Os dois primeiros classificados dos sub-20, Ricardo Ortíz (esq.) e José Luís Doctor. Foto: Gustavo Vega |
Na categoria de sub-18, Noel Chama (México), com 42.45,24, marca de nível mundial, venceu a competição alardeando grande superioridade. O seu compatriota, Henrique Martínez, classificou-se na segunda posição obtendo a marca de 43.40,0, enquanto o terceiro lugar do pódio foi preenchido pelo porto-riquenho Jorge Cruz, com o tempo de 49.44,73.
Noel Chama Almazán, que estuda na Universidade Nacional Autónoma do México, na capital do país, tem como recorde pessoal (e que é também recorde do México no escalão de juvenis) a marca de 42.07,18, obtida este ano no decorrer dos campeonatos nacionais da categoria, realizados em maio. É um dos 16 selecionados, a nível mundial, para os Jogos Olímpicos da Juventude, que terão lugar este ano na cidade chinesa de Nanjing.
A uma questão sobre o que o que mais o atrai na disciplina da marcha, o jovem atleta respondeu desta forma:
“Gosto desta especialidade porque para correr qualquer um pode fazê-lo. Na marcha é diferente, não é tão simples. Se não marchas bem poderás ser desclassificado e esta pequena dificuldade faz com que sinta enorme prazer no que faço. Apesar de não ter problemas com os juízes de marcha, todos os dias trabalhamos a técnica a fim de não nos descuidarmos e podermos ir sempre melhorando."
Na categoria de sub-20, Ricardo Ortíz, José Luís Doctor e ainda Noel Chama e Henrique Martínez, estes dos sub-18, conduziram a prova nos primeiros quilómetros, realizando um trabalho conjunto. Ortiz aceleraria a passada a que só correspondeu Martínez. Os dois mantiveram-se largas voltas no comando até que, a 2.800 metros do fim, a melhor condição física de Ortiz levou-o a isolar-se para terminar vitorioso no tempo de 42.24,10, novo recorde dos campeonatos. Doctor, com 43.10,71, arrecadou a medalha de prata, e o guatemalteco Jurguen Grave, a de bronze, com 44.06,44.
Ricardo Ortíz Rivera, que no próximo ano terá todas as possibilidades de ingressar no grupo de elite da marcha mexicana, declarou-se satisfeito com a marca obtida, pois esta permitir-lhe-á chegar a Eugene, nos EUA, mais bem preparado para os mundiais de juniores, que decorrerão naquela cidade do estado americano de Oregon, de 22 a 27 deste mês. Por outro lado, a medalha ganha tem um sabor especial já que é a primeira que conquista numa competição internacional. Objetivos para Eugene?
“Melhorar a minha marca [41.33,11, 9.º lugar em Taicang] e classificar-me nos cinco primeiros.”