Momentos antes da partida e a vitória de Augustyn. Fotos: Pavol Uhrin. Montagem: O Marchador |
O polaco Rafał
Augustyn venceu este sábado os 50 km da 35.ª edição do Grande Prémio
Internacional de Dudince, na Eslováquia, torneio a contar para o Challenge de
Marcha da Associação Internacional de Federações de Atletismo. Augustyn
registou 3.43.22 h e mais de três minutos de avanço para o segundo, Aleksi
Ojala.
Na
prova realizada na jornada da manhã, foi o mexicano Horacio Nava quem
primeiro esteve em destaque, ganhando logo à partida uma vantagem que foi
crescendo volta a volta. Empenhado em tentar bater o recorde do México da
distância, cifrado em 3.41.20 h e estabelecido por Raúl González há quase 38
anos, Nava detinha no final da primeira légua um avanço de 23 segundos sobre o
grupo em que iam pontificando Augustyn e o finlandês Aleksi Ojala, na companhia
de outros dez concorrentes. Um pouco mais atrás, outro grupo de que fazia parte
o português João Vieira, a cerca de 15 metros da cauda do primeiro pelotão.
A vantagem de
Horacio Nava tinha mais do que duplicado para 51 segundos aos 10 quilómetros,
estabilizando à volta de um minuto até meio da prova, cumprido pelo líder em
1.51.27 h e com Rafał Augustyn já como perseguidor isolado. O recorde mexicano
talvez não estivesse sob forte ameaça, mas a motivação de Nava mantinha-se e
até aos 35 quilómetros o avanço não sofreu grandes variações. No entanto, nos
15 quilómetros finais tudo mudaria, com o polaco a aproximar-se do mexicano e a
alcançá-lo à passagem dos 42 quilómetros.
Enquanto Horacio
Nava sofria o calvário nas penosas voltas finais, Augustyn entrava para a
última légua já com quase um minuto de vantagem em relação a Nava. Daí até
final, poucas novidades, com Rafał Augustyn a cortar a meta com 3.43.22 h,
contra 3.46.25 h de Ojala e 3.47.16 h do também polaco Adrian Błocki. Horacio
Nava chegava na quinta posição, com 3.47.44 h, longe do recorde de Raúl
González e com mais dois segundos que o norueguês Havard Haukenes.
Com uma prova
marcada pelo equilíbrio do costume, João Vieira terminou em oitavo lugar, com
3.49.05 h, marca que supera os mínimos para os Jogos Olímpicos do Rio de
Janeiro, numa distância em que esse objectivo já tinha sido alcançado também
por Pedro Isidro e Miguel Carvalho. João Vieira fez uma competição em que, após
os 23.13 m e 23.12 m das duas léguas iniciais, rodou sempre na casa dos 22
minutos por cada cinco quilómetros. A passagem a meio da prova em 1.54.47 h já
fazia prever marca final habilitadora para os Jogos, como se confirmou com a
segunda metade em 1.54.18 h. O marchador do Sporting Clube de Portugal detém
agora mínimos nas duas distâncias olímpicas da marcha.
Realce ainda para o
novo recorde do Brasil estabelecido por Jonathan Riekmann no 19.º lugar, com
3.55.26 h, superando a marca que Mário dos Santos averbara também em Dudince
mas no ano passado, então com 3.55.36 h.
