domingo, 31 de janeiro de 2016

Campeonatos Nacionais da Bolívia (resultados)

Fase da prova feminina, com a vencedora Angela Castro (1264).
Foto: fb AtleBolivia. Montagem: O Marchador
Angela Castro venceu os 20km marcha femininos dos campeonatos da Bolívia que tiveram lugar no fim-de-semana de 23/24 de janeiro, em Santa Cruz de la Sierra, no centro do país, realizando a marca de 1.37.08, ainda assim não superando o seu recorde pessoal, que é de 1.35.58, obtido no Perú, em 2013. Na segunda posição, e com apenas mais um segundo, classificou-se Wendy Gabriela Cornejo (1.37.09) e, a completar o pódio, a campeã pan-americana júnior de 2015, Stefany Coronado, estreando-se na distância com o tempo de 1.39.33.

Nos 20 km masculinos, Marco Antonio Rodríguez conquistou o título boliviano com a marca de 1.26.35 (possui um recorde pessoal de 1.23.35, de Arica, Chile, de 2015), enquanto nos 35 km masculinos o triunfo foi para Ronal Quispe, com 2.50.13, sagrando-se campeã feminina, na mesma distância, Nohelia Luz Magne, com o tempo de 4.03.01.

Nas provas de juniores, há a salientar as vitórias, nos 10 km masculinos, de Pablo Armando Rodríguez, com 44.03 e, nos 10 km femininos, de Odeth Huanca, com 54.32, realçando-se, ainda, o domínio dos marchadores da capital (La Paz) que venceram colectivamente os campeonatos.

Principais classificações
20 km femininos
1.ª Angela Melania Castro Chirivechz, 1993 (La Paz), 1.37.08
2.ª, Wendy Gabriela Cornejo Aliaga, 1993 (La Paz), 1.37.09
3.ª, Stefany Milfred Coronado Gemio, 1996 (La Paz), 1.39.33
4.ª, Carolina Fernanda Sarapura Llave, 1996 (La Paz), 1.53.03
5.ª, Roksana Ramirez Marchuk, 1994 (La Paz), 2.26.43
Desclassificada: Claudia Balderrama Ibañez, 1983 (Santa Cruz).

20 km masculinos
1.º, Marco Antonio Rodriguez Pardo, 1994 (La Paz), 1.26.35
2.º, Cristaldo Quispe Misme, 1996 (La Paz), 1.43.01
3.º, Alexis Diego Gutierrez Rojas, 1994 (La Paz), 1.55.02
4.º, Erick Alexander Soliz Cespedes, 1992 (Santa Cruz), 2.00.27
Desclassificados: Pablo Montaño Guareco (Santa Cruz) e José Ignacio Baptista Aduviri (Cochabamba).
Desistente: Roberto Menacho Morales, 1997.

35 km masculinos
1.º, Ronal Rey Quispe Misme, 1989 (La Paz), 2.50.13
2.º, Rodrigo Javier Zeballos Peña, 1994 (3.08.53)
Desclassificado: Pedro Paulo Menacho Morales (Santa Cruz).

35 km femininos
1.ª, Nohelia Luz Magne Abentaño, 1994 (Potosí), 4.03.01

sábado, 30 de janeiro de 2016

Campeonatos Nacionais de Juvenis de pista coberta, em Pombal

Foto: ADAL Montagem: O Marchador
O Pavilhão da Expocentro, em Pombal, vai receber a segunda edição dos Campeonatos Nacionais de Juvenis em pista coberta, neste fim-de-semana, uma organização da Federação Portuguesa de Atletismo e da Associação Distrital de Atletismo de Leiria, com o apoio do Município de Pombal. As provas de marcha serão realizadas na tarde de sábado (30 de janeiro), os 5.000 metros masculinos às 16:45 horas, e os 3.000 metros femininos às 18:00 horas.

Os acessíveis mínimos de participação são de 28.30,00, nos 5000 m masculinos, e de 17.30,00, nos 3000m femininos, não sendo permitida a participação de atletas do escalão de iniciados. Estão inscritos 15 atletas para a competição feminina, e 8 para a prova masculina, ainda assim o dobro do que regista a lista de inscrições para a prova do triplo salto, com apenas quatro atletas, em ambos os sexos.

Com os campeões de 2015, Carolina Costa, do Clube Oriental de Pechão, e Vasco Santos, do Clube de Atletismo da Marinha Grande, agora no escalão de juniores, assumem clara posição de favoritos, no sector masculino, Rodrigo Marques (CO Pechão) e Paulo Martins (Sporting CP), este transferido do CA Galinheiras, e no sector feminino, também claramente favorita, Inês Reis, do Penta Clube da Covilhã (ex-GC Amizade Donas).

Os recordes nacionais “indoor” estão na posse de Ricardo Vendeira (Maratona Clube do Montijo), com 21.18,37, nos 5.000 m marcha, tempo obtido em 28.02.1998, em Espinho, há quase 18 anos, e de Susana Feitor (Clube de Natação de Rio Maior), com 12.42,1 nos 3.000 m marcha, tempo conseguido em Braga, em 29.02.1992, portanto, há quase 24 anos.

Serão cinco os juízes especialistas de marcha atlética, dos painéis nacionais, nomeados para a competição: Maria Odete Alves (Juiz-chefe), António Caniço, Paulo Saldanha, André Ferreira e Cristiano António. Este ano a regra 230 do regulamento da IAAF, aplicável à marcha atlética, prevê a possibilidade de introdução do sistema do “Pit Lane”, um tempo de paragem para os atletas que atingem as três faltas, em vez da imediata desclassificação, sistema direccionado para atletas dos escalões jovens mas a FPA ainda não seguirá tal regra nestes nacionais de pista coberta.

