segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Campeonatos de Atletismo da Irlanda 2020, em Santry (resultados)

Pódio masculino, fase inicial da prova feminina e os campeões nacionais, Kate Veale
e Callum Wilkinson. Imagens: Athletics Ireland TV
Montagem: O Marchador

A pista do Estádio Morton em Santry, na Irlanda, foi palco da edição 148 dos campeonatos nacionais de atletismo 2020 (absolutos e sub-23), disputados em dois fins-de-semana (22-23/2 e 29-30/8) e distribuídos por nove sessões, com a marcha atlética incluída no programa da manhã do dia 29, sábado.

Nos 10.000 metros masculinos, com oito participantes, o britânico Callum Wilkinson, a representar o seu novo clube, o Togher A.C., foi o grande dominador com 39:52.05, obtendo, pela primeira vez, o título nacional da Irlanda por via do regulamento admitir a sua posse desde que resida no território durante 6 meses, pelo menos. A marca obtida por Wilkinson é a melhor em pista embora não supere a de estrada, de 39:31 em Borsky Mikulás-2019.

David Kenny, de 21 anos de idade, do Farranfore Maine Valley A.C., seria o segundo classificado, com 41:38.45, posição que alcançou a seis voltas do final em função da entrada na zona de penalização (e permanência por um minuto) do especialista de 50 km, Brendan Boyce, do Finn Valley A.C., terceiro classificado, com 42:19.89.

Nos femininos, sobre 5.000 metros, Kate Veale, do West Waterford A.C., obteve o seu 12.º título nacional absoluto com a marca de 24:51.49, à frente de Ruth Monaghan, do Sligo A.C., com 25:42.20, e de Maria Flynn, sub-20 do Naas A.C., com 26:06.73. Participaram oito atletas.

Os recordes nacionais da Irlanda nas distâncias disputadas, e também dos campeonatos, continuam na posse de Robert Heffernan, com 38:27.57 (2008), e de Gillian O’Sullivan, com 20:02.60 (2002).

Classificações
10.000 m masculinos
1.º, Callum Wilkinson (Togher A.C.), 39:52.05
2.º, David Kenny (Farranfore Maine Valley A.C.), 41:38.45
3.º, Brendan Boyce (Finn Valley A.C.), 42:19.89 p.z.
4.º, Jerome Caprice (Dundrum South Dublin A.C.), 45:11.35
5.º, Colm Walsh (Mullingar Harriers A.C.), 53:23.87
6.º, Ryan Roberts (Sligo A.C.), 56:21.40
Desclassificados: Matthew Glennon (Mullingar Harriers A.C.) e Joe Mooney (Adamstown A.C.).

5.000 m femininos
1.ª, Kate Veale (West Waterford A.C.), 24:51.49
2.ª, Ruth Monaghan (Sligo A.C.), 25:42.20
3.ª, Maria Flynn (Naas A.C.), 26:06.73
4.ª, Maggiehelen O`Connor (St. Joseph's A.C.), 27:02.68
5.ª, Sinead Mc Connell (Finn Valley A.C.), 27:32.00
6.ª, Eva Delahunt (Sligo A.C.), 27:56.19
7.ª, Méabh O`Connor (Waterford A.C.), 28:37.69
Desistente: Sarah Glennon (Mullingar Harriers A.C.).

Salih Korkmaz bateu recorde turco dos 5.000 metros marcha (pista)

Salih Korkmaz e Evin Demir em Bursa, na Turquia.
Fotos: Mustafa Akyavas e Salih Korkmaz
Montagem: O Marchador

O campeão turco, Salih Korkmaz estabeleceu anteontem (29/8) um novo recorde nacional da Turquia nos 5.000 metros marcha, em pista ao ar livre, com a marca de 19:30,79, melhorando em 13 segundos o anterior recorde, que já lhe pertencia.

A proeza teve lugar na cidade de Bursa, região de Mármara, a noroeste da Turquia. Na segunda posição, classificou-se Mustafa Özbek, com o tempo de 20:55,45, recorde pessoal. É de notar que Korkmaz, 5.º classificado nos 20 km marcha dos Mundiais de Doha, realizou a 11 de janeiro do corrente ano, na pista coberta de Atakoy Arena, em Istambul, a marca de 19:13,59, recorde nacional.

Na competição feminina, igualmente realizada na distância de 5.000 metros, Evin Demir, que no ano passado foi vice-campeã europeia Sub-20, venceu a prova com um recorde pessoal de 22:46,89, o terceiro melhor registo de todos os tempos, ficando apenas atrás de Meryem Bekmez e Ayse Tekdal.

A marcha atlética na Turquia prossegue no seu bom trabalho, com o dirigente federativo, Mustafa Akyavas, a ser o principal rosto do sucesso dos atletas turcos, nomeadamente Korkmaz e Bekmez, já com mínimos alcançados para os Jogos Olímpicos, e outros perto de marcar presença.

domingo, 30 de agosto de 2020

Álvaro Martín de regresso à competição em Cáceres

A marcha no Campeonato da Extremadura, com Álvaro Martín (isolado), Miguel Periañez
e Álvaro Danta, e a liderança feminina, com Ana Pulgarín.
Fotos: Sabina Morales - Atletismo Almendralejo
Montagem: O Marchador

Álvaro Martín Uriol, campeão da Europa em Berlim 2018, regressou ontem (29/8) à atividade competitiva nas pistas do C.N.T.D. “Ciudad Deportiva” de Cáceres durante a 1.ª jornada do Campeonato da Extremadura Absoluto em pista ao ar livre, numa organização da Federação Extremeña de Atletismo.

Álvaro Martín, a representar o Playas de Castellon e a sentir, de novo, o «formigueiro da competição, como o próprio mencionou na sua conta do Instagram, foi um natural vencedor da prova masculina de 5.000 metros, com a marca de 19:59.39, sendo seguido pelo veterano M55 Miguel Periañez, do CAPEX, com 23:11.92, e Álvaro Danta, do Atletismo Numantino, com 24:41.17.

No setor feminino, igualmente sobre 5.000 metros, triunfou da internacional sub-20 Ana Pulgarín, do Go Fit Athletics, com 27:57.26. As segunda e terceira posições foram ocupadas pela veterana W40 Natividad Vidal, do CAPEX, com 28:21.00, e por outra atleta da categoria sub-20, Laura Vidal, de Las Celtiberas, com 30:24.0.

As provas de marcha foram mistas na pista 5 e em simultâneo com os 3.000 metros masculinos de corrida, cujos atletas ocuparam a pista 1.

