhinxia festeja a vitória nos mundiais de Bydgoszcz.
Foto: Getty Images
A chinesa Ma Zhenxia venceu esta terça-feira, em Bydgoszcz, os 10 mil metros marcha femininos dos Campeonatos do Mundo de Atletismo para  Juniores, que decorrem naquela cidade polaca até domingo. Zhenxia completou a distância em 45.18,45 m, menos cinco segundos que a segunda classificada, a italiana Noemi Stella (45.23,85), com a etíope Yehualeye Beletew a garantir o terceiro posto, com 45.33,69 m (recorde africano de juniores femininos). A portuguesa Carolina Costa foi 29.ª, com um novo recorde pessoal de 50.25,05 m.


Vencedora dos Jogos Olímpicos da Juventude de 2014, realizados em Nanquim (China) e dos mundiais de juvenis de 2015 (Cali, Colômbia), Ma Zhenxia esteve sempre no grupo da frente, liderando na fase inicial (4.39,27 aos 1000 metros). Cedendo a liderança para finlandesa Taika Nummi, o ritmo aumentou (4.27,57 no segundo quilómetro), mas já com o andamento estabilizado, o terceiro quilómetro foi cumprido com 12 atletas no grupo da liderança, onde pontificavam Nummi, Belatew, Stella e Ma.


Seriam essas atletas a forçar o andamento no terço central da prova, provocando a diminuição do grupo da frente, composto por aquelas quatro e ainda pela mexicana Valeria Ortuño e pela chinesa Jiang Shanshan. Após os 7000 metros de prova, começou a definir-se o pódio, com Stella, Beletew e Ma a isolarem-se em trio na liderança.


Sobrecarregada com duas notas de desclassificação, a etíope optou pela prudência quando, à entrada para o último quilómetro, Ma e Stella forçaram o andamento e garantiu a terceira posição em que iria terminar, assegurando dessa forma a medalha de bronze. Trata-se da segunda vez que a Etiópia alcança um sucesso dessa dimensão em provas internacionais de marcha, tendo já tinha conhecido o sabor do pódio há um ano através de Ayalnesh Dejene, terceira no mundial de juvenis de Cali do ano passado.


Na luta pela vitória, só na volta final Ma Zhenxia conseguiu impor-se em definitivo a Noemi Stella, sua «velha» conhecida desde Nanquim-2014, quando Ma foi primeira e Stella terminou no terceiro posto. Pelo meio tinha então ficado a mexicana Ortuño, que agora, em Bydgoszcz, foi a primeira fora do pódio, ainda assim com um novo recorde centro-americano de juniores de 45.44,33 m.


Com apenas 17 anos e já vencedora da prova de juniores femininos dos recentes mundiais de marcha por seleções (Roma, 7 e 8 de Maio), Ma Zhenxia sucede agora à checa Anežka Drahotová, vencedora do mundial do escalão de há dois anos, em Eugene (Estados Unidos), então com o impressionante recorde mundial de juniores de 42.47,25 m, à frente precisamente de duas compatriotas da nova campeã.


Quanto à portuguesa Carolina Costa, fez um início de prova a apontar claramente para um resultado abaixo da barreira dos 50 minutos, que ainda não tinha quebrado. Nos primeiros três quilómetros de prova ganhou mais de vinte segundos em relação ao andamento médio por cada mil metros, mas o quarto quilómetro em quebra de ritmo determinou a inversão da tendência e a meio da prova rolava já acima dos cinco minutos por quilómetro. Andava então pelo 31.º lugar.


Na segunda metade, a atleta do Clube Oriental de Pechão e actual campeã nacional de juniores em pista conseguiu controlar a perda de velocidade, mas não evitou perder mais do que tinha ganho na fase inicial. Com boa reacção no oitavo e no décimo quilómetros, demonstrando conseguir resistir às maiores dificuldades, ainda subiu alguns lugares até terminar no 29.º posto, deixando definitivamente para trás algumas das colegas de prova que a acossaram ao longo dos primeiros nove quilómetros de competição. Em todo o caso, mesmo não baixando a casa dos 50 minutos, Carolina Costa estabeleceu um novo recorde pessoal, agora cifrado em 50.25,05 m.