Inscrições (por ordem do dorsal):
5.000 metros masculinos
47: Diogo Santos, 2000 (CA Baixa Banheira - Setúbal)
48: Daniel Gouveia, 2000 (CA Seia - Guarda)
49: Diogo Peixoto, 1999 (CD Candal - Porto)
50: Rúben Santos, 2000 (CF Oliveira do Douro - Porto)
51: Aires Rodrigues, 1999 (CO Pechão - Algarve)
52: Rodrigo Marques, 1999 (CO Pechão - Algarve)
53: Júlio Teran, 1999 (CP Corroios - Setúbal)
63: Paulo Martins, 1999 (Sporting CP - Lisboa)

3.000 metros femininos
11: Ana Cruz, 1999 (AC Alfenense - Porto)
12: Catarina Carmo, 1999 (ACD Cotovia - Setúbal)
13: Marta Sousa, 1999 (ADR Água de Pena - Madeira)
14: Petra Fernandes, 1999 (A Jardim da Serra - Madeira)
15: Lara Martins, 1999 (CD Candal - Porto)
16: Daniela Lopes, 2000 (CD Candal - Porto)
17: Ângela Carvalho, 2000 (CN Rio Maior - Santarém)
18: Ednice Barros, 1999 (CO Pechão - Algarve)
19: Bruna Colónia, 1999 (CO Pechão - Algarve)
20: Rita Vazão, 1999 (GD Pedreiras - Leiria)
21: Tânia Pires, 1999 (J Vidigalense - Leiria)
22: Renata Barry, 1999 (Learntogether AFM - Setúbal)
23: Maria Bernardo, 1999 (NS Leões da Fronteira - Guarda)
24: Joana Matos, 2000 (NS Leões da Fronteira - Guarda)
25: Inês Reis, 1999 (Penta CC - Castelo Branco)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Campeonatos distritais de marcha em Porto de Mós (resultados)

Daniela Cardoso, Inês Henriques, Ana Cabecinha e João Martins,
em Porto de Mós. Fotos: ADAL Montagem: O Marchador
Em Porto de Mós, a 23 de janeiro, realizaram-se os campeonatos distritais conjuntos de marcha em estrada de Leiria, Santarém, Coimbra e Castelo Branco, cujo programa, em simultâneo com o campeonato nacional provisório de 35 km masculinos, foi divulgado em versão final [aqui] pela FPA (4 janeiro).

Desde aí, esse programa foi sendo contrariado «à vontade do freguês» com inclusão de provas, como os 15 km e 30 km femininos, os 10 km para juvenis e masters masculinos e femininos, etc., algumas delas só percetíveis até para os atletas no próprio dia da competição, e «ajustaram-se» distâncias de campeonatos. Um exemplo disso é o facto de Leiria ter disputado o seu campeonato feminino sobre 15 km enquanto os homens realizavam surpreendentemente (não para alguns atletas) sobre 10 km e na passagem dos 35 km federativos!

Sobre a prova extra de 20 km femininos, já o blogue «O Marchador» deu conta [aqui] do lamentável incidente (e das responsabilidades inerentes) que constituiu a não homologação da marca, para efeitos do mínimo olímpico, de Daniela Cardoso (1.34.13).

Nas outras provas disputadas, e em resumo, Ana Cabecinha, do CO Pechão (Algarve), a participar extra-campeonatos, destacou-se ao obter praticamente em «contra-relógio» 1.07.40 aos 15 km (apesar de ter melhores registos intermédios em provas de 20 km), com 45.02 na passagem dos 10 km. Ainda nos 15 km, Daniela Cardoso foi cronometrada na passagem em 1.11.25 (10 km, 47.46) enquanto Susana Feitor terminava a distância com 1.14.39 (10 km, 49.40), ambas as atletas em representação do Leiria MA.

Nos 30 km femininos «extra», distância não oficial do programa do atletismo, Inês Henriques, do CN Rio Maior, obteve 2.24.25, com 47.45 e 1.35.07 nas passagens dos 10 e 20 km respectivamente.

Nos 20 km masculinos «extra», o sub-23 João Martins, do CA Ferreira do Zêzere, foi o primeiro a cortar a meta, com 1.34.12, sendo seguido na classificação por Cristiano António, do AC Vermoil, com 1.36.57 (47.45 aos 10 km), e Paulo Afonso, do GA Fátima, com 1.51.16.

Referência ainda para a prova de 10 km masculinos, vencida pelo atleta júnior (extra-campeonato) Vítor Ramos, do SL Benfica, com 47.24.

Os resultados completos dos distritais conjuntos publicados pela ADAL no seu «site» podem ser consultados [aqui].

Anna Lukyanova com 2 anos de suspensão e perda da prata em Moncton-2010

Anna Lukyanova em competição na Rússia em 2011 e
no ano anterior em Moncton logo atrás de Lashmanova.
Fotos: Mancevich e Zimbio. Montagem: O Marchador
Mais de 5 anos depois da marchadora russa Anna Lukyanova ter obtido a medalha de prata na prova de 10.000 metros marcha (21-07-2010) dos 13.os Campeonatos do Mundo de Juniores em Moncton, no Canadá, então com 44.17,98, apenas seis segundos atrás de Elena Lashmanova, foi anunciado pelo Comité Olímpico da Rússia, no passado dia 25 de janeiro, que a atleta apresentou resultados atípicos no passaporte biológico desde 19-07-2010, de acordo com documentos fornecidos pela IAAF.

Por força disso, Lukyanova perde a medalha de prata e a classificação da prova em Moncton é reformulada com todas as atletas a subirem um lugar, com particular destaque para a japonesa Kumiko Okada que passa a segunda e para a chinesa Qin He que ascende ao terceiro lugar do pódio.

