Imagens: CBAt e Protásio de Morais/Secel-MT. Montagem: O Marchador |
A próxima edição, a 21.ª, dos Campeonatos Ibero-americanos de Atletismo vai ter lugar em Cuiabá, capital do Estado brasileiro de Mato Grosso, localizado no oeste do país, e decorrerá entre os dias 10 e 12 de maio com a presença de 450 atletas de 23 países com o Brasil, naturalmente, a constituir a maior delegação, com 90 atletas (45 homens e 45 mulheres) seguido da Colômbia (68) e do Chile (36). A Espanha levará 28 atletas e Portugal 27.
Esta é a quinta vez que o evento se disputará no Brasil, após de Manaus, em 1990, Rio de Janeiro, em 2000, São Paulo, em 2014 e de novo o Rio de Janeiro, em 2016, sendo certamente uma boa janela de oportunidade para os atletas que, por via da obtenção de mínimos olímpicos ou de posições no ranking mundial, estejam a sonhar com a presença em Paris.
As provas de marcha, na distância de 20 km, serão disputadas dia 11 (sábado) num circuito asfaltado localizado na Avenida Parque do Barbado, Jardim das Américas e terá lugar pelas 6:00 horas da manhã de modo a evitar o excessivo calor que se faz sentir por aquelas bandas, prevendo-se nos dias do evento uma temperatura a rondar os 21 e os 35 graus centígrados.
Portugal, que desta vez não se fará representar por marchadores, já tem tradição na especialidade pois logo na edição inaugural, em 1993, na cidade de Barcelona, José Pinto conquistou a medalha de prata (20 km), feito repetido por João Vieira na 9ª edição, no Rio de Janeiro, em 2000. A primeira medalha feminina chegaria na edição de Huelva, em 2004, através de Ana Cabecinha (10 km) novamente de prata, vencendo em 2006, em Ponce, proeza que seria imitada em 2008, em Iquique, por Maribel Gonçalves.
Em 2010, em San Fernando, Pedro Isidro manteria a tradição portuguesa na obtenção de medalhas na marcha com a de bronze, num ano muito profícuo em que mais duas atletas subiram ao pódio, no lugar mais alto (medalha de ouro) por Ana Cabecinha e a medalha de bronze por Inês Henriques. A senda de medalhas prosseguiria com Daniela Cardoso a obter a medalha de bronze na edição de 2016, no Rio de Janeiro, enquanto na última, em Alicante (2022) Ana Cabecinha conquistava a sua terceira medalha no evento, a de bronze.
Recorde-se que na mais recente edição do evento disputada em La Núcia-2022, as vitórias nas provas de marcha de 10.000 metros em pista foram para os espanhóis Álvaro Martín Uriol, com 39:24.20, e Laura García-Caro, com 43:33.72.
Os juízes internacionais de marcha nomeados para a edição deste ano em Cuiabá são: Diego Dadin (Argentina), Cândido Velez (Porto Rico), Alvistur Kimberly (Chile), Diego Paneci (Peru), Bernadete Conte (Brasil) e Nilton Cesar Ferst (Brasil).
O evento é da responsabilidade da Associação Ibero-Americana de Atletismo (AIA), numa organização da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e do Governo do Estado de Mato Grosso, contando com o apoio da Federação de Atletismo do Mato Grosso (FAMT), UFMT e SESI-MT, havendo transmissão em direto pelo Canal Olímpico do Brasil e pela TV Atletismo Brasil.
Eis a lista de saída para as provas de marcha (ordenada por dorsal):
* actualização
20 km masculinos
10: Juan Manuel Cano Ceres, 1987 (ARG - Argentina);
155: Álvaro López, 1999 (ESP - Espanha);
327: Luis Henry Campos, 1995 (PER - Peru).
348: Cesar Alberto Herrera Cortez, 1999 (COL - Colômbia);
447: Matheus Gabriel de Liz Correa, 1999 (BRA - Brasil);
449: Max Batista Goncalves dos Santos, 1994 (BRA - Brasil);
20 km femininos
156: Paula Juarez, 2000 (ESP - Espanha);
325: Evelyn Inga, 1998 (PER - Peru).
474: Gabriela de Souza Muniz, 2002 (BRA - Brasil);
495: Mayara Luize Vicentainer, 1991 (BRA - Brasil);
512: Mayra Karen Quispe Mancilla, 2000 (BOL - Bolívia);
Fonte: CBAt