Classificação
1.ª, Zhenxia Ma (China), 45.18,45
2.ª, Noemi Stella (Itália), 45.23,85
3.ª, Yehualeye Beletew (Etiópia), 45.33,69
4.ª, Valeria Ortuño (México), 45.44,33
5.ª, Shanshan Jiang (China), 45.51,27
6.ª, Taika Nummi (Finlândia), 46.04,74
7.ª, Karla Jaramillo (Equador), 46.15,24
8.ª, Yukiho Mizoguchi (Japão), 46.19,49
9.ª, Rachelle De Orbeta (Porto Rico), 46.22,71
10.ª, Evelyn Inga (Peru), 46.24,71
11.ª, Teresa Zurek (Alemanha), 46.34,94
12.ª, Leyde Guerra (Peru), 46.37,03
13.ª, Clara Smith (Austrália), 46.59,96
14.ª, Emilia Lehmeyer (Alemanha), 47.03,11
15.ª, Lina Bolívar (Colômbia), 47.03,71
16.ª, Mishell Semblantes (Equador), 47.08,16
17.ª, Olga Niedzialek (Polónia), 47.45,65
18.ª, Giada Francesca Ciabini (Itália), 48.27,41
19.ª, Tayla Paige Billington (Austrália), 48.32,33
20.ª, Zofia Kreja (Polónia), 48.32,80
21.ª, María Fernanda Montoya (Colômbia), 48.48,99
22.ª, Valeryia Komel (Bielorrússia), 48.49,60
23.ª, Arely Morales (Guatemala), 49.01,24
24.ª, Irene Montejo (Espanha), 49.25,85
25.ª, Anali Cisneros (EUA), 49.31,88
26.ª, Odeth Huanca (Bolívia), 49.41,85
27.ª, Enni Nurmi (Finlândia), 49.53,55
28.ª, Meaghan Podlaski (EUA), 50.21,22
29.ª, Carolina Costa (Portugal), 50.25,05
30.ª, Yuliia Balym (Ucrânia), 50.30,54
31.ª, Anastasia Sanzana (Chile), 50.32,61
32.ª, Yeter Arslan (Turquia), 50.35,28  
33.ª, Meral Kurt (Turquia), 50.37,78
34.ª, Kristina Povorozniuk (Ucrânia), 52.38,92  
35.ª, María José Cortes Blandon (Nicarágua), 52.52,60

terça-feira, 19 de julho de 2016

Os oficiais nos Campeonatos do Mundo de Sub-20 em Bydgoszcz

Frédéric Bianchi, o juiz -hefe de marcha.
Foto: Filippo Calore
Os Campeonatos do Mundo de Juniores (Sub-18) terão lugar em Bydgoszcz, Polónia, de 19 a 24 deste mês, estando calendarizadas a realização das finais das provas de marcha, na distância de 10.000 metros, a feminina para o primeiro dia de competições, pelas 18.00 horas locais, com a participação da atleta algarvia Carolina Costa, e a prova masculina, no dia 23, pelas 9.30 horas locais.

O Dr. Pedro Branco, Delegado Médico, é o único oficial português nomeado para o evento da IAAF. Coordenou o departamento médico da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) durante 14 anos e é presidente da Comissão Médica e de Antidopagem da Associação Europeia de Atletismo e membro da Comissão Médica e Antidopagem da IAAF.

Dos restantes elementos nomeados para cargos oficiais nestes mundiais merece-nos especial relevância a equipa de juízes internacionais de marcha, que vai ser liderada pelo suíço Frédéric Bianchi, que também monitorizará todo o processo do PIT LANE, a primeira vez que ocorrerá neste tipo de campeonatos. Contará com a colaboração, em termos logísticos, do juiz internacional polaco Janusz Krynicki, o coordenador–geral dos juízes polacos.

