sábado, 7 de maio de 2016

China domina juniores femininos no mundial de seleções

A parte final da prova com Zhenxia e Li a disputarem o 1.º lugar e a
vitória colectiva da China. Fotos: IAAF e Jared Tallent.
Montagem: O Marchador
As chinesas Zhenxia Ma e Li Ma venceram esta manhã, em Roma, os 10 km juniores femininos dos Campeonatos do Mundo de Marcha por Seleções. Ambas cotadas com 45.25 m, só no quilómetro final conseguiram marcar superioridade, descolando da mexicana Valeria Ortuño, terceira, com 45.28 m. A portuguesa Carolina Costa foi 40.ª classificada, com 51.49 m.

A fase inicial da prova foi marcada por ritmo lento, com um longo grupo na frente. Aos dois quilómetros de prova, a marca de passagem na frente (9.28) apontava para um resultado final bem acima dos 47 minutos, mas já com alguma aceleração em relação ao quilómetro de abertura. Nesta fase, a liderança mostrava em alternância a finlandesa Taika Nummi e a australiana Taila Billington.

As duas atletas da China mantinham-se em posição de controlo, tal como Ortuño, que seria a primeira a meio da prova, com 23.12 m, à frente de um grupo com nove unidades. Logo atrás, com 10-12 metros de atraso, as duas representantes do Peru (Evelyn Inga e Leyde Guerra), com a japonesa Yukiho Mizoguchi e a australiana Clara Smith. Carolina Costa passava isolada na 45.ª posição, com 25.22 m

No início da segunda metade, o ritmo aumentou consideravelmente, com o pelotão da frente a perder unidades volta a volta. A dois quilómetros do final, o pódio começou a ficar definido, com as chinesas e a mexicana a deixarem para trás Taika Nummi, primeiro, e a italiana Noemi Stella, depois.

Campeã olímpica de juventude em 2014 (Nanquim) e campeã mundial de juvenis em 2015 (Cali), Zhenxia Ma confirmaria então o favoritismo com que era apontada antes da prova, conseguindo isolar-se na frente. À entrada para o Estádio das Termas de Caracalla, onde estava instalada a meta, Li Ma coseguiria recolar à compatriota para um final ao «sprint». Vantagem final para Zhenxia, com o mesmo tempo de Li e menos três segundos que Valeria Ortuño, que, com 45.28 m, bateu o recorde da América do Norte, Central e Caraíbas (antes, 46.00, da mexicana Alejandra Ortega, em Saransk-2012).

Colectivamente, vitória evidente da China, com três pontos, seguida do México (9) e da Austrália (21).

Classificação
10 km sub-20 femininos
1.ª, Zhenxia Ma (China), 45.25
2.ª, Li Ma (China), 45.25
3.ª, Valeria Ortuño (México), 45.28
4.ª, Noemi Stella (Itália), 45.55
5.ª, Taika Nummi (Finlândia), 46.08
6.ª, Vivian Castillo (México), 46.56
7.ª, Clara Smith (Austrália), 47.10
8.ª, Karla Johana Jaramillo (Equador), 47.11
9.ª, Lifang Zhang (China), 47.14
10.ª, Yukiho Mizoguchi (Japão), 47.25
11.ª, Iliana García (México), 47.25
12.ª, Evelyn Inga (Peru), 47.34
13.ª, Leyde Guerra (Peru), 47.34
14.ª, Tayla Paige Billington (Austrália), 47.41
15.ª, María Fernanda Montoya (Colômbia), 47.53
16.ª, Marina Peña (Espanha), 48.04
17.ª, Zoe Hunt (Austrália), 48.11
18.ª, Dímitra Bohóri (Grécia), 48.12
19.ª, Emilia Lehmeyer (Alemanha), 48.13
20.ª, Giada Francesca Ciabini (Itália), 48.36
21.ª, Maika Yagi (Japão), 48.50
22.ª, Zofia Kreja (Polónia), 48.50
23.ª, Emma Achurch (Grã-Bretanha), 48.58
24.ª, Irene Montejo (Espanha), 49.14
25.ª, Odeth Huanca (Bolívia), 49.19
26.ª, Sayori Matsumoto (Japão), 49.22
27.ª, Eloise Terrec (França), 49.42
28.ª, Saskia Feige (Alemanha), 49.46
29.ª, Mishell Semblantes (Equador), 49.48
30.ª, Valeryia Komel (Bielorrússia), 49.53
31.ª, Meaghan Podlaski (E.U. América), 49.57
32.ª, Clemence Beretta (França), 50.04
33.ª, Enni Nurmi (Finlândia), 50.06
34.ª, Olga Niedzialek (Polónia), 50.18
35.ª, Teresa Zurek (Alemanha), 50.30
36.ª, Camille Aurriere (França), 50.38
37.ª, Anali Cisneros (E.U. América), 50.38
38.ª, Carmen Escariz (Espanha), 51.38
39.ª, Anastasia Sanzana (Chile), 51.43
40.ª, Carolina Costa (Portugal), 51.49
41.ª, Kristina Povorozniuk (Ucrânia), 51.49
42.ª, Katerina Maternová (República Checa), 52.08
43.ª, Daria Khusainova (Ucrânia), 52.10
44.ª, Yuliia Balym (Ucrânia), 52.20
45.ª, Laura Langley (Nova Zelândia), 52.53
46.ª, Yelizaveta Spirina (Casaquistão), 53.00
47.ª, Kayla Allen (E.U. América), 55.51
Desclassificada: Anthea Mirabello (Itália).