Classificações
5.000 m masculinos
1.º, Alvaro Martin Uriol, 1994 (Playas de Castellon), 19:59.39
2.º, Miguel Periañez Garcia, 1962 (CAPEX), 23:11.92
3.º, Alvaro Danta Duran, 1997 (Atletismo Numantino), 24:41.17
4.º, Leonardo Toro Lopez, 1967 (At. Badajoz), 25:54.61
5.º, Jose Muñoz Belmonte, 1961 (Atletismo Zafra), 28:14.00
6.º, Claudio Velando Castan, 1964 (At Almendralejo), 28:21.85
7.º, Francisco Parra Pino, 1988 (At Don Benito), 30:48.74

5.000 m femininos
1.ª, Ana Pulgarin Cardeno, 2001 (Go Fit Athletics), 27:57.26
2.ª, Natividad Vidal Aleu (f), 1980 (CAPEX), 28:21.00
3.ª, Laura Vidal Lopez, 2002 (Las Celtiberas), 30:24.05
4.ª, Blanca Gordillo Monge, 2005 (CAS Maimona), 30:34.57
5.ª, Macarena Uriol Batuecas, 1960 (CAPEX), 31:03.71

Katarzyna Zdziebło é lider mundial com 21:13.69 nos 5.000 m em Wloclawek, Polónia

A marcha nos Campeonatos de Atletismo da Polónia, em Wloclawek.
Fotos: PZLA - Łukasz Szeląg, Maciej Róg e Pawel Skraba.
Montagem: O Marchador

A polaca Katarzyna Zdziebło esteve ontem (29/8) em particular evidência em Wloclawek durante os Campeonatos Nacionais de Atletismo em Pista, que decorrem de sexta-feira até hoje (domingo), ao conseguir 21:13.69 nos 5.000 metros marcha, a segunda melhor marca nacional de sempre (a melhor pertence desde 1993 a Katarzyna Radtke, com 20:51.96) e líder mundial da presente temporada.

Zdziebło, de 23 anos e que representa o LKS Stal Mielec, retirou 21 segundos à sua anterior melhor marca (21:34.30 em Spala, 2 Ago-2020) e superou a marca mundial do corrente ano que a ucraniana Lyudmila Olyanovska havia feito há 2 semanas em Lutsk (21:17.82). O pódio feminino ficou completo com Olga Niedziałek, do WLKS Nowe Iganie, com 22:35.03, e Agnieszka Ellward, do WKS Flota Gdynia, com 23:11.98.

No setor masculino, a prova de marcha foi disputada sobre 10.000 metros, com mais um título nacional a ser conquistado pelo experiente Dawid Tomala, do AZS KU Politechniki Opolskiej Opole, com 41:39.70, sendo seguido de perto pelo jovem (20 anos) Lukasz Niedziałek, do WLKS Nowe Iganie, com 41:46.46, e pelo recém veterano (M35) Jakub Jelonek, do CKS Budowlani Częstochowa, com 41:50.31.

Classificações
5.000 m femininos
1.ª, Katarzyna Zdziebło, 1996 (LKS Stal Mielec), 21:13.69
2.ª, Olga Niedziałek, 1997 (WLKS Nowe Iganie), 22:35.03
3.ª, Agnieszka Ellward, 1989 (WKS Flota Gdynia), 23:11.98
4.ª, Antonina Lorek, 1995 (KS AZS AWF Kraków), 25:05.82
5.ª, Małgorzata Cetnarska, 1998 (KKS Victoria Stalowa Wola), 25:17.09
6.ª, Wiktoria Raś, 2000 (LKS Stal Mielec), 25:23.34

10.000 m masculinos
1.º, Dawid Tomala, 1989 (AZS KU Politechniki Opolskiej Opole), 41:39.70
2.º, Łukasz Niedziałek, 2000 (WLKS Nowe Iganie), 41:46.46
3.º, Jakub Jelonek, 1985 (CKS Budowlani Częstochowa), 41:50.31
4.º, Rafał Fedaczyński, 1980 (AZS UMCS Lublin), 42:13.94
5.º, Rafał Augustyn, 1984 (LKS Stal Mielec), 42:27.47
6.º, Adrian Klonowski, 1997 (LKS Vectra Włocławek), 45:08.96
7.º, Jacek Cyngot, 1996 (UKS Olimp Kozienice), 50:33.53

sábado, 29 de agosto de 2020

Mizinov e Novikova destacaram-se em Voronovo (Rússia)

Vasily Misinov e Marina Novikova exibindo a tarja “Quero ir a Tóquio” e premiação.
Fotos: All-Russian Athletics Federation. Montagem: O Marchador

No passado domingo (23) teve lugar em Voronovo, nos arredores de Moscovo, o “Moscovia Walking Festival”, que se realizou à volta do lago artificial da cidade, num circuito de um quilómetro, que produziu excelentes resultados com a obtenção de dois recordes nacionais russos e três melhores marcas mundiais.

Na prova masculina de 10 quilómetros marcha, o vice-campeão do mundo nos 20 km marcha, Vasily Misinov, venceu a prova com o sensacional tempo de 38:00 minutos, passando a liderar a lista mundial do ano na distância, agora à frente de outro russo, Sergey Kozhevnikov (39:04) e do britânico Tom Bosworth (39:10).

Na segunda posição, classificou-se o jovem Dmitry Gramachkov (nasceu em 2003!), com 39:34, ele que no ano passado, fora vice-campeão nos nacionais russos Sub-18. Desta forma bateu o recorde nacional Sub-20, realizando a melhor marca mundial da época no escalão. Esta revelação russa, tal como Misinov, é treinada pela antiga atleta internacional, Yelena Saiko. A fechar o pódio, classificou-se Aleksey Ishmametiev, com 40:02.

Em declarações à comunicação social, Vasily Misinov não escondeu o desejo de competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio, exibindo mesmo uma tarja com os seguintes dizeres “Quero ir a Tóquio”.

A prova feminina, igualmente realizada na distância de 10 quilómetros, também não ficou atrás dos seus pares masculinos. Os resultados também foram muito bons. Marina Novikova, agora com 31 anos de idade e que teve os seus melhores períodos entre 2013 (2.ª na Taça da Europa) e 2015 (2.ª nas Universíadas), fez 42:09 (melhor marca mundial do ano). Nadejda Sergeeva, segunda, com 43:00, e Kristina Mavletova, terceira, com 44:46, completaram o pódio.

A 5 e 6 de setembro, nos tradicionais campeonatos russos de marcha (seniores, sub-23 e sub-20), os atletas voltam a mostrar as suas credenciais.