Os restantes Juízes Internacionais de Marcha (Nível III da IAAF) nomeados são: Carlos Barrios (Guatemala), Maryanne Daniel (EUA), Wang Tak Fung (Hong-Kong), Hans van der Knaap (Holanda) e Nicola Maggio (Itália).

O alemão Helmut Digel e o inglês Chris Cohen serão os delegados técnicos, Klaus Hartz (Alemanha) chefiará a equipa de Oficiais Técnicos Internacionais (10 elementos), enquanto o italiano Ottavio Castellini e o espanhol Paco Ascorbe serão os responsáveis pelo setor da Estatística.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Sportinguistas João Vieira e Vitória Oliveira impuseram-se no Nacional da I Divisão

João Vieira, do Sporting, autor do melhor
resultado entre os marchadores nos nacionais
de clubes. Foto: O Marchador
João Vieira, nos 5.000 metros marcha, e Vitória Oliveira, nos 3.000 m marcha, destacaram-se este sábado nas provas da sua especialidade, integradas nos Campeonatos Nacionais de Clubes da I Divisão, que tiveram lugar durante o fim-de-semana na renovada pista de atletismo de Setúbal.

Na prova masculina, durante boa parte da prova, João Vieira sentiu a companhia do seu irmão gémeo, Sérgio, do Benfica, ambos despedindo-se das provas nacionais com o pensamento, agora, nos Jogos Olímpicos. O primeiro fez 20.23,70 e o segundo chegaria à meta a pouco mais de cinco segundos. No “sprint” para o terceiro lugar, o olímpico Augusto Cardoso, da ACR Sr.ª Desterro (agora mais dedicado a provas de corridas), levou a melhor sobre o jovem Rui Coelho, do CA Seia, clube que tem realizado um bom trabalho com marchadores.

Uma nota para António Pereira, o atleta olímpico (11.º nos 50 km marcha de Pequim’2008) do Sporting Clube de Braga, que se sentiu mal durante a prova e caiu desamparado, tendo tido necessidade de ser transportado ao hospital. Felizmente, não passou de um susto.

Na prova feminina, o triunfo de Vitória Oliveira não sofreu qualquer contestação.  Realizou o tempo de 13.20,52, impondo-se à jovem benfiquista Mara Ribeiro (nascida para a marcha em Rio Maior), que finalizou na segunda posição, a 22 segundos da primeira. A consistente Sandra Silva (GRECAS – Vagos), campeã europeia de masters, assegurou a terceira posição, com o tempo de 14.27,90. A sportinguista Vera Santos, que triunfara na edição de 2015 e já recuperada de um contratempo físico que a afligiu, não foi opção dos responsáveis do clube leonino.

Na II Divisão, as provas foram realizadas simultaneamente com as da I Divisão. Na competição masculina, o jovem Luís Pássaro (CC São João da Madeira) foi o melhor, com a marca de 24.26,43, enquanto na prova feminina a veterana Sandra Leitão, da ADRE Palhaça, que vencera no ano passado, na III Divisão, triunfou, obtendo o tempo de 16.24,12.

Surpresa constituiu a ausência de qualquer marchadora do CO Pechão (15.º clube na fase de apuramento), coletividade algarvia com um dos mais fortes contingentes de marcha do país e que tem em Ana Cabecinha a sua figura de proa, atualmente em preparação para os Jogos Olímpicos. A campeã portuguesa estava inscrita bem como Carolina Costa (a participar nos mundiais de juniores) e Edna Barros, que no ano passado venceu a II Divisão, com a marca de 13.24,98.

Na III Divisão, disputada em Vagos, globalmente com marcas de inferior nível técnico ao registado em 2015 mas aqui a classificação assume contornos mais relevantes, Cristiano António (AC Vermoil) impôs-se à concorrência (vencera também no ano passado), ao triunfar com a marca de 24.25,48 nos 5.000 metros, enquanto no setor feminino Carina Rodrigues, do GD Diana, uma agremiação de Évora, foi a melhor, com o tempo de 16.43,06.

