Foto: Getty Images/IAAF. Montagem: O Marchador |
Guayaquil (Equador), Roma (Itália),
Monterrey (México) e Kiev (Ucrânia), apresentaram, através das respetivas
federações de atletismo, as suas candidaturas à realização do próximo Campeonato
do Mundo de Nações em marcha atlética, que vai ter lugar nos dias 7 e 8 de maio
de 2016. Como é do conhecimento geral, a competição estava inicialmente marcada
para Cheboksary, na Rússia, mas devido à suspensão, pela IAAF, da federação
russa de atletismo devido aos casos generalizados de doping, o organismo máximo
do atletismo mundial anulou todos os eventos internacionais que estavam
programados para aquele país.
O processo de escolha da cidade que
albergará o Campeonato do Mundo de Nações será célere, usando-se meios
eletrónicos, nomeadamente através da votação, pelos membros do Conselho da
IAAF, da cidade escolhida, a anunciar no dia 7 de janeiro. Para o mundial de
juniores, marcado para 19 a 24 de julho de 2016, e que estava designado para a
cidade russa de Kazan, candidataram-se Perth (Austrália), Bydgoszcz (Polónia),
e uma cidade da Índia, que será revelada em breve, mas que poderá ser Nova
Deli.
Com poucos meses de preparação para
o evento pode-se afirmar que é muito positivo o surgimento, no caso específico
da marcha atlética, de quatro candidaturas (a Austrália, que inicialmente
manifestara intenções de se candidatar, acabou por não confirmar o propósito),
e o próprio presidente da IAAF, Sebastian Coe, mostrou-se muito agradado,
declarando que “atenta a rapidez do processo e à existência de sete federações
de cinco continentes interessadas em apresentar candidaturas, isto é um claro
sinal que estas competições têm um potencial enorme”.
Das quatro candidaturas à
organização do evento, que exige um orçamento avaliado em cerca de um milhão de
dólares, Monterrey é a única cidade que recebeu a competição, nomeadamente em
1993. A Itália já acolheu o evento em 1963 (Varese), 1965 (Pescara) e em 2002
(Turim). A edição inaugural teve lugar na cidade suíça de Lugano, em 1961,
estreando-se o setor feminino em 1979, na cidade alemã de Eschborn.
Atletas de inegável classe mundial
inscreveram os seus nomes na lista de vencedores do evento. Entre estes,
contam-se, pelos países que agora se candidatam à organização da competição, os
seguintes nomes: Daniel Bautista (1777, 1979), Ernesto Canto (1981), Carlos
Mercenário (1987), Daniel García (1993), Bernardo Segura (1999), nos 20 km,
Raúl González (1977, 1981, 1983), Martín Bermudez (1979), Carlos Mercenário
(1991, 1993), nos 50 km, todos pelo México, Jefferson Pérez (1997, 2002, 2004),
pelo Equador, Abdon Pamich (1961), nos 50 km, e Erica Alfridi (2002), nos 20 km
femininos, ambos pela Itália, e Ruslan Dmytrenko (2014), nos 20 km, pela
Ucrânia.