Resultados completos, aqui.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Triatlo de Sprint em Marcha, a 12 de setembro, em Drunen, Países Baixos

Foto: Frank van Ravensberg. Montagem: O Marchador
Vai ter lugar, no dia 12 do próximo mês de setembro, em Drunen (Noord- Brabant), cidade localizada a sul dos Países Baixos (Holanda), uma curiosa iniciativa denominada «Triatlo de Sprint em Marcha», que no ano passado estaria prevista ser a última das dez edições realizadas mas, segundo nos conta o nosso amigo Frank van Ravensberg, uma conjugação de esforços permitiu que a iniciativa fosse levada por diante este ano.

Antes da realização das provas, será ministrada uma sessão técnica aos participantes que, numa fase de aquecimento, ser-lhe-ão explicados os princípios básicos da marcha atlética, bem como as regras que terão de seguir.

O programa do evento contemplará as distâncias de 1.000, 2.000 e 3.000 metros marcha, em pista, provas destinadas a ambos os sexos, das categorias mais jovens às de mais idade, podendo os participantes optar por se inscreverem nas três provas ou numa só.

A organização caberá ao DAK Drunen, um clube que se tem dedicado à especialidade da marcha no país da tulipas e a coordenação dos aspetos logísticos estará a cargo de Theo van Houten (0416-377670, theovanhouten@dakdrunen.nl).

Para mais detalhes sobre o evento, consulte aqui.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Marchadores olímpicos portugueses (1984-2016): Hélder Oliveira e José Magalhães

Hélder Oliveira (1988) e José Magalhães (1992-1996).
Imagem de vídeo YouTube e arquivo blogue «O Marchador»
Montagem: O Marchador
Hélder Oliveira

Nasceu a 13 de setembro de 1960, em Olhão. Foi treinado por Rogério Gonçalves.

Foi a primeira grande figura da marcha atlética algarvia e um dos melhores especialistas portugueses da década de oitenta, a par de José Pinto, José Urbano e outros, sagrando-se, em 1985 e 1987, campeão nacional dos 20 km marcha.

Em representação do Sporting Clube Olhanense, estreou-se no dia 11 de janeiro de 1981, no Grande Prémio Sumol, numa prova de 5.000 metros marcha, realizada na pista do Estádio do Restelo, uma organização do Clube de Futebol “Os Belenenses”. Foi considerado nesse ano a grande revelação da marcha atlética masculina batendo, no ano de estreia, o recorde nacional dos 10.000 metros marcha e, no ano seguinte, o dos 5.000 metros.

Foi por muito pouco que não acompanhou José Pinto nos mínimos para os Europeus de 1982. Teve de esperar 6 anos para alcançar o direito a estar numa grande competição, mas conseguiu realizar esse sonho logo nuns Jogos Olímpicos, os de Seul. Figura carismática entre todos os marchadores portugueses, nunca regateou palavras de estímulo aos mais novos.

Ainda nos dias de hoje, mantém-se ligado ao desporto, trabalhando na Câmara Municipal de Olhão e incentivando, apoiando e orientando tecnicamente a prática desportiva de milhares de munícipes.

Na sua carreira desportiva, além do Olhanense, que representou nos três primeiros anos de atividade, passou pelo GD Vilamoura (1984), Louletano DC (1985 e 1986), Sporting CP (1987 a 1989) e Imortal DC (1990 e 1991).

Além da presença nos Jogos Olímpicos de 1988, Hélder Oliveira também representou a seleção portuguesa no Campeonato da Europa de Pista Coberta, em 1987 e 1990, e nas Taças do Mundo de Marcha de 1987, 1989 e 1991.

Recordes pessoais nas distâncias olímpicas: 20 km, 1.25.18 (1988).

Fonte: Estatísticas do Atletismo Português, por Manuel Arons de Carvalho 


José Magalhães

Nasceu a 30 de outubro de 1954, em Lousada. Sempre representou o Atlético Clube Alfenense, desde que iniciou a atividade, em 1985. Foi treinado por Luís Dias de 1992 a 2000 e nos outros anos por si próprio.

José Magalhães foi um dos bons exemplos de tenacidade, de dedicação, de espírito de sacrifício e de vontade de chegar longe, mesmo quando as ajudas faltavam, o que não era raro acontecer aos melhores marchadores lusos da década de 80.

Foi o primeiro grande marchador português na zona norte do país, começando a atividade competitiva na especialidade, ia já a caminho dos 30 anos de idade. Foi um dos que esteve na primeira linha da frente aquando do surgimento da marcha atlética no Porto, a meio da década de oitenta.

Esteve nos Jogos Olímpicos de 1992 (Barcelona) e de 1996 (Atlanta), competindo na especialidade dos 50 km marcha, distância onde mais se destacou no panorama nacional, levando-o a conquistar o título de campeão nacional em quatro edições e a bater o recorde nacional da disciplina no ano de 1992.

Também participou no Campeonato do Mundo, em 1995 e 1997, no Campeonato da Europa de 1998, nas Taças do Mundo de Marcha de 1989, 1991, 1995, 1997, 1999 e 2002, e nas Taças da Europa de Marcha de 1996, 1998 e 2000.

Enquanto treinador, orientou uma escola de jovens na sua terra natal – Alfena, com bons resultados, orientando tecnicamente atletas da especialidade que marcaram presença em Jogos Olímpicos. Atualmente integra os Órgãos Sociais da Associação de Atletismo do Porto, na função de Secretário-Geral.

Recordes pessoais nas distâncias olímpicas: 20 km, 1.26.54 (1994); 50 km, 3.57.30 (1997).

Fonte: Estatísticas do Atletismo Português, por Manuel Arons de Carvalho

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

World Athletics com boa impressão de Sapporo para provas olímpicas de estrada em 2021

A visita dos técnicos da WA a Sapporo. Fotos: Getty Images
Uma delegação técnica da federação internacional de atletismo visitou a cidade japonesa de Sapporo no passado dia 8 de Agosto e manifestou-se muito agradada com as condições encontradas, tendo em vista as competições de estrada (maratonas e marcha) do programa de atletismo dos Jogos Olímpicos de Tóquio, agendados para o próximo ano. O dia da visita correspondeu precisamente a um ano de antecedência em relação à data da maratona masculina, marcada para a manhã de 8 de agosto de 2021.

A delegação foi composta por Stéphane Bermon e Paolo Emilio Adami, respectivamente director e gestor do Departamento de Saúde e Ciência da World Athletics (WA), e teve por objetivo dar continuidade ao projeto de investigação sobre os efeitos de condições ambientais extremas sobre o desempenho competitivo no atletismo.

Utilizando bicicletas eléctricas para circular pelo percurso provisório das provas de maratona (ainda em fase de certificação), a equipa procedeu à recolha de dados relativos à temperatura, à humidade relativa e à presença no ar de quatro substâncias poluentes consideradas prejudiciais para a saúde e o desempenho dos atletas: ozono, dióxido de azoto e duas gamas de aerossóis (PM2.5 e PM10).