Os três primeiros:
I divisão – Masculinos
1.º, João Vieira, 1976 (Sporting Clube de Portugal), 20.23,70
2.º, Sérgio Vieira, 1976 (Sport Lisboa e Benfica), 20.28,87
3.º, Augusto Cardoso, 1994 (Associação Cultural e Rec. Senhora do Desterro), 22.04,83

Campeã: Sport Lisboa e Benfica

I divisão – Femininos
1.ª, Vitória Oliveira, 1992 (Sporting Clube de Portugal), 13.20,52
2.ª, Mara Ribeiro, 1995 (Sport Lisboa e Benfica), 13.42,56
3.ª, Sandra Silva, 1975 (GRECAS - Vagos), 14.27,90

Campeã: Sporting Clube de Portugal

II divisão – Masculinos
1.º, Luís Pássaro, 1994 (Clube de Campismo de São João da Madeira), 24.26,43
2.º, José Silva, 1985 (Núcleo de Atletismo de Cucujães), 24.58,85
3.º, Victor Silva, 1990 (Associação Desportiva e Recreativa Água de Pena), 25.18,22

Campeã: Gira Sol

II divisão – Femininos
1.ª, Sandra Leitão, 1975 (Associação Desportiva e Recreativa da Palhaça), 16.24,12
2.ª, Marisa Pereira, 1980 (Sporting Clube de Braga), 16.33,57
3.ª, Andreia Sousa, 1998 (Maia Atlético Clube), 18.19,09

Campeã: Maia Atlético Clube

III divisão – Masculinos
1.º, Cristiano António, 1988 (Atlético Clube de Vermoil), 24.25,48
2.º, Pedro Amaral, 1997 (Juventude Ilha Verde), 24.33,51
3.º, Eduardo Cardoso, 1992 (CCD Ribeirão), 29.47,07

Campeã: Juventude Ilha Verde

III divisão – Femininos
1.ª, Carina Rodrigues, 1987 (Grupo Desportivo Diana), 16.43,06
2.ª, Ana Leonor, 1998 (CD Ribeirinho), 16.48,93
3.ª, Sara Leal, 1996 (Núcleo de Atletismo de Cucujães), 19.10,69

Campeã: Grupo Desportivo Diana

domingo, 17 de julho de 2016

Com Marcelo, marchar, marchar!

Pedro Isidro e o Presidente da República
Marcelo Rebelo de Sousa deixou-se fotografar ao lado de Pedro Isidro, um dos atletas portugueses que vão estar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, competindo na prova dos 50 km marcha.
Foi no Palácio de Belém, na cerimónia de apresentação de cumprimentos à delegação portuguesa aos Jogos, a que se seguiu a condecoração com o Grau de Comendador da Ordem do Mérito, de oito atletas que brilharam nos recentes Campeonatos da Europa de atletismo (7) e canoagem (1).
O Presidente Marcelo já antes realçara que nem só de futebol vive o desporto e agora manifestou o seu forte desejo de que daqui por umas semanas possa receber muitos outros atletas, e alguns destes, para condecorar, numa evidente alusão aos Jogos Olímpicos.
Bem precisam os atletas portugueses das diversas disciplinas do atletismo deste e de outros incentivos para representarem o país ao mais alto nível no maior evento desportivo planetário.

Campeonatos Masters de Itália em Arezzo (resultados)

A famosa Piazza Grande em Arezzo e a partida feminina.
Fotos: Marcia.it e dicasdaitalia.blogspot
Montagem: O Marchador
Foram 108 os marchadores italianos que participaram nos Campeonatos Individuais Masters de pista que tiveram lugar de 8 a 10 de Julho no Campo Atletica «Enzo Tenti» em Arezzo, uma das mais belas e ricas cidades da região de Toscana que foi cenário do filme «La vita é bella» de Roberto Benigni.