Classificação colectiva
1.º, China, 3 pontos
2.º, México, 9 pts
3.º, Austrália, 21 pts
4.º, Itália, 24 pts
5.º, Peru, 25 pts
6.º, Japão, 31 pts
7.º, Equador, 37 pts
8.º, Finlândia, 38 pts
9.º, Espanha, 40 pts
10.º, Alemanha, 47 pts
11.º, Polónia, 56 pts
12.º, França, 59 pts
13.º, E.U. América, 68 pts
14.º, Ucrânia, 84 pts

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Roma-2016, 10 km sub-20 masculinos, lista de partida.

7 de Maio/2015
10.35 horas (9.35 h em Portugal  continental)

57 atletas
30 países (16 com equipa)

Recorde do Mundo: 37.44 – Zhen Wang, China (Pequim-2010)
Recorde da competição: 39.40 – Wenkui Gao, China (Taicangy-2014)
Líder mundial do ano: 40.10 – Jun Zhang, China (Huangshan, 5 Março)

A lista de saída é a seguinte:
Dorsal, nome, país, melhor marca/marca em 2016
103: Adam Garganis (Austrália), 42.53 / 42.53
105: Tyler Jones (Austrália), 42.22 / 42.22
107: Kyle Swan (Austrália), 42.48 / 42.48
111: Mikita Kaliada (Bielorrússia), 42.29 / 42.29
113: Dzmitry Lukyanchuk (Bielorrússia), 42.20 / 42.20
115: Ruslan Udodau (Bielorrússia), 42.14 / 42.14
119: Pablo Rodríguez (Bolívia), 43.08 / 43.08
122: Matheus Correa (Brasil), 44.45,0 / 44.45,0
133: Linfeng Hu (China), 40.44 / 40.44
134: Xiangqian Jin (China), 40.43 / 40.43
141: Jun Zhang (China), 40.10 / 40.10
149: César Herrera (Colômbia), 42.36 / 47.24
151: Cristian Merchán (Colômbia), 44.54 / 44.54
152: Sebastián Merchán (Colômbia), 44.42 / 44.42
158: Juan Manuel Calderon (Costa Rica), 48.31 / 48.31
161: Vít Hlavác (República Checa), 43.36 / 43.36
164: Jhonatan Amores (Ecuador), 43.24 / 43.24
179: Manuel Bermúdez (Espanha), 41.23,3 / 41.23,3
181: Daniel Chamosa (Espanha), 42.59 / 42.59
186: Iván López (Espanha), 44.20 / 44.20
193: Ruslan Sergatsjov (Estónia), 50.12 / -
194: Zenamarkos Asmare (Etiópia), - / -
203: Gabriel Bordier (França), 42.33 / 42.33
204: Thibaut Hypolite (França), 42.10 / -
205: David Kuster (França), 45.20,5 / -
209: Cameron Corbishley (Grã-Bretanha), 43.05 / 43.05
211: Guy Thomas (Grã-Bretanha), 43.15 / 43.15
212: Callum Wilkinson (Grã-Bretanha), 41.31 / 41.31
216: Leo Köpp (Alemanha), 42.18 / 42.18
222: Donát Burger (Hungria), 44.13 / 44.13
223: Soma Kovács (Hungria), 43.50 / 43.50
243: Giacomo Brandi (Itália), 41.44 / 41.44
245: Nicolo' Coppini (Itália), 43.31 / 43.31
253: Alessandro Rigamonti (Itália), 43.21 / 43.21
259: Masaya Ishikawa (Japão), 41.01 / 41.01
260: Masatora Kawano (Japão), 41.04 / 41.04
265: Ryutaro Yamamoto (Japão), 41.22 / 41.22
266: Zamanbek Bababek (Casaquistão), 45.47,7 / 45.47,7
275: Noel Alí Chama (México), 41.58 / 41.58
277: Andrés Olivas (México), 41.30 / 41.30
282: Jamie Shaw (Nova Zelândia), 47.41 / 47.41
286: Lenyn Mamani (Peru), 44.49 / 44.49
287: César Augusto Rodríguez (Peru), 41.01,71 / -
292: Arkadiusz Drozdowicz (Polónia), 42.37 / 42.37
295: Lukasz Niedzialek (Polónia), 43.43 / 43.43
314: Anze Tesovnik (Eslovénia), 49.52 / 49.52
315: Jovan Delcev (Sérbia), 45.46 / 45.46
317: Nathan Bonzon (Suíça), 48.18 / 48.18
319: Dominik Cerný (Eslováquia), 42.40 / 42.40
331: Salih Korkmaz (Turquia), 42.12 / 42.12
332: Mustafa Özbek (Turquia), 43.18 / 43.18
344: Volodymyr Mytsyk (Ucrânia), 47.04,92 / -
346: Eduard Zabuzhenko (Ucrânia), 43.59,07 / 44.03
348: Oleksandr Zholob (Ucrânia), 43.55,89 / 44.29
349: Alexander Bellavance (E.U. América), 47.58 / 47.58
354: Anthony Gruttadauro (E.U. América), 47.50 / 47.50
355: Cameron Haught (E.U. América), - / -
Fonte: IAAF

Roma-2016, 10 km sub-20 femininos, lista de partida.

