O Livro dos 90 anos da Associação de Atletismo de Lisboa

Fotos do Livro e de O Marchador.
Montagem: O Marchador

A Associação de Atletismo de Lisboa assinalou este ano os seus 90 anos de existência (Tribuna de Honra do Estádio Nacional, no Jamor), premiando atletas, juízes, dirigentes e clubes com uma placa comemorativa do acontecimento.

Para registar a efeméride a AA Lisboa editou o livro “90 anos da Associação de Atletismo de Lisboa”, da autoria do nosso estimado António Manuel Fernandes que retrata profundamente o passado e o presente do atletismo da capital, que este ano atingiu a cifra recorde de 2.630 atletas filiados, em representação de 67 clubes.

No magnífico livro, repleto de dados estatísticos e cuja leitura recomendamos, podemos ver as fotos de João Vieira (vice-campeão nos 50 km marcha dos Mundiais de Doha), de José Pinto, o primeiro finalista olímpico na disciplina da marcha nuns Jogos Olímpicos (8.º nos 50 km de Los Angeles, em 1984), da mesa de honra na palestra que antecedia as Festas Anuais da Marcha Atlética, nos anos 80, com Mário Paiva (presidente da AAL de 1978 a 1989), Aires Denis (um dos pioneiros da marcha e que foi dirigente da AAL e da FPA) e Sequeira Andrade (jornalista) todos, figuras emblemáticas nos primeiros tempos da especialidade a par de, entre outros, Arons de Carvalho, Raymond Ismal e Francisco Assis.

António Fernandes, numa das passagens do livro referentes à marcha atlética realça o “excelente trabalho dos dinamizadores da marcha atlética, que foram, para além do já citado Aires Deniz, os irmãos Luís (este como treinador de vários atletas, entre eles José Urbano e Pedro Isidro, atualmente) e José Dias (juiz de topo internacional da marcha)” acrescentando ainda que foi por iniciativa deles que a marcha entrou no Grande Prémio de Natal, que foi incluída nos encontros internacionais com Madrid e que, numa relação causa-efeito, José Pinto e outros atletas catapultaram a disciplina para patamares de excelência.

Em Guadix impuseram-se Alberto Amezcua e Laura García-Caro

Laura García-Caro e Alberto Amezcua, a caminho das
vitórias nas respetivas provas. Fotos: José Ignacio Lucas

O XXXIV Grande Prémio de Marcha Atlética Cidade de Guadix, XV Memorial Manuel Alcalde converteu-se, outra vez, na grande festa da especialidade em Espanha, pela primeira vez aproximando-se do final do ano (28), coincidindo com a São Silvestre local, o que se revelou uma boa experiência noturna, com muitos marchadores e uma moldura humana muito significativa.

Na categoria absoluta masculina (5 km) venceu Alberto Amezcua (JA Guadix), a grande referência da marcha em Guadix, campeão espanhol (títulos em 10 e 20 km), atleta internacional (em jovem conquistou a medalha de bronze nos Europeus Sub-20), realizando o tempo de 19.41, recorde pessoal em estrada (na pista, o seu melhor resultado é de 18.50,20, de 2015), e ganhando pela quinta vez, num pódio que ficou completo com Iván López (FC Barcelona), com 20.08, e Manuel Bermúdez (UCAM-Athleo Cieza), com 21.26.

Nas outras provas do programa masculino naquela distância, nos Sub-23 ganhou José Manuel Pérez (JA Guadix), com 21.49, nos Sub-20 o melhor foi Pedro Conesa (NA Alcantarilla), com 22.13, e nos Sub-18 o primeiro a cortar a meta, José Luis Hidalgo (JA Guadix) fez a marca de 22.04.

Na categoria absoluta feminina (5 km), Laura García-Caro (AC Lepe), como era expectável, confirmou as credenciais que a levaram este ano a ser segunda na Taça da Europa de Alytus, na Lituânia, num percurso internacional marcado por exibições consistentes ao mais alto nível. Completou a prova no tempo de 22.37 (a sua melhor marca em piso asfaltado é de 22.28, estabelecida em Toledo, em 2017).

Na segunda posição classificou-se a portuguesa Edna Barros (CO Pechão) que igualou o seu recorde pessoal de estrada com 22.47, a mesma marca obtida em Guadix-2018 (tem como melhor em pista 21.37,45, este ano em Faro), enquanto a sua colega de equipa Ana Cabecinha, uma das mais talentosas marchadoras mundiais, vencia no dia anterior a São Silvestre de Albufeira em corrida, bem à frente de especialistas do setor! O terceiro melhor resultado da prova foi conseguido pela Sub-23 Marina Peña (CA Valladolid), com 23.14. Nos Sub-20 destacou-se Ana Pulgarin (At. Almendralejo), com 24.08, e nos Sub-18 Laura Vidal (At. Almendralejo), com 26.17.

A mencionar ainda a participação de dois jovens portugueses, também do CO Pechão, Pedro Dias, segundo classificado sub-20, com 22.43 (5 km), e Mariana Mestre, sétima classificada sub-16, com 18.18 (3 km).