Mas há mais: Lukyanova cumprirá um período de suspensão por 2 anos desde 26 de janeiro-2015 (data da assinatura do formulário de violação das regras anti-doping) até 25 de janeiro de 2017.

De notar que a atleta, agora com 24 anos de idade, realizou 1.27.08 h nos 20 km, em Sóchi a 18 de fevereiro de 2012.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Chocho sagra-se campeão do Equador nos 35 km marcha

Andrés Chocho e o pódio da prova com Rolando Saquipay e
Claudio Villanueva. Fotos: Diario El Mercurio e La Cancha
Montagem: O Marchador
Andrés Chocho venceu este sábado, a prova dos 35 km marcha dos campeonatos do Equador, realizados em Cuenca (terra natal do campeão olímpico Jefferson Pérez), percorrendo as dezassete voltas e meia ao circuito de dois quilómetros no tempo de 2.38.06. Nas posições seguintes classificaram-se, Rolando Saquipay, com 2.38.52, Claudio Villanueva, com 2.40.07, Jonathan Cáceres, com 2.42.02, Edison Salazar, com 2.50.22, e Vinicio Campaña, com 2.51.30.

A competição, marcada por intenso calor, determinava o apuramento dos melhores equatorianos para os sul-americanos de marcha atlética, na distância de 50 km, que terão lugar no Rio de Janeiro, a 27 de fevereiro próximo, e que servirão, ainda, de prova-teste para os Jogos Olímpicos.

A cidade equatoriana de Guayaquil manterá a realização dos sul-americanos de marcha, com provas para juvenis, juniores e seniores, estes na distância de 20 km apenas, calendarizados para o primeiro fim-de-semana de abril.

Luis Chocho, pai e treinador do campeão equatoriano, declarou que o seu filho não tomará parte nos sul-americanos pois já possui os mínimos olímpicos. Já Andrés afirmou-se muito satisfeito com a competição que serviu, essencialmente, para apurar o seu atual momento de forma.

Os responsáveis federativos prevêem a indicação dos componentes da selecção para os 50 km do Rio de Janeiro, em fevereiro, na próxima semana, que, em articulação com os órgãos governamentais, preparam os sul-americanos de marcha contando poder ter selecções completas em todos os escalões, nos juvenis, juniores e seniores, estes na distância de 20 km.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Mínimo em Porto de Mós não qualificável para os Jogos Olímpicos

Daniela Cardoso em Porto de Mós foi cronometrada em
1.34.13 h (20 km). Foto:ADAL. Montagem:O Marchador
Em simultâneo com o (se-calhar) campeonato nacional de 35 km masculinos da FPA realizado em Porto de Mós, sábado, 23 de janeiro, disputaram-se alguns campeonatos distritais de marcha em estrada, de entre os quais o de Leiria, que incluía uma prova «extra» de 20 km femininos (opcional no programa da FPA).

Um dos registos mais significativos da jornada foi alcançado nessa prova por Daniela Cardoso, do Leiria MA, que conseguiu 1.34.13 h, melhorando em 1 minuto e 30 segundos a sua marca pessoal (antes: 1.35.43 em 2015) e subindo um lugar na lista de sempre, agora na 7.ª posição. A classificação final apresenta apenas mais uma atleta (Mariana Mota, SLB, 1.51.16) de um total de 3 que se encontravam inscritas nas listagens da FPA (Susana Feitor, Daniela Cardoso e Vera Portela, todas do Leiria MA), número que não surpreende pela quase nula divulgação desta prova especificamente, que até teria atletas estrangeiros interessados.

A marca agora obtida pela marchadora de Leiria é melhor que o mínimo olímpico para os Jogos do Rio de Janeiro-2016 fixado pela FPA/COP em 1.34.30 mas não suplanta os registos de qualificação (válidos) de Ana Cabecinha (1.28.28), Inês Henriques (1.29.52), Vera Santos (1.30.23) e Susana Feitor (1.31.58), sabendo-se que apenas 3 atletas por prova poderão representar o país nesse evento internacional.

Contudo, importa aqui referir que a marca de Daniela Cardoso não é válida para efeitos de qualificação para os Jogos Olímpicos Rio-2016 uma vez que o evento de Porto de Mós não constava da lista de provas definidas pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF). Por esse facto, não seria exigível salvaguardar quaisquer condições (medição e 3 juízes internacionais) impostas pelo organismo internacional. Relembra-se que a nomeação de juízes por parte do Conselho de Arbitragem da FPA teria em conta o evento principal em Porto de Mós, o referido campeonato de 35 km masculinos, tendo estado até 6 juízes de grau A ou superior, graduação acima do exigível. Por exemplo para as distâncias olímpicas a regulamentação nacional prevê 4 juízes de 1.º grau (agora grau A) e 2 de 2.º grau (grau B).

Agora, se era expectável a obtenção do mínimo olímpico na prova extra/opcional de 20 km femininos, terão existido contactos internos federativos para garantir o cumprimento das normas internacionais? Terá a FPA enviado à IAAF, antes da prova se ter realizado, o formulário próprio a requerer a validade das marcas e a garantir as condições necessárias? Seja qual for a resposta, e ao contrário do sucedido com a marca nos 50 km de Leiria obtida por Miguel Carvalho (a FPA «esqueceu-se» de enviar a tempo o formulário à IAAF), a marca não reúne condições de homologação para o Rio-2016.

Entretanto, «O Marchador» teve conhecimento de uma peça de José Roque no «Diário de Leiria» que questionou a Federação Portuguesa de Atletismo (não se sabendo quem) e que esta recusou qualquer responsabilidade. Segundo esse diário a FPA referiu que “As provas regionais não obrigam à presença de juízes internacionais, excepto se existir a possibilidade de obtenção de mínimos”, pelo que deveria ter sido “solicitada essa presença ao Conselho de Arbitragem da FPA”.