No sábado (dia 9), os masculinos, com 75 participantes, foram divididos em 3 grupos, com a prova dos mais velhos de 65 ou mais anos a ser a primeira a ter lugar. Os 3 primeiros foram da categoria M65, Ettorino Formentin (U.S. Quercia Trentingrana, 27.22,16), Antonio Usai (A.S. Kronos Roma Quattro, 29.52,05) e Franco Lovo (Nuova Atletica Dal Friuli, 30.15,80). De notar ainda os vencedores M70, Pasquale Palella (Amatori Masters Novara, 30.27,15), 4.º na geral, e Romolo Pelliccia (Ass.Atl.Libertas Orvieto, 31.06,45), 6.º na geral do grupo.

De seguida realizou-se a prova para as categorias M50, M55 e M60, com os lugares dianteiros a serem preenchidos por Antonio Lopetuso (Amatori Atl. Acquaviva, 23.59,93, M55), Andrea Naso (Atletica Lonato-LEM Italia, 25.51,98, M55) e Giancarlo Giuliano, 1966 (Italia, 26.02,12, M50). O 1.º M60 entraria na 8.ª posição da geral, Stefano Giani (CUS Insubria Eolo, 27.02,56).

O último grupo masculino, o dos mais novos (M35, M40 e M45), claríssima vitória para Vincenzo Magliulo, M40 (ASD Arca Atl.Aversa A.Aversano), com 22.23,66. Seguiram-lhe Gian Mauro Pirino, 1972 (POL Gonone Dorgali, 24.45,97, M40) e Luigi Paulini (A.S. Kronos Roma Quattro, 24.50,62, M45). O primeiro atleta M35 quedou-se pela 8.ª posição geral do grupo, Gabriele Ravacchioli (Atl.Libertas A.R.C.S. Perugia, 26.15,61).

O domingo (dia 10) foi dedicado às senhoras da marcha, com apenas uma prova para as 33 participantes. A vencedora absoluta e campeã W40 foi Valeria Pedetti (Atl. Libertas ARCS CUS Perugia), 25.29,44). Até à 4.ª posição todas pertenceram a diferentes categorias etárias e com títulos das mesmas, nomeadamente Tatiana Zucconi (Italia Marathon Club, 26.02,33 - 1.ª, W35), Elena Cinca (Atletica Brugnera Friulintagli, 27.28,14 - 1.ª, W45) e Peppina Demartis (Shardana ASD, 27.45,17 - 1.ª, W55). Para fechar os títulos em disputa, o da categoria W60, entrou na 8.ª posição da geral Daniela Ricciutelli (Italia Marathon Club, 28.58,32).