Em declarações no final da visita, a equipa técnica caracterizou a qualidade geral do ar como «muito boa, reflectindo um ambiente urbano normal, em condições regulares de tráfego».

A medição de temperatura foi feita com o mesmo dispositivo com que foi monitorizado o ambiente nos mundiais de Doha de 2019 e revelou valores entre 16,4 e 17ºC, o que permitiu a conclusão de que, «se daqui por um ano as condições forem iguais, os atletas farão provas excelentes». A equipa técnica referiu ainda que «a secção do percurso junto ao Parque da Universidade de Hokkaido é muito bonita, com muita sombra, entre lagos de nenúfares e pequenos ribeiros. Trata-se da zona do percurso com temperatura mais baixa, devido ao arvoredo».

Os dados recolhidos (cerca de 15 mil informações) foram registados com intervalos de dez segundos ao longo de mais de três horas, ficando arquivados para posterior análise mais detalhadas.

Quanto às substâncias poluentes, os resultados preliminares revelaram níveis abaixo dos limites máximos recomendados pela Organização Mundial de Saúde, com as tendências mais vulgares em ambientes urbanos onde se registam emissões provocadas pelo tráfego automóvel. No caso do ozono, notou-se um aumento ligeiro nas primeiras horas da manhã, como reacção normal ao aumento da luz solar e da presença de outros poluentes, como o dióxido de azoto.

A World Athletics considera que a investigação em curso ajudará a compreender melhor as condições climatéricas e ambientais que os atletas terão de enfrentar durante as provas de estrada do programa de atletismo dos Jogos Olímpicos do próximo ano, na situação de não haver restrições à circulação de veículos (ou seja, no cenário menos conveniente).

Restará saber se as expectativas agora reveladas em relação às provas de maratona (feminina, a 7 de Agosto; masculina, a 8 de Agosto – ambas às 7h00 da manhã) são extensíveis às provas de marcha, marcadas para as 16h30 de dia 5 de agosto (20 km masculinos) e de dia 6 (20 km femininos). Os 50 km (apenas masculinos) estão previstos também para dia 6, mas para começar às 5h30 da manhã.

Sapporo foi a cidade indicada em Outubro de 2019 pelo Comité Olímpico Internacional para acolher as provas de marcha atlética e de maratona dos Jogos Olímpicos de Tóquio, posteriormente adiados de 2020 para 2021 devido à pandemia de coronavírus. A razão da mudança destas competições de Tóquio para Sapporo prendeu-se com os receios relacionados com o calor e a humidade que costumam fazer-se sentir na capital japonesa na época do ano em que deverão ter lugar os Jogos Olímpicos.

A visita dos técnicos da WA teve lugar a convite do comité organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Fonte: Inside the games

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Marchadores olímpicos portugueses (1984-2016): Maribel Gonçalves e Inês Henriques

Maribel Gonçalves (2004) e Inês Henriques (2004-2012-2016).
Fotos: blogue «O Marchador» e Comité Olímpico de Portugal
Maribel Gonçalves

Nasceu na Venezuela, a 1 de abril de 1978. Participou nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, sendo a primeira atleta madeirense a tomar parte no evento, na modalidade do atletismo. Foi 26.ª nos 20 km marcha.

Representando, naquele ano, o Clube Sport Marítimo (1999 a 2001, 2004 a 2010), era treinada por António Góis, que também entrou para a história do atletismo madeirense ao ser o primeiro treinador, oriundo da região autónoma, a marcar presença nuns Jogos Olímpicos naquela condição.

Considerada uma grande revelação da marcha atlética portuguesa, estabeleceu em 2004 o recorde pessoal, realizando o tempo de 1.31.19,2, ainda hoje a quinta melhor marca portuguesa de todos os tempos, logo a seguir às grandes figuras femininas da especialidade, Ana Cabecinha, Susana Feitor, Vera Santos e Inês Henriques.

Em 2005, nos Campeonatos de Portugal de Pista Coberta, conquistou o título nacional na prova dos 3.000 metros marcha. Viria ainda a representar o Grupo Desportivo do Estreito, em 2002, 2003, 2011 e 2012.

Em 2008 sagrou-se campeã ibero-americana, sendo ainda de realçar as participações em duas Taças da Europa de Marcha (2003 e 2005) e em três Taças do Mundo de Marcha (2002, 2004 e 2008).

Recorde pessoal na distância olímpica: 20 km, 1.31.19,2 (2004).

Fonte: Estatísticas do Atletismo Português, por Manuel Arons de Carvalho


Inês Henriques

Nasceu em Santarém, a 1 de maio de 1980. Participou em três Jogos Olímpicos: Atenas’2004, Londres’2012 e Rio de Janeiro’2016. Teve o seu melhor resultado nos últimos Jogos, os do Rio de Janeiro, em 2016, onde foi 12.ª classificada na prova dos 20 km marcha.

Representa o Clube de Natação de Rio Maior, o seu único clube, e é orientada tecnicamente por Jorge Miguel, o seu treinador de sempre.

Com uma longa carreira dedicada à marcha atlética, que iniciou aos 12 anos de idade, Inês Henriques cedo se destacou na especialidade, vencendo em seis vezes consecutivas o Torneio Nacional Olímpico Jovem e sagrando-se campeã nacional nos vários escalões etários, em pista e estrada.

Foi a Europeus e Mundiais de Juniores (duas vezes cada), a Europeus de Sub-23, representando ainda a seleção nacional por 9 vezes em Campeonatos do Mundo, e por 5 vezes em Campeonatos da Europa. Nas Taças da Europa de Marcha esteve em 9 edições e nas Taças do Mundo de Marcha, em 12 edições.

Foi a partir dos 36 anos de idade que Inês Henriques mais se destacou, brilhando no plano internacional. Em 2017 bateu o recorde mundial dos 50 km marcha, em Porto de Mós, uma aposta na distância, que se viria a revelar certeira. Nesse mesmo ano, sagrar-se-ia campeã mundial na mesma distância, em Londres, voltando a bater o seu próprio recorde mundial. Em 2018, na edição dos Europeus de Berlim, que marcou a estreia da especialidade, conquistou o título europeu.

Recorde pessoal na distância olímpica: 20 km, 1.29.00 (2016).

Fonte: Estatísticas do Atletismo Português, por Manuel Arons de Carvalho

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Campeonato da Suíça de Montanha em Marcha Atlética (resultados)

Os participantes momentos antes da partida e os vencedores, Nathan Bonzon e Dora Brière.
Foto e imagens de vídeo do Swiss Walking. Montagem: O Marchador
Numa iniciativa da Federação Suíça de Marcha e do Club de Marche Monthey, disputou-se (16/8) o difícil e pouco usual (pelo menos entre nós) Campeonato Nacional de Montanha em Marcha na distância de 8 km, com partida em Baulmes (632 m altitude) e Grange-Neuve (1356 m).