Por fim, duas referências especiais. Uma para a homenagem que tem sido feita a Manuel Alcalde desde o seu falecimento, em 2004, um dos grandes responsáveis pelo alto nível qualitativa da marcha em Guadix, ele próprio um marchador que representou o seu país em vários eventos mundiais, entre os quais os Jogos Olímpicos de 1984 (Los Angeles) e 1988 (Seul), tendo treinado ainda atletas de primeiríssimo plano internacional. Outra nota para a presença de Jesús Ángel García Bragado, que foi homenageado pela autarquia de Guadix, vencedor nas edições de 1984 e 1992 e que em Doha conseguiu o apuramento para os Jogos Olímpicos de 2020, que vão passar a ser os seus oitavos(!!!) Jogos.

Veja os resultados completos do evento, aqui.

Lebogang Shange suspenso por dopagem

Lebogang Shange está impedido de competir devido à

suspensão preventiva. Foto: The Sports Eagle

O marchador sul-africano Lebogang Shange foi suspenso preventivamente na sequência de um controlo anti-«doping» positivo, revelado esta quinta-feira pela Unidade de Integridade do Atletismo (UIA). A estrutura de luta contra a dopagem criada em 2017 pela federação internacional de atletismo (World Athletics) acrescentou que o controlo detectou na amostra a presença de trembolona, um esteróide anabolisante utilizado sobretudo por veterinários com o objectivo de aumentar a massa muscular e o apetite dos animais, sendo administrado por via intramuscular.

Recordista dos 20 km marcha da África do Sul, Shange participou nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, terminando a prova dessa distância no 44.º lugar. Um ano depois, nos mundiais de atletismo de Londres, seria quarto classificado também nos 20 km marcha, com um novo recorde nacional de 1.19.18 h (que se mantém), numa prova em que foi impressionou pela fabulosa légua final, em menos de 19 minutos.

Actualmente com 29 anos, Lebogang Shange tem sido a principal figura da marcha atlética do continente africano na última década, tendo sido várias vezes medalhado nos Campeonatos de África ou vencedor nos Jogos Pan-africanos, sempre nas provas de 20 km marcha, mas enfrenta agora uma acusação de dopagem, tendo sido já emitida a correspondente nota de culpa.

Segundo a informação divulgada no sitio oficial da UIA na internet, o atleta terá oportunidade de apresentar defesa, num processo que está a desenvolver-se de acordo com as normas antidopagem da federação internacional de atletismo e com o Código de Conduta de Integridade.

Lebogang Shange faz parte da lista de atletas apoiados pela Federação Sul-africana de Atletismo para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no próximo Verão.

Oficiais portugueses chegam às 50 internacionalizações em 2019

Jorge Salcedo. Foto: European Athletics

Pela primeira vez na história do atletismo a arbitragem portuguesa atingiu a cifra da meia centena de nomeações internacionais em eventos realizados num só ano, com especial relevância nos continentes europeu (Alemanha, Azerbaijão, Bielorrússia, Croácia, Eslováquia, Espanha, França, Grécia, Itália, Lituânia, Polónia, Reino Unido, Suécia, Suíça e Turquia) e asiático (China, Índia, Japão e Qatar).

De facto, o ano de 2019 é um marco muito importante na afirmação dos juízes portugueses nas mais diversas competições de cariz internacional, em certa medida também devido ao número muito significativo de oficiais portugueses nos painéis internacionais da World Athletics e da European Athletics, não apenas intervindo na qualidade de juízes como, igualmente, na monotorização de eventos e no plano formativo, aqui com ações direcionadas a juízes no continente europeu e no Japão.

Relativamente aos que foram chamados a intervir no estrangeiro salientamos, no caso dos Juízes Internacionais de Marcha, os nomes de José Dias e Vasco Guedes (Painel da IAAF, agora World Athletics), Eduardo Gonçalves, Joaquim Graça e José Ganso (Painel da EA), nos Oficiais Técnicos Internacionais, de António Costa, Jorge Salcedo, Samuel Lopes e Rui Loução (Painel da WA) e Elisabete Simão, Luís Abegão e Renato Soares (Painel da EA), no Painel de Partidas da WA, de Luís Figueiredo e no Painel de Delegados Técnicos da EA (provas fora do estádio), de Luís Dias.

De todos os referenciados, destacamos a figura ímpar de Jorge Salcedo, o juiz português melhor sucedido a nível internacional (também o de maior longevidade na carreira – internacional desde 1984), com presenças nos Jogos Olímpicos de 2000, 2004, 2008 e 2016 e nomeação já assegurada para os de Tóquio, em 2020, onde será o chefe dos Oficiais Técnicos Internacionais. Por outro lado, foi presidente do agora extinto Comité Técnico da WA desde 1999 e fez parte do Conselho da Associação Europeia durante longas três décadas. Com larga experiência na formação e certificação de juízes em Portugal e no estrangeiro, Salcedo contabiliza no seu vasto e rico currículo a atuação em mais de 100 eventos internacionais.  

Jorge Salcedo, que presidiu, com grande êxito, ao Comité Organizador dos Campeonatos Europeus de Corta-Mato que tiveram lugar este mês, em Lisboa, foi distinguido no mês passado, no decorrer da Gala da Associação Europeia de Atletismo, com o Diploma de Membro Honorário, em reconhecimento da sua longa atividade em prol do atletismo europeu, facto que mereceu amplo destaque na revista "Inside Track" daquele organismo e cuja foto aqui reproduzimos.

A todos a equipa de “O Marchador” endereça as suas felicitações, desejando um ano de 2020 tão bom ou ainda melhor que este, quer no plano pessoal como no desportivo.

