Tido como um dos mais experientes dirigentes do atletismo a nível mundial,
Jorge Salcedo foi eleito sábado passado para novo mandato como membro do
Conselho da Associação Europeia de Atletismo (AEA), registando a aprovação de
43 dos 50 votantes. A eleição teve lugar em Bled, na Eslovénia, no decorrer do
Congresso da AEA.
Jorge Salcedo tem uma carreira de dirigente da Federação Portuguesa de
Atletismo que se estende pelas últimas quatro décadas, tendo sido eleito pela
primeira vez para o Conselho da AEA em 1991. Desde então desenvolveu um
trabalho de reconhecido mérito na organização de competições internacionais e
na formação de juízes.
No entanto, é anterior a sua entrada em funções internacionais, iniciadas
em 1983, quando integrou o júri de apelo da Taça da Europa da Maratona
realizada em Barcelona. A partir daí, não mais pararam as nomeações para
competições europeias ou mundiais de atletismo ou ainda para os Jogos
Olímpicos. Nestes foi duas vezes delegado técnico (Atenas-2004 e Pequim-2008) e
outras duas oficial técnico internacional (Sydney-2000 e Londres-2012, nesta
última chefiando). Nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, Jorge Salcedo voltará
a assumir o cargo de delegado técnico, a função mais importante dos dirigentes
do atletismo nos Jogos Olímpicos.
Desde 1991 é igualmente membro do Comité Técnico da Associação
Internacional de Federações de Atletismo, sendo presidente desse órgão desde
1999.
Da eleição realizada em Bled resultou a escolha do norueguês Svein Arne
Hansen como novo presidente da AEA, sucedendo ao suíço Hansjörg Wirz, que
dirigiu o organismo desde 1999. Com 26 votos, Hansen, de 68 anos, obteve a
maioria absoluta logo na primeira votação, superando os concorrentes Jean
Gracia (França, 19 votos) e Antti Pihlakoski (Finlândia, 5).
O búlgaro Dobrimir Karamarinov, o alemão Frank Hensel e o francês Jean
Gracia são os novos vice-presidentes.
Além de Jorge Salcedo, o Conselho da Associação Europeia de Atletismo ficou
composto pelos seguintes 12 membros: Antti Pihlakoski (Finlândia), Libor
Varhanik (República Checa), Panagiotis Dimakos (Grécia), José Luís de Carlos
(Espanha), Marton Gyulai (Hungria), Sylvia Barlag (Holanda), Toralf Nilsson
(Suécia), Gregor Bencina (Eslovénia), Alfio Giomi (Itália), Gabriela Szabo
(Roménia), Erich Teigamagi (Estónia) e Yaras Salih Munir (Turquia).