Será conveniente esclarecer que a atleta em questão tem um treinador pessoal (Carlos Carmino) que é também DTR da área distrital onde a prova se realizou (Leiria) e que acumula o cargo de treinador nacional de marcha da FPA, não isento de responsabilidades federativas. A menos que as não queira assumir!

A culpa, que certamente não é da parte da atleta, terá de ser apurada dentro da casa «FPA» onde, e particularmente no que diz respeito à marcha atlética, imperam o desnorte e a tomada de decisões bem desastrosas. 

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

João Vieira vence campeonato provisório de 35 km em Porto de Mós

A cerimónia de premiação dos 35 km, com Sérgio Vieira (2.º), João
Vieira (1.º) e Pedro Isidro (3.º). Ainda a subida ao pódio do 1.º sub-23
Rui Coelho. Fotos: facebook ADAL. Montagem: O Marchador
O sportinguista João Vieira obteve o primeiro lugar e o correspondente título nacional (se vier a ser considerado) da prova de 35 km marcha efetuada sábado em Porto de Mós, que, até ver, e de acordo com a Federação Portuguesa de Atletismo, consta provisoriamente do conjunto de provas do Campeonato Nacional de Marcha em Estrada, ficando-se a aguardar por aprovação em próxima Assembleia Geral da FPA, sabe-se lá quando irá acontecer!

E é pena o ridículo da situação criada pela própria FPA, algo que não mereciam os atletas participantes nem o próprio Município de Porto de Mós pelo excelente envolvimento e montagem de toda a infraestrutura do evento.

A prova teve em João Vieira (Sporting CP) e Sérgio Vieira (SL Benfica) os grandes animadores que começaram por se isolar da concorrência logo após os 10 km. Quando faltavam percorrer três voltas ao circuito de 1 km (cerca dos 32 km), João Vieira impôs a sua superioridade para triunfar com 2.37.59, 19 segundos à frente de Sérgio Vieira (2.38.18). No terceiro lugar, posição que manteve praticamente durante toda a prova, entrou Pedro Isidro (SL Benfica), com 2.43.27. Os três atletas foram os únicos a cumprir com a marca de referência de 2.44.30 fixada para os 50 km do próximo Campeonato do Mundo de Nações de Marcha – Roma (7/8 Maio), se for essa a prova a optar.

Nos sub-23, Rui Coelho, do CA Seia, 6.º na geral, conquistou o título nacional (se…), dessa faixa etária, com 2.58.41, tendo lamentavelmente sido necessário alertar o dirigente federativo para a existência de classificação na categoria e respectiva cerimónia, cuja medalha não foi feita pela FPA (usou-se uma outra qualquer para a pose fotográfica).

Até à 5.ª posição, de 11 atletas chegados, classificaram-se Dionísio Ventura (CA Tunes, 2.51.38) e Luís Correia (Leiria MA, 2.52.20).

As classificações de um evento nacional disputado no sábado passado (23 janeiro), apenas foram tornadas públicas pela FPA na tarde de hoje (3.ª feira), quase 72 horas depois, mesmo assim contendo erros em tempos intermédios (vários, incluindo do João Vieira e Sérgio Vieira) e um atleta classificado que não completou a distância da prova (Amaro Teixeira).

Os resultados divulgados omitem a componente colectiva sem que se perceba a razão, calculando-se que o Leiria MA tenha sido o vencedor, à frente do CA Seia. O favoritismo era inquestionavelmente para o SL Benfica, com três renomados atletas e confirmados na câmara de chamada local, incluindo o recente reforço Miguel Carvalho, mas este não chegou a alinhar à partida.

Este (se-calhar) campeonato nacional não teve o que seria normal esperar-se da estrutura federativa, um programa horário que evitasse que vários atletas terminassem já de noite, um tempo limite para concretizar uma prova de longa duração, o uso do sistema de chip eletrónico que poupasse a trapalhada nas marcas intermédias apuradas, a existência normal de controlo de dopagem, a colocação da área de abastecimento em zona suficientemente afastada da meta, para evitar que os atletas estivessem ainda a beber nas passagens pela meta (como sucedeu), etc., etc.

Curioso notar que, depois de disputado (na mesma data), em Lisboa, o Campeonato Nacional de Estrada – Lisboa a Mexer (corrida), ainda no próprio dia a FPA tenha divulgado no seu «site» um comunicado a pedir desculpas pelo seu «lapso na colocação e no controlo de distribuição das águas».

Perante a gravidade do sucedido em Porto de Mós pelo menos um procedimento idêntico se exigia, dirigido à Câmara Municipal de Porto de Mós, a todos os atletas (e foram vários os internacionais e olímpicos presentes), aos seus clubes, dirigentes e treinadores. Ah, mas há uma diferença, neste caso tratou-se de marcha atlética, coisa menor e sem qualquer importância para a FPA!

Os resultados podem ser consultados no «site» da FPA, aqui.

Nacionais por escalões da ANDDI em pista coberta (resultados)

1.500 metros com Inocêncio Sousa, Afonso Roll e Melissa Cardoso
na frente. Em baixo, os participantes nos 800 metros adaptado.
Fotos: Anddi-Portugal. Montagem: O Marchador
A ANDDI-Portugal (Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Intelectual) organizou, no passado sábado (23 jan.), no Parque de Exposições de Braga, o Campeonato Nacional por Escalões e, em simultâneo, o Torneio Nacional Adaptado de pista coberta.

