sábado, 24 de outubro de 2020

Mari Cruz Díaz, no dia do seu aniversário

Mari Cruz Diaz. Fotos: misatletas.blogspot.com e RFEA
Montagem: O Marchador

Hoje destacamos nas nossas páginas Mari Cruz Díaz, antiga campeã europeia, no dia do seu 51.º aniversário, motivo pelo qual a equipa do blogue «O Marchador» envia-lhe os PARABÉNS. 

Nascida em Viladecans, na região de Barcelona, Mari Cruz Díaz sagrou-se, com a idade de 16 anos, dez meses e dois dias, na mais jovem campeã europeia na história da modalidade, conquistando nos 10 km marcha de Estugarda a primeira medalha de ouro espanhola numa grande competição além-fronteiras. Ela e a sua companheira de seleção, Reys Sobrino, quinta na mesma prova, foram as primeiras marchadoras do país vizinho a destacarem-se no plano internacional. 

Um ano antes, em 1985, Cruz Díaz sagrara-se campeã europeia de juniores (ex aequo com Reys Sobrino), em 1987 ficava à beira do pódio dos Mundiais de Atletismo, em Roma (4.º lugar) e em 1988, nos Mundiais de Juniores, em Sudbury, no Canadá, conquistava a medalha de ouro nos 5.000 metros marcha, um período dourado para a atleta catalã que, nesse mesmo ano, subia ao pódio dos Campeonatos Europeus Indoor, não tendo tido a oportunidade de ir aos Jogos Olímpicos de Seul pois a marcha feminina apenas surgiria nos Jogos de 92, em Barcelona, onde participou. 

Marí Cruz Díaz foi treinada por Josep Marín que, a par de Jordi Llopart, foram os grandes baluartes da marcha atlética espanhola, que se afirmou no mundo da especialidade a partir de 1978, com muito sucesso. 

A medalha de ouro de Mari Cruz Díaz foi muito inspiradora para uma grande geração de marchadoras espanholas, motivando outras a seguirem o seu caminho. Curiosamente, tal como Díaz, que começou a praticar a marcha aos 11 anos de idade, e sem que se conhecessem, uma outra menina de Viladecans, também com 11 anos de idade, fazendo o zapping na televisão, deparou-se em direto com a chegada triunfal da sua vizinha na prova dos 10 quilómetros marcha dos Europeus de Estugarda. 

Essa menina era María Vasco, que logo ali decidiu que queria dedicar-se à marcha atlética e fazer algo parecido com Mari Cruz Díaz. Concretizaria os seus objetivos com a inesperada conquista da medalha de bronze nos 20 km marcha dos Jogos Olímpicos de Sydney, registo histórico porque se tratou da primeira medalha olímpica do atletismo feminino espanhol.