quarta-feira, 17 de junho de 2015

Lorena Arenas (Colômbia) e Pavel Chihuán (Peru) vencem nos Sul-americanos

As provas de marcha e os respectivos vencedores.
Fotos: Running Colombia. Montagem: O Marchador
A colombiana Sandra Lorena Arenas e o peruano Pavel Chihuán conquistaram os títulos sul-americanos das provas dos 20.000 metros marcha, disputadas na pista do Estádio de Atletismo La Videna, em Lima, no Peru, respetivamente nos dias 12 e 13 deste mês.

A prova masculina, disputada sob intensa pluviosidade, Pavel Chihuán, que é treinado por Alfredo Quispe, impôs-se à concorrência, triunfando com a marca de 1.23.34,0, o que constituiu novo recorde nacional e, ao mesmo tempo, mínimos para os próximos mundiais de Pequim e para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Chihuán em declarações à imprensa referiu não estar surpreendido com a marca obtida, já que trabalhou para esse objectivo, mas sim com a medalha de ouro. Planeia agora os 50 km nos Jogos Pan-Americanos em Toronto no próximo mês de Julho, para voltar à distância dos 20 km em Pequim.

O argentino Juan Manuel Cano alcançou a medalha de prata, com 1.23.56,0, e o equatoriano Mauricio Arteaga, com 1.24.18,0, obteve a medalha de bronze.

Cano alcançou um feito inesperado e histórico para o atletismo argentino, numa especialidade dominada por marchadores colombianos e equatorianos. Com 27 anos de idade e presença assídua em eventos internacionais, conquista após sete anos, tinha então 19 quando subiu no pódio na edição do Brasil em 2007, com uma marca que lhe permite acesso imediato aos mundiais e Jogos Olímpicos.

Na prova feminina, a colombiana Lorena Arenas repetiu o triunfo de 2013, vencendo destacada com a marca de 1.31.02,3, e estabelecendo um novo recorde sul-americano sub-23 e absolutos, em pista. O anterior era da própria com 1.31.46,9, obtido em 2014, em Santiago do Chile. A medalha de prata foi para outra colombiana, Ingrid Hernandez, com 1.36.42,1, e a de bronze para a boliviana Angela Castro de Bolívia, com 1.41.38,3.

Referência, ainda, para as desclassificações sofridas por Kimberly Garcia, que tinha aspirações a uma medalha, e Jessica Hancco, ambas do Perú, e para a brasileira Erica Sena, recordista sul-americana em estrada (1.29.37, Dudince 2015), que foi, de facto, uma surpresa dados os bons resultados que vinha obtendo em provas de marcha realizadas na Europa.

Classificações
20.000 metros masculinos (12/6)
1.º, Pavel Ivar Chihuán Camayo, 1986 (Peru), 1.23.34,0
2.º, Juan Manuel Cano, 1987 (Argentina), 1.23.56,0
3.º, Mauricio Arteaga, 1988 (Equador), 1.24.18,0
4.º, Paolo Yurivilca Calderon, 1996 (Peru), 1.26.27,0
Extra: Daniel Pintado, 1995 (Equador), 1.25.25,0
Desclassificados: Ivan Garrido, 1994 (Colômbia) e Yerko Araya, 1986 (Chile).
Desistentes: Jose Leonardo Montaña, 1992 (Colômbia), Richard Vargas, 1990 (Venezuela) e Rolando Saquipay, 1979 (Equador).

20.000 metros femininos (13/6)
1.ª, Sandra Lorena Arenas, 1993 (Colômbia), 1.31.02,3
2.ª, Ingrid Hernandez, 1988 (Colômbia), 1.36.42,1
3.ª, Angela Castro, 1993 (Bolívia), 1.41.38,3
4.ª, Gisselle Rodríguez, 1993 (Panamá), 1.54.07,9
Desclassificadas: Jessica Hancco Merma, 1995 (Peru), Kimberly Gabriela Garcia Leon, 1993 (Peru) e Erica Rocha de Sena, 1985 (Brasil).