Prémio Internacional de Marcha em Pista – La Paz, Bolívia (resultados)

Noe Rodemin Quispe e Mayra Karen Quispe em La Paz, Bolívia.
Fotos: Asociación Departamental de Atletismo La Paz
Montagem: O Marchador

Meia centena de atletas tomou parte no Prémio Internacional de Marcha Atlética realizado (22/12) na pista do Estádio Hernando Siles, em La Paz, capital da Bolívia que ascende a 3600 metros de altitude.

A boliviana Mayra Karen Quispe, de Oruro, com 51.33,4, e o peruano Noe Rodemin Quispe, com 50.26,4, ambos atletas da categoria de sub-20, foram os detentores dos melhores registos absolutos na principal distância do evento, os 10.000 metros (prova mista).

Os segundo e terceiro melhores registos foram, nos femininos, de Emily Villafuerte, também sub-20, do Peru, com 54.32,41, e Wendy Cornejo, sénior de La Paz, com 55.15,53, e nos masculinos, de Kevin Wilson Aratia, de La Paz, com 50.40,0, e Martin Rodríguez, do CBBA, com 52.52,7, ambos sub-20.

Nas restantes categorias, venceram, nos sub-18 (5.000 m), Ines Huallpa (Sucre, 26.50,9) e Alcides Flores (Santa Cruz, 25.41,8), nos sub-16 (3.000 m), Jhoselyn Cuizara (Oruro, 16.44,1) e Ever Gutierrez (La Paz, 16.18,7), e finalmente nos sub-14 (2.000 m), Sara Chambi (La Paz, 13.16,9) e Evo Mamani (La Paz, 12.47,0).

Mizinov, em ritmo de treino, participa em prova universitária em Chelyabinsk

Vasiliy Mizinov. Foto: site do UralGUFK

Vasiliy Mizinov, atleta russo que tem competido como «neutro» em importantes eventos internacionais, contribuiu para a classificação coletiva da sua equipa universitária, o UralGUFK, ao participar, em ritmo de treino, em competição disputada (21/12) no recinto coberto de Chelyabinsk, cidade que dista 1800 quilómetros de Moscovo.

Mizinov, que completa 22 anos de idade no próximo dia 29, registou a marca de 19.49,98 nos 5.000 metros, ele que tem como recorde pessoal 18.28,5 obtido na mesma pista no início do ano (6 janeiro). Ainda este ano sagrou-se campeão europeu de sub-23 em Gavle e obteve a medalha de prata nos mundiais de Doha (20 km). Teve como companheiros de pódio em Chelyabinsk os seus colegas de universidade, Kirill Shutov, com 20.15,23, e Artem Selin, sub-20, com 20.53.37.

Na prova feminina de igual distância, a vencedora foi Anastasiya Taushkanova (UralGUFK), com 22.34,75, seguida de Aleksandra Simakova (YurGU), com 23.58,90, e Maria Chadeeva (ChelGU), com 24.57,40.

Colaboração: Kristina Saltanovic

BOAS FESTAS

São os votos da equipa do blogue “O Marchador”,
Carlos Gomes, José Dias e Luís Dias.

Puebla, no México, reuniu mais de 300 marchadores

Os três primeiros classificados das provas absolutas de 10 km
masculinos e 5 km femininos, em Puebla, no México.
Fotos: Instituto Poblano del Deporte
Montagem: O Marchador

Teve lugar este sábado (21), em Puebla (Parque Ecológico), no México, numa organização do Instituto Poblano del Deporte, o Terceiro Circuito de Marcha “Noé Hernández Valentín 2019”, nome dado ao último marchador mexicano que ganhou para o seu país uma medalha nos Jogos Olímpicos (prata nos 20 km de Sydney, em 2000), desaparecido prematuramente em 2013, com apenas 34 anos de idade.

A competição, que foi um sucesso, contou com a participação de três centenas de atletas, em representação de 16 Estados, atingindo um dos objetivos fundamentais – o de fomentar e desenvolver a marcha atlética na região (há atualmente 7 escolas de iniciação na especialidade) e no país, entre as crianças, jovens e adultos, projeto que contou com o apadrinhamento de Bernardo Segura, medalha de bronze nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996), atualmente deputado na Cidade do México.

Nos 10 km absolutos masculinos, a vitória sorriu a Brandon Segura, com o tempo de 43:06, completando-se o pódio com Diego Ulises, com 43:13, e Jeferson Segura, com 43:13. Na prova feminina (5 km) impôs-se claramente Andrea Martínez, com 22:58, seguida de Vivían Castillo, com 23:17, e Nadia Lizeth, com 23:46.

Nas outras provas do programa, destinadas aos escalões mais jovens (entre os quais infantis e benjamins), destacamos, nos masculinos, Carlos Emilio Mercenario, com 43:59 nos 10 km Sub-20, Cristian Donovan, com 46:24 nos 10 km Sub-18, e Ángel Montes, com 24:19 nos 5 km Sub-16, e nos femininos, Rocío Estefanía, com 25:36 nos 5 km Sub-20, Carmen Itzel, com 26:22 nos 5 km Sub-18, e María Fernanda Santiago, com 14:41 nos 3 km Sub-16.