Na prova de 800 metros do Torneio Adaptado, saíram vitoriosos Adelaide Mata (Adaptado, 5.43,77, máximo nacional), João Oliveira (Adaptado, 4.40,05, máximo nacional) e André Moura (SDown, 5.24,72), todos da APPACDM-Santarém, e ainda Helena Soares (SDown, 6.40,52) do AIC-Arouca.

Já na prova de 1.500 metros do Campeonato Nacional, Afonso Roll, da Escola do Movimento (8.27,29), superou, por 1 segundo de diferença, Inocêncio Sousa, da APPACDM-Santarém (8.28,78). Nas senhoras, Melissa Cardoso, jovem da Associação Cristã da Mocidade, Terceira, impôs-se com 9.41,48, marca que constitui um novo recorde nacional de juniores.

Classificações
800 metros femininos – Adap/SDown
1.ª, Adelaide Mata, 1966 (APP-Santarém), 5.43,77 – Adaptado
2.ª, Helena Soares, 1978 (AIC-Arouca), 6.40,52 – SDown

800 metros masculinos – Adap/SDown
1.º, João Oliveira, 1984 (APP-Santarém), 4.40,05 – Adaptado
2.º, António Rodrigues, 1984 (APP-Santarém), 4.50,88 – Adaptado
3.º, André Moura, 1983 (APP-Santarém), 5.24,72 – SDown
4.º, João Faure, 1969 (Clube de Gaia), 5.45,87 – Adaptado
5.º, Bruno Leitão, 1980 (APP-Santarém), 6.18,72 – SDown

1.500 metros masculinos
1.º, Afonso Roll, 1992 (Escola do Movimento), 8.27,29 - sénior
2.º, Inocêncio Sousa, 1994 (APP-Santarém), 8.28,78 - sénior

1.500 metros femininos
1.ª, Melissa Cardoso, 2000 (ACM-Terceira), 9.41,48 - juvenil
2.ª, Ana Catarina Ramos, 1989 (MAPADI – Póvoa Varzim), 10.09,66 - sénior
3.ª, Ana Borgas, 1976 (APP-Santarém), 10.22,61 - veterana
4.ª, Liliana Silva, 1985 (Clube de Gaia), 12.53,45 - sénior

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Émilie Menuet bate recorde de França em pista coberta

Émilie Menuet (dorsal 19) e o vencedor masculino Yanis Souaber.
Fotos enviadas por Emmanuel Tardi. Montagem: O Marchador
A marchadora internacional francesa Émilie Menuet, de 24 anos, representando o AJ Blois-Onzain, bateu este domingo (24 jan.) o recorde nacional absoluto dos 3.000 metros em pista coberta ao conseguir a marca de 12.35,17 m no decorrer da final A dos campeonatos regionais de Eaubonne, uma comuna a norte de Paris, França.

Manuet retirou uma fatia de 5 segundos ao anterior recorde que pertencia a Fatiha Ouali desde fevereiro de 2002, com 12.40,44 e obtido em Liévin, e melhorou em 30 centésimos de segundo a sua marca pessoal ao ar livre (12.35,47) de maio do ano passado em Vineuil. A atleta, acabada de regressar de um estágio de 2 semanas em Portugal, iniciou a época de 2016 com um novo treinador, Pierre Pompili, que sucede a Marc Glaudel.

Fabienne Rinero Chanfreau (W35, 13.48,14) e Marine Quennehen (13.53,75) ambas do CA Montreuil classificaram-se nas posições seguintes, enquanto na final A dos homens, sobre 5.000 metros, ganhava Yanis Souaber (22.22,12), suplantando Thomas Carvalho Leite (Coulommiers Brie Athletisme, 22.41,60) e Benoit Berchebru (Martigues Sports Athletisme, 22.50,99).

Colaboração: Emmanuel Tardi

Classificações
3.000 m femininos - final A (24/1)
1.ª, Emilie Menuet, 1991 (AJ Blois-Onzain), 12.35,17
2.ª, Fabienne Rinero Chanfreau, 1980 (CA Montreuil 93), 13.48,14
3.ª, Marine Quennehen, 1991 (CA Montreuil 93), 13.53,75
4.ª, Severine Lanoue, 1985 (Avia Club Issy-les-Moulx), 14.52,23
5.ª, Sophie Le Bastard, 1990 (Plm Conflans), 15.24,31
6.ª, Dominique Lemonnier, 1956 (Marne Et Gondoire Athletisme), 16.16,56
7.ª, Veronique Bessot, 1962 (Domont Athletisme), 16.17,23
8.ª, Celia Franchin, 1987 (Paris UC), 16.28,19

3.000 m femininos - final B (23/1)
1.ª, Melissa Lechea, 1998 (Stade Francais (Paris)), 16.23,76
2.ª, Adele Duclos, 2000 (US Champagne-sur-seine), 16.33,28
3.ª, Marine Rottier, 2000 (Essonne Athletic), 16.41,55
4.ª, Vinciane Bazin, 1999 (Athle 78), 16.57,51
5.ª, Candy Sudrie, 2000 (Plm Conflans), 16.58,62
6.ª, Cecile Marquis, 1971 (Avia Club Issy-les-Moulx), 17.01,68
7.ª, Morgane Prunier, 1999 (Union Sportive de Ris Orangis), 17.06,46
8.ª, Cloe Langlois, 1997 (Dynamic Aulnay Club), 17.09,96
9.ª, Esa-keren Velletrie, 1999 (CA Montreuil 93), 17.48,47
10.ª, Romane Dafniet, 2000 (US Nemours St Pierre Athle), 20.13,83
11.ª, Morgane Braut, 1994 (Le Chesnay 78 As), 20.38,10

