Da esq. para a dir.: Erick Barrondo, Andrés Chocho e Horacio Nava. Foto: EFE |
Aos 15 quilómetros de prova, Chocho passou no tempo de 1.08.21, acompanhando-o um quarteto em que se incluía Barrando e Nava, e teve de ter cabeça fria para aguentar a “pressão” de já ter sofrido duas faltas. Aos 30 quilómetros, ainda assim, acelerou e conseguiu isolar-se da concorrência, passando a essa distância no tempo de 2.15.56.
Entretanto, Luís Chocho, o treinador e pai do atleta, gritava a plenos pulmões: “Não te preocupes com o ritmo, o mais importante é que marches bem e termines sem mais qualquer falta!”
Ao quilómetro 35, no grupo perseguidor, o mexicano Nava adiantava-se uns 100 metros a Barrondo, com o vice-campeão olímpico dos 20 km marcha a atravessar momentos de dificuldades físicas (perna esquerda). Recuperaria, aos 45 quilómetros, a posição de candidato a medalha de prata.
Chocho manteve, no final, a vantagem de 5.44 minutos, apesar de alguma quebra mas com as cautelas necessárias, certamente lembrando-se do que lhe aconteceu nos últimos pan-americanos, onde fora desclassificado. Diria após terminar a prova: “O mais importante não foi a marca mas a medalha. Conseguimos o objetivo e logo com a medalha de ouro!”
Foi a sétima medalha de ouro para o Equador no atletismo. Os EUA obtiveram 14 medalhas de ouro, 13 de prata e 14 de bronze, seguidos do Canadá (11-7-8), Cuba (5-3-1), Jamaica (3-3-2), Trindade e Tobago (3-2-1), México (3-1-2), Colômbia (2-1-1) e Brasil (1-6-6). Globalmente, os EUA conquistaram 81 medalhas de ouro, o Canadá 70 e o Brasil 60.