GP de Marcha «Cidade de Castro-Urdiales», Espanha (resultados)

A cerimónia dos pódios absolutos masculino e feminino.
Foto: José Callejo/Federación Cantábra Atletismo
Montagem: O Marchador

A cidade de Castro-Urdiales, na comunidade autónoma da Cantábria, no norte de Espanha, recebeu ontem (22/12) a 5.ª edição do seu Grande Prémio de Marcha, um evento organizado pelo Club Atlético Castro, com cerca de uma centena de atletas a evoluírem num belo circuito de 1 km instalado entre o porto marítimo e o Parque Amestoy.

Nas principais provas de 10 km absolutas, as vitórias pertenceram a atletas da categoria sub-23, nos masculinos, a Daniel Ortega Baleiron, do Barrutia Atletismo Elkartea, com 45:51.9, atleta que no passado mês venceu na vila portuguesa de Alvaiázere, e nos femininos, a Ángela Ruiz Terán, do Piélagos, com 49:18.1, ela que já triunfara nas 3.ª e 4.ª edições do evento, ambos a baterem os seus recordes pessoais.

As segunda e terceira posições absolutas foram alcançadas, nos masculinos, por Markel Gutiérrez Garcia, sub-23 (Deportivo Eibar), com 47:13.3, o vencedor da edição anterior, e Martín Rodríguez Pazos, sub-20 (Carbonero Castro), com um recorde pessoal de 48:50.0, e nos femininos, pela jovem de apenas 15 anos, Silvia Villar Nieto (Atletismo Alcorcon), com 53:12.1, que recentemente (7/12) se sagrou campeã sub-16 de Espanha de Inverno em Azuaga, e Elena Gutierrez Gutierrez, sub-18 (Camargo Ria del Carmen), com 54:54.1.

O programa contemplou provas para várias faixas etárias, cujos resultados podem ser consultados aqui.

Principais classificações

10 km masculinos - absolutos

1.º, Daniel Ortega Baleiron, 1998 (Barrutia A.E.), 45:51.9 - sub-23

2.º, Markel Gutierrez Garcia, 1999 (Deportivo Eibar), 47:13.3 - sub-23

3.º, Martin Rodriguez Pazos, 2001 (Carbonero Castro), 48:50.0 - sub-20

4.º, Tomas Callejo Cuadrillero, 2003 (Camargo Ria del Carmen), 50:51.9 - sub-18

5.º, Darío Ruata Caro, 1998 (At. Intec-Zoiti), 53:56.3 - sub-23

6.º, Angel Ruata Martin, 1957 (At. Intec-Zoiti), 55:38.5 - M60

7.º, Antonio Porcel Arana, 1971 (Atmo. Portugalete), 56:03.5 - M45

8.º, Carlos Cobo Corrales, 1980 (C. A. Torrelavega), 1:10:30.9 - M35

10 km femininos - absolutos

1.ª, Angela Ruiz Teran, 1997 (Pielagos), 49:18.1 - sub-23

2.ª, Silvia Villar Nieto, 2004 (Atletismo Alcorcon), 53:12.1 - sub-16

3.ª, Elena Gutierrez Gutierrez, 2003 (Camargo Ria del Carmen), 54:54.1 - sub-18

4.ª, Laura Sanz Ulloa, 2003 (Racing Valladolid), 56:35.4 - sub-18

5.ª, Ruth Rueda Soto, 1977 (Carbonero Castro), 57:49.1 - W40

6.ª, Janire Fernandez Santamaria, 2003 (Carbonero Castro), 1:03:57.0 - sub-18

7.ª, Sonia Nieto Diaz, 1975 (Atletismo Alcorcon), 1.04:47.6 - W40

8.ª, Sara Arozamena Carrasco, 2000 (Atletico Castro), 1:08:39.9 - sub-20

O regresso de Lyudmila Olyanovska na pista coberta de Sumy, Ucrânia

Eduard Zabuzhenko, vencedor masculino, a cerimónia do pódio
feminino, com Anatoliy Solomin, Tamara Havrylyuk, Lyudmila e
Oleksandra Olyanovska, e, ao lado, o cartaz do evento com foto
de Vladimir Golubnichy. Fotos: fb Томочка Гаврилюк
e Lyudmila Olyanovska. Montagem: O Marchador

Cumpridos 4 anos de suspensão por doping (30/11/2015 a 29/11/2019), eis que regressou à competição a ucraniana Lyudmila Olyanovska por ocasião de um evento nacional de marcha em honra de Vladimir Golubnichy, disputado na pista coberta de Sumy (21/12).

Lyudmila Olyanovska, de 26 anos de idade, que representou a região de Kievska e evidenciou larga superioridade na prova de 5.000 metros femininos, venceu com a marca de 21:28.47, ela que detém como recorde pessoal na distância ao ar livre, 20:15.71 em Kiev-2014 (em pista coberta, 21:04,90 em Sumy-2013). Teve como companheiras de pódio, Tamara Havrylyuk – Stasyuk, de Zhitomirska, com 22:45.51, e a sua irmã, um ano mais nova, Oleksandra Olyanovska, também de Kievska, com 23:17.34, recorde pessoal.

Nos masculinos, o sub-23 Eduard Zabuzhenko, de Kievska, já vencedor em 2018, esteve em particular evidência ao vencer em termos absolutos, com 18:53.77, e bater o recorde nacional da categoria. O seu anterior recorde pessoal estava fixado em 19:24.21 desde janeiro deste ano, em Kiev. As posições imediatas na chegada à meta foram ocupadas pelo sénior da região de Zhitomirska, Oleksiy Bilorus, com 20:26.44, e pelo sub-18 de Volinska, Taras Koretskyy, com 21:16.18, recorde pessoal.