3.000 m masculinos - final A (24/1)
1.º, Yanis Souaber, 1996 (Amiens UC), 22.22,12
2.º, Thomas da Silva Carvalho Leite, 1983 (Coulommiers Brie Athletisme), 22.41,60
3.º, Benoit Berchebru, 1984 (Martigues Sports Athle), 22.50,88
4.º, Guillaume Rejaud, 1981 (US Ivry), 24.00,53
5.º, Cyril Legentil, 1986 (Dynamic Aulnay Club), 24.08,11
6.º, Bruno Grenet, 1965 (USM Gagny), 24.12,61
7.º, Marc Legentil, 1984 (Dynamic Aulnay Club), 24.14,88
8.º, Vincent Bollinger, 1984 (Dynamic Aulnay Club), 24.16,92
9.º, Arthur Bergeal, 1984 (Elan 91), 26.18,53

3.000 m masculinos - final B (24/1)
1.º, Alexis Auger, 1988 (GA Noisy Le Grand), 24.26,22
2.º, Florent Dahm, 1987 (CA Montreuil 93), 25.24,31
3.º, Maxime Cottevieille, 1990 (CA Montreuil 93), 25.46,72
4.º, Nicolas Boyer, 1977 (Athle Sud 77), 25.47,44
5.º, Jocelyn Beurier, 1985 (Athle 78), 25.58,91
6.º, Jean-baptiste Sureau, 1983 (ASA Maisons-alfort), 26.24,82
7.º, Alex Murat, 1958 (Asfi Villejuif), 27.04,04
8.º, Fabien Deparday, 1970 (Stadium Montigny Athletic Club), 27.38,59
9.º, Bruno Boisseau, 1997 (GA Noisy Le Grand), 28.55,25

domingo, 24 de janeiro de 2016

Evento em Istambul valeu vários recordes turcos de pista coberta

Foto de família e protagonistas masculinos e femininos.
Fotos: Federação Atletismo da Turquia
O evento de marcha realizado pela Federação de Atletismo da Turquia no recinto coberto «Asli Cakir Alptekin» em Istambul no dia 16 de janeiro revelou-se muito importante na actualização de vários recordes nacionais em diferentes faixas etárias.

Nos 5.000 metros masculinos, Mert Atli, do Balikesir, com 20.13,69, bateu o melhor registo nacional antes na posse de Ersin Tacir (20.19,85-2014), enquanto o sub-20 Salih Korkmaz, segundo classificado representando o Malaty, com 20.20,81, suplantava o recorde da categoria. A escassos centésimos na terceira posição ficou Şahin Şenoduncu (Balikesir, 20.20,97). Noutra prova de igual distância para sub-18 antes disputada, venceu Abdulaziz Danış (Mardin), com mais um recorde nacional de 21.41.58.

Nas senhoras, as atletas do Diyarbaki, Yeter Arslan (24.34,58), Ayşe Tekdal (25.00,03) e Meral Kurt (25.33,74) ocuparam o pódio absoluto, com a primeira a registar um recorde nacional de sub-18.

Principais classificações
5.000 metros masculinos - geral
1.º, Mert Atli, 1993 (Balikesir), 20.13,69
2.º, Salih Korkmaz, 1997 (Malatya), 20.20,81
3.º, Şahin Şenoduncu, 1994 (Balikesir), 20.20,97
4.º, Mustafa Özbek, 1997 (Malatya), 21.06,85
5.º, Mehmet Bahşi, 1998 (Van), 22.46,07
6.º, Abdullah Şay, 1997 (Van), 23.13,24
7.º, Hakan Engin, 1997 (Van), 23.30,35
8.º, Sinan Aslan, 1998 (Diyarbakir), 23.30,46
9.º, Bayram Izciak, 1997 (Van), 23.58,31
10.º, Ömer Gül, 1997 (Diyarbakir), 24.27,60
11.º, Firat Kerelti, 1998 (Mardin), 27.04,19
12.º, Abdulbaki Aci, 1997 (Çorum), 27.38,39
13.º, Alper Huy, 1998 (Malatya), 29.56,46
14.º, Haci Ozan Öğüt, 1996 (Malatya), 29.57,93
15.º, Çetin Özer, 1998 (Van), 30.52,24
16.º, Sadi Türkkal, 1957 (Istanbul), 31.46,68

5.000 metros femininos - geral
1.º, Yeter Arslan, 2000 (Diyarbakir), 24.34,58
2.º, Ayşe Tekdal, 1999 (Diyarbakir), 25.00,03
3.º, Meral Kurt, 1998 (Diyarbakir), 25.33,74
4.º, Kader Dost, 2000 (Adiyaman), 25.41,54
5.º, Nergis Adaş, 1995 (Samsun), 25.54,13
6.º, Sabahat Akpinar, 1995 (Hatay), 27.13,03
7.º, Fatma Alma, 1996 (Hatay), 27.48,90
8.º, Jale Başak, 1997 (Edirne), 30.49,49
9.º, Öznur Özdemir, 1999 (Malatya), 32.29,77
10.º, Zeynep Eren, 1998 (Malatya), 32.49,08
11.º, Şükran Aküren, 1998 (Batman), 32.55,13
12.º, Hicran Yavaş, 1998 (Malatya), 36.05,19
13.º, Gizem Coskun, 1997 (Çorum), 36.39,95
14.º, Gülcan Korkmaz, 1999 (Malatya), 37.39,41
Desistente: Süreyya Ilğar, 1996 (Adiyaman).

Resultados completos masculinos e femininos.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Porto de Mós vai receber os Campeonatos de Portugal de 35 km marcha

O cartaz do evento.
Os primeiros Campeonatos de Portugal de 35 km marcha masculinos em estrada que, segundo nota divulgada pelos serviços da FPA, carecem de aprovação em próxima Assembleia Geral, ainda não calendarizada), vão ter lugar hoje (sábado, 23 Jan.), pelas 14.45 h, em Porto de Mós, com o apoio Câmara Municipal e organização da Federação Portuguesa de Atletismo e da Associação Distrital de Atletismo de Leiria, esta ainda com o encargo da realização dos seus campeonatos distritais com os de Santarém, Coimbra e Castelo Branco.