Classificações
50 km masculinos
1.º, Rafał Augustyn, 1984 (Polónia),
3.43.22
2.º, Aleksi Ojala, 1992 (Finlândia),
3.46.25
3.º, Adrian Błocki, 1990 (Polónia),
3.47.16
4.º, Havard Haukenes, 1990
(Noruega), 3.47.42
5.º, Horació Nava, 1982 (México),
3.47.44
6.º, Alex Wright, 1990 (Irlanda),
3.48.31
7.º, Rafał Fedaczyński, 1980
(Polónia), 3.48.42
8.º, Joao Vieira, 1076 (Portugal),
3.49.05
9.º, Jose Leyver Ojeda, 1983
(México), 3.50.40
10.º, Jarkko Kinnunen, 1984
(Finlândia), 3.50.40
11.º, Rafał Sikora, 1987 (Polónia),
3.51.18
12.º, Chil-Sung Park, 1982 (Coreia
do Sul), 3.52.26
13.º, Jaime Daniel Quiyuch, 1980
(Guatemala), 3.53.01
14.º, Ivan Trotskiy, 1076
(Bielorrússia), 3.53.12
15.º, Pedro Daniel Gomez Cruz, 1985
(México), 3.53.23
16.º, Maté Helebrandt, 1989
(Hungria), 3.53.54
17.º, Veli-Matti Partanen, 1991
(Finlândia), 3.54.02
18.º, Lukáš Gdula, 1991 (República
Checa), 3.54.29
19.º, Jonathan Riekmann, 1987
(Brasil), 3.55.26
20.º, Marc Mundell, 1983 (África do
Sul), 3.56.12
21.º, Miklós Srp, 1993 (Hungria),
3.57.06
22.º, Pavel Chiuan Camayo, 1996
(Peru), 3.58.32
23.º, Dušan Majdán, 1987
(Eslováquia), 3.58.41
24.º, Martin Tišťan, 1992
(Eslováquia), 4.00.43
25.º, Hyun-Sub Kim, 1985 (Coreia do
Sul), 4.01.06
26.º, Bence Venyercsán, 1996
(Hungria), 4.02.35
27.º, Alex Francisco Flórez, 1971
(Suíça), 4.02.37
28.º, Artur Mastianica, 1992
(Lituânia), 4.04.49
29.º, Pavel Schrom, 1991 (República
Checa), 4.05.09
30.º, Arnis Rumbenieks, 1990
(Letónia), 4.05.20
31.º, Pavel Yarokhau, 1982
(Bielorrússia), 4.05.31
32.º, Dominic King, 1983
(Grã-Bretanha), 4.08.00
33.º, Ondřej Motl, 1994 (República
Checa), 4.08.52
34.º, Dionísio Ventura, 1979
(Portugal), 4.09.40
35.º, Caio Oliveira De Sena Bonfim,
1991 (Brasil), 4.10.04
36.º, Uladzimir Brundukou, 1990
(Bielorrússia), 4.11.33
37.º, Anaury Bustamente, 1986
(México), 4.14.47
38.º, Dávid Tokodi,
1991 (Hungria), 4.17.04
39.º, Daniel King,
1983 (Grã-Bretanha), 4.19.12
40.º, Ahmed Deifalla
Mohamed, 1985 (Egipto), 4.22.04
41.º, Ahmed Magdy
Mobarak, 1991 (Egipto), 4.30.25
42.º, Lukáš Pazdera, 1986 (República
Checa), 4.32.52
43.º, Christer Svensson, 1969
(Suécia), 4.37.02
44.º, Claudio Richardson dos Santos,
1977 (Brasil), 4.55.55
45.º, Ferenc Major, 1961 (Hungria),
5.24.49
Desclassificados: Łukasz Nowak, 1988
(Polónia), Cristian David Berdeja, 1981 (México), Maciej Rosiewicz, 1977
(Geórgia), Samir César Sabadin, 1981 (Brasil) e Miloslav Šmirják, 1989
(República Checa).
Desistentes: Erick Bernabé Barrondo,
1991 (Guatemala), Grzegorz Sudol, 1978 (Polónia), Erik Tysse, 1980 (Noruega),
Damian Błocki, 1989 (Polónia), Tadas Suskevicius, 1985 (Lituânia), Cedric
Houssaye, 1979 (França), Antón Kučmín, 1984 (Eslováquia), Vladimir Savanović,
1985 (Sérvia), Ivan Pajuelo, 1993 (Espanha), Peter Tichý, 1993 (Eslováquia),
Kil-Dong Kang, 1992 (Coreia do Sul), Giovanni Renó, 1991 (Itália), Luiz Felipe
Dos Santos, 1983 (Brasil), Bruno Erent, 1990 (Croácia), Rudnei Dias Nogueira,
1990 (Brasil), Zdeno Medera, 1975 (Eslováquia), Milan Rízek, 1978 (Eslováquia),
Alexander Malysa, 1997 (República Checa), Michal Morvay, 1996 (Eslováquia),
Miroslav Úradník, 1996 (Eslováquia), Dalibor Kokić, 1982 (Sérvia), Darius
Jezepcikas, 1980 (Lituânia), István Csaba, 1959 (Hungria), Rodrigo Munar, 1966
(Colômbia) e Stefano Chiesa, 1996 (Itália).
Fotos de Pavol Uhrin em http://www.fotosport.sk/
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