Mirna Ortiz corta a meta triunfadora e o pódio masculino com Eider Arevalo (2.º), Horacio Nava (1.º) e Jose Montaña (3.º). Fotos: «site» da organização local. Montagem: O Marchador |
Abrindo a jornada
inaugural do atletismo nos XXII Jogos Centro-americanos, os 20 km marcha,
masculinos e femininos, disputaram-se no dia de ontem, sob temperaturas na
ordem dos 27 graus centígrados e uma humidade de 90 por cento.
Na prova feminina, a
nota de maior destaque vai para a guatemalteca Mirna Ortiz que cortou a meta na
primeira posição, com a marca de 1.35.43 h (parciais por cada 5 km, 23.40 - 24.11
- 24.01 - 23.50), superiorizando-se à colombiana Sandra Arenas (1.36.29 h).
Ortiz conquistou a primeira medalha de ouro para a Guatemala, obtendo um novo
recorde do evento. Outra colombiana, Ingrid Hernandez assegurou a terceira
posição do pódio com o tempo de 1.37.11 h.
Na competição
masculina, com alguma surpresa, o mexicano Horacio Nava, treinado pelo campeão
olímpico de Los Angeles, Raúl González, assegurou para o seu país a medalha de
ouro, com a marca de 1.25.05 h (21.10 - 21.36 - 21.44 - 20.34 em cada 5 km).
Sendo um especialista de 50 km, Nava, ainda assim, comandou isoladamente a
prova até aos 5 quilómetros, momento em que foi alcançado por Erick Barrondo
(Guatemala) e Éider Arévalo (Colômbia), este vindo a atrasar-se ao quilómetro
16, ainda assim assegurando a medalha de prata, com 1.26.03 h. A medalha de
bronze foi para outro colombiano, José Montaña (1.27.30 h), agora treinado por Rigoberto
Medina.
A parte final
revelou-se dramática para Barrondo que, com duas faltas, visualizadas pelo
atleta no quadro de faltas, viria a sofrer uma terceira, já na etapa final do
seu percurso e, consequentemente, com a raqueta vermelha a ser-lhe mostrada a
apenas 25 metros da linha de chegada, ironicamente, pelo seu compatriota,
Carlos Barrios, juiz-chefe da competição, neste caso, funcionando como
porta-voz dos seus colegas, juízes de marcha. Em Taicang, nos 20 km da Taça do
Mundo, já sofrera igual dissabor ao ser desclassificado nos últimos dois
quilómetros.
No final das provas,
enquanto Barrondo lamentava-se da atuação dos juízes de marcha, Horacio Nava
reconhecia a dificuldade da vitória perante Barrondo e Arévalo. “Foi a única
forma de conseguir algo de grandioso”, disse ao referir-se à ousada estratégia
de acelerar na primeira parte da prova, consciente do desgaste que isso
causaria aos seus adversários, mais rápidos que ele. Mirna Ortiz referiu que
“trabalhei arduamente para aqui chegar e vencer, e ainda bater o recorde dos
jogos, apesar das condições climáticas, muito difíceis”, concluindo que a
felicidade apenas não se mostrou completa dada a desclassificação do seu
marido, Erick.
Classificações
20
km femininos
1.ª, Mirna Sucely
Ortiz Flores, 1987 (Guatemala), 1.35.43 (recorde dos jogos)
2.ª, Sandra Lorena
Arenas Campuzano, 1993 (Colômbia), 1.36.29
3.ª, Ingrid Jhoana Hernandez Castillo, 1988 (Colômbia), 1.37.11
4.ª, Monica Equihua Solorzano, 1982 (México), 1.38.07
5.ª, Mayra Carolina Herrera Pérez, 1988 (Guatemala), 1.40.51
6.ª, Yanelli Caballero García, 1993 (México), 1.40.54
7.ª, Cristina
Esmeralda Lopez, 1982 (El Salvador), 1.57.00
Desistente: Glenda
Lucelia Ubeda Blandon, 1987 (Nicarágua).
20
km masculinos
1.º, Horacio Nava
Reza, 1982 (México), 1.25.05
2.º, Eider Orlando
Arevalo Truque, 1993 (Colômbia), 1.26.03
3.º, Jose Leonardo
Montaña Arevalo, 1992 (Colômbia), 1.27.30
4.º, Richard Vargas,
1994 (Venezuela), 1.32.13
5.º, Gabriel Mauricio
Calvo Aguilar, 1991 (Costa Rica), 1.32.57
6.º, Pedro Daniel
Gomez Cruz, 1990 (México), 1.40.45
7.º, Eduardo Paau
Anibal, 1987 (Guatemala), 1.50.26
Desclassificado:
Erick Bernabé Barrondo García, 1991 (Guatemala).