Os 35 km vieram substituir, temporária ou definitivamente, a prova olímpica dos 50 km marcha, numa medida altamente discutível, distância que atribuiu títulos nacionais durante mais de três décadas. São 18 os atletas inscritos, alguns com muitos pergaminhos na distância maior (50 km), casos dos internacionais, Pedro Martins, com 8 títulos (uma medalha colectiva na Taça da Europa), João Vieira, recordista nacional de 50 km marcha e 3 títulos (duplo medalhado em europeus de atletismo), Dionísio Ventura, também com 3 títulos, e ainda de Pedro Isidro e Miguel Carvalho, os únicos com mínimos olímpicos naquela distância.

Os campeonatos de 35 km (a segunda parte do programa do evento está marcada para a Batalha, também no distrito de Leiria, no dia 27 de fevereiro, e inclui os 20 km masculinos e femininos) é uma das provas que selecionará os atletas que participarão nos 50 km marcha do Campeonato Mundial de Nações de Marcha Atlética, em maio próximo, em Roma, caso realizem os mínimos de 2.44.30 h.

Os juízes especialistas de marcha nomeados para os referidos campeonatos são os internacionais, Vasco Guedes (juiz-chefe) e Joaquim Graça, e os juízes de Grau A do painel nacional de especialistas, Eduardo Gonçalves, Luís Ervideira, Maria Odete Alves e Albertino Saramago.

A lista de atletas inscritos nos 35 km pode ser consultada aqui.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Doping: jovem marchador brasileiro Hiago Garcia suspenso por 4 anos

Hiago Garcia. Foto:Paulo Paiva/DP/DA Press
Depois da publicação de «O Marchador» em 9 Dez. 2015 sob o título «Brasileiro Hiago Garcia nas malhas do doping russo?» [aqui], a Confederação Brasileira de Atletismo emitiu ontem (21 Jan.) no seu «site» oficial o comunicado que abaixo se transcreve, assinado por Martinho Nobre dos Santos, Superintendente Técnico da CBAt.

«São Paulo - A Confederação Brasileira de Atletismo informa que a IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) comunicou nesta data, que foi identificada na amostra de urina do atleta HIAGO PEREIRA GARCIA (PE), coletada no dia 1º de julho de 2015, na cidade de Moscou, na Rússia, durante os Campeonatos Esportivos Universitários, em controle realizado pela Agência de Antidopagem da Rússia (RUSADA), a presença da substância proibida pela WADA/IAAF "Fenoterol e Peroxisome e seus agonistas".

A IAAF comunicou, ainda, que o caso foi julgado pela RUSADA no ano de 2015, tendo o atleta sido suspenso pelo período de quatro (4) anos, em conformidade com o disposto nas normas da WADA, tendo a IAAF analisado o processo e contatado o atleta, que aceitou a punição.

Em função desses fatos, a CBAt emitiu Portaria nesta data tornando o atleta inelegível para participar de competições de Atletismo, pelo período de quatro (4) anos, a contar de 1º de julho de 2015.»

Fica assim interrompida, se não mesmo terminada, o que era uma promissora carreira desportiva de Hiago Garcia, atleta de 20 anos de idade, natural de Petrolina, no interior do estado de Pernambuco.

Pombal – camp. distritais conjuntos de pista coberta (resultados)

As partidas das provas de marcha em Pombal.
Fotos: ADAL. Montagem: O Marchador
As associações de Leiria, Coimbra, Santarém e Castelo Branco disputaram em conjunto, na Expocentro, Centro Municipal de Exposições de Pombal, os campeonatos absolutos (e de juniores) de pista coberta (16 de Janeiro).

O sub-23 Miguel Rodrigues, com 20.57,29 (recorde pessoal) nos 5.000 metros masculinos, e Inês Henriques, com 12.40,62 nos 3.000 metros femininos, ambos do CN Rio Maior (Santarém), obtiveram folgadas vitórias e os registos mais relevantes.

Em termos absolutos, cortaram a meta nas posições imediatamente a seguir, nos masculinos, Amaro Teixeira (Leiria MA, 21.42,03, rec. pessoal) e Cristiano António (AC Vermoil, 22.00,25), e nos femininos, a juvenil Inês Reis (Penta CC, 14.41,39) e a sub-23 Vera Portela (Leiria MA, 15.23,09).

Classificações
5.000 metros masculinos - geral
1.º, Miguel Rodrigues, 1996 (CN Rio Maior), 20.57,29 - Santarém
2.º, Amaro Teixeira, 1989 (Leiria MA), 21.42,03 - Leiria
3.º, Cristiano António, 1988 (AC Vermoil), 22.00,25 - Leiria
4.º, Luís Silva, 1970 (Leiria MA), 22.39,81 - Leiria
5.º, Cláudio Cotrim, 1996 (CP Alcanena), 24.38,21 - Santarém
6.º, Luís Sousa, 1974 (SUOVais), 26.00,05 - Coimbra
7.º, Francisco Serra, 1998 (CCD Leões Floresta), 29.31,66 - Castelo Branco
Desclassificados: João Martins, 1995 (CA Ferreira Zêzere) – Santarém e André Pagaime, 1993 (Leiria MA) – Leiria.
Desistente: Diogo Oliveira, 1990 (AC Vermoil) – Leiria.

