José Duarte a marchar no grande prémio das Galinheiras e à partida na légua de Santo António dos Cavaleiros. Fotos: Atletismo Magazine Montagem: O Marchador |
O fim-de-semana de Páscoa dos marchadores portugueses foi ensombrado pela
morte de José Duarte, atleta, dirigente, autarca e repórter dedicado à
marcha atlética e ao desporto em geral. José Duarte foi encontrado sem vida,
este sábado, na casa onde vivia.
Presente com frequência em provas de marcha, fosse para participar na
competição ou para fazer nova reportagem fotográfica, José Duarte emprestou ao
desporto grande parte da sua energia, tendo contagiado com esse empenho muitos
dos que o rodeavam, a começar pela própria família.
Como atleta, representava o C.D. Quarteira, com cuja camisola laranja o
vimos alinhar em provas de marcha atlética, a última das quais em Faro, quando,
em 21 de Março, participou na prova da hora do 3.º Troféu Ana Cabecinha. Nunca
demasiado preocupado com o resultado técnico mas mais interessado em participar
e em conviver na sã actividade desportiva, José Duarte acabou desclassificado
nessa prova, o que lhe permitiu pegar de imediato na máquina fotográfica e
ajudar a produzir mais uma reportagem para o Atletismo Magazine – Modalidades
Amadoras, entidade, entre outras, com que colaborava abundantemente.
José Manuel Mata da Encarnação Duarte tinha 42 anos, era funcionário
autárquico na Amadora e membro na Junta de Freguesia de Falagueira-Venda Nova,
eleito pelo Partido Socialista. A sua morte apanhou de surpresa todos os que
com ele conviviam, não se conhecendo as causas do infortúnio. O corpo de José
Duarte foi transferido para o Instituto de Medicina Legal de Lisboa, onde segunda-feira
terá lugar a autópsia.
José Duarte deixa uma filha, Kelly da Silva Duarte, também ela habitual
participante em provas de marcha e em competições de basquetebol, numa
demonstração de gosto pelo desporto certamente herdado do pai.
A equipa do blogue «O Marchador» manifesta o seu pesar pelo desaparecimento
de José Duarte e transmite à família e aos amigos o sentimento da mais profunda
solidariedade, um valor que o desaparecido tão intensamente privilegiou em
vida, sempre pronto para a ajuda, com bondade e um sorriso no rosto.