sexta-feira, 15 de maio de 2015

Múrcia a postos para a Taça da Europa de Marcha

Arranca domingo a 11.ª edição da Taça da Europa de Marcha, com a presença dos mais destacados marchadores do continente europeu, e uma qualidade de altíssimo nível mundial. A prova terá lugar em Múrcia, cidade habituada a grandes eventos de marcha atlética, tendo organizado, em 2008, a final do Challenge Mundial de Marcha da Federação Internacional de Atletismo.

19 anos depois da edição inaugural, na Corunha (1996), a Espanha volta a organizar um evento desta natureza, estando inscritos 239 atletas em representação de 29 países. Múrcia é uma região de grandes marchadores (quatro integram o selecionado espanhol), destacando-se Miguel Ángel López, o atual campeão europeu, e Benjamín Sanchez.

O evento, que esteve para ser realizado em Ivano-Frankivsk, na Ucrânia, mas a instabilidade vivida naquele país do leste europeu, forçou a que a Associação Europeia de Atletismo procurasse alternativas. Apesar do pouco tempo disponível para a preparação do evento é, no entanto, convicção generalizada que a organização estará em muito bom nível. Um fator de dificuldade para os atletas poderá ser a alta temperatura que se faz sentir na região.

Disputada de dois em dois anos, em anos ímpares, e alternando com as Taças do Mundo, a prova já passou por Dudince (1998, 2001, e 2013), Eisenhuttenstadt (2000), Cheboksary (2003), Miskolc (2005), Leamington (2007), Metz (2009) e Olhão (2011).

A Rússia é o país que tem dominado a competição de cariz fundamentalmente colectivo, tendo vencido 27 das 46 provas por equipas ao longo das dez edições realizadas. Os outros países que já saborearam o triunfo coletivo foram a Espanha e a Itália, em seis ocasiões, a Bielorrússia, em três vezes, e a França, Alemanha, Ucrânia e Portugal, por uma vez.

De Portugal, cuja equipa feminina triunfou em 2005, com Susana Feitor, Vera Santos, Maribel Gonçalves, e Inês Henriques, e em 2013 obteve a medalha de prata, com o mesmo quarteto que domingo competirá em Múrcia (Cabecinha, Inês, Vera e Susana), espera-se a presença no pódio, restando saber em que patamar. Note-se, também, que nos 50 km marcha a seleção portuguesa já fez história ao alcançar a medalha de bronze na edição de 2003, com Pedro Martins, Jorge Costa, Luís Gil e Mário Contreiras, estando agora esta distância olímpica votada ao abandono pelo Sector de Marcha da FPA.

Curioso notar que os portugueses Pedro Martins e João Vieira são os marchadores presentes em Múrcia que participaram em todas as 10 edições do evento. De acordo com o mesmo critério, lideram o sector feminino, mas com 9 participações, Susana Feitor, Inês Henriques e a lituana Kristina Saltanovic.

Ainda a propósito da seleção portuguesa, ver aqui a notícia de «O Marchador» publicada em 21 de Abril passado.

A equipa de juízes internacionais de marcha, nomeada para Múrcia, é composta por Janusz Krynicki (Polónia), juiz-chefe, José Júlio Dias (Portugal), Anne Fröberg (Finlândia), Jens Grünberg (Alemanha), Silvia Hanusova (Eslováquia), Sergio Solana (Espanha), e Cathering Telling (Grã-Bretanha). Alicia Ruano é a assistente do juiz-chefe, Dolores Rojas é a secretária, coadjuvada por Montse Poch. Frédéric Bianchi (Suíça) é o delegado técnico, e Vadim Zelichenov (Rússia) é o delegado da Associação Europeia de Atletismo.

O programa-horário de Múrcia é o seguinte (horas de Portugal continental):
7h00 - 50 km
8h00 - 10 km juniores masculinos
9h30 - 20 km femininos
15h00 - 10 km juniores femininos
16h15 - 20 km masculinos

Os interessados poderão acompanhar aqui o desenrolar das provas em transmissão directa na internet através da página da RFEA.