Joaquim Graça, juiz do painel da Federação Internacional de Atletismo, e
Vasco Guedes, juiz do painel da Associação Europeia de Atletismo, vão intervir
nas jornadas técnicas de marcha atlética, que estão a decorrer no Algarve, por
iniciativa da Federação Portuguesa de Atletismo.
A interpretação da regra 230. do regulamento técnico, será o principal tema
a abordar hoje, pelas 14:00, em Monte Gordo, pelos dois juízes internacionais
de marcha, esclarecendo dúvidas e elucidando os presentes (atletas e treinadores)
sobre os critérios e atitudes comportamentais adotados pelos juízes de marcha
em competições da especialidade.
Note-se que as últimas competições internacionais em que Joaquim Graça e
Vasco Guedes exerceram funções, no âmbito do ajuizamento, foram em Eugene, nos
EUA , o primeiro, por ocasião da realização dos mundiais de juniores, e em Baku, no Azerbaijão, o segundo, quando aí
decorreu a fase europeia de apuramento para os Jogos Olímpicos da Juventude.
Nas jornadas, que se prolongarão até ao dia de amanhã, dissertarão,
igualmente, os técnicos Amaro Teixeira, Carlos Carmino, Jorge Costa, Jorge
Miguel, e Paulo Murta, em matérias relacionadas com aspetos
técnico/pedagógicos, e de planificação da atividade.
Lamentavelmente, a entidade organizadora (FPA) “esqueceu-se” de divulgar a
iniciativa no seu próprio espaço informativo, relegando para uma posição
secundária as ditas jornadas, ao preferir destacar, de modo amplo, o seminário
da corrida, que terá lugar em Lisboa, em igual período temporal, e no qual
intervirá como preletora a marchadora Susana Feitor, atleta de alto rendimento.
É de salientar ainda, e muito negativamente, o facto da divulgação das
jornadas junto de treinadores e outros agentes desportivos ter ocorrido com uma
antecedência de apenas dois dias inviabilizando, na prática, a presença de
vários deles, já com compromissos assumidos, alguns com necessidades óbvias de
planificação atempada das suas atividades profissionais e desportivas. De
resto, mensagens de protesto foram endereçadas à FPA, denunciando a situação.
Por outro lado, teria sido de bom senso evitar-se a colisão com a
tradicional prova de Celorico da Beira, que integra os campeonatos distritais
da Guarda, há muito marcados para a mesma data (este sábado). Os responsáveis
autárquicos e associativos vêem, assim, o seu esforço organizativo menosprezado,
Por outro lado, o Algarve e os principais impulsionadores da marcha atlética na
região, uma das mais empreendedoras do país, merecem todo o respeito e
consideração.