Uma referência ainda para a vencedora do escalão de sub-16, Valeriya Sholomitska, de Volinska, a bater o recorde nacional da categoria nos 3.000 metros, com 13:42.52.

Colaboração: Kristina Saltanovic

Principais classificações

5.000 m femininos - geral

1.ª, Lyudmila Olyanovska (1993), 21:28.47 - 1.ª, sénior

2.ª, Tamara Havrylyuk - Stasyuk (1995), 22:45.51 - 2.ª, sénior

3.ª, Oleksandra Olyanovska (1994), 23:17.34 - 3.ª, sénior

4.ª, Yuliya Balym (1997), 23:53.79 - 1.ª, sub-23

5.ª, Alina Sokolovska (1993), 24:43.11 - 4.ª, sénior

6.ª, Oksana Kulahina (1997), 24:54.80 - 2.ª, sub-23

7.ª, Mariia Shved (1996), 25:14.85 - 5.ª, sénior

8.ª, Alina Tkach (2001), 25:51.52 - 1.ª, sub-20

9.ª, Yevheniya Haltsova (1995), 26:39.21 - 6.ª, sénior

10.ª, Anastasiya Lukashevych (2001), 28:53.83 - 2.ª, sub-20

5.000 m masculinos - geral

1.º, Eduard Zabuzhenko (1998), 18:53.77 - 1.º, sub-23

2.º, Oleksiy Bilorus (1992), 20:26.44 - 1.º, sénior

3.º, Taras Koretskyy (2002), 21:16.18 - 1.º, sub-18

4.º, Kyrylo Andrushchenko (1993), 21:37.93 - 2.º, sénior

5.º, Dmytro Medvedyuk (2000), 21:41.38 - 1.º, sub-20

6.º, Oleksandr Mytsyk (2002), 22:06.93 - 2.º, sub-18

7.º, Pavlo Suslov (2002), 22:50.25 - 3.º, sub-18

8.º, Yehor Shelest (2002), 23:17.15 - 4.º, sub-18

9.º, Stanislav Bohatyryov (2003), 23:30.52 - 5.º, sub-18

10.º, Anton Kravchenko (1999), 23:47.96 - 2.º, sub-23

11.º, Kyrylo Melnychuk (2002), 25:30.76 - 6.º, sub-18

12.º, Maksym Nechyporenko (2003), 25:38.78 - 7.º, sub-18

13.º, Ruslan Lazorenko (2003), 25:48.46 - 8.º, sub-18

14.º, Maksym Voronin (2000), 26:02.72 - 2.º, sub-20

15.º, Volodymyr Havryliuk (2001), 30:19.55 - 3.º, sub-20

«Supérate Intercolegiados 2019» na Colômbia (resultados)

Os vencedores nos juvenis e os pódios nos pré-juvenis no «Supérate».
Fotos: Christian Rojas, Victor Zapata Velasquez, Club Deportivo Potosi
e Daniel Castro. Montagem: O Marchador

A Final Nacional do Programa do Desporto Escolar e Escolas Desportivas na Colômbia designado por Jogos Intercolegiais «Supérate», este ano com sede em Boyacá, disputou-se no período de 26 de Novembro a 16 de Dezembro, envolvendo quase 6000 atletas com idades compreendidas entre os 13 e os 17 anos, em 33 desportos.

O Atletismo teve como cenário a Pista do Estádio de Atletismo El Salitre, no Parque Metropolitano Simón Bolívar, em Bogotá D.C. (2600 m de altitude), e decorreu no período de 7 a 12 de Dezembro, com o programa a conter provas de marcha destinadas às categorias juvenil (15, 16 e 17 anos) e pré-juvenil (13 e 14 anos).

Sagraram-se campeões neste importe evento escolar nacional, na categoria de juvenis, Christian Rojas, do Colégio Carlos Pizarro Leon Gomez, de Bogotá D.C., com 47:08.64 nos 10.000 metros masculinos, e Laura Vanessa Pacheco, do Colegio Fanny Mickey, também de Bogotá D.C., com 25:36.71 nos 5.000 metros femininos, e na categoria de pré-juvenis, Juan Pablo Galeano, do IE Sevilla, de Valle del Cauca, com 25:58.78 nos 5.000 metros masculinos, e Ruby Dayana Segura, do Colegio Ciudad Bolivar Argentina, de Bogotá D.C., com 15:18.99 nos 3.000 metros femininos.

Classificações

10.000 m masculinos juvenil (8/12)

1.º, Christian Alexander Rojas Guzmán, 2002 (BOG - Bogotá D.C.), 47:08.64

2.º, Salla Garces Ronald Stiven, 2003 (CUN - Cundinamarca), 47:40.15

3.º, Asdruval Dalilo Hernadez Jimenez, 2002 (BOY - Boyacá), 53:08.75

4.º, Victor Julian Becerra Hoyos, 2003 (HUI - Huila), 53:59.59

5.º, Tovar Torres Camilo Andres, 2003 (HUI - Huila), 59:26.31

Desclassificado: Duarte Celis Cristian Mauricio, 2002 (TOL - Tolima).

5.000 m femininos juvenil (9/12)

1.ª, Laura Vanessa Pacheco Romero, 2002 (BOG - Bogotá D.C.), 25:36.71

2.ª, Natalia Pulido Acevedo, 2004 (VAL - Valle), 26:06.47

3.ª, Nathalia Camila Zambrano Fuenmayor, 2003 (NAR - Nariño), 29:49.86

4.ª, Juliana Andrea Rios Valencia, 2003 (QUI - Quindío), 33:22.89

5.ª, Claudia Patricia Toro García, 2004 (BOY - Boyacá), 34:15.30

5.000 m masculinos pré-juvenil (11/12)

1.º, Juan Pablo Galeano Ospina, 2005 (VAL - Valle), 25:58.78

2.º, Ezequiel Alejandro Arrubla Diaz, 2005 (ANT - Antioquia), 27:24.83

3.º, Luis Miguel Gomez Villareal, 2005 (TOL - Tolima), 27:56.06

4.º, Juan Diego Pedraza Castañeda, 2005 (CUN - Cundinamarca), 30:45.46

5.º, Ervin Mauricio Piamba Jimenez, 2005 (HUI - Huila), 31:07.79

Desistentes: Javier Estiven Zuluaga Montoya, 2007 (BOG - Bogotá D.C.) e Enzo Rogeiro Trujillo Aguilar, 2005 (BOY - Boyacá).

3.000 m femininos pré-juvenil (12/12)

1.ª, Ruby Dayana Segura Garcia, 2006 (BOG - Bogotá D.C.), 15:18.99

2.ª, Ailin Sofia Caicedo Bastidas, 2006 (NAR - Nariño), 17:08.09

3.ª, Erika Vanessa Becerra Alvarez, 2005 (BOY - Boyacá), 17:18.05

4.ª, Mayerly Lizeth Lagos Atis, 2007 (NAR - Nariño), 17:46.75

5.ª, Yury Andrea Chavarria Zapata, 2005 (ANT - Antioquia), 19:43.18

6.ª, Mayra Reyes, 2006 (RIS - Risaralda), 20:27.33

7.ª, Sara Gabriela Gomez Hernandez, 2007 (CUN - Cundinamarca), 20:36.68

8.ª, Zharon Nikol Jimenez Giraldo, 2006 (CAS - Casanare), 21:21.57

9.ª, Leyren Valentina Sarmientos Arena, 2006 (BOL - Bolívar), 26:53.87

Desistente: Yessica Yuliana Cuellar Chavarro, 2005 (HUI - Huila).

Tse Chun Hung e Siu Nga Ching vencem nos Campeonatos de 20 km marcha de Hong Kong

Em Hong Kong, partida, vencedores e juízes internacionais de marcha.
Fotos: Hong Kong Racewalking Association e Echo Yeung
Montagem: O Marchador

Nos tradicionais campeonatos de marcha atlética, na distância de 20 km (com outras distâncias para os mais jovens) e numa organização da Federação de Atletismo de Hong Kong, que decorreram este domingo (15), em Sunny Bay, Lautau, com uma temperatura a rondar os 19 e 22 graus centígrados, Tse Chun Hung e Siu Nga Ching fizeram valer os seus créditos, num evento que teve a sua maior expressão quantitativa nos escalões masters.

Nos masculinos, o veterano Tse Chun Hung concluiu a prova com o tempo de 1:37:48, num final disputadíssimo com Chin Man Kit, apontado como principal favorito, que fez 1:37:49, tendo sido obrigado a permanecer na zona de penalização por dois minutos. Na classificação geral seria outro atleta master, Cheung Wai Tak, ao completar este pódio virtual com a marca de 1:43:47. 14 atletas (2 seniores e 12 masters) marcaram presença no evento.

No setor feminino, igualmente muito mais expressivo o escalão masters (16 participantes) que o escalão sénior (apenas duas a alinhar à partida) mas aqui já com uma notória diferença qualitativa carregada pela vencedora, Siu Nga Ching, com a marca de 1:35:40, muito muito distante das duas seguintes classificadas, ambas nos masters, Lo Po Man, com 1:55:55, e Ng Sal Man, com 1:57:35.

Siu Nga Ching, que nos mundiais de Doha foi trigésima, está bem dentro do objetivo a que se propõe no próximo ano – a presença nos Jogos Olímpicos – pois este ano realizou um recorde pessoal de 1:32:30, tempo obtido no magnífico evento de Kobe (Japão), e se é certo que a marca em si não configura mínimos para Sapporo (são de 1:31:00, fixados pela World Athletics) está, no entanto, colocada na posição 37 (1106 pontos) do ranking mundial da marcha feminina (10 chinesas à sua frente) onde, igualmente, contam para a pontuação da WA provas realizadas nas distâncias de 5, 10 e 15 km, desde que nelas ajuízem, pelo menos, três juízes internacionais de marcha. Refira-se que a quota de participação nos Jogos Olímpicos é de 60 atletas em cada uma das distâncias na marcha e, salvo num ou noutro caso excecional, apenas é permitido um máximo de três atletas por país.

Por falar em pontos e juízes, o evento contou com a presença de três juízes internacionais (na foto), uma das condições necessárias à validação dos resultados no contexto atrás referido, um dos quais, o malaio Khoo Chong Beng, um dos mais antigos juízes do mundo em atividade internacional (participou em vários Jogos Olímpicos e Campeonatos do Mundo). Os outros dois foram o indonésio Sardjito Sardjito e a juíza de Hong Kong, Echo Yeung, esta integrante do principal painel de especialistas da World Athletics, composto de 22 especialistas.

