Formandos, formadores e atletas na certificação em Massamá. Fotos tiradas por Sara Linares. Montagem: O Marchador |
Foi no 16 do corrente mês de outubro, em Queluz (Sintra), na Pista de Atletismo do Real Massamá (aulas e exames práticos, com a colaboração de atletas) e na Escola Miguel Torga (exames escritos, orais e de vídeo), que decorreu mais uma certificação para juízes especialistas de Marcha Atlética, numa organização da Federação Portuguesa de Atletismo e que contou com a colaboração da Associação de Atletismo de Lisboa, visando o acesso ou a manutenção no Painel Nacional de Grau B, o segundo mais elevado na escala hierárquica dos painéis nacionais de especialistas.
Esta foi a 9.ª vez que foi levada a efeito uma certificação para este nível, depois das realizadas em 1993 (Coimbra), 1994 (Setúbal), 1996 (Lisboa), 2002 (Lisboa), 2004 (Luso), 2009 (Luso), 2014 (Lisboa) e 2018 (Lisboa) sendo, desta vez, precedidas de 3 aulas à distância (online).
O evento contou com a significativa participação de 35 candidatos, com certificação nos Painéis Regionais e também no Painel Nacional do Grau B, provenientes das Associações de Atletismo de Algarve, Aveiro, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, São Miguel, Setúbal e Viana do Castelo.
Os futuros juízes do Painel Nacional de Grau B, que vigorará para o quadriénio 2023-2026, estarão habilitados a atuar nos eventos de atletismo do calendário da Federação Portuguesa de Atletismo, que incluem provas de estrada, de pista coberta, e de pista ao ar livre.
Cerca de duas dezenas de atletas, uns, muito jovens, outros, menos, desempenharam exemplarmente a sua função, tanto nas aulas práticas como nos exames sendo, aqui, de registar, com muito apreço, o louvável contributo de atletas do Centro de Atletismo das Galinheiras, do Grupo Desportivo de São Domingos, da Associação Cultural e Recreativa da Mealhada e do União Atlético Povoense, nas pessoas de José Henriques, Joaquim Leitão, Cátia Rodrigues e Ana Macedo, respetivamente, sem esquecer a presença do emblemático marchador José Pinto (8.º classificado nos 50 km dos Jogos Olímpicos de Los Angeles’1984).
A monitorização da ação, em todas as vertentes teóricas e práticas, esteve a cargo dos juízes internacionais de marcha Eduardo Gonçalves, Joaquim Graça, José Dias, José Ganso e Vasco Guedes, bem como de Luís Dias, do Painel de Delegados Técnicos (eventos em estrada) da Associação Europeia de Atletismo, sob coordenação do Conselho de Arbitragem da FPA com um dos seus membros, Clarisse Duarte, a assumir as funções de Diretora do Curso.
A próxima certificação ao mais alto nível nacional do setor (Painel Nacional de Grau A), está programada para o ano de 2024 e aceitará os atuais membros do referido painel e os que, no curso agora realizado, obtiverem a certificação, desde que possuindo a categoria de juiz nacional. O sistema nacional de formação e certificação de juízes de marcha foi implementado em 1990 tendo-se levado a efeito, desde então, cursos para aquele mais elevado nível em 1991, 1995, 1998. 2003, 2007, 2011, 2016 e 2020.