A partida da prova de marcha feminina, a vencedora, Kimberly García, e o pódio. Fotos: Dylan Martinez/Reuters, AFP e Miriam Jeske/COB. Montagm: O Marchador |
A peruana Kimberly García, confirmando a posição de favorita, conquistou no dia de ontem, em Santiago, no Chile, numa manhã fria e chuvosa, a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos, o que acontece pela primeira vez para a bicampeã mundial (2022) e medalha de prata (2023), a sua segunda medalha no evento depois da de prata alcançada nos Jogos de 2019.
Depois da peruana, que realizou o inusitado tempo final de 1:12:26 para aquela que seria a suposta distância oficial, dominando a competição de princípio a fim, classificou-se na segunda posição a recordista pan-americana dos 20 km marcha, a equatoriana Glenda Morejón, que realizou a marca de 1:12:43, com a medalha de bronze a ser obtida por outra equatoriana, Evelyn Inga., com 1:14:16.
Mas a competição ficou marcada, infelizmente, pelo grave erro na medição do circuito, verificando-se que cada volta tinha menos 130 metros o que no final correspondeu a menos 2.600 metros, o que é muitíssimo. O presidente da Federação de Atletismo do Chile, Juan Luis Carter, muito lamentou que os Jogos tivessem sido manchados por esta falha inacreditável. “As voltas foram bem contadas. O problema é que não foi cumprido o protocolo uma vez que os cones foram colocados no lugar determinado, erradamente, como se viu. E deveria ter sido medido de novo, uma hora antes da competição”, apontando para o medidor, Marcelo Iturralde, nomeado pela Associação Pan-americana de Atletismo (APA), como o responsável pela situação.
Kimberly haveria mesmo de comentar à imprensa que se apercebeu, desde o primeiro quilómetro, que o tempo não corresponderia, de forma alguma, à distância e lamentando que com o erro cometido tivesse, ela própria, perdido a oportunidade de bater o recorde pan-americano (perfeitamente ao seu alcance) e também o prejuízo que significou para as suas companheiras de estrada o facto de não terem podido obter os desejados mínimos para os Jogos Olímpicos, num dia em que a temperatura era a ideal para o efeito.
Agora, terão de ser as atletas prejudicadas a encontrarem outras provas para realizarem os seus sonhos olímpicos.
Classificação
20 km femininos / aprox. 17 km! Marcas anuladas
1.ª, Gabriela Kimberly Garcia Leon, 1993 (PER - Peru), aprox. 17 km, 1:12:26
2.ª, Glenda Estefania Morejon Quiñonez, 2000 (ECU - Equador), aprox. 17 km, 1:12:43
3.ª, Evelyn Carla Inga Huaynalaya, 1998 (PER - Peru), aprox. 17 km, 1:14:16
4.ª, Viviane Santana Lyra, 1993 (BRA - Brasil), aprox. 17 km, 1:15:33
5.ª, Alejandra Ortega Solis, 1994 (MEX - México), aprox. 17 km, 1:16:56
6.ª, Magaly Beatriz Bonilla Solis, 1992 (ECU - Equador), aprox. 17 km, 1:18:54
7.ª, Paula Melina Torres Sarango, 2000 (ECU - Equador), aprox. 17 km, 1:19:03
8.ª, Mayra Karen Quispe Mancilla, 2000 (BOL - Bolívia), aprox. 17 km, 1:19:48
9.ª, Gabriela de Sousa Muniz, 2002 (BRA - Brasil), aprox. 17 km, 1:21:05
10.ª, Natalia Beatriz Alfonzo Castillo, 1994 (VEN - Venezuela), aprox. 17 km, 1:22:03
11.ª, Noelia Vargas Mena, 2000 (CRC - Costa Rica), aprox. 17 km, 1:22:50
12.ª, Mirna Sucely Ortiz Flores, 1987 (EAI - Atletas Independentes), aprox. 17 km, 1:22:57
13.ª, Maria Michta-Coffey, 1986 (USA - E.U. América), aprox. 17 km, 1:25:05
14.ª, Stephanie Casey, 1983 (USA - E.U. América), aprox. 17 km, 1:28:00
Desistente: Alegna Ariday Gonzalez Muñoz, 1999 (MEX - México).
Eis o comunicado (em inglês) da organização local sobre o sucedido quanto à medição do circuito: