Ana Cabecinha. Foto: facebook da própria |
Foi
claramente a figura em maior destaque entre todos os marchadores portugueses no
ano que chega ao fim. Ana Cabecinha ganhou internamente tudo o que de
importante havia para ganhar, foi a marchadora portuguesa melhor classificada
nas grandes competições internacionais e liderou as listas nacionais em todas
as distâncias em que competiu ao longo do ano.
Logo nos
primeiros meses de 2014 averbou vitórias nos nacionais de marcha em estrada
(Quarteira, 1 de Fevereiro) e nos nacionais de pista coberta (Pombal, 15 de
Fevereiro), repetindo o êxito em pista ao ar livre, já no Verão, durante os
Campeonatos de Portugal (Lisboa, 26 de Julho). Em todas estas ocasiões, a
marchadora do Oriental de Pechão relegou as principais adversárias para as
posições secundárias, reservando para si os títulos de campeã e o lugar mais
alto do pódio de cada uma dessas competições.
No plano
internacional, Ana Cabecinha começou por ser em Taicang, na Taça do Mundo de
Marcha realizada em Maio, o melhor elemento (8.º lugar) de um extraordinário
quarteto cujas componentes, sem excepção, terminaram os 20 km femininos abaixo
de uma hora e trinta minutos. Um feito notável, ao alcance apenas das grandes
potências mundiais da marcha e premiado com a medalha de bronze colectiva. Mas,
no caso da «pequena potência» que é Portugal, a marchadora algarvia liderou
mais uma vez aquele fantástico grupo. Depois, em Agosto, nos europeus de
Zurique, a atleta orientada por Paulo Murta voltou a ser a portuguesa melhor
classificada, com um sexto lugar que constitui a melhor classificação da
marchadora em campeonatos da Europa de atletismo.
No final do
ano, o nome de Ana Cabecinha surge a encimar as listas nacionais das seguintes distâncias:
20 km; 5000 metros, 3000 metros.
Tudo, razões
mais que suficientes para que, no entender da equipa do blogue «O Marchador», a
figura portuguesa da marcha em 2014 não possa ser outra atleta que não Ana
Cabecinha, do Clube Oriental de Pechão.