Imagens: World Athletics, European Athletics e Atletismo Sudamericano. Montagem: O Marchador |
A World Athletics vai levar a efeito este sábado (21/10) um conjunto de exames com vista à certificação de Juízes Internacionais de Marcha para o Painel da categoria Prata, a realizar-se pela primeira vez no método online (nas línguas inglesa, francesa e espanhola), com provas escritas (2:30 horas), orais (20 minutos) e de vídeo (30 minutos). Os que tiverem sucesso permanecerão no respetivo painel por um período de 8 anos e estarão habilitados a ajuizar competições internacionais nas respetivas áreas continentais.
Atualmente, o Painel Internacional da categoria Prata, considerando os cinco continentes, é composto por 79 membros (59 homens e 20 mulheres). O Painel Internacional - Ouro, o mais elevado na graduação da WA, é formado por 23 elementos (17 homens e 6 mulheres). Para a certificação deste sábado, a WA recomendou às federações nacionais que tivessem em linha de conta a paridade de género na indicação de 2 ou 4 elementos de entre os seus mais qualificados juízes especialistas dos principais painéis nacionais.
Ter, no mínimo, 23 anos de idade e possuir, pelo menos, 4 anos de experiência no mais elevado painel nacional foram as condições estabelecidas pela WA para a aceitação de candidaturas ao Painel Prata, sendo previsível que centena e meia de juízes especialistas apresentem-se a exame, com o contingente europeu a representar a maior percentagem. Para o efeito, a World Athletics constituiu um júri altamente qualificado, que monitorizará os exames e avaliará os testes.
Todas as associações continentais proporcionaram excelentes seminários online de preparação para os juízes candidatos das suas áreas continentais e, em alguns casos, abertos mesmo á participação de muitos outros juízes de marcha dos 5 continentes, organizados pela EA (Europa), neste chegando-se à cifra de 250 participantes (um novo seminário está previsto para esta segunda-feira, 30/10, com a explicação das novas regras da WA que entrarão em vigor a 1 de novembro), NACAC (América do Norte e Central), AAA (Ásia), OAA (Oceânia), CAA (África) e Atletismo Sudamericano (América do Sul).
Neste contexto, foram muito úteis os ensinamentos e a partilha de experiência proporcionados pelos também juízes internacionais: Jean-Pierre Dahm (França), Luis Saladie (Espanha), Pierce O’Callaghan (Irlanda), Cándido Vélez (Porto Rico), Carlos Barrios (Guatemala), Fung Wang Tak (Hong Kong), Malo Sardjito (Indonésia), Zöe Eastwood-Bryson (Austrália), Kirsten Crocker (Austrália), Guillermo Vallejos (Argentina), José Dias (Portugal) e Vasco Guedes (Portugal), nesta área com a colaboração de José Ganso (Portugal), e que contaram, nos casos das áreas referenciadas, com a apresentação e coordenação de Kevin Legrand (EA-França), Michael Serralta (NACAC-Porto Rico), Juan Scarpin (Argentina) e Cláudia Schneck (AS-Brasil).
A World Athletics também promoveu muito recentemente um seminário, aqui dedicado exclusivamente à exibição e análise de vários vídeos onde se observaram marchadores em competições internacionais, várias das sequências extraídas dos Mundiais de Budapeste, num trabalho produzido e comentado por Jeff Salvage (EUA), autor de várias publicações no âmbito da técnica da especialidade, ele próprio Juiz Internacional na categoria Prata, e que teve intervenções de Pierce O'Callaghan, suscitando a contribuição ativa dos assistentes na análise técnica aos atletas.
No espaço lusófono, Portugal candidatou-se com 2 juízes: Andreia Filipa Guerreiro Lopes (Algarve) e Luís Carlos Caniço Ferreira Ervideira (Santarém), enquanto o Brasil apresenta 4 candidatos: Claudia Emilia Basilio Matos (Santa Catarina), Florenilson Itacaramby de Almeida (Brasília), Allan de Medeiros Pinheiro (Rio Grande do Norte) e Helena Pessoa da Silva (Rio de Janeiro), a acrescentar aos atuais membros do Painel Prata, Bernardete Conte (Santa Catarina) e Nilton Cesar Ferst (São Paulo).
Num futuro próximo, virá à luz o Painel Internacional – Bronze, prevendo-se que os respetivos exames sejam levados a efeito nas línguas mais faladas mundialmente, como são os casos do inglês, francês, espanhol, português, árabe, russo e chinês, com a condição dos candidatos terem idade igual ou superior a 19 anos e 3 anos de experiência a nível nacional.
Boa sorte a todos!