Classificações
5.000 m masculinos M65+ (9/7)
1.º, Ettorino Formentin, 1947 (U.S. Quercia Trentingrana), 27.22,16 - 1.º, M65
2.º, Antonio Usai, 1951 (A.S. Kronos Roma Quattro), 29.52,05 - 2.º, M65
3.º, Franco Lovo, 1949 (Nuova Atletica Dal Friuli), 30.15,80 - 3.º, M65
4.º, Pasquale Palella, 1946 (Amatori Masters Novara), 30.27,15 - 1.º, M70
5.º, Corrado Carbonaro, 1947 (A.S.D. Aretusa Marcia Siracusa), 30.52,43 - 4.º, M65
6.º, Romolo Pelliccia, 1936 (Ass.Atl.Libertas Orvieto), 31.06,45 - 1.º, M80
7.º, Valter Lupetti, 1950 (Alga Etruscatletica), 32.03,07 - 5.º, M65
8.º, Mario Angelini, 1946 (Italia Marathon Club), 32.36,26 - 2.º, M70
9.º, Marco Cavedagni, 1951 (S.E.F. Virtus Emilsider BO), 33.23,72 - 6.º, M65
10.º, Antonio Ferro, 1948 (Italia Marathon Club), 33.25,84 - 7.º, M65
11.º, Ferdinando Rutolo, 1947 (G.S.D. K42 Roma), 33.26,76 - 8.º, M65
12.º, Angelo Bergamini, 1949 (Atletica 85 Faenza), 33.27,57 - 9.º, M65
13.º, Gianfranco De Lucia, 1943 (A.S. Kronos Roma Quattro), 34.15,78 - 3.º, M70
14.º, Paolo Muscas, 1947 (Italia Marathon Club), 34.17,93 - 10.º, M65
15.º, Marco Monetti, 1949 (Atl. Ambrosiana), 35.09,35 - 11.º, M65
16.º, Mauro Lucchini, 1939 (Libertas Mantova), 35.19,78 - 1.º, M75
17.º, Franco Messina, 1941 (A.S. Kronos Roma Quattro), 35.34,63 - 2.º, M75
18.º, Ettore Perniciaro, 1943 (Jogging Team Paterlini), 36.17,84  - 4.º, M70
19.º, Vincenzo Bellofiore, 1944 (A.S.D. Aretusa Marcia Siracusa), 36.25,90 - 5.º, M70
20.º, Piergiorgio Andreotti, 1940 (Atletica Lonato-LEM Italia), 36.39,58 - 3.º, M75
21.º, Rinaldo Brunetti, 1949 (Italia Marathon Club), 37.22,68 - 12.º, M65
22.º, Nazzareno Proietti, 1933 (G.S.D. K42 Roma), 37.36,53 - 2.º, M80
23.º, Vincenzo Mincella, 1939 (A.S.D. Ortigia Marcia), 37.40,58 - 4.º, M75
24.º, Enrico Mariotti, 1934 (Italia Marathon Club), 38.02,40 - 3.º, M80
25.º, Giuseppe Santangelo, 1946 (A.S.D. Ortigia Marcia), 39.15,60 - 6.º, M70
26.º, Raimondo Mar Smargiassi, 1942 (Italia Marathon Club), 43.13,92 - 7.º, M70
Desistente: Giampaolo Gamba, 1940 (Nuova Atletica Dal Friuli) - M75.

5.000 m masculinos M50+M55+M60 (9/7)
1.º, Antonio Lopetuso, 1958 (Amatori Atl. Acquaviva), 23.59,93 - 1.º, M55
2.º, Andrea Naso, 1960 (Atletica Lonato-LEM Italia), 25.51,98 - 2.º, M55
3.º, Giancarlo Giuliano, 1966 (Italia), 26.02,12 - 1.º, M50
4.º, Gabriele Caldarelli, 1959 (Atletica Firenze Marathon S.S.), 26.15,19 - 3.º, M55
5.º, Rosario Gallo, 1958 (Proform Me Road Runners), 26.21,10 - 4.º, M55
6.º, Fabio Aina, 1966 (Atletica Vercelli 78), 26.33,76 - 2.º, M50
7.º, Roberto Giamogante, 1963 (A.S. Kronos Roma Quattro), 26.43,88 - 3.º, M50
8.º, Stefano Giani, 1954 (CUS Insubria Eolo), 27.02,56 - 1.º, M60
9.º, Filippo Collatina, 1964 (A.S. Kronos Roma Quattro), 27.05,86 - 4.º, M50
10.º, Alberto Pio, 1952 (Atletica Vercelli 78), 27.07,86 - 2.º, M60
11.º, Rosario Petrungaro, 1958 (A.S. Kronos Roma Quattro), 27.09,42 - 5.º, M55
12.º, Luigi Gonella, 1956 (Atletica Canavesana), 27.18,60 - 3.º, M60
13.º, Vincenzo Fortunato, 1957 (Amatori Masters Novara), 27.48,58 - 6.º, M55
14.º, Enrico Olivo, 1957 (Atl. Insieme New Foods VR), 28.11,38 - 7.º, M55
15.º, Michele De Masis, 1956 (Atletica Lonato-LEM Italia), 28.20,18 - 4.º, M60
16.º, Giorgio Chiesa, 1963 (A.S.D. Atl. Fossano '75), 28.32,15 - 5.º, M50
17.º, Claudio Penolazzi, 1955 (Atletica Lonato-LEM Italia), 29.13,28 - 5.º, M60
18.º, Paolo Diego Fissore, 1955 (A.S.D. Atl. Fossano '75), 29.17,96 - 6.º, M60
19.º, Gabriele Moretti, 1955 (Atletica Lonato-LEM Italia), 29.23,35 - 7.º, M60
20.º, Giovanni Stella, 1961 (A.S.D. Aretusa Marcia Siracusa), 29.38,04 - 8.º, M55
21.º, Adler Gamberini, 1961 (G.P. Avis Forli), 29.38,70 - 9.º, M55
22.º, Sebastiano Roncone, 1960 (Italia Marathon Club), 29.46,11 - 10.º, M55
23.º, F Venturi Degli Esposti, 1957 (U.S. Scanzorosciate), 29.50,63 - 11.º, M55
24.º, Pierpaolo Piroddi, 1963 (Studium Et Stadium), 30.14,49 - 6.º, M50
25.º, Mauro Menini, 1958 (G.S.D. K42 Roma), 30.35,60 - 12.º, M55
26.º, Vincenzo Bloise, 1957 (A.S. Kronos Roma Quattro), 30.37,07 - 13.º, M55
27.º, Antonio Rocchi, 1956 (Edera Atl. Forli), 30.57,95 - 8.º, M60
28.º, Pierpaolo Neri, 1959 (Edera Atl. Forli), 32.10,06 - 14.º, M55
29.º, Gianfranco Arturi, 1955 (S.S.Fiamma Atl.Catanzaro), 32.54,37 - 9.º, M60
30.º, Santo Scarpuzza, 1955 (A.S.D. Ortigia Marcia), 33.12,84 - 10.º, M60
31.º, Rubens Cecchini, 1961 (G.P. Lucrezia), 33.36,18 - 15.º, M55
32.º, Massimo Fioresi, 1957 (Italia Marathon Club), 34.15,08 - 16.º, M55
Desistente: Alessandro Volpi, 1960 (Toscana Atletica Futura) - M55