Com boas condições atmosféricas e 16 atletas a alinharem à partida, as vitórias pertenceram, nos masculinos, a Nathan Bonzon, jovem internacional da categoria sub-23, do CM Monthey, com 1.01.30, e nos femininos, à veterana W60 Dora Brière, do CM Cour Lausanne, com 1.03.03.

Os resultados completos podem ser consultados no «site» do Swiss Walking, aqui.

Convidamos o leitor a ver um belo resumo em vídeo do campeonato, aqui.

domingo, 23 de agosto de 2020

Perseus Karlström e Helena Sandmer sagram-se campeões suecos 2020

O pódio dos 10.000 m masculinos (Remo Karlström, Perseus Karlström e Christer
Svensson), a vencedor feminina (Helena Sandmer), e Börje Hansson,
presidente do clube organizador, na entrega de prémios.
Fotos: fb Roger Magnusson e arq. Helena Sandmer
Montagem: O Marchador
Perseus Karlström, a representar o Eskilstuna FI, com 40.49,9 nos 10.000 metros, e Helena Sandmer, com as côres do SK Svängen, com 29.24,0 nos 5.000 metros, obtiveram os títulos nacionais de pista ao ar livre durante os campeonatos nacionais da Suécia disputados com muito calor (acima dos 30 graus Celsius) no domingo (16/8), em Ryavallen em Borås.

Subiram ainda aos pódios das principais provas, nos masculinos, Remo Karlström (Eskilstuna FI) 46.17,8) e Christer Svensson (Växjö AIS, 49.51,7), e nos femininos, Nashieli Karlström (Eskilstuna FI, 37.08,0).

A organização local pertenceu ao SK Swängen, clube a comemorar 80 anos de existência.

Classificações
10.000 m masculinos
1.º, Perseus Karlström, 1990 (Eskilstuna FI), 40.49,9
2.º, Remo Karlström, 1988 (Eskilstuna FI), 46.17,8
3.º, Christer Svensson, 1969 (Växjö AIS), 49.51,7
4.º, Birger Fält, 1968 (Mälarhöjdens IK), 54.41,7
5.º, André Pilotti, 1993 (Mälarhöjdens IK), 54.55,6
6.º, Fredrik Sandmer, 1994 (SK Svängen), 59.25,0
7.º, Bent Bengtsson, 1961 (GK Steget), 1.01.25,4
Desistente: Anders Wahlström, 1966 (Södra Ölands GK).

5.000 m femininos
1.ª, Helena Sandmer, 1992 (SK Svängen), 29.24,0
2.ª, Nashieli Karlström, 1994 (Eskilstuna FI), 37.08,0

3.000 m masculinos - sub-16
1.º, Raoul Schultheiss, 2005 (Tibro AIK FIK), 19.21,0

sábado, 22 de agosto de 2020

Lituanos dominam marcha nos Campeonatos Bálticos de Atletismo em Ogre

Marius Žiūkas e Brigita Virbalytė-Dimšienė em Ogre.
Fotos: Roman Kokcharov/LVS. Montagem: O Marchador
Os marchadores da Lituânia, Marius Žiūkas, com 40:49.89 nos 10.000 metros masculinos, e Brigita Virbalytė-Dimšienė, nos 5.000 metros femininos, foram os vencedores das provas de marcha que integraram o programa do 2.º dia (15/8) dos Campeonatos de Atletismo dos Países Bálticos (Letónia - Lituânia - Estónia) realizados em Ogre, na Letónia.

As segundas posições de ambas as provas foram ocupadas por outros lituanos, Artūr Mastianica (41:46.70) e Monika Vaiciukevičiūtė (22:54.23), e as terceiras pelos letões Ruslans Smolonskis (42:40.20) e Modra Ignate (23:45.17).

Na formação da Estónia, destaque a prestação da sub-20 Jekaterina Mirotvortseva, quarta classificada, com 23:58.19.

Se na marcha atlética a pontuação da Lituânia foi a máxima, já na classificação coletiva global a vitória foi para a Estónia, com 276 pontos. A segunda classificada foi a Lituânia, com um ponto de diferença (275), e a terceira a Letónia que somou 247 pontos.

Classificações
10.000 m masculinos
1.º, Marius Žiūkas, 1985 (LTU - Lituânia), 40:49.89
2.º, Artūr Mastianica, 1992 (LTU - Lituânia), 41:46.70
3.º, Ruslans Smolonskis, 1996 (LAT - Letónia), 42:40.20
4.º, Raivo Saulgriezis, 1994 (LAT - Letónia), 43:37.02
5.º, Normunds Ivzāns, 1971 (LAT - Letónia), 46:26.73
6.º, Virgo Adusoo, 1985 (EST - Estónia), 47:54.42
7.º, Raivo Liniņš, 2003 (LAT - Letónia), 47:58.64
8.º, Artur Djadšuk, 2004 (EST - Estónia), 50:17.10
9.º, Deividas Balevičius, 1999 (LTU - Lituânia), 50:21.64
10.º, Deimantas Kukis, 1998 (LTU - Lituânia), 50:51.07

5.000 m femininos
1.ª, Brigita Virbalytė-Dimšienė, 1985 (LTU - Lituânia), 22:20.05
2.ª, Monika Vaiciukevičiūtė, 1996 (LTU - Lituânia), 22:54.23
3.ª, Modra Ignate, 1985 (LAT - Letónia), 23:45.17
4.ª, Jekaterina Mirotvortseva, 2002 (EST - Estónia), 23:58.19
5.ª, Adrija Meškauskaitė, 2001 (LTU - Lituânia), 24:25.69
6.ª, Austėja Kavaliauskaitė, 2000 (LTU - Lituânia), 24:38.81
7.ª, Alla Šubina, 2002 (EST - Estónia), 26:26.54
8.ª, Elīna Lāce, 1986 (LAT - Letónia), 28:03.55
9.ª, Ligija Cīrule, 1989 (LAT - Letónia), 30:20.88

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Evocando Ugo Frigerio (Itália)

Ugo Frigerio nos Jogos Olímpicos de Antuérpia 1920.
Foto: CONI. Cartaz: Olympic Games Antwerp
Montagem: O Marchador
Hoje recordamos a figura de Ugo Frigerio, o primeiro atleta italiano a conquistar, não uma, mas as duas primeiras medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, assinalando-se no dia de hoje, precisamente 100 anos, após a conquista da sua segunda vitória em provas de marcha nos Jogos de Antuérpia. Foi o percursor da famosa escola italiana de marcha, a par de Donato Pavesi e Fernando Altimani, num brilhante trajeto olímpico com conquistas de 8 medalhas de ouro, 1 de prata e 8 de bronze.

