sábado, 22 de julho de 2023

Arbitragem portuguesa ao mais alto nível em Europeus e Mundiais de Atletismo

Vasco Guedes, José Ganso e José Dias. Fotomontagem: O Marchador

Os Juízes e árbitros internacionais portugueses vão ser chamados a atuar nestas próximas semanas nas mais importantes competições internacionais de atletismo no âmbito da World Athletics (WA) e da European Athletics (EA), na continuidade do verificado em anteriores eventos internacionais, num ano em que Portugal atinge um novo recorde (16 internacionais) no atletismo.

No que se refere às provas de marcha atlética, Vasco Guedes (Santarém) vai ser o primeiro a entrar ação. Será no Festival Olímpico da Juventude Europeia (Sub-18), que terá lugar em Maribor, na Eslovénia, de 23 a 29 do corrente mês de julho. Seguir-se-á José Ganso (Setúbal) nos Campeonatos Europeus de Atletismo Sub-20, em Jerusalém (Israel), que terão lugar de 7 a 10 de agosto, e José Dias (Lisboa) nos Campeonatos Mundiais de Atletismo, que vão realizar-se de 19 a 27 de agosto, em Budapeste, na Hungria.

Nas últimas cinco décadas um regular e produtivo trabalho de formação e qualificação dos juízes e árbitros portugueses tem sido levado a efeito em áreas específicas do atletismo nacional, ressaltando, aqui, o começo dessa atividade com a realização daquele que terá sido o primeiro curso de especialização, precisamente na área da marcha atlética, ocorrido em 1991.

Desde então, seguiram-se vários outros, a uma periodização constante (nacionais e internacionais, neste caso, no ano de 1998) e que levaram à internacionalização de Ana Toureiro (Lisboa), André Brito (Porto) e João Pires (Santarém) e aos também internacionais de hoje, Eduardo Gonçalves (Santarém), que no ano passado esteve em funções nos Europeus de Sub-18, em Jerusalém, e Joaquim Graça (Lisboa), que figurou na equipa que atuou nos Campeonatos Mundiais de Atletismo, em Londres, no ano de 2017.

A nomeação de tais oficiais, bem como de vários outros nas diferentes vertentes da modalidade, reflete o reconhecimento que tem sido feito pela WA e pela EA ao notável trabalho da arbitragem portuguesa, mostrando confiança dessas duas instituições internacionais na ação do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Atletismo.

E se nos reportarmos aos atuais 102 Juízes Internacionais de Marcha espalhados à volta do Mundo (53 países), todos eles submetidos ao crivo de exigentes critérios de avaliação com decisivas análises práticas, deve-se salientar que Portugal está no top-5 mundial (2 juízes da WA - Gold e 3 da EA - Prata), tendo à sua frente apenas a Espanha (3-3) e os EUA (1-5) e estando em igualdade com a Austrália (2-3) seguindo-se, logo atrás, a China (1-3) e o México (0-4).