Hong Liu em Tóquio/Sapporo 2021, nos recentes Jogos da China, e na companhia da filha. Fotos: Xinhua/Guo Chen, Jin Liangkuai e Hong Liu. Montagem: O Marchador |
Hong Liu, a primeira atleta chinesa a ganhar três medalhas olímpicas e que recentemente concluiu a sua participação nos 20 km marcha dos Jogos Nacionais da China na quarta posição, provou que as atletas, que são também mães, podem equilibrar a sua vida pessoal com a profissão que abraçaram na área desportiva, lutando para alcançarem os seus sonhos.
Liu, campeã olímpica nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, foi mãe de uma menina em finais de 2017, fez uma pausa de dois anos, voltando à competição em 2019 e com o sucesso que se conhece com a obtenção do recorde mundial dos 50 km marcha (3:59:15) e a vitória nos 20 km dos Mundiais de Doha.
“Eu desejo que haja mais mães-atletas como eu, conquistando posições de destaque. É perfeitamente compatível a conciliação das tarefas caseiras com a carreira desportiva”, disse Liu, acrescentando que a idade e a maternidade não devem constituir limitações. A formação de uma família não será necessariamente o fim. A vida é como a marcha: de joelhos esticados, um passo de cada vez, encontrando-se o equilíbrio entre as regras e a velocidade imprimida.
Jiayu Yang, atleta da Mongólia Interior, que se sagrou campeã mundial em Londres, no ano de 2017, e este ano estabeleceu o recorde mundial nos 20 km marcha (1:23:49), conquistando ainda a medalha de ouro nos Jogos da China, elogiou as qualidades de Hong Liu, referindo que ela é um grande exemplo para todas, pela sua persistência e capacidade de trabalho.