3.000 metros femininos - geral
1.ª, Inês Henriques, 1980 (CN Rio Maior), 12.40,62 - Santarém
2.ª, Inês Reis, 1999 (Penta CC), 14.41,39 - Castelo Branco
3.ª, Vera Portela, 1995 (Leiria MA), 15.23,09 - Leiria
4.ª, Rita Vazão, 1999 (GD Pedreiras), 15.32,28 - Leiria
5.ª, Ângela Carvalho, 2000 (CN Rio Maior), 15.47,48 - Santarém
6.ª, Tânia Pires, 1999 (J Vidigalense), 16.12,21 - Leiria
7.ª, Mariana Ferreira, 1999 (CP Pontével), 17.10,29 - Santarém
Desclassificadas: Tânia Alves, 1991 (CA Marinha Grande) – Leiria, Jessica Guerra, 1995 (CCD Leões Floresta) - Castelo Branco e Laura Correia, 1998 (CCD Leões Floresta) - Castelo Branco.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A marcha no Campeonato do Norte de pista coberta (resultados)

A partida da prova feminina de marcha dos Campeonatos da Zona
Norte de pista coberta, disputados em Braga. Foto: A.A. Braga
A pista de atletismo instalada no Palácio Municipal de Exposições e Desportos em Braga serviu de palco aos Campeonatos do Norte de pista coberta, com o programa de sábado (16 de janeiro) a contemplar as provas de marcha, por sinal bem participadas, a avaliar pelos 33 concorrentes (18 femininos e 15 masculinos).

Os bracarenses Marisa Pereira, com 15.52,16, e António Pereira, com 21.56,35, foram os vencedores dos 3.000 metros e 5.000 metros respectivamente. Subiram ainda ao pódio, nos femininos, Elisabete Pinho, sub-23 do C Spiridon Gaia, com 16.02,31, e Lara Martins, juvenil do CD Candal, com 16.36,48, e nos masculinos, Vítor Cabral, júnior, e Rúben Santos, juvenil, ambos do CF Oliveira Douro, sem marcas atribuídas.

De acordo com informação recebida pelo blogue «O Marchador», a não indicação dos tempos finais dos atletas masculinos considerados como classificados nas segunda e terceira posições resulta do facto, insólito, destes não terem percorrido a distância oficial da prova, parando aos 4.900 metros por alegada indicação de um elemento da organização. Comprovado o erro, ainda assim os atletas em questão foram colocados na classificação, e em lugares cimeiros, como se tivessem concluído a distância total da prova!

Este episódio vem relembrar dificuldades organizativas ocorridas no passado recente na contagem de voltas/chegadas em provas disputadas numa pista de 200 metros (e não só), em particular quando bastante participadas, e com diferenças significativas de tempo entre os primeiros e últimos classificados, cerca de 10 minutos no caso desta de Braga.

A excessiva facilitação dos mínimos de acesso, ou a falta destes, pode ser simpático e até motivador para atletas e treinadores da disciplina mas não é sinónimo de qualidade mínima que dignifique campeonatos, mais quando se trate de eventos nacionais, podendo contribuir para problemas de natureza organizativa.

Classificações
3.000 metros femininos
1.ª, Marisa Pereira, 1980 (SC Braga), 15.52,16
2.ª, Elisabete Pinho, 1995 (C Spiridon Gaia), 16.02,31
3.ª, Lara Martins, 1999 (CD Candal), 16.36,48
4.ª, Jéssica Costa, 1997 (CDC Navais), 16.48,92
5.ª, Ana Cruz, 1999 (AC Alfenense), 17.01,79
6.ª, Daniela Lopes, 2000 (CD Candal), 17.04,30
7.ª, Ana Santos, 2000 (GD Moure), 17.21,54
8.ª, Lara Mota, 1984 (CA Tâmega), 17.39,85
9.ª, Andreia Sousa, 1998 (Maia AC), 18.00,76
10.ª, Cláudia Carvalho, 1997 (CF Oliveira Douro), 18.16,58
11.ª, Kalyna Goyan, 1983 (EA Trofa), 19.52,82
12.ª, Maria José Teixeira, 2000 (CA Tâmega), 20.22,69
13.ª, Paula Pinto, 1975 (GD Moure), 21.49,49
14.ª, Soraia Silva, 1998 (CD Candal), 22.14,83
15.ª, Jéssica Diamantino, 1997 (CD Candal), 22.23,85
16.ª, Manuela Silva, 1965 (CF Oliveira Douro), 24.09,15
17.ª, Alzira Guedes, 1968 (GD Moure), 24.39,37
18.ª, Adelaide Almeida, 1974 (AC Alfenense), 25.14,32

5.000 metros masculinos
1.º, António Pereira, 1975 (SC Braga), 21.56,35
2.º, Vítor Cabral, 1998 (CF Oliveira Douro), s/t (percorreu 4.900 m!)
3.º, Rúben Santos, 2000 (CF Oliveira Douro), s/t (percorreu 4.900 m!)
4.º, Eduardo Cardoso, 1992 (CCD Ribeirão), 24.52,55
5.º, Manuel Marques, 1978 (CF Oliveira Douro), 25.28,33
6.º, José Magalhães, 1954 (AC Alfenense), 26.15,39
7.º, Diogo Peixoto, 1999 (CD Candal), 26.46,6
8.º, Aurélio Costa, 1968 (AC Alfenense), 29.24,94
9.º, Paulo Abreu, 1971 (Boavista FC), 30.11,74
10.º, Afonso Roll, 1992 (E Movimento), 31.30,36
Desclassificados: Samuel Azevedo, 2000 (CA Tâmega), Bruno Oliveira, 1997 (CA Tâmega), ? Figueiredo, 1994 (CDC Navais) e Mário Soares, 1998 (CA Tâmega).
Desistente: Vítor Guedes, 1996 (CDC Navais).