Nascido a 7 de julho de 1901, Frigerio, então, contando apenas 19 anos de idade, participou a 21 de agosto de 1920, na final da prova de 3.000 metros marcha, em pista, da qual saiu vitorioso (13:14.2, novo recorde olímpico), após ter vencido, também na véspera, a segunda meia-final da competição. 22 atletas, de 12 países, tomaram parte nas provas a eliminar, tendo-se registado, logo aí, 8 desclassificados.

Três dias antes, o atleta italiano, o mais jovem campeão olímpico na época, vencera a prova de 10.000 metros marcha (23 marchadores, de 13 países), também antecedida, na véspera, de uma meia-final, que igualmente venceu, verificando-se um engano dos juízes na contagem de voltas, uma volta a menos. Foi com tão à vontade que o extrovertido atleta italiano venceu a prova (um minuto e quarenta segundos de avanço sobre o segundo classificado, Joseph Pearman, dos EUA) que chegou a parar no decorrer da prova, fazendo notar à banda musical, que tocava as faixas musicais que ele próprio pedira antes do evento, qual o andamento correto.

Em 1924, nos Jogos de Paris, Ugo Frigerio ganharia novamente a medalha de ouro, na única prova de marcha realizada nesta edição – os 10.000m. Muito famoso na época, Frigerio foi convidado, em 1925, para uma digressão aos EUA, encarregando-se, pessoalmente, do convite, o seu amigo Paavo Nurmi, o destacado fundista finlandês. A exclusão de provas de marcha nos Jogos de 1928 entristeceu-o e decidiu retirar-se da alta competição. Após três anos de inatividade, e com a bem-sucedida proposta italiana, remetida ao COI, no sentido do programa olímpico passa a acolher a distância de 50 km, nos Jogos de Los Angeles, em 1932, Frigerio entusiasmou-se a tal ponto que haveria de ganhar a medalha de bronze, apesar das suas caraterísticas físicas melhor se adaptarem a distâncias curtas.

Ugo Frigerio tinha um traço muito seu na sua personalidade. Sempre que participava em provas internacionais gritava "Viva Itália", ao cruzar a linha de meta. A sua grande popularidade em Itália levou-o a ser o porta-bandeira da delegação italiana em dois Jogos Olímpicos: Paris 1924 e Los Angeles 1932.

Foi um atleta muito admirado, mesmo entre os seus adversários, pelo seu irrepreensível estilo e pela sua técnica. Nunca foi desclassificado. George Larner, bicampeão olímpico em Londres’1908, haveria de comentar as suas prestações referindo que nunca vira um marchador tão jovem e com um estilo de marcha tão impecável, que era até um prazer vê-lo distanciar-se dos seus adversários.

Após terminar a carreira atlética, Frigerio, patriota convicto, haveria de se dedicar à escrita, publicando, em 1934, o livro a que deu o nome de “Marcha em nome da Itália”. Foi convidado pela FIDAL para supervisionar a marcha atlética em Itália, aconselhando outro grande atleta transalpino, Pino Dordoni. Faleceu aos 66 anos de idade, na pequena cidade de Garda, no norte do país, onde se estabeleceu, dedicando-se ao comércio de laticínios.

Masters Lovosice 2020: 10 km marcha (resultados)

Rubén Piñera e Bianca Schenker em Lovosice 2020.
Fotos: fb Marchin On e Bodorkós Horváth Kata. Imagem de vídeo da Regionální
televize Ústecka. Montagem: O Marchador
3 dias, 3 provas de marcha no «Masters Europa Lovosice 2020», na República Checa, com os 10 km em estrada, disputados no domingo, dia 16/8, a fechar as provas da disciplina e vencidas com grande superioridade pelo espanhol Rubén Piñera (M45), com 50.46 (o próprio referiu ter dados uma volta de 1 km a mais), e pela alemã Bianca Schenker (W45), com 55.43.

A húngara Katalin Bodorkós-Horváth (W50) e a polaca Alicja Lisowska (W50), com 1.02.00, ascenderam às segunda e terceiras posições absolutas, o mesmo acontecendo nos masculinos aos alemães Dick Gnauck (M55) e Udo Schaeffer (M70), com 1.02.06 e 1.04.38 respetivamente.

Participaram e finalizaram 18 atletas de 7 países.

Classificações
10 km masculinos (16/8) - geral/escalão
1.º, Rubén Piñera Álvarez, 1975 (ESP - Espanha), 50.46 - 1.º, M45
2.º, Dick Gnauck, 1963 (GER - Alemanha), 1.02.06 - 1.º, M55
3.º, Udo Schaeffer, 1950 (GER - Alemanha), 1.04.38 - 1.º, M70
4.º, Reinhardt Langhammer, 1952 (GER - Alemanha), 1.05.45 - 1.º, M65
5.º, Stefan Lehmann, 1951 (GER - Alemanha), 1.08.18 - 2.º, M65
6.º, Bernd Ocker Hölters, 1946 (GER - Alemanha), 1.09.58 - 2.º, M70
7.º, György Kiss, 1947 (HUN - Hungria), 1.11.02 - 3.º, M70
8.º, Jiří Kovanda, 1946 (CZE - República Checa), 1.13.33 - 4.º, M70
9.º, Stanislav Marek, 1942 (CZE - República Checa), 1.18.47 - 1.º, M75

10 km femininos (16/8) - geral/escalão
1.ª, Bianca Schenker, 1974 (GER - Alemanha), 55.43 - 1.ª, W45
2.ª, Katalin Bodorkós-Horváth, 1967 (HUN - Hungria), 59.47 - 1.ª, W50
3.ª, Alicja Lisowska, 1969 (POL - Polónia), 1.02.00 - 2.ª, W50
4.ª, Lenka Borovičková, 1973 (CZE - República Checa), 1.03.04 - 2.ª, W45
5.ª, Martina Netolická, 1982 (CZE - República Checa), 1.03.34 - 1.ª, W35
6.ª, Lenka Slabáková, 1966 (CZE - República Checa), 1.05.11 - 3.ª, W50
7.ª, Catherine Pongin, 1963 (FRA - França), 1.09.31 - 1.ª, W55
8.ª, Cora Kruse, 1957 (GER - Alemanha), 1.10.55 - 1.ª, W60
9.ª, Monika Schwantzer, 1955 (AUT - Áustria), 1.15.04 - 1.ª, W65

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Masters Lovosice 2020: 5.000 m marcha (resultados)

Fase inicial dos 5.000 m, com Bianca Schenker (dorsal 101) e Josef Smola (264).
Imagem de vídeo da Regionální televize Ústecka
Montagem: O Marchador
No segundo dia do programa de provas do «Masters Europa Lovosice 2020», na República Checa, referência para os 5.000 metros marcha em pista (15/8), com a W45 Bianca Schenker, da Alemanha, a dominar no setor feminino (e geral), com 25.35,44 - 1.ª, W45, e o M55 Josef Smola, da República Checa), a ser o melhor absoluto no setor masculino, com 26.27,13.