Colaboração: Echo Yeung

Pedro Isidro e Carolina Costa vencem GP Natal 2019 no Jamor

A prova de 5 km e os vencedores, Pedro Isidro e Carolina Costa.
Fotos: Erica Dias e José Henriques
Montagem: O Marchador

Pedro Isidro, do Sport Lisboa e Benfica, pela 5.ª vez no historial do evento, e Carolina Costa, do Sporting Clube de Portugal, pela 1.ª vez, sagraram-se vencedores das provas absolutas de 5 km da 41.ª edição do Grande Prémio de Natal de Marcha da Associação de Atletismo de Lisboa, este ano disputado num circuito de 1 km instalado no Complexo Desportivo do Jamor, em Oeiras.

Nos masculinos, Pedro Isidro, cronometrado em 21.21, disputou a liderança da prova com o sub-23 Paulo Martins, do Sporting CP, atleta que seria desclassificado após cortar a meta na segunda posição (imediatamente antes cumprira 30 segundos na zona de penalização). As segunda e terceira posições da geral ficaram assim atribuídas aos veteranos Paulo Cunha, do CC São João da Madeira, com 23.55, e Ricardo Santos, do GDP Chão Duro, com 24.23.

Nos femininos, Carolina Costa bem cedo se isolou para concluir a prova em recorde pessoal, com 23.17. Os seus melhores registos anteriores na distância estavam fixados em 23.52,35, este ano na pista de Faro, e em 23.54, em estrada, no ano passado em Guadix. Com 9 vitórias no evento, Kristina Saltanovic, da Juventude Vidigalense, a competir como sénior, foi segunda classificada com 23.46, e a sub-23 Ana Monteiro, do GD Estreito, foi terceira com 25.32, recorde pessoal.

Ainda na distância de 5 km, venceram nos respetivos escalões etários, Ricardo Bernardino, sub-23 masc. (SCP, 25.11) e Felicidade Rosa, veterana fem. (CAG, 28.49). Nas outras provas, registe-se as vitórias, nos 3 km, de Catarina Torres, juv. fem. (SCP, 15.03), Guilherme Rodrigues, ini. masc. (SCP, 14.30), e Sandra Guerreiro, ini. fem. (GDSD, 21.14), e na distância de 1 km, Tomás Serra, inf. masc. (SLB, 6.42), Matilde Sousa, inf. fem. (SCP, 5.26), Samuel Oliveira, benj. B masc. (CAG, 7.40), Clara Jerónimo, benj. B (GDSD, 6.46), Aldny Santos, benj. A (CAG, 7.34) e Beatriz Borges, benj. A (GDSD, 8.10).

O número global de participantes foi escasso, apenas 36 atletas, de 10 clubes, depois de estarem inscritos 64 (13 clubes)! De notar ainda que não houve qualquer participante nos escalões de juvenis masculinos, e de juniores, masculinos e femininos.

Classificações

5 km jun./sen./vet. masculinos - geral/escalão

1.º, Pedro Isidro (SLB), 21.21 - 1.º, sénior

2.º, Paulo Jorge Cunha (CCSJM), 23.55 - 1.º, vet.

3.º, Ricardo Santos (GDPCD), 24.23 - 2.º, vet.

4.º, Ricardo Bernardino (SCP), 25.11 - 1.º, sub-23

5.º, Alexandre Monteiro (GDE), 28.22 - 3.º, vet.

6.º, Artur Araújo (CAG), 29.17 - 4.º, vet.

7.º, Francisco Mimoso (CAG), 31.33 - 5.º, vet.

8.º, Joaquim Leitão (GDSD), 32.33 - 6.º, vet.

9.º, Gonçalo Rebelo (GDSD), 34.15 - 7.º, vet.

Desclassificado: Paulo Martins (SCP) - sub-23

5 km jun./sen./vet. femininos - geral/escalão

1.ª, Carolina Costa (SCP), 23.17 - 1.ª, sub-23

2.ª, Kristina Saltanovic (JV), 23.46 - 1.ª, sénior

3.ª, Ana Monteiro (GDE), 25.32 - 2.ª, sub-23

4.ª, Felicidade Rosa (CAG), 28.49 - 1.ª, vet.

5.ª, Maria Fátima Costa (CAG), 31.34 - 2.ª, vet.

6.ª, Ana Macedo (UAP), 33.27 - 3.ª, vet.

7.ª, Filomena Moura (IND-LX), 36.16 - 4.ª, vet.

3 km ini./juv. masculinos - geral/escalão

1.º, Guilherme Rodrigues (SCP), 14.30 - 1.º, ini.

Desclassificado: Rodrigo Aráujo (AMONT) – ini.

3 km ini./juv. femininos - geral/escalão

1.ª, Catarina Torres (SCP), 15.03 - 1.ª, juv.

2.ª, Sandra Guerreiro (GDSD), 21.14 - 1.ª, ini.

3.ª, Gilana Monteiro (SLB), 24.38 - 2.ª, ini.

1 km benj. A e B/inf. masculinos - geral/escalão

1.º, Tomás Serra (SLB), 6.42 z.p. - 1.º, inf.

