Massimo Stano e Antonella Palmisano, e em foto de família com outras personalidades e campeões olímpicos na cerimónia em Roma. Fotos: Francesca Grana/FIDAL Montagem: O Marchador |
Nesta última terça-feira (7 de dezembro), em Roma, no Museu Internacional de Artes do Século XXI, celebrou-se, em grande estilo, a conquista inédita pelo atletismo italiano de cinco medalhas de ouro nuns Jogos Olímpicos, neste caso, os realizados recentemente no Japão, numa organização que foi levada a efeito pela Federação Italiana de Atletismo, homenagem que foi extensiva às grandes figuras do passado, medalhados de ouro em anteriores Jogos Olímpicos, e também aos jovens atletas que estiveram em plano de especial relevo nos grandes eventos internacionais da modalidade.
Foi, realmente, incrível a temporada do atletismo transalpino, que na marcha atlética teve em Antonella Palmisano e Massimo Stano, os seus máximos expoentes com os seus triunfos nos Jogos de Tóquio, ambos nos 20 km marcha, e também ambos treinados por Patrizio Parcesepe.
Uma palavra também para Antonio La Torre, o grande maestro da seleção italiana, diretor-técnico da FIDAL, uma personalidade de fino trato, por quem temos muita estima e admiração, e que já nos prestou o seu importantíssimo contributo técnico aquando de visitas a Portugal, no âmbito da realização de seminários dedicados ao setor da marcha.
Na cerimónia, como já referimos, estiveram presentes, além dos outros três vencedores olímpicos dos Jogos de Tóquio, em outras tantas disciplinas, outros campeões olímpicos, que, aqui, no caso da marcha atlética, destacamos, com especial relevância:
Maurizio Damilano, campeão olímpico nos Jogos de Moscovo, em 1980, e que ganhou ainda mais duas medalhas, ambas de bronze, nos Jogos de 1984 (Los Angeles) e de 1988 (Seul). Após o abandono da atividade competitiva prosseguiu com a sua dedicação à especialidade, na área do dirigismo, tendo presidido, por vários anos, ao Comité de Marcha da Federação Internacional de Atletismo;
Ivagno Brugnetti, campeão olímpico nos Jogos de Atenas, em 2004, contando ainda no currículo com a medalha de ouro nos Campeonatos Mundiais de Atletismo, que tiveram lugar em Sevilha, no ano de 1999.
A história do atletismo italiano em Jogos Olímpicos é muito rica e a contribuição da especialidade da marcha é realmente valiosa. Das 24 medalhas de ouro conquistadas pelo atletismo, 9 delas (37,5%) foram alcançadas por marchadores em nada menos de 13 edições olímpicas.
Além dos grandes atletas atrás referenciados, destaca-se, ainda, no cômputo geral, as proezas dos marchadores Fernando Altimani (medalha de bronze em 1912), Ugo Frigerio (duplo ouro em 1920, bronze em 1924 e bronze em 1932), Giuseppe Dordoni (ouro em 1952), Abdon Pamich (bronze em 1960 e ouro em 1964), Giovanni Di Benedictis (bronze em 1992), Elisabetta Perrone (prata em 1996), Alex Schwazer (ouro em 2008), e Elisa Rigaudo (bronze em 2008).