Nos femininos, Brit Schröter (W45), da Alemanha, com 27.13,28, e Katalin Bodorkós-Horváth (W50), da Hungria, com 27.39,94, repetiram a ordem de chegada da véspera, com o segundo e terceiro lugares absolutos, enquanto nos masculinos, essas posições foram conseguidas por Boguslaw Seidel, atleta M70 da Polónia, com 27.25,33, e Dick Gnauck, da Alemanha (M55), com 29.09,12.

19 participantes de 6 países tomaram parte nos 5.000 metros marcha.

Classificações
5.000 m masculinos (15/8) - geral/escalão
1.º, Josef Smola, 1964 (CZE - República Checa), 26.27,13 - 1.º, M55
2.º, Boguslaw Seidel, 1949 (POL - Polónia), 27.25,33 - 1.º, M70
3.º, Dick Gnauck, 1963 (GER - Alemanha), 29.09,12 - 2.º, M55
4.º, Zbigniew Kwita, 1959 (POL - Polónia), 29.33,70 - 1.º, M60
5.º, Udo Schaeffer, 1950 (GER - Alemanha), 30.50,30 - 2.º, M70
6.º, Reinhardt Langhammer, 1952 (GER - Alemanha), 31.50,64 - 1.º, M65
7.º, Pavel Šimonek, 1966 (CZE - República Checa), 32.27,43 - 1.º, M50
8.º, Stefan Lehmann, 1951 (GER - Alemanha), 32.46,36 - 2.º, M65
9.º, Bernd Ocker Hölters, 1946 (GER - Alemanha), 34.43,22 - 3.º, M70
10.º, Jiří Kovanda, 1946 (CZE - República Checa), 36.02,49 - 4.º, M70
11.º, Piotr Ploskoński, 1965 (POL - Polónia), 36.40,22 - 3.º, M55

5.000 m femininos (15/8) - geral/escalão
1.ª, Bianca Schenker, 1974 (GER - Alemanha), 25.35,44 - 1.ª, W45
2.ª, Brit Schröter, 1974 (GER - Alemanha), 27.13,28 - 2.ª, W45
3.ª, Katalin Bodorkós-Horváth, 1967 (HUN - Hungria), 27.39,94 - 1.ª, W50
4.ª, Alicja Lisowska, 1969 (POL - Polónia), 28.30,01 - 2.ª, W50
5.ª, Lenka Borovičková, 1973 (CZE - República Checa), 29.05,03 - 3.ª, W45
6.ª, Lenka Slabáková, 1966 (CZE - República Checa), 30.31,93 - 3.ª, W50
7.ª, Catherine Pongin, 1963 (FRA - França), 31.50,69 - 1.ª, W55
8.ª, Monika Schwantzer, 1955 (AUT - Áustria), 32.47,81 - 1.ª, W65

Masters Lovosice 2020: 3.000 m marcha (resultados)

A partida conjunta dos 3.000 m e os primeiros classificados, Rubén Piñera e
Bianca Schenker. Foto: Bodorkós Horváth Kata. Imagens de vídeo da
Regionální televize Ústecka Montagem: O Marchador
O evento «Masters Europa Lovosice 2020», realizado na República Checa (14 a 16/8), teve como vencedores absolutos nas provas de marcha de 3.000 metros em pista do programa do primeiro dia (14/8), o espanhol Rubén Piñera Álvarez, com 12.56,88, e a alemã Bianca Schenker, com 14.51,93, ambos atletas da categoria de 45-49 anos.

Na chegada à meta, as posições imediatas foram ocupadas, nos masculinos, pelo polaco M60 Zbigniew Kwita, com 16.42,98, e pelo alemão M55 Dick Gnauck, com 16.46,74, e nos femininos, pela alemã W45 Brit Schröter, com 15.49,32, e pela húngara W50 Katalin Bodorkós-Horváth, com W50.

Esta primeira prova de marcha disputada, sob chuva, contou com 20 participantes de 7 países.

Classificações
3.000 m masculinos (14/8) - geral/escalão
1.º, Rubén Piñera Álvarez, 1975 (ESP - Espanha), 12.56,88 - 1.º, M45
2.º, Zbigniew Kwita, 1959 (POL - Polónia), 16.42,98 - 1.º, M60
3.º, Dick Gnauck, 1963 (GER - Alemanha), 16.46,74 - 1.º, M55
4.º, Reinhardt Langhammer, 1952 (GER - Alemanha), 17.47,39 - 1.º, M65
5.º, Udo Schaeffer, 1950 (GER - Alemanha), 18.12,38 - 1.º, M70
6.º, György Kiss, 1947 (HUN - Hungria), 19.18,01 - 2.º, M70
7.º, Stefan Lehmann, 1951 (GER - Alemanha), 19.20,28 - 2.º, M65
8.º, Jiří Kovanda, 1946 (CZE - República Checa), 21.20,14 - 3.º, M70
9.º, Jan Dušek, 1951 (CZE - República Checa), 27.06,25 - 3.º, M65
Desclassificado: Piotr Ploskoński, 1965 (POL - Polónia) - M55.

3.000 m femininos (14/8) - geral/escalão
1.ª, Bianca Schenker, 1974 (GER - Alemanha), 14.51,93 - 1.ª, W45
2.ª, Brit Schröter, 1974 (GER - Alemanha), 15.49,32 - 2.ª, W45
3.ª, Katalin Bodorkós-Horváth, 1967 (HUN - Hungria), 16.21,40 - 1.ª, W50
4.ª, Lenka Borovičková, 1973 (CZE - República Checa), 17.00,92 - 3.ª, W45
5.ª, Martina Netolická, 1982 (CZE - República Checa), 17.10,70 - 1.ª, W35
6.ª, Lenka Slabáková, 1966 (CZE - República Checa), 17.11,82 - 2.ª, W50
7.ª, Catherine Pongin, 1963 (FRA - França), 17.26,30 - 1.ª, W55
8.ª, Ina Keller, 1974 (GER - Alemanha), 19.05,93 - 4.ª, W45
9.ª, Monika Schwantzer, 1955 (AUT - Áustria), 19.55,11 - 1.ª, W65
10.ª, Cora Kruse, 1957 (GER - Alemanha), 20.01,64 - 1.ª, W60

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Liga de Clubes da Eslováquia (3.ª ronda) em Trnava - resultados

Miroslav Úradník (dorsal 125), Matej Tóth (124) e Mária Czaková em Trnava.
Imagens de vídeo da Federação de Atletismo da Eslováquia.
Montagem: O Marchador
Em Trnava, cidade da Eslováquia situada a nordeste da capital Bratislava, recebeu (15/8) a terceira ronda da Liga de Clubes da Eslováquia 2020, com a realização de provas de marcha de 5.000 metros masculinos e 3.000 metros femininos, cujos vencedores foram Miroslav Úradník e Mária Czaková, ambos atletas do ŠK Dukla o.z. Banská Bystrica.