2.º, Aldny Santos (CAG), 7.34 - 1.º, benj. A

3.º, Samuel Oliveira (CAG), 7.40 - 1.º, benj. B

4.º, Essam Mussa (CAG), 7.44 - 2.º, inf.

5.º, Sérgio Borges (GDSD), 8.09 - 2.º, benj. B

1 km benj. A e B/inf. femininos - geral/escalão

1.ª, Matilde Sousa (SCP), 5.26 - 1.ª, inf.

2.ª, Marta Pinto (CAG), 6.04 - 2.ª, inf.

3.ª, Mariana Costa (GDSD), 6.05 - 3.ª, inf.

4.ª, Juliana Ferreira (SLB), 6.09 - 4.ª, inf.

5.ª, Francisca Loreto (SLB), 6.23 - 5.ª, inf.

6.ª, Clara Jerónimo (GDSD), 6.46 - 1.ª, benj. B

7.ª, Nádia Mata (SLB), 7.02 - 2.ª, benj. B

8.ª, Lara Araújo (CAG), 7.33 - 3.ª, benj. B

9.ª, Beatriz Borges (GDSD), 8.10 - 1.ª, benj. A

Álvaro Martín e Lidia Sánchez-Puebla destacaram-se em Getafe

Partida das principais prova e os pódios absolutos em Getafe.
Fotos: Felix Villar. Montagem: O Marchador

A XXI edição do Troféu de Marcha Atlética “Cerro Buenavista” (estrada), que se disputou este domingo (15/12) em Getafe, nos arredores de Madrid, contou com uma forte adesão de marchadores nos vários escalões etários, na casa das duas centenas, uma competição que se vai cimentando no calendário espanhol da modalidade como uma das mais importantes do país vizinho.

Na prova masculina, Álvaro Martín, o atual campeão da Europa dos 20 km marcha, não teve dificuldade em impor a sua categoria ao vencer a edição deste ano repetindo os êxitos que alcançara nas edições de 2015, 2016 e 2017, agora com a marca de 40:42 nos 10 km. O segundo foi Marc Tur, com 41:59 este, um especialista de 50 km (é o atual campeão espanhol na distância), e o terceiro Álvaro López, com 43:18, que havia vencido na edição de 2018. O recordista de vitórias é ainda o internacional e olímpico, José Ignacio Diaz.

Para Álvaro Martín a época é de preparação para os Jogos Olímpicos, no verão de 2020, os 20 km marcha, em Sapporo, e de permeio a presença na armada espanhola que competirá em Minsk, na Bielorrússia, no Mundial de Seleções, em maio próximo. Note-se que por iniciativa da Federação Espanhola de Atletismo já se realizou o primeiro estágio para marchadores, no mês passado com a duração de três semanas, em Potchefstroom, na África do Sul, o mesmo lugar onde a seleção espanhola de futebol estagiou em 2010, conquistando o título mundial.

Na prova feminina, a atleta da “casa”, a internacional Lidia Sánchez-Puebla, venceu pelo segundo ano consecutivo, também na distância de 10 km, com o tempo de 46:47, subindo igualmente ao pódio Marina Peña, com 48:28, e Irene Montejo, com 49:14. A vencedora deste ano, que representa, tal como o vencedor masculino, o clube de Playas de Castellón, é uma das melhores do país vizinho na distância olímpica dos 20 km marcha, possuindo o 10.º melhor registo espanhol de todos os tempos, com a marca de 1:30:51, conseguida nos Cantones da Corunha, em 2017.

Nos juniores (Sub-20) venceram, na prova masculina, Jose Mestre, com 44:38 (quarto da geral) e na prova feminina, Iria Rivas, com 52:56, enquanto nos juvenis (Sub-18) impuseram-se Pablo Pastor, com 44:43 (masculinos) e Eva Rico, com 53:07, e nas provas de masters (5 km), nos masculinos, Miguel Periañez (24:21) e nos femininos, Carmen Hernandez (27:27), subiram aos lugares mais altos do pódio, atletas que veremos certamente a competir entre nós (Braga e Madeira), numa vasta delegação do país vizinho, onde se incluirá o nosso bem conhecido Leo Toro (homenageado recentemente em Santo António dos Cavaleiros), nos Europeus de Masters.

Resultados completos, aqui.

Adriano Gomes (1923 – 2019)

Adriano Gomes. Foto: Atletismo Magazine

Adriano do Rosário Gomes, antigo atleta e também praticante da disciplina da marcha atlética, faleceu ontem aos 96 anos de idade (completaria 97 no próximo dia 10 de janeiro), após internamento hospitalar.

Participou em inúmeros eventos da disciplina, em grandes prémios e em campeonatos regionais e nacionais, federados e do Inatel.

Foi um dos primeiros internacionais veteranos na marcha atlética quando tomou parte no ano de 1986 nos 5.000 m dos Campeonatos da Europa de Atletismo Master de Pista em Malmo, na Suécia (M60, 16.º, 30:37.95). Somou mais internacionalizações entre 2004 e 2007 com participações em eventos mundiais e europeus de pista coberta e ao ar livre.

O blogue «O Marchador» dedicou-lhe uma peça em Janeiro de 2011 intitulada «Adriano Gomes, um exemplo de desportivismo», a ler aqui.

À família, amigos e companheiros do desporto, a equipa do blogue «O Marchador» expressa as suas condolências.