Ana Cabecinha, campeã nacional de marcha, 4.ª
classificada nos 20 km marcha dos mundiais de Pequim, e o seu treinador Paulo
Murta, foram algumas das personalidades distinguidas no decorrer do jantar comemorativo
do 53º aniversário da Associação de Atletismo do Algarve, que decorreu no
domingo, em Faro.
A entidade que gere o atletismo algarvio, presidida por
Lara Ramos, que tem uma ligação ao atletismo de meio século, premiou,
igualmente, outros atletas, com particular incidência para as jovens
marchadoras internacionais algarvias, Edna Barros, Catarina Marques e Carolina
Costa, atribuindo o título de "Dirigente do Ano" a Mónica Barros, do
Clube Desportivo de Quarteira, onde são vários os jovens que praticam a
especialidade.
Rodrigo Marques, jovem marchador de Pechão, e candidato a
um lugar na seleção portuguesa para os primeiros europeus de juvenis, recebeu o
prémio para a categoria de “Revelação do Ano” e o Clube Oriental de Pechão o de
“Clube do Ano”, premiando os excelentes resultados alcançados por esta
agremiação algarvia nos planos quantitativo e qualitativo.
E não se ficaram por aqui as distinções da AA Algarve,
reconhecendo o profícuo trabalho desempenhado pelos agentes da modalidade. No
prémio "Homenagem ao Treinador (Mais 30 anos)" destacamos os
treinadores que dedicaram ou têm dedicado muito do seu esforço à marcha
atlética, casos de Eleutério Dâmaso, Hélder Bacalhau e José Conceição.
Ana Cabecinha, de 31 anos, que fez-se atleta aos 10 anos
de idade, depois de ter partido a perna e a terem aconselhado à prática do
atletismo. Desde sempre é treinada por Paulo Murta, que tem a seu cargo a
orientação técnica de todos os marchadores do clube.
Iniciou a senda de triunfos nas principais competições
nacionais aos 13 anos de idade, sendo uma das duas únicas especialistas de
marcha (a outra é Inês Henriques) que venceu as competições de todos os
escalões etários (infantis a juvenis) constantes do programa dos campeonatos
nacionais de marcha, em estrada.
O seu primeiro grande momento, no plano internacional,
deu-se em 2003, quando chegou ao pódio (3.º lugar) dos 10.000 metros marcha dos
campeonatos europeus de atletismo, realizados em Tampere, na Finlândia, de todo
inesperado pelos dirigentes federativos da época, que não consideraram a
possibilidade de fazer-se acompanhar de um treinador da especialidade.