O Clube Oriental de Pechão, no setor
feminino, e o Clube de Futebol de Oliveira do Douro, no setor masculino,
conquistaram, no sábado, na pista de Vagos, a segunda edição da Taça de
Portugal de Marcha Atlética, uma organização da Federação Portuguesa de Atletismo,
e que contou com a presença de 57 atletas.
O triunfo coletivo, em ambos os
sexos, foi muito discutido, sendo que no setor feminino, a equipa algarvia, que
revalidou o título (com várias das suas melhores atletas a competir em Dudince
nesse mesmo sábado) triunfou com apenas um ponto mais que a equipa do CDR
Ribeirinho (segunda classificada), e mais dois pontos que o CN Rio Maior. No
setor masculino, a equipa de Oliveira do Douro, pela primeira vez vitoriosa,
obteve os mesmos pontos que a agremiação do CA Seia (segunda classificada) que
já no ano passado fora também segunda. A equipa açoriana da Juventude Ilha
Verde ocupou o terceiro lugar do pódio.
Apesar dos resultados oficiais
apurarem vários clubes pontuados coletivamente, apenas 4 clubes nos masculinos
(em vez dos 11 listados) e 10 nos femininos (em vez dos 17) cumprem com o ponto
4.4 do regulamento que diz «São
classificados coletivamente, em cada sexo, os clubes que apresentem pelo menos
dois atletas classificados (na mesma prova ou em provas diferentes)».
No plano individual e em femininos,
o destaque vai para Inês Henriques (CN Rio Maior), que venceu a prova dos
10.000 metros marcha, com o tempo de 43.52,80 seguindo-se, na classificação
geral, Mara Ribeiro (SL Benfica), atleta sub-23, com 47.19,09, e Vitória
Oliveira (Sporting CP), com 47.49,27.
Na competição masculina, Miguel
Rodrigues (CN Rio Maior), triunfou com o tempo de 43.38,86, seguido de Rui
Coelho (CA Seia), com 44.48,35, e de João Martins (CA Ferreira do Zêzere), com
44.53,31, todos do escalão sub-23.
Nas provas para os mais jovens, uma
referência especial para Inês Reis (PC Covilhã) que triunfou nos 5.000 metros,
com um novo recorde pessoal de 24.47,77, confirmando os mínimos para o
Campeonato da Europa de Juvenis (sub-18), que terá lugar na Geórgia.
Nota menos positiva para a
organização do evento que não chegou a divulgar as inscrições e tardiamente
colocou os resultados (apenas surgiram, na segunda-feira, no site da AA
Aveiro), perdendo-se uma boa oportunidade de promoção para a marcha atlética de
um evento com tradições na especialidade. Na pista, a prova feminina teve de
ser atrasada, pelo menos, meia hora, por se ter verificado a errada colocação
das atletas na partida, facto alertado pela internacional Inês Henriques, requerendo
uma nova medição.
Os juízes especialistas de marcha
que atuaram nas competições foram José Ganso (juiz-chefe), Argentina Cordeiro,
Albertino Saramago, José Guerra, Sérgio Pereira e Bruno Ferreira.
Uma última nota para referir que
continua a ser pouco dignificante que para o acesso a um evento
federativo e de âmbito nacional se coloquem mínimos de participação como, por
exemplo, 39.00,00 para as juvenis, querendo isto dizer que é aceitável para a
FPA um atleta marchar a quase 8 minutos por km (7.48 m)!
Resultados, aqui.