5.000 m masculinos M35+M40+M45 (9/7)
1.º, Vincenzo Magliulo, 1976 (ASD Arca Atl.Aversa A.Aversano), 22.23,66 - 1.º, M40
2.º, Gian Mauro Pirino, 1972 (POL Gonone Dorgali), 24.45,97 - 2.º, M40
3.º, Luigi Paulini, 1970 (A.S. Kronos Roma Quattro), 24.50,62 - 1.º, M45
4.º, Andrea Mercaldo, 1976 (ASD Atletica Prato), 24.57,67 - 3.º, M40
5.º, Bernardo Cartoni, 1969 (A.S. Kronos Roma Quattro), 25.12,83 - 2.º, M45
6.º, Antonio D'Orlando, 1971 (ASD Spectec Duferco Carispezia), 25.41,50 - 3.º, M45
7.º, Giuseppe Saponaro, 1969 (Atletica Brugnera Friulintagli), 26.07,17 - 4.º, M45
8.º, Gabriele Ravacchioli, 1979 (Atl.Libertas A.R.C.S. Perugia), 26.15,61 - 1.º, M35
9.º, Luigi Ernesto Brugnetti, 1967 (Libertas Mantova), 26.43,89 - 5.º, M45
10.º, Leonardo Giovanni Prata, 1971 (O.S.A. Saronno Lib.), 27.49,79 - 6.º, M45
11.º, Emanuele Caminada, 1970 (C.U.S. Torino), 31.15,00 - 7.º, M45
12.º, Marco Mura, 1976 (Studium Et Stadium), 32.14,45 - 4.º, M40
13.º, Stefano Rossi, 1970 (G.S.Self Atl. Montanari Gruzza), 35.29,11  - 8.º, M45
Desistentes: Massimo Baldi, 1971 (ASD Track & Field Master Gross) - M45 e Franco Geronimo, 1968 (G.S.Self Atl. Montanari Gruzza) - M45.