Úradník, apesar de não conseguir melhorar o seu recorde pessoal de finais de julho na segunda ronda dos campeonatos em Košice (19:39.36), obteve 19:47.26 e voltou a superar o campeão olímpico Matej Tóth, segundo classificado com 20:21.46, agora com mais dificuldades de ritmo em curta distância já que a sua preparação se centra nos 50 km. Na terceira posição, com 21:12.12, entrou o sub-20 Ľubomír Kubiš, do AK Spartak Dubnica nad Váhom.

Czaková, que somou mais um triunfo na liga de clubes, foi agora cronometrada com 13:13.81, depois de 13:20.60 na primeira ronda em Dubnica nad Váhom (12/7) e de 13:14.97 na segunda em Košice (25/7). A sua colega de clube Klaudia Žárska foi a segunda classificada, com um recorde pessoal de 14:19.09, e a sub-20 Alžbeta Ragasová, do AK Spartak Dubnica nad Váhom, a terceira com 14:37.95.

Classificações
5.000 m masculinos
1.º, Miroslav Úradník, 1996 (ŠK Dukla o.z. Banská Bystrica), 19:47.26
2.º, Matej Tóth, 1983 (ŠK Dukla o.z. Banská Bystrica), 20:21.46
3.º, Ľubomír Kubiš, 2001 (AK Spartak Dubnica nad Váhom), 21:12.12
4.º, Milan Rízek, 1978 (Atletika ŠK Skalica), 21:28.38
5.º, Tomáš Mencel, 2004 (AO TJ Slávia STU Bratislava), 24:19.02

3.000 m femininos
1.ª, Mária Czaková, 1988 (ŠK Dukla o.z. Banská Bystrica), 13:13.81
2.ª, Klaudia Žárska, 1999 (ŠK Dukla o.z. Banská Bystrica), 14:19.09
3.ª, Alžbeta Ragasová, 2002 (AK Spartak Dubnica nad Váhom), 14:37.95
4.ª, Karin Devaldová, 2003 (AK Slávia TU Košice), 14:50.76
5.ª, Hana Burzalová, 2000 (AK Spartak Dubnica nad Váhom), 15:16.85
6.ª, Stanislava Hakulinová, 2003 (AK Slávia TU Košice), 16:12.26

Ucrânia disputou campeonato de equipas em Lutsk (resultados)

Liderança feminina e partida masculina em Lutsk, Ucrânia.
Imagens de vídeo: Volyn News e Ukranian Athletics
Montagem: O Marchador
Lyudmyla Olyanovska e Ihor Hlavan foram os vencedores das provas de marcha de 5.000 metros que abriram os Campeonatos de Atletismo por Equipas da Ucrânia (15/16-8) disputados na pista do Estádio Avangard, em Lutsk, cidade no noroeste do país.

Nos femininos, Olyanovska, a representar a região de Kievska, esteve sempre na liderança da prova e depois de um início relativamente calmo (4.26 nos primeiros 1.000 m) viria a acelerar progressivamente (3.000 m em 12.55) para concluir com a melhor marca mundial do ano, com 21:17.82. Olena Sobchuk-Mizerniuk, de Volinska, não muito distante, seria a segunda classificada com um expressivo recorde pessoal de 21:29.64 (2.ª na lista mundial do ano), e a sua companheira Mariia Sakharuk-Filiuk, a terceira com 22:33.18. Participaram 9 atletas.

Nos masculinos, numa prova plena de emoção e incerteza quanto ao vencedor, foi o sub-23 Eduard Zabuzhenko (Kievska), que assumiu as «despesas» até cerca dos 3.000 metros (seria 6.º com 19:46.50). A partir daqui Oleh Svystun (Sumska) abria as hostilidades tomando o comando, mas por pouco tempo, logo de seguida Nazar Kovalenko (Kievska) forçou o ritmo (1.31 em 400 m) e isolou-se dando a ideia que iria vencer, mas a cerca de 2 voltas do fim seria a vez de Ihor Hlavan (Sumska) se impor e sair vitorioso com 19:23.88. Svystun, em acelaração final, seria o segundo classificado, com 19:25.92, e Kovalenko, o terceiro, com 19:29.40. Foram 14 os participantes.

Classificações
5.000 m femininos
1.ª, Lyudmyla Olyanovska, 1993 (Kievska), 21:17.82
2.ª, Olena Sobchuk-Mizerniuk, 1995 (Volinska), 21:29.64
3.ª, Mariia Sakharuk-Filiuk, 1995 (Volinska), 22:33.18
4.ª, Tamara Havrylyuk-Stasyuk, 1995 (Zhitomirska), 22:40.86
5.ª, Yana Faryna, 1999 (Volinska), 23:32.48
6.ª, Alina Sokolovska, 1993 (Zhitomirska), 23:40.55
7.ª, Yuliya Balym, 1997 (Sumska), 24:51.86
8.ª, Alina Tkach, 2001 (Sumska), 25:54.80
9.ª, Iryna Vovk, 2001 (Volinska), 26:53.26

5.000 m masculinos
1.º, Ihor Hlavan, 1990 (Sumska), 19:23.88
2.º, Oleh Svystun, 1997 (Sumska), 19:25.92
3.º, Nazar Kovalenko, 1987 (Kievska), 19:29.40
4.º, Viktor Shumik, 1998 (Volinska), 19:35.01
5.º, Ivan Banzeruk, 1990 (Volinska), 19:39.66
6.º, Eduard Zabuzhenko, 1998 (Kievska), 19:46.50
7.º, Kyrylo Andrushchenko, 1993 (Kievska), 20:15.11
8.º, Serhiy Budza, 1984 (Kievska), 20:15.54
9.º, Taras Koretskyy, 2002 (Volinska), 20:36.98
10.º, Dmytro Medvedyuk, 2000 (Volinska), 21:04.95
11.º, Andriy Marchuk, 1998 (Volinska), 21:20.11
12.º, Viktor Kononenko, 1999 (Kievska), 21:54.61
13.º, Oleksandr Mytsyk, 2002 (Zhitomirska), 22:24.88
14.º, Yaroslav Lukashyk, 2000 (Volinska), 23:21.27