quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Centenas de crianças e jovens em provas de marcha atlética em Cabo Verde

Vários dos participantes nas provas de marcha atlética na Ilha de Santo Antão.
Fotos: Ruben Pinto. Montagem: O Marchador

Foram cerca de três centenas as crianças e jovens as que participaram em provas de marcha atlética no passado dia 27/11, na simbólica distância de um quilómetro, isto, em diferentes ilhas do território cabo-verdiano, sob o impulso da Federação Cabo-verdiana de Atletismo (FCA) e de várias Associações de Atletismo das ilhas do arquipélago, num projeto inédito e assertivo, coordenado por Glenda Letícia Aguilar, técnica da FCA, e que ainda abrangeu, no mesmo dia, a realização de alguma atividade do género em Portugal.

A apresentação da MARCHA em Cabo Verde foi um espetáculo pelo que todos os envolvidos estão de parabéns”, assim mesmo se expressou Glenda Letícia, sintetizando o balanço da introdução da atividade no país da morna e das águas quentes e cristalinas.

Uma das Associações que aderiu ao repto foi a da Ilha de Santo Antão, uma das nove habitadas de Cabo Verde, a segunda maior do arquipélago em superfície e a terceira em população. Só aqui, participaram 80 alunos de diferentes escolas, representando os três concelhos (Ribeira Grande, Paul e Porto Novo) e de idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos.

O internacional cabo-verdiano Eliseu Fortes, que é professor de Educação Física na Ribeira Grande (Santo Antão), e um dos grandes dinamizadores do atletismo na região, realça, com propriedade, na sua página de Facebook, o mérito da iniciativa, que o deixou muito bem impressionado, sublinhando que “o primeiro passo já foi efetuado e agora é pensar nos próximos, e de forma bem articulada, com a formação e com as competições”. O responsável técnico por uma escola de atletismo da região enfatiza a necessidade da introdução da especialidade em Cabo Verde, de forma organizada, criando-se raízes sólidas, sobretudo no plano técnico.

Quem sabe se deste trabalho, que se espera se prolongue no tempo, possa dar frutos e evidenciar, num futuro mais ou menos breve, um conjunto de jovens, que parece já os haver, com qualidades para evoluírem ainda mais na especialidade, sob o tal ponto de vista técnico e competitivo, participando, num momento posterior, em provas da especialidade fora do seu país de origem, naturalmente adequadas ao respetivo escalão etário e com outros índices competitivos.