5.000 m femininos - todos os escalões (10/7)
1.ª, Valeria Pedetti, 1973 (Atl. Libertas ARCS CUS Perugia), 25.29,44 - 1.ª, W40
2.ª, Tatiana Zucconi, 1977 (Italia Marathon Club), 26.02,33 - 1.ª, W35
3.ª, Elena Cinca, 1970 (Atletica Brugnera Friulintagli), 27.28,14 - 1.ª, W45
4.ª, Peppina Demartis, 1960 (Shardana ASD), 27.45,17 - 1.ª, W55
5.ª, Melania Aurizzi, 1970 (Italia Marathon Club), 28.26,30 - 2.ª, W45
6.ª, Raffaella Manfre', 1974 (Atletica Lonato-LEM Italia), 28.33,66 - 2.ª, W40
7.ª, Claudia Mazzei, 1980 (ASD La Galla Pontedera Atl.), 28.48,27 - 2.ª, W35
8.ª, Daniela Ricciutelli, 1956 (Italia Marathon Club), 28.58,32 - 1.ª, W60
9.ª, Manuela Lucaferro, 1963 (Atletica Lonato-LEM Italia), 29.13,56 - 1.ª, W50
10.ª, Mirella Patti, 1962 (Italia Marathon Club), 29.36,95 - 2.ª, W50
11.ª, Roberta Mombelli, 1968 (Atl. Virtus Castenedolo), 29.51,07 - 3.ª, W45
12.ª, Simona Palandri, 1976 (ASD Track & Field Master Gross), 30.17,60 - 3.ª, W40
13.ª, Lucia Maggio, 1972 (Atletica Dei Gelsi), 30.41,98 - 4.ª, W40
14.ª, Patrizia Furegon, 1965 (Italia Marathon Club), 30.53,07 - 3.ª, W50
15.ª, Maria Paola Formiconi, 1956 (Italia Marathon Club), 30.53,39 - 2.ª, W60
16.ª, Giuseppina Comba, 1957 (A.S.D. Atl. Fossano '75), 31.00,51 - 2.ª, W55
17.ª, Gloria Bonfiglioli, 1975 (ASD Track & Field Master Gross), 31.24,51 - 5.ª, W40
18.ª, Elena Bellagotti, 1977 (ASD Track & Field Master Gross), 31.25,95 - 3.ª, W35
19.ª, Adriana Manzella, 1958 (A.S.D. Ortigia Marcia), 31.26,60 - 3.ª, W55
20.ª, Olivia Nappi, 1978 (ASD Track & Field Master Gross), 32.12,00 - 4.ª, W35
21.ª, Maria Antonia Pais, 1964 (Studium Et Stadium), 32.21,94 - 4.ª, W50
22.ª, Laura Bonari, 1959 (ASD Track & Field Master Gross), 33.41,49 - 4.ª, W55
23.ª, Maria Maddalena Vantadori, 1959 (G.S. Montestella), 33.56,42 - 5.ª, W55
24.ª, Rita Del Pinto, 1949 (A.S.D. Liberatletica), 34.06,79 - 1.ª, W65
25.ª, Giuseppa Tempio, 1952 (A.S.D. Ortigia Marcia), 34.39,79 - 3.ª, W60
26.ª, Rosaria Olivieri, 1964 (ASD Track & Field Master Gross), 35.00,33 - 5.ª, W50
27.ª, Grazia Maria Giuliano, 1956 (A.S.D. Ortigia Marcia), 35.04,77 - 4.ª, W60
28.ª, Alessandra Calapai, 1965 (Italia Marathon Club), 35.06,53 - 6.ª, W50
29.ª, Sara Ferroglia, 1976 (ASD Track & Field Master Gross), 36.38,68 - 6.ª, W40
30.ª, Claudia Marinozzi, 1960 (ASD Track & Field Master Gross), 37.25,82 - 6.ª, W55
31.ª, Simonetta Pasqualoni, 1952 (Italia Marathon Club), 37.36,29 - 5.ª, W60
32.ª, Lucia Gionfriddo, 1960 (A.S. Dil. Femminile Diana SR), 37.44,55 - 7.ª, W55
33.ª, Teresa Cistaro, 1967 (A.S.D. Liberatletica), 37.53,97 - 4.ª, W45

Fonte dos resultados: FIDAL