7 de Maio/2015
9.30 horas (8.30 h em Portugal  continental)

48 atletas
24 países (14 com equipa)

Recorde do Mundo: 41.57 – Hongmiao, China (Pequim-1993)
Recorde da competição: 42.44 – Tatyana Kalmykova, Rússia (Cheboksary-2008)
Líder mundial do ano: 44.25 – Yiming Ma, China (Taicang, 23 Abril)

A lista de saída é a seguinte:
Dorsal, nome, país, melhor marca/marca em 2016
500: Tayla Paige Billington (Austrália), 47.25 / 47.25
502: Zoe Hunt (Austrália), 46.29 / 46.29
505: Clara Smith (Austrália), 46.33 / 46.42
508: Valeryia Komel (Bielorrússia), 48.10 / 48.10
513: Odeth Huanca (Bolívia), 49.02 / 49.02
518: Anastasia Sanzana (Chile), 50.18 / 50.18
521: Li Ma (China), 44.41 / 44.41
522: Zhenxia Ma (China), 44.29 / 44.29
526: Lifang Zhang (China), 44.30 / 44.30
532: María Fernanda Montoya (Colômbia), 47.38 / 49.23
535: Katerina Maternová (República Checa), 50.13 / 50.13
538: Karla Johana Jaramillo (Ecuador), 47.47.61 / 48.36
541: Michelle Semblantez (Ecuador), 48.41 / 48.41
545: Carmen Escariz (Espanha), 49.26 / 49.26
547: Irene Montejo (Espanha), 49.04 / 49.04
549: Marina Peña (Espanha), 48.33 / 49.05
559: Taika Nummi (Finlândia), 45.44.53 / 45.49
560: Enni Nurmi (Finlândia), 47.05 / 47.05
562: Camille Aurriere (França), 50.29 / 50.29
564: Clemence Beretta (França), 50.17 / 50.17
568: Eloise Terrec (França), - / -
569: Emma Achurch (Grã-Bretanha), 47.49 / 47.49
571: Saskia Feige (Alemanha), 50.08 / 50.08
572: Emilia Lehmeyer (Alemanha), 48.49 / -
573: Teresa Zurek (Alemanha), 47.25 / 47.25
574: Dímitra Bohóri (Grécia), 50.00 / 50.00
585: Giada Francesca Ciabini (Itália), 47.20 / 47.20
589: Anthea Mirabello (Itália), 49.23 / 49.23
593: Noemi Stella (Itália), 44.43.78 / -
597: Sayori Matsumoto (Japão), 47.48 / -
599: Yukiho Mizoguchi (Japão), 46.54 / 46.54
600: Maika Yagi (Japão), 48.08 / 48.08
605: Yelizaveta Spirina (Casaquistão), - / -
613: Vivian Lizbeth Castillo (México), 47.24 / 47.24
614: Iliana Mercedes García (México), 47.16 / 47.16
616: Valeria Ortuño (México), 45.53 / 45.53
618: Laura Langley (Nova Zelândia), 51.54 / 51.54
620: Leyde Guerra (Peru), 49.05 / 50.59
622: Evelyn Inga (Peru), 49.09 / 50.02
626: Zofia Kreja (Polónia), 48.13 / 48.13
627: Olga Niedzialek (Polónia), 47.57 / 47.57
632: Carolina Costa (Portugal), 50.58 / 50.58
650: Yuliia Balym (Ucrânia), 50.19 / 50.19
654: Daria Khusainova (Ucrânia), - / -
656: Kristina Povorozniuk (Ucrânia), 50.42 / 50.42
658: Kayla Allen (E.U. América), 52.28 / 52.28
660: Anali Cisneros (E.U. América), 50.37 / 50.37
664: Meaghan Podlaski (E.U. América), 51.04 / 51.04
Fonte: IAAF

Igualdade de género nos 50 km marcha

Erin Taylor-Talcott. Foto: Ken Stone, Times of San Diego
Este domingo, em Roma, a prova dos 50 km marcha, competição integrada no Campeonato Mundial de Nações, constituirá um marco histórico para o atletismo mundial porque, pela primeira vez, verá igualado o conjunto de disciplinas entre homens e mulheres – 24 provas, numa decisão da Federação Internacional de Atletismo (IAAF).

Em 2014, o escritório de advocacia Winston Strawn, que representa a marchadora norte-americana Erin Taylor-Talcott, em petição dirigida à USATF (Federação de Atletismo dos EUA), solicitou a participação da atleta nos campeonatos norte-americanos de 50 km marcha, antes exclusivamente abertos ao setor masculino, obtendo a anuência daquele organismo. Também foi acordado junto da USATF a igualização dos prémios monetários e a intervenção junto da IAAF, fazendo «lobby» pela participação das mulheres em eventos internacionais da distância.

Em maio deste ano, Taylor-Talcott (e mais outras quatro atletas), participou nos campeonatos norte-americanos e obteve a marca mínima exigida para participar nos mundiais de marcha, com o tempo de 4:44:26. Em 2011, nos «Trials» americanos para os Jogos Olímpicos de Londres, tornou-se na primeira mulher a conseguir a marca exigida pela IAAF para o efeito, com 4:33:23, o seu recorde pessoal, mas foi-lhe negada a participação na prova tendo, no entanto, sido convidada a assistir à competição.

Com a decisão da IAAF em considerar elegíveis os recordes mundiais femininos dos 50 km marcha, a partir de 1 de novembro de 2015, a atleta norte-americana foi a primeira a inscrever o seu nome na listagem, com a marca de 5:03:34, obtida em 22 de novembro de 2015, em San Diego.

Em abril deste ano, fruto dos esforços norte-americanos, o Conselho Executivo da IAAF autorizou a participação de Taylor-Talcott nos mundiais de Roma, integrando a prova masculina dos 50 km. Certamente que em futuros eventos internacionais, nomeadamente nos próximos campeonatos mundiais de atletismo, em 2017, em Londres, haverá a prova feminina, disputada separadamente.

Sebastian Coe, presidente da IAAF, foi um dos grandes defensores da ideia, congratulando-se com a mudança, que a vê como um dos últimos passos para a correção dos desequilíbrios passados, assegurando-se a igualdade de oportunidades competitivas entre homens e mulheres.

Erin Taylor-Talcott, professora universitária, nasceu a 21 de maio de 1978, em Portland, Oregon, residindo em Nova Iorque. Depois de ter sido treinada durante 7 anos pelo australiano Jim Leppik, desde março do ano passado que se responsabiliza pelo seu próprio treino. É casada com Dave Talcott, ex-marchador internacional.

Foi com grande satisfação que a atleta acolheu a decisão de integrar a equipa norte-americana dos 50 km marcha. Referiu-se ao facto como sendo um dos momentos mais marcantes da sua vida, algo de absolutamente incrível, para o qual trabalhou e sonhou, persistindo contra muitos dos que lhe diziam que tal nunca iria acontecer.

E porque é que a medida não foi tomada mais cedo? À questão colocada por um jornalista do «Sunday Times» respondeu que talvez tenha havido a crença de que as mulheres não estariam aptas a fazer provas de resistência, mas, com a inclusão da maratona, da corrida de obstáculos, entre outras provas, no programa feminino, ficou claro que a inclusão da prova dos 50 km marcha seria apenas uma questão de tempo. Na opinião de Taylor-Talcott, não existem problemas físicos que impeçam as mulheres de competir na referida prova, acrescentando que estas tendem a ser mais fortes em provas de resistência.

Sobre a prova de domingo, a única mulher a participar nos 50 km afirmou que vai competir para, essencialmente, desfrutar do momento, com muita emoção, e ao lado dos melhores do mundo. É algo que, segundo Taylor, outras mulheres poderão fazer no futuro, tendo sido, segundo ela, um enorme passo dado em defesa dos direitos das marchadoras de todo o mundo.

Entre nós, não tardará o dia em que marchadoras portuguesas competirão nos 50 km, também com objetivos de participarem nos grandes eventos internacionais. E uma das que, neste contexto, se poderá apresentar na linha de partida é Inês Henriques, atleta do Clube de Natação de Rio Maior que, recentemente, manifestou publicamente a sua simpatia face a tal possibilidade.

Memorial «Antanas Mikenas» em Birstonas (resultados)

Imagens do evento em Birstonas, Lituânia.
Fotos: Alfredo Pliadzio. Montagem: O Marchador
A cidade de Birstonas, na Lituânia, acolheu no passado dia 30 de Abril a 30.ª edição do evento internacional de marcha atlética que reuniu a presença de 102 atletas da Lituânia, Polónia, Bielorrússia e Letónia, constituindo a primeira prova ao ar livre realizada na presente época.

Por ser de inteira justiça, destaca-se na liderança da organização do evento os incansáveis irmãos Juozaitis (Jonas e Povilas), em conjunto com vários outros elementos e também membros desta família sempre ligada à disciplina da marcha atlética no país.

Em vésperas do Campeonato do Mundo das Nações registou-se a ausência de destacados atletas nacionais. O vencedor masculino seria Artur Mastianica, com 41.56 nos 10 km, atleta que este ano obteve a qualificação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro nos 50 km. O segundo lugar foi ocupado pelo olímpico da Letónia Arnis Rumbinieks, com 43.43, e terceiro por Darius Jesepcikas, com 44.56.

Nos femininos, também sobre 10 km, o pódio foi inteiramente ocupado por atletas estrangeiros. Na primeira posição a olímpica e já qualificada para o Rio de Janeiro, Agnese Pastare, da Letónia, com 46.39, e nas posições seguintes as bielorrussas Nadezda Darazhuk (47.29) e Anastasia Rarouskaya (50.49).

O programa ficou completo com uma marcha da nostalgia, de 1 km, com a participação de apoiantes e amigos de marcha incluindo antigos marchadores que vieram a formar um clube próprio, e com a exibição de um filme/documentário sobre Antanas Mikenas, o único marchador da Lituânia medalhado em Jogos Olímpicos, obtendo a prata em Melbourne-1956.

Colaboração: Kristina Saltanovic

Principais classificações
10 km masculinos
1.º, Artur Mastianica, 1992 (Švenčionys-Vilnius), 41.56
2.º, Arnis  Rumbenieks, 1988 (Venspils, LAT), 43.43
3.º, Darius Jezepčikas, 1980 (Kaunas), 44.56
4.º, Artur Markaran, 1999 (Gardinas, BLR), 45.34 - 1.º, sub-18
5.º, Kamil Komarowski, 1995 (Bialegostok, POL), 46.48
6.º, Grzegorz Grinholc, 1977 (Gdansk, POL), 47.32
7.º, Arnoldas Budrys, 1996 (Kėdainiai), 50.49
8.º, Paulius Juozaitis, 2000 (Birštonas), 52.55 - 2.º, sub-18
9.º, Danil Sadomskij, 1999 (Vilnius), 54.09 - 3.º, sub-18
10.º, Kamil Puolain, 1998 (Varsava, POL), 54.27 - 1.º, sub-20
11.º, Jānis Zeļģis, 1999 (Ogre, LAT), 57.05 - 4.º, sub-18
12.º,  Boriss  Mošerenoks, 2000 (Ludza, LAT), 1.00.40 - 5.º, sub-18
13.º, Glebs  Mošerenoks, 2000 (Ludza, LAT), 1.01.06 - 6.º, sub-18
Desclassificados: Artūrs Makars, 1997 (Venspils, LAT) - sub-20 e Ruslans Smolonskis, 1996 (Venspils, LAT).

10 km femininos
1.ª, Agnese Pastare, 1988 (Ogre, LAT), 46.39
2.ª, Nadzeya Darazhuk, 1990 (Gardinas, BLR), 47.29
3.ª, Anastasiya Rarouskaya, 1996 (Gardinas, BLR), 50.49
4.ª, Dovilė Bašinskaitė, 1998 (Druskininkai), 55.42 - 1.ª, sub-20
5.ª, Aušrinė Kuzmickaitė, 1998 (Kaunas), 58.41 - 2.ª, sub-20
6.ª, Gabrielė Černiūtė, 1997 (Kaunas), 1.01.20 - 3.ª, sub-20
7.ª,  Anastasija Mošerenoka, 1998 (Ludza, LAT), 1.02.52 - 4.ª, sub-20

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Seleção feminina aposta numa medalha para os mundiais de Roma

A terceira posição colectiva em Taicang-2014.
Foto: Mauricio Quiroz Hoyos
A seleção feminina de Portugal é uma das candidatas ao pódio da prova dos 20 km marcha dos Campeonatos Mundiais de Nações que terão lugar este fim-de-semana, em Roma, competição onde o tiro de partida pelas 17:15 horas (hora portuguesa), num dos mais belos lugares do centro histórico da capital italiana.

Tendo participado pela primeira vez no evento (então com a designação de Taça do Mundo de Marcha), em 1993, em Monterrey, no México, a seleção portuguesa nas cinco últimas edições classificou-se sempre nas primeiras quatro posições, com um fator denominador comum: Ana Cabecinha e Vera Santos a posicionarem-se num dos três primeiros lugares do conjunto lusitano.

Em 2008, em Cheboksary (Rússia), a seleção nacional conquistou a medalha de prata, com Vera Santos (3.ª), Susana Feitor (10.ª) e Ana Cabecinha (11.ª), em 2010, em Chihuahua (México), a medalha de ouro, com Vera Santos (2.ª), Inês Henriques (3.ª) e Ana Cabecinha (8.ª) e em 2014, em Taicang (China), a medalha de bronze, com Ana Cabecinha (8.ª), Vera Santos (11.ª) e Susana Feitor (17.ª).

Para a edição deste ano, a seleção nacional é composta com as habituais titulares de há vários anos, Ana Cabecinha, Inês Henriques, Susana Feitor e Vera Santos, a que se junta Daniela Cardoso, recém selecionada para os Ibero-americanos, que terão lugar no Rio de Janeiro, uma semana depois dos mundiais de Roma.

A China é a grande favorita à conquista do título mundial, com as suas figuras de proa, Hong Liu e Xiuzhi Lu, respetivamente campeã e vice-campeã mundiais de 2015, e em que depois surgem, para hipóteses de pódio, além de Portugal, as seleções da Itália, com Eleonora Giorgi e Elisa Rigaudo mas com a ausência de Antonella Palmisano (quinta nos mundiais de Pequim), devido a problemas musculares, e as seleções de Espanha e do Japão. A Rússia, que nas últimas 10 edições conquistou 6 medalhas de ouro, 2 de prata e 1 de bronze, é a grande ausente da competição.

Este ano, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF), por se tratar de uma competição essencialmente marcada pela componente coletiva, melhorou significativamente os prémios monetários a atribuir às federações nacionais e correspondentes aos primeiros lugares da classificação coletiva.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Joaquim Graça vai ajuizar o Mundial de Nações

Joaquim Graça quando da sua actuação na China.
Joaquim Graça é um dos juízes internacionais de marcha convocados pela IAAF (Federação Internacional de Atletismo) para atuar no próximo Campeonato Mundial de Nações de Marcha Atlética, que terá lugar em Roma, nos próximos dias 7 e 8 de maio.

O evento compreenderá a realização das distâncias olímpicas de 20 km masculinos e femininos, dos 50 km masculinos, prova aberta pela primeira vez na história da modalidade à participação feminina, e ainda dos 10 km juniores (ambos os sexos), aqui, com a particularidade da introdução da regra do “Pit Lane”, que corresponde a uma paragem (120 segundos) de um(a) atleta que acumule três faltas técnicas.

Joaquim Graça, membro filiado no Conselho de Arbitragem da Associação de Atletismo de Lisboa, integra desde 2010 o painel de juízes especialistas da IAAF. Em abril foi um dos juízes que atuou no Grande Prémio Internacional de Rio Maior e, fora de portas, a última atuação foi registada nos Jogos Nacionais da Juventude da China, em outubro de 2015.

O juiz internacional português integrará uma equipa composta por 9 elementos em que estão igualmente incluídos, Cándido Velez (Porto Rico), o juiz-chefe da competição, Jean-Pierre Dahm (França), Kirsten Crocker (Austrália), Anne Fröberg (Finlândia), Rolf Müller (Alemanha), Steve Taylor (Grã-Bretanha), Man Chun Yeung (Hong-Kong), e Reginald Weiss (EUA). Luis Saladie (Espanha) será o Secretário, coadjuvado por Nicola Maggio (Itália). Os Assistentes do Juiz-chefe de Marcha serão os italianos Mara Baleani e Davide Bandieramonte.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Madarász e Helebrandt destacam-se em Békéscsaba

O evento em Békéscsaba, Hungria. Fotos: Imre György
Montagem: O Marchador
Viktória Madarász, com 1.30.47, e Máté Helebrandt, com 1.22.38, estabeleceram novos recordes pessoais ao vencerem as provas de 20 km da 37.ª edição do evento internacional de marcha da cidade húngara de Békéscsaba (30 de Abril), acumulando ainda os títulos nacionais.

Madarász (UTE), que não tomará parte no Mundial de Nações em Roma do próximo fim-de-semana, dominou por completo a sua prova, registando parciais em cada 5 km de 22.47, 22.36, 22.30 e 22.54, com 45.23 e 45.24 em cada 10 km. Bateu o seu recorde pessoal de Zurique-2014 (1.30.57) e ficou apenas a 16 segundos do recorde nacional de Anikó Szebenszky (1.30.31) que vigora desde 2000. De notar a desistência pouco depois dos 10 km (45.52) da polaca Agnieszka Dygacz, com uma época marcada por lesões.

Rita Récsei, atleta sub-23, estabeleceu 1.35.33 ao cruzar a meta na 2.ª posição e Anett Torma fechou o pódio feminino com 1.37.57, também com recordes pessoais. De notar que no próximo sábado (7 de Maio) Récsei voltará a enfrentar a distância em Roma. Participaram 12 atletas.

Helebrandt, que bateu a sua marca por 26 segundos (1.23.04, Békéscsaba-2015), teve no polaco Artur Brzozowski o grande opositor, ficando separados no final por apenas 4 segundos. Percorreram juntos os 5 km em 21.27, os 10 km em 42.12, os 15 km em 1.02.38 (20.26 na légua) e terminarem bem forte, 20.00 e 20.04 respetivamente.

A luta pelo terceiro lugar masculino e entre atletas sub-23 também foi animada, com Bence Barnabás Venyercsán a levar a melhor (1.27.34) sobre TomaszBagdány (1.27.52).

Classificações
20 km masculinos
1.º, Máté Helebrandt, 1989 (NYSC), 1.22.38
2.º, Artur Brzozowski, 1985 (Lengyel, Polónia), 1.22.42
3.º, Bence Barnabás Venyercsán, 1996 (Bp. Honvéd SE), 1.27.34 - 1.º, sub-23
4.º, TomaszBagdány, 1995 (TSC-Geotech), 1.27.52 - 2.º, sub-23
5.º, Miklós Domonkos Srp, 1993 (Bp. Honvéd SE), 1.29.28
6.º, Sándor Rácz, 1986 (UTE), 1.31.28
7.º, László Venyercsán, 1971 (Bp. Honvéd SE), 1.46.45
8.º, Zsolt Marinka, 1987 (SZVSE), 1.54.46
9.º, Ferenc Major, 1961 (Bp. Honvéd SE), 1.56.12
10.º, István Csaba, 1959 (Bp. Honvéd SE), 2.01.36
11.º, Salvatore Damiano Rao, 1957 (UTE), 2.03.39
12.º, György Kiss, 1974 (Kirchhofer SE), 2.14.10

20 km femininos
1.ª, Viktória Madarász, 1985 (UTE), 1.30.47
2.ª, Rita Récsei, 1996 (Bp. Honvéd SE), 1.35.33 - 1.ª, sub-23
3.ª, Anett Torma, 1984 (Kaposvári AC), 1.37.57
4.ª, Viktoriia Ferents, 1993 (Sumy, Ucrânia), 1.39.15
5.ª, Rusalina Povorozniuk, 1995 (Ternopil, Ucrânia), 1.40.08
6.ª, Barabara Kovács, 1993 (Békéscsabai AC), 1.40.53
7.ª, Petra Rabné Récsei, 1990 (Bp. Honvéd SE), 1.48.35
8.ª, Eszter Szarka, 1985 (Bp. Honvéd SE), 1.50.47
9.ª, Brigitta Matalin, 1987 (Bp. Honvéd SE), 1.53.10
10.ª, Tamásné Bodorkós, 1967 (Haladás VSE), 1.58.13
Desistente: Agnieszka Dygacz, 1985 (Lengyel, Polónia) e Györgyi Kiss, 1971 (Kirchhofer SE).

Resultados completos aqui.

Seleção do Japão para o Mundial de Roma

A Federação de Atletismo do Japão (JAAF) anunciou a constituição da Seleção Nacional que representará o país no Campeonato Mundial de Nações em Marcha Atlética, em Roma, nos dias 7 e 8 de maio.

São 15 os atletas convocados para a seleção nipónica, com equipas em todas as provas, exceção para a dos 50 km onde primará pela ausência, motivada pelo facto de se ter realizado muito recentemente, em Wajima, os Campeonatos Nacionais do Japão, tendo um protocolo com a Câmara Municipal local para a realização da competição em abril de cada ano. Nestes campeonatos, que tiveram a presença de juízes internacionais de marcha, ficou definitivamente assente a seleção para os Jogos Olímpicos naquela distância.

Com uma forte seleção masculina nos 20 km masculinos, em que três dos seus elementos que agora se apresentam para Roma, fizeram parte da equipa que conquistou a histórica medalha de bronze, na última edição, em Taicang (China), Takahashi (1:18:03), Fujisawa (1:18:45) e Saito (1:19:44) são as figuras de proa na seleção nipónica que, recorde-se, não conta com a presença do recordista mundial na distância, Yusuke Suzuki, de 28 anos, lesionado.

Masculinos
20 km
Isamu Fujisawa
Kai Kobayashi
Satoshi Maruo
Takumi Saito
Eiki Takahashi

10 km Sub-20
Masaya Ishikawa
Masatora Kawano
Ryutaro Yamamoto

Femininos
20 km
Masumi Fuchise
Rena Goto
Ai Michiguchi
Kumiko Okada

10 km Sub-20
Sayori Matsumoto
Yukiho Mizoguchi
Maika Yagi

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Seleção da Austrália para o Mundial de Roma

A Federação de Atletismo da Austrália selecionou 18 atletas para o Campeonato Mundial de Nações em Marcha Atlética, que terá lugar nos dias 7 e 8 de maio, na capital italiana.

Reconhecidamente considerada uma das mais fortes seleções mundiais na especialidade, a Austrália, que já conquistou 10 medalhas na competição, apresenta como cabeça de cartaz Jared Tallent (50 km), campeão olímpico em Londres’2012 e duplo medalhado nos Jogos de Pequim, em 2008.

Os escalões de Sub-20, masculinos e femininos, onde a seleção australiana, na última edição em Taicang (2014), conquistou duas medalhas coletivas, ambas de bronze, poderão ditar nova oportunidade de pódio. 

Masculinos:
20 km
Dane Bird-Smith
Nathan Brill
Rhydian Cowley
Michael Hosking
Brendon Reading

50 km
Jared Tallent
Ian Rayson

10 km Sub-20
Adam Garganis
Tyler Jones
Kyle Swan

Femininos:
20 km
Tanya Holliday
Regan Lamble
Beki Smith
Stephanie Stigwood
Rachel Tallent

10 km Sub-20
Tayla-Paige Bilington
Zoe Hunt
Clara Smith

domingo, 1 de maio de 2016

Mães marchadoras

Elisa Rigaudo, Kristina Saltanovic, Cisiane Dutra Lopes e Mirna Ortiz.
Fotos: Facebook das próprias, Antorcha Deportiva e Darius Škarnulis.
Montagem: O Marchador
Hoje, no dia em que se celebra o Dia da Mãe, «O Marchador» homenageia todas as atletas em geral, e as marchadoras em particular, que ousaram a aventura da maternidade, interrompendo a carreira atlética.

Só quem conhece os meandros da Alta Competição, com todos os sacrifícios inerentes, um deles o fator tempo, sabe o quão arriscado pode ser para uma marchadora interromper um ciclo competitivo promissor ou de afirmação, podendo deixar escapar a oportunidade de brilhar nas grandes competições internacionais.

Algumas, porém, decidiram assumir esse desejo. A maternidade pode constituir-se como uma “força extra” ou “uma nova motivação” para a continuação de sucessos desportivos. Na impossibilidade de referenciarmos todas elas, destacamos, como exemplos, o caso de quatro marchadoras mães, com mínimos olímpicos:

- Elisa Rigaudo (Itália), 35 anos, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2008 e nos Campeonatos Mundiais de 2011, mãe de Elena e Simone;

- Kristina Saltanovic (Lituânia), 41 anos, 7.ª classificada nos Campeonatos Mundiais de 2009 e 2011, medalha de bronze na Taça da Europa de 2009, mãe de Erica;

- Mirna Ortiz (Guatemala), 29 anos, campeã nos Jogos Centro-Americanos e do Caribe de 2014, mãe de Joshua e Ronin;

- Cisiane Dutra Lopes (Brasil), 33 anos, campeã brasileira, mãe de Victor Gabriel.

Interessante uma entrevista publicada em 14 de Abril passado por ANTORCHA Deportiva a propósito da guatemalteca Mirna Ortiz, um vídeo que começa com a fala de um dos seus filhos. Veja aqui.

Inês Henriques em dia de aniversário

Inês Henriques. Foto: facebook da própria
A atleta internacional Inês Henriques, natural de Santarém, completa hoje 36 primaveras, aniversário pelo qual a equipa de “O Marchador” lhe endereça os parabéns.

Marchadora de primeiríssimo plano nacional, que iniciou a sua trajetória internacional nos campeonatos mundiais de juniores, há precisamente 20 anos, em Sydney, já participou em dois Jogos Olímpicos (2004 e 2012) competindo na prova dos 20 km marcha, uma disciplina que é das mais competitivas e de maior qualidade do atletismo nacional.

Em Portugal tem registado uma grande regularidade competitiva, sempre ao mais alto nível. Desde 2000 que ocupa o pódio dos campeonatos nacionais de estrada, com títulos nas edições de 2006, 2009, 2011 e 2016. No plano internacional destaca-se o terceiro lugar obtido na Taça do Mundo de Marcha de 2010 e o decisivo contributo para o (único) título conquistado por Portugal na competição, além de ser figura sempre presente nas várias idas ao pódio coletivo em competições continentais e mundiais.

Treinada por Jorge Miguel, desde os seus primeiros anos na especialidade (em 1993, no Montijo, venceria a prova de infantis, integrada nos campeonatos nacionais de marcha), é uma das duas marchadoras portuguesas que triunfou em todos os escalões da referida competição.

No Grande Prémio Internacional de Rio Maior, na presença e com o afetuoso apoio das suas gentes, garantiu o apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, melhorando o seu recorde pessoal.

A atravessar o seu melhor momento de sempre, a atleta prepara-se para competir nos mundiais de Roma, manifestando-se convicta de que os Jogos do Rio poderão ser os seus melhores na longa e rica carreira da atleta ribatejana. Inês, nos Jogos de 2004, classificou-se na 25.ª posição e nos de Londres na 14.ª posição.

Seleção do Brasil para o Mundial de Roma

A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou a constituição da Seleção Nacional que representará o país no Campeonato Mundial de Nações em Marcha Atlética, que terá lugar em Roma, nos dias 6 e 7 de maio.

São 9 os atletas que se apresentarão para a competição, 5 com mínimos olímpicos, destacando-se a presença das suas duas maiores figuras do momento, Caio Bonfim e Erica Rocha de Sena, que no ano passado, nos mundiais de Pequim, classificaram-se na sexta posição nas provas de 20 km marcha, integrando ainda o pódio dos Jogos Pan-americanos de Toronto.

Inicialmente convocados, os dois representantes dos 50 km, Jonathan Riekmann e Mário José dos Santos Júnior, pediram dispensa alegando problemas de ordem física.

Da delegação oficial também fazem parte os treinadores João Cesar Sendeski (Santa Catarina), de uma região em que a marcha atlética tem uma forte implantação no país sendo que quatro dos atletas selecionados são daí provenientes, e João Evangelista de Sena Bonfim (Distrito Federal), pai e treinador de Caio Bonfim, bem como a fisioterapeuta Flavia de Souza Farias.

Masculinos:
20 km
José Alessandro Bagio
Moacir Zimmermann
Caio Bonfim
Rudney Dias Nogueira

10 km Sub-20
Matheus Gabriel de Liz Correa

Femininos:
20 km
Erica Rocha de Sena
Cisiane Dutra Lopes
Liliane Priscila